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sábado, 26 de setembro de 2015

Não se Meta em Confusão


          Meu filho, dê atenção à minha sabedoria, incline os ouvidos para perceber o meu discernimento. Assim você manterá o bom senso, e os seus lábios guardarão o conhecimento. Pois os lábios da mulher imoral destilam mel; sua voz é mais suave que o azeite, mas no final é amarga como fel, afiada como uma espada de dois gumes. Os seus pés descem para a morte; os seus passos conduzem diretamente para a sepultura. Ela nem percebe que anda por caminhos tortuosos, e não enxerga a vereda da vida.
          Agora, então, meu filho, ouça-me; não se desvie das minhas palavras. Fique longe dessa mulher, não se aproxime da porta de sua casa, para que você não entregue aos outros o seu vigor nem a sua vida a algum homem cruel, para que estranhos não se fartem do seu trabalho e outros não se enriqueçam à custa do seu esforço. No final da vida você gemerá, com sua carne e seu corpo desgastados. Você dirá: “Como odiei e disciplina! Como o meu coração rejeitou a repreensão! Não ouvi os meus mestres nem escutei os que me ensinavam. Cheguei à beira da ruína completa, à vista de toda a comunidade”.
          Beba das águas da sua cisterna, das águas que brotam do seu próprio poço. Por que deixar que as suas fontes transbordem pelas ruas, e os seus ribeiros pelas praças? Que elas sejam exclusivamente suas, nunca repartidas com estranhos. Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela. Por que, meu filho, ser desencaminhado pela mulher imoral? Por que abraçar o seio de uma leviana?
          O SENHOR vê os caminhos do homem e examina todos os seus passos. As maldades do ímpio o prendem; ele se torna prisioneiro das cordas do seu pecado. Certamente morrerá por falta de disciplina; andará cambaleando por causa da sua insensatez.

          (Provérbios cap. 5)

          Este capítulo do livro dos Provérbios, usando a “mulher imoral” como uma figura de linguagem representando tudo aquilo que não condiz com o caminho da sensatez, nos ensina quão importante é estarmos atentos a levarmos uma vida sem dubiedades, sem alternâncias bruscas de comportamento e de conduta, sem altos e baixos constantes, representando uma patologia psicológica.
          Este capítulo nos chama para a constância, para o equilíbrio, para o bom senso, para a serenidade e para o domínio próprio. E nos lembra como é importante termos um padrão de conduta e comportamento, sob pena de, em não o fazendo assim, estarmos fadados a andarmos cambaleantes psicológica e moralmente pela existência.
          Em poucas palavras, nos lembra para não nos metermos em confusão.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 20 de setembro de 2015

O Sermão da Montanha


O início do Sermão da Montanha (Mateus 5:1-12; Lucas 6:20-23)
Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Seus discípulos aproximaram-se dele, e ele começou a ensiná-los, dizendo:
– Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os odiarem, expulsarem e insultarem, e eliminarem o nome de vocês, como sendo mau, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se nesse dia e saltem de alegria, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma os antepassados deles perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.

O sal da terra (Mateus 5:13; Marcos 9:49-50; Lucas 14:34-35)
– Vocês são o sal da terra. O sal é bom, mas se deixar de ser salgado, se perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, nem para o solo nem para adubo, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. Tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros. Cada um será salgado com fogo. Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça.

A luz do mundo (Mateus 5:14-16)
– Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.

Jesus cumpre a Lei (Mateus 5:17-20)
– Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo-lhes a verdade: enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra. Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus. Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão do Reino dos céus.

O homicídio (Mateus 5:21-26)
– Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: “Não matarás”, e “quem matar estará sujeito a julgamento”. Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: “Racá” (termo aramaico de desprezo), será levado ao tribunal. E qualquer que disser: “Louco!”, corre o risco de ir para o fogo do inferno. Portanto, se você estiver apresentando a sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta. Entre em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão. Eu lhe garanto que você não sairá de lá enquanto não pagar o último centavo.

O adultério (Mateus 5:27-30)
– Vocês ouviram o que foi dito: “Não adulterarás”. Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno. E se a sua mão direita o fizer pecar, corte-a e lance-a fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ir todo ele para o inferno.

O divórcio (Mateus 5:31-32)
– Foi dito: “Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio”. Mas eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério.

Os juramentos (Mateus 5:33-37)
– Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: “Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor”. Mas eu lhes digo: não jurem de forma alguma; nem pelos céus, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo. Seja o seu “sim”, “sim”, e o seu “não”, “não”; o que passar disso vem do Maligno.

