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domingo, 20 de dezembro de 2015

Luz do Mundo

João 9:5
           “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”.

  
“Enquanto estou no mundo,
sou a luz do mundo”.
Enquanto estou pensando
em como isso me toca,
penso que Cristo foca
em nossos íntimos
para que não sejamos ínfimos,
mas repletos de tudo.
Penso nesta Sua palavra
e percebo que lavra
em campo de sentimentos.
Ele sabia quem era,
Ele sabia onde estava,
Ele sabia o que representava
ao nosso mundo interno.
Ele não fala do mundo externo,
mas da essência que se é.
Ele fala da nossa fé
que move e que ilumina
com uma luz divina
que temos dentro de nós.
Para isto basta crer
que cada um pode ser
também a mesma luz
que um ao outro conduz.
Isso me faz perceber
que também posso dizer:
“Enquanto estou no mundo,
sou a luz do mundo”.


Que possamos ser luz no mundo à nossa volta, assim como Jesus nos ensina. Que assim seja nesse Natal e no ano que entra.
Feliz Natal e um ano de 2016 muito abençoado! 

Kurt Hilbert

domingo, 13 de dezembro de 2015

Dois Senhores


          Mateus 6:24
          “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”.

          Há traduções onde a palavra Dinheiro, na passagem acima citada, é traduzida por Mamon. Este é um termo para descrever riqueza material ou cobiça, e nem sempre é personificado como uma “divindade”. É, essencialmente, um termo de origem hebraica que significa “dinheiro”. Por isso, na tradução para um português mais inteligível, usa-se simplesmente a expressão Dinheiro, assim mesmo, com inicial maiúscula, em virtude da importância a ele referida. Bem, essa introdução é apenas para nos situarmos no exato significado da expressão. Isso feito, vamos entrar no assunto em si.
          Jesus nos ensina que não se pode servir a dois senhores. Isso é uma característica intrínseca da psique humana: não pode haver dedicação ou subserviência a duas coisas em igual estado de importância; uma sempre será dominante. E, etimologicamente, o que é dominante, domina. Quando positiva, abarca e abraça para o bem. Quando negativa, escraviza para o mal.
          Jesus está, então, dizendo que o dinheiro é algo negativo? Não. Ele está falando de senhorio. Quando nós exercemos o senhorio sobre o dinheiro, é positivo. Quando o significado em nossa vida de se ter – ou não se ter – dinheiro domina sobre nós, é negativo. É o tal do quem é mesmo que manda em quem? Se o dinheiro nos serve – para o suprimento de nossas necessidades – ele é o servo e nós o senhor. Se servimos ao dinheiro – quando ele assume uma proporção quase divinizada, quando achamos que na sua ausência ou escassez não podemos viver, e quando fazemos todos os esforços possíveis para termos cada vez mais dele – então ele é o nosso senhor e nós os servos.
          Então, enfatizando outra vez, Jesus está falando aqui de senhorio.
          Quando Ele diz que odiará um e amará o outro, Ele está apresentando uma antítese: o amor e o não amor. Quando servimos a Deus, então O amaremos e não amaremos o Dinheiro – e tudo o que ele representa, especialmente de mal. Quando servimos ao Dinheiro, então o amaremos e não amaremos a Deus – e tudo o que Ele representa de bom.
          Quando Jesus diz que se dedicará a um e desprezará o outro, Ele está nos mostrando claramente onde e em quem depositamos nossos melhores esforços, nossa energia, nosso coração, nossa alma. Nossa vida!
          Dedicar, etimologicamente, é também consagrar; é oferecer; é aplicar; é servir! Podemos nos perguntar, porque perguntar é sempre útil: A quem eu me dedico? A quem eu me consagro (torno-me sagrado para quem)? A quem eu me ofereço? A quem eu me aplico? A quem eu sirvo?
          Desprezar não é – ao que possa parecer à primeira vista ou de forma desavisada e pouco profunda – não considerar. Desprezar é simplesmente não prezar. E não prezar é diminuir ou tirar o valor. Então, quando não prezamos, estamos diminuindo ou tirando o seu valor.
          Quando podemos aplicar isso a Deus, então podemos dizer que prezamos a Ele, e que não prezamos – ou diminuímos o valor – de tudo o que não é Ele.
          Gosto muito de uma canção do Roberto Frejat – antigo Barão Vermelho e parceiro artístico do Cazuza – que diz assim: desejo que você tenha dinheiro / pois é preciso viver também / mas que, ao menos uma vez / você diga a ele quem é mesmo o dono de quem. Frejat também falava, em outras palavras, de senhorio.
          O dinheiro é apenas isso: instrumento de troca de valores. Deus é apenas isso: Tudo.
          Como perguntas finais: Quando estou sem dinheiro, como me sinto? E sem Deus, como me sentiria? Em quem eu deposito minha confiança: em Deus ou no dinheiro? Se estivesse sem Deus, eu me sentiria seguro? E quando estou sem dinheiro ou com pouco dele, ainda assim me sinto seguro?
          Na fonte onde depositamos a nossa segurança, é aí que depositamos o nosso senhorio.
          Para terminar, outra pérola do Mestre: “Onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mateus 6:21).

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 6 de dezembro de 2015

Bênção e Multiplicação

Gênesis 1:22
          Então Deus os abençoou, dizendo: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham as águas dos mares! E multipliquem-se as aves na terra”.


Fiz tudo pelo que disse;
faço tudo pelo que digo;
farei tudo pelo que direi.
Sobre tudo o que olhei
pela primeira vez, bendigo
até aqui minha criação:
          Sejam férteis, multipliquem-se,
          reproduzam-se, repliquem-se,
          encham águas,
          encham terras,
          nadem, andem, voem,
          existam e resistam, povoem
          a mãe terra em amplitude,
          repleta de plenitude.
          Haja vida em profusão!
Esta é minha bênção.
Tal qual um pássaro em vôo,
sempre que abençôo,
eis a multiplicação.

  
Kurt Hilbert