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domingo, 4 de agosto de 2019

O Bom Servo e o Mau Servo



Dia desses conversava com um amigo que é muito assíduo e frequenta diligentemente a igreja/denominação à qual “pertence”. Sim, há muitos que se sentem “pertencentes” a alguma igreja/denominação. Até dizem, “pertenço à igreja tal”; e “a qual igreja tu pertences?”, perguntam-me. Quando digo que não tenho “pertencimento” a nenhuma igreja/denominação, mas “pertenço” à Igreja de Cristo, e que esta Igreja “somos nós, todas as pessoas que têm em Jesus seu Senhor e Salvador, e O confessam – no sentido de falarem abertamente sobre isso – às pessoas”, olham-me, muitas vezes, com olhar de estranheza. Digo-lhes que a Igreja de Cristo é composta de pessoas, não importando se “pertencem” ou frequentam a denominação A ou B, ou se eventualmente nalgum momento não frequentam nenhuma, mas que têm em seu próximo seu irmão. E ainda lhes digo que, se me convidarem a ir visitar a alguma igreja/denominação, vez ou outra irei, sempre que julgar apropriado à ocasião. Explicado isso claramente, seu olhar perde a estranheza e, comumente, tornam-se abertos a receberem o Evangelho que compartilho.
Mas não é exatamente disso que quero falar aqui. Quero falar que, enquanto conversava com este amigo/irmão em Cristo, ele reclamava dos “falsos pastores”, “falsos bispos”, “falsos missionários” e “falsos apóstolos”, “donos” de “igrejas”, que iludem e enganam o povo, subtraindo dos incautos, ingênuos e inocentes, fortunas em $. Comecei lhe respondendo que nem todos são “falsos” ou maus servos. Há, aqui e acolá, um ou outro honesto e sincero. Se procurarmos bem, o encontraremos. Mas que, sim, ele tinha razão, há muitos falsos, picaretas e estelionatários do $ alheio, e que é só o que buscam. Mas também disse a ele que nem todos os “fiéis” que caem nesse conto vilanesco são tão “inocentes”. Muitos deles são, sim. Mas há aqueles que entram para essas igrejas/clubes/quadrilhas em busca justamente de $, bens materiais, enriquecimento; em outras palavras, muitos entram no intuito de se locupletarem também.
Voltando a falar dos “donos” dessas “igrejas” e seus “ajudantes/obreiros/funcionários de carreira”, aqueles que querem ganhar $ à custa dos outros, bem, desses Jesus já falava.
Meu amigo este, ele me questionava o por que Deus permitia isso, por que Ele não dava um jeito nisso, não “eliminava essa corja”? Percebi um tom bélico nas palavras dele.
Em resposta, lembrei-lhe da parábola do “joio e o trigo” (Mateus 13:24-30), onde Jesus ensinava que os dois têm que crescer juntos, pois, arrancando-se o joio do meio da lavoura, poderia arrancar-se também o trigo, prejudicando, assim, a colheita. Além disso, Jesus menciona que o joio fora semeado no meio do trigo por “um inimigo”, fazendo subentender-se que este “inimigo” é o diabo. Então, já sabemos quem opera por trás da ganância dos “maus servos”, não é?
Tranquilizei meu amigo, dizendo-lhe que Deus sabe disso, que Ele sabe quem é quem, e que Ele sabe quem são os Seus. Complementei dizendo – como mencionei acima – que Jesus já nos advertira a esse respeito.
Então, para ilustrar um pouco, vou deixar que, em Suas próprias Palavras, Jesus nos elucide isso, onde Ele fala dos “bons servos” e dos “maus servos”, fazendo alusão – pois Sua Palavra permanece para sempre – também àqueles do nosso tempo. Grifei em negrito justamente os “pontos-chave”, que dão ênfase e destaque à Sua fala. Está em Lucas 12:35-48, onde diz:
“Estejam prontos para servir, e conservem acesas as suas candeias, como aqueles que esperam seu senhor voltar de um banquete de casamento; para que, quando ele chegar e bater, possam abrir-lhe a porta imediatamente. Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando voltar. Eu lhes afirmo que ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los. Mesmo que ele chegue de noite ou de madrugada, felizes os servos que o senhor encontrar preparados. Entendam, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não permitiria que a sua casa fosse arrombada. Estejam também vocês preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que não o esperam”.
Pedro perguntou: “Senhor, estás contando esta parábola para nós ou para todos?”
O Senhor respondeu: “Quem é, pois, o administrador fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos seus servos, para lhes dar sua porção de alimento no tempo devido? Feliz o servo a quem o seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens. Mas suponham que esse servo diga a si mesmo: ‘Meu senhor se demora a voltar’, e então comece a bater nos servos e nas servas, a comer, a beber e a embriagar-se. O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe, e o punirá severamente e lhe dará um lugar com os infiéis.
 “Aquele servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem o realiza, receberá muitos açoites. Mas aquele que não a conhece e pratica coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido”.
O que se pode deduzir da parábola de Jesus e da resposta que Ele deu à pergunta de Pedro, se valia só para eles ou para todos? Primeiro, que vale para todos. Segundo, que aqueles que são designados para serem os “responsáveis” pelos Seus servos – deduzindo-se aqui que Ele falava daqueles que são chamados para “liderar” grandes ou pequenos grupos – podem “surtar” e “se aproveitar” dos demais, “batendo nos servos e servas, comendo, bebendo e embriagando-se”, significando com isso dizer que “estelionatam” aos demais. E o que Ele diz que estes recebem? “Muitos açoites”, significando dizer isso mesmo, que, espiritualmente falando, “pagariam” pelo que fizeram.
Como “pagarão”? Bem, nem me preocupo com isso, pois será entre o Senhor e eles! A mim só interessa saber que o Senhor sabe de tudo desde sempre, já nos advertiu a respeito, e que a mim, sabedor disso, cabe cuidar de mim, para que possa ser um dos “bons servos”!
Lembrei agora de outra Palavra do Senhor, que quero usar para encerrar este texto que aqui compartilho:
 Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. “Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” (Mateus 7:21-23).

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,

Kurt Hilbert

Um comentário:

  1. Sempre importante este 'aconchego' que sentimos no coração...quando sentimos que Deus Pai olha por seus filhos e um dia ou outro os "falsos profetas'-serão revelados.

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