A vingança (Mateus 5: 38-42; Lucas 6:27-31)
– Vocês ouviram o que foi dito: “Olho por olho e dente por dente”. Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. Não resistam ao perverso. Se alguém lhe bater e ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, não o impeça, deixe que leve também a capa. E se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva. Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. Dê a todo aquele que lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado. Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles.

O amor aos inimigos (Mateus 5: 43-48; Lucas 6:32-36)
– Vocês ouviram o que foi dito: “Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo”. Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que mérito vocês terão e que recompensa vocês receberão? Até os publicanos fazem isso! Até os “pecadores” amam aos que os amam. E se saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os “pecadores” agem assim. E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Até os “pecadores” emprestam a “pecadores”, esperando receber devolução integral. Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus. Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso. Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês.

A ajuda aos necessitados (Mateus 6:1-4)
– Tenham o cuidado de não praticar suas “obras de justiça” diante dos outros para serem vistos por eles. Se fizerem isso, vocês não terão nenhuma recompensa do Pai celestial. Portanto, quando você der esmola, não anuncie isso com trombetas, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem honrados pelos outros. Eu lhes garanto que eles já receberam sua plena recompensa. Mas quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita, de forma que você preste a sua ajuda em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo, o recompensará.

Como se deve orar (Mateus 6:5-8)
– E quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de ficar orando em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros. Eu lhes asseguro que eles já receberam sua plena recompensa. Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará. E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não sejam iguais a eles, porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem.

A oração do “Pai Nosso” (Mateus 6:9-13; Lucas 11:2-4)
– Vocês, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.

A condição para ser perdoado (Mateus 6:14-15)
– Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas.
  
O jejum (Mateus 6:16-18)
– Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os outros vejam que eles estão jejuando. Eu lhes digo verdadeiramente que eles já receberam sua plena recompensa. Ao jejuar, arrume o cabelo e lave o rosto, para que não pereça aos outros que você está jejuando, mas apenas a seu Pai, que vê em secreto. E seu Pai, que vê em secreto, o recompensará.

Os tesouros no céu (Mateus 6:19-21; Lucas 12:32-34)
– Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam.  Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino. Vendam o que têm e deem esmolas. Façam para vocês bolsas que não se gastem com o tempo, um tesouro nos céus que não se acabe, onde ladrão algum chega perto e nenhuma traça destrói. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.

A parábola da candeia (Mateus 6:22-23; Lucas 11:33-36)
– Ninguém acende uma candeia e a coloca em lugar onde fique escondida ou debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, para que os que entram possam ver a luz. Os olhos são a candeia do corpo. Quando os seus olhos forem bons, igualmente todo o seu corpo estará cheio de luz. Mas quando forem maus, igualmente todo o seu corpo estará cheio de trevas. Portanto, cuidado para que a luz que está em seu interior não sejam trevas. Se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são! Logo, se todo o seu corpo estiver cheio de luz, e nenhuma parte dele estiver em trevas, estará completamente iluminado, como quando a luz de uma candeia brilha sobre você.

Os dois senhores (Mateus 6:24)
– Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.

As preocupações da vida (Mateus 6:25-34; Lucas 12:22-34)
– Portanto eu lhes digo: não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, Deus, o Pai celestial, as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? Visto que vocês não podem sequer fazer uma coisa tão pequena, por que se preocupar com o restante? Por que vocês se preocupam com roupas? Observem e vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem nem busquem ansiosamente, dizendo: “Que vamos comer?” ou “Que vamos beber?” ou “Que vamos vestir?”. Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.

O julgamento ao próximo (Mateus 7:1-5; Lucas 6:37-38;41-42)
– Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida, e transbordante será dada a vocês. Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: “Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho”, se você mesmo não consegue ver a viga que está em seu próprio olho? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.

Pérolas aos porcos (Mateus 7:6)
– Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão.

A persistência na oração (Mateus 7:7-12; Lucas 11:9-13)
– Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. Qual pai, entre vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas e dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem! Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas.

A porta estreita (Mateus 7:13-14)
– Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram.

Os falsos profetas (Mateus 7:15-23)
– Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro não lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão! Nem todo aquele que me diz: “Senhor, Senhor”, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: “Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?” Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!
  
Os dois fundamentos (Mateus 7:24-27; Lucas 6:46-49)
– Por que vocês me chamam “Senhor, Senhor” e não fazem o que eu digo? Eu lhes mostrarei com quem se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. Quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que, ao construir a sua casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas não a conseguiram abalar e ela não caiu, porque estava bem construída e tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia, sem alicerces. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. Foi grande a sua queda e a sua destruição foi completa.

