Dia desses conversava com um amigo que é muito
assíduo e frequenta diligentemente a igreja/denominação à qual “pertence”. Sim,
há muitos que se sentem “pertencentes” a alguma igreja/denominação. Até dizem,
“pertenço à igreja tal”; e “a qual igreja tu pertences?”, perguntam-me. Quando
digo que não tenho “pertencimento” a nenhuma igreja/denominação, mas “pertenço”
à Igreja de Cristo, e que esta Igreja “somos nós, todas as pessoas que têm em
Jesus seu Senhor e Salvador, e O confessam – no sentido de falarem abertamente
sobre isso – às pessoas”, olham-me, muitas vezes, com olhar de estranheza. Digo-lhes
que a Igreja de Cristo é composta de pessoas, não importando se “pertencem” ou
frequentam a denominação A ou B, ou se eventualmente nalgum momento não
frequentam nenhuma, mas que têm em seu próximo seu irmão. E ainda lhes digo
que, se me convidarem a ir visitar a alguma igreja/denominação, vez ou outra
irei, sempre que julgar apropriado à ocasião. Explicado isso claramente, seu
olhar perde a estranheza e, comumente, tornam-se abertos a receberem o
Evangelho que compartilho.
Mas não é exatamente disso que quero falar aqui.
Quero falar que, enquanto conversava com este amigo/irmão em Cristo, ele
reclamava dos “falsos pastores”, “falsos bispos”, “falsos missionários” e “falsos
apóstolos”, “donos” de “igrejas”, que iludem e enganam o povo, subtraindo dos
incautos, ingênuos e inocentes, fortunas em $. Comecei lhe respondendo que nem
todos são “falsos” ou maus servos. Há, aqui e acolá, um ou outro honesto e
sincero. Se procurarmos bem, o encontraremos. Mas que, sim, ele tinha razão, há
muitos falsos, picaretas e estelionatários do $ alheio, e que é só o que
buscam. Mas também disse a ele que nem todos os “fiéis” que caem nesse conto
vilanesco são tão “inocentes”. Muitos deles são, sim. Mas há aqueles que entram
para essas igrejas/clubes/quadrilhas em busca justamente de $, bens materiais,
enriquecimento; em outras palavras, muitos entram no intuito de se locupletarem
também.
Voltando a falar dos “donos” dessas “igrejas” e
seus “ajudantes/obreiros/funcionários de carreira”, aqueles que querem ganhar $
à custa dos outros, bem, desses Jesus já falava.
Meu amigo este, ele me questionava o por que
Deus permitia isso, por que Ele não dava um jeito nisso, não “eliminava essa
corja”? Percebi um tom bélico nas palavras dele.
Em resposta, lembrei-lhe da parábola do “joio e
o trigo” (Mateus 13:24-30), onde Jesus ensinava que os dois têm que crescer
juntos, pois, arrancando-se o joio do meio da lavoura, poderia arrancar-se
também o trigo, prejudicando, assim, a colheita. Além disso, Jesus menciona que
o joio fora semeado no meio do trigo por “um inimigo”, fazendo subentender-se
que este “inimigo” é o diabo. Então, já sabemos quem opera por trás da ganância
dos “maus servos”, não é?
Tranquilizei meu amigo, dizendo-lhe que Deus
sabe disso, que Ele sabe quem é quem, e que Ele sabe quem são os Seus. Complementei
dizendo – como mencionei acima – que Jesus já nos advertira a esse respeito.
Então, para ilustrar um pouco, vou deixar que,
em Suas próprias Palavras, Jesus nos elucide isso, onde Ele fala dos “bons
servos” e dos “maus servos”, fazendo alusão – pois Sua Palavra permanece para
sempre – também àqueles do nosso tempo. Grifei em negrito justamente os “pontos-chave”,
que dão ênfase e destaque à Sua fala. Está em Lucas 12:35-48, onde diz:
“Estejam prontos para servir, e conservem acesas
as suas candeias, como aqueles que esperam seu senhor voltar de um banquete de
casamento; para que, quando ele chegar e
bater, possam abrir-lhe a porta
imediatamente. Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando
voltar. Eu lhes afirmo que ele se
vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los. Mesmo que ele chegue de noite ou de madrugada, felizes os servos que o senhor encontrar
preparados. Entendam, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que hora
viria o ladrão, não permitiria que a sua casa fosse arrombada. Estejam também
vocês preparados, porque o Filho do homem virá
numa hora em que não o esperam”.
Pedro perguntou: “Senhor, estás contando esta parábola para nós ou para todos?”
O Senhor
respondeu: “Quem é, pois, o administrador fiel e sensato, a quem seu senhor
encarrega dos seus servos, para lhes dar sua porção de alimento no tempo
devido? Feliz o servo a quem o seu
senhor encontrar fazendo assim quando voltar. Garanto-lhes que ele o
encarregará de todos os seus bens. Mas suponham que esse servo diga a si mesmo:
‘Meu senhor se demora a voltar’, e então comece a bater nos servos e nas
servas, a comer, a beber e a embriagar-se. O senhor daquele servo virá num dia
em que ele não o espera e numa hora que não sabe, e o punirá severamente e lhe
dará um lugar com os infiéis.
“Aquele servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem o realiza, receberá muitos açoites. Mas aquele que não a conhece e pratica
coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado,
muito mais será pedido”.
O que se
pode deduzir da parábola de Jesus e da resposta que Ele deu à pergunta de
Pedro, se valia só para eles ou para todos? Primeiro, que vale para todos.
Segundo, que aqueles que são designados para serem os “responsáveis” pelos Seus
servos – deduzindo-se aqui que Ele falava daqueles que são chamados para
“liderar” grandes ou pequenos grupos – podem “surtar” e “se aproveitar” dos
demais, “batendo nos servos e servas, comendo, bebendo e embriagando-se”,
significando com isso dizer que “estelionatam” aos demais. E o que Ele diz que
estes recebem? “Muitos açoites”, significando dizer isso mesmo, que,
espiritualmente falando, “pagariam” pelo que fizeram.
Como
“pagarão”? Bem, nem me preocupo com isso, pois será entre o Senhor e eles! A
mim só interessa saber que o Senhor sabe de tudo desde sempre, já nos advertiu
a respeito, e que a mim, sabedor disso, cabe cuidar de mim, para que possa ser
um dos “bons servos”!
Lembrei
agora de outra Palavra do Senhor, que quero usar para encerrar este texto que
aqui compartilho:
“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor,
Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. “Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor,
Senhor, não profetizamos em teu nome?
Em teu nome não expulsamos demônios e
não realizamos muitos milagres?’
Então eu lhes direi claramente: Nunca os
conheci. Afastem-se de mim vocês,
que praticam o mal!” (Mateus
7:21-23).
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o
amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
Sempre importante este 'aconchego' que sentimos no coração...quando sentimos que Deus Pai olha por seus filhos e um dia ou outro os "falsos profetas'-serão revelados.
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