O fim do Sermão da Montanha (Mateus 7:28-29)
Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei.


Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,

Kurt Hilbert

sábado, 12 de setembro de 2015

Qual Entendimento?


          Provérbios 3:5
          Confie no SENHOR de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento.

          Se você observar acima, eu grifei em negrito todo o versículo 5 do terceiro capítulo de Provérbios. Eu não sou de fazer isso. Normalmente, eu grifo, quando julgo oportuno, uma parte de um versículo que ache mais relevante em relação ao todo, ou, às vezes, nem grifo parte alguma. Mas esta é a primeira vez em que grifo o versículo inteiro, ao usá-lo como mote de um texto a ser publicado ou divulgado.
          O que escrevi no parágrafo acima, num primeiro momento, poderia nem parecer tão relevante assim. Mas é. Vejamos os motivos.
          Inicia o texto bíblico falando para confiar no SENHOR. Muitas vezes dizemos que cremos em Deus, que Ele está no controle de tudo, que deixamos as coisas em Suas mãos. Ok. Mas, e confiamos realmente? Confiar é ter segurança no íntimo, é depositar crédito, é esperar, é ter fé, é fiar-se, é poder confidenciar. Tudo isso é ter confiança, é confiar. E aí? Temos segurança íntima em Deus, aconteça o que acontecer, passe o que passar? Depositamos crédito n’Ele, acreditando que Ele faz o melhor para nós, mesmo que, algumas vezes, possamos não O compreender? Esperamos n’Ele, com paciência e confiança, mesmo quando os muros caem à nossa volta? Temos fé n’Ele, isto é, sentimos que n’Ele está a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos (Hebreus 11:1)? Podemos sempre fiar-nos n’Ele, considerá-Lo nosso fiador, sabendo que em Cristo tudo está feito? Podemos, seja qual for o assunto, confidenciar tudo a Ele em oração, na certeza que Ele nos está ouvindo? Confiamos n’Ele? E aí? Quais são as nossas respostas?
          Segue dizendo que cofiemos n’Ele de todo o coração. O que é isso? O coração, nesta passagem, obviamente não corresponde ao músculo que bombeia o sangue. O coração, nesta passagem, representa nosso espírito, nossa alma, nosso ser. Quando o coração está dividido, as coisas não subsistem, como Jesus já ensinava: Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá (Mateus 12:25). É preciso inteireza, inteireza essa que o Senhor nos promete conforme diz em Ezequiel 11:19, onde se lê: Darei a eles um coração não dividido e porei um novo espírito dentro deles. Se nos encontramos divididos agora – o que pode acontecer, é perfeitamente normal – peçamos a Deus este coração não dividido, pois Ele nos ensina que nos dará. Não será, em última instância, uma conquista nossa, mas será uma dádiva de Deus. E Ele nos concede as dádivas que pedimos, quando forem da Sua vontade, como Ele nos ensina: Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos (I João 5:14-15). Peçamos, pois, a Ele, um coração inteiramente d’Ele!
          Agora, dentro da importância total da passagem grifada, um ponto especialmente importante: não nos apoiarmos em nosso próprio entendimento. Em traduções bíblicas mais ortodoxas e eruditas, fala-se, ao invés de apoiar-se, em estribar-se. Estribar-se, significa colocar o estribo no cavalo sobre o qual montaremos. Em outras palavras, quer dizer que não devemos montar em cima do nosso próprio entendimento. São outras palavras, mas o significado é o mesmo. Quer seja apoiar-se, quer seja estribar-se, o ensinamento é um só: que não usemos o nosso próprio entendimento como base ou como apoio. E por que não? Porque o nosso coração – aquele que deve confiar no Senhor sem estar dividido – pode ser enganado e enganoso, como diz em Jeremias 17:9. Podemos ser enganados e – mesmo com sinceridade – nos enganarmos a nós mesmos.
          Por isso não gosto muito da literatura de auto-ajuda. Acho que, mais do que auto-ajuda, é auto-engano. Primeiro, porque foram escritos por homens que, com frases feitas e bonitinhas, nos querem convencer o quão perfeito é um mundo construído em cima de percepções fabulosas. Depois, porque assim como o que lê pode se auto-enganar com o que lê, o que escreve pode se auto-enganar com o que escreve. Tanto o que lê como o que escreve podem – sinceramente – achar que estão fazendo a coisa certa, mas estarem – sinceramente – errados. E por que estariam? Porque não se conhece a fonte da inspiração. Mas, quando confiamos no Senhor, sabemos Quem é a fonte de inspiração!
          Outra coisa: por mais conhecimento que tenhamos, ainda assim podemos estar errados. Se a fonte do conhecimento for outra que não Deus, podemos estar sendo induzidos ao erro. Quando procuramos entender a vida apoiados tão-somente em conhecimentos humanos, podemos estar bebendo da fonte errada, podemos estar bebendo água contaminada. Jesus nos ensinava que Ele é a água para a vida eterna (João 4:14). O conhecimento humano é sempre útil às coisas da vida humana enquanto somos bípedes andantes neste terceiro planetinha do sistema solar. Mas, quando se trata de vida eterna – do que versa toda a Escritura – o conhecimento humano será sempre parcial, enquanto que o conhecimento divino nos dará entendimento com visão para mais longe.
          Temos que tomar o cuidado de não permitirmos que as coisas que absorvemos nos dividam. Uma mente e um coração divididos – nunca é demais repetir – nos enfraquecem e nos naufragam.
          Muitas filosofias da assim chamada Nova Era querem nos fazer crer que tudo depende de nós. Ensinam que nós somos o centro do nosso Universo, que nós podemos criar, fazer e acontecer, que nós é que importamos. Ao invés de colocar Deus no centro, colocam o homem no centro; ao invés de colocar o Criador no cerne, colocam no cerne a criatura. E fazem isso, na maior parte das vezes, com muito amor. Mesmo que denote uma boa dose de egocentrismo e individualismo, o mostram pelo prisma do amor. Quem anda por esses caminhos – tanto os que o criam quanto os que o recebem – o podem estar fazendo com sinceridade, na maior boa intenção. Mas, se assim como é verdade que em parte as coisas dependem de nós, é mais verdade ainda que o é só em parte. Pois na totalidade, dependem da nossa decisão de estarmos em comunhão com Deus através de Cristo. Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma (João 15:5). Ele mesmo nos ensina isso. Se nos estribarmos em cima dos Seus ensinamentos, aí sim, podemos andar seguros.
          Assim, confiemos de todo o coração no que nos ensina o Senhor, e entenderemos o que Ele nos ensina. Conheceremos a Deus, pois Ele Se nos dá a conhecer: Meu filho, se você aceitar as minhas palavras e guardar no coração os meus mandamentos; se der ouvidos à sabedoria e inclinar o coração para o discernimento; se clamar por entendimento e por discernimento gritar bem alto; se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como quem busca um tesouro escondido, então você entenderá o que é temer o SENHOR e achará o conhecimento de Deus (Provérbios 2:1-5).

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A Doutrina do Novo Testamento


          A doutrina do Novo Testamento pode ser, de uma forma geral, encontrada nas passagens abaixo. Elas abrangem todo o cerne da vinda de Deus à terra, personificada em Jesus, com o propósito de religar o ser humano a Deus. Deus vem a nós e, por amor aos seres humanos, abre o caminho para que possamos, por Cristo, nos religarmos a Ele.

          Romanos 8:28-39
          Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam (a), dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; e aos que justificou, também glorificou.
          Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro” (b).
          Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios (c), nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

          Efésios 1:3-14
          Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Porque Deus nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado.
          Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento. E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos. Nele fomos também escolhidos (d), tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade, a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória.
          Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória.

          João 6:35-45
          Então Jesus declarou: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede. Mas, como eu lhes disse, vocês me viram, e ainda não crêem. Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. Pois desci dos céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”.
          Com isso os judeus começaram a criticar Jesus, porque dissera: “Eu sou o pão que desceu do céu”. E diziam: “Este não é Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como ele pode dizer: ‘Desci do céu’?”
           Respondeu Jesus: “Parem de me criticar. Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão ensinados por Deus(e). Todos os que ouvem o Pai e dele aprendem vem a mim”.

          João 10:14-18
          “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai”.

          João 10:27-30
          “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um”.

          João 16:7-15
          “Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas seu eu for, eu o enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque os homens não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado”.
          “Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora. Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. Tudo o que pertence ao Pai é meu. Por isso eu disse que o Espírito receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês”.

a)    Alguns manuscritos dizem: Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem dos que amam a Deus; outros trazem: Sabemos que em todas as coisas Deus coopera juntamente com aqueles que o amam, para trazer à existência o que é bom.
b)   Citação do Salmo 44:22.
c)    Ou autoridades celestiais.
d)    Alguns manuscritos dizem feitos herdeiros.
e)    Citação de Isaías 54:13.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
                Kurt Hilbert