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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Deleitar-se em Deus


      Salmo 37:4
Deleite-se no SENHOR, e ele atenderá aos desejos do seu coração.

          Com o que nos deleitamos? Caramba, talvez você pense, deleitar? Não nos deparamos com essa palavra todos os dias. Tem algo a ver com leite? (desculpe, eu sei que a piada é ruim, mas não resisti...). Falando sério, segundo o dicionário, deleitar-se é deliciar-se, é sentir um prazer íntimo e suave e, ao mesmo tempo, pleno e intenso; deleitar-se é estar num estado de leveza e plenitude.
          Agora que o significado de deleite e deleitar-se está mais claro, volto à pergunta do início do parágrafo anterior: Com o que nos deleitamos? O que nos causa um sentimento de delícia, de suavidade e prazer, de intensidade, leveza e plenitude? Seguramente cada um de nós pode elencar algumas coisas que causem esse estado de alma. Como somos diferentes uns dos outros, as respostas também serão diferentes umas das outras. O que causa esse estado em mim, pode não causar em você, e vice-versa. O que para um é de relevante significado quando o ponto é causar um estado de deleite, para outro pode significar pouco. É assim mesmo. Não nos deleitamos com as mesmas coisas, isso é ponto concordante.
          O salmista, entretanto, nos convida a focarmos um ponto comum de deleite. No tempo do salmista já era assim, as pessoas deleitavam-se com coisas naturalmente diferentes, mas ele fazia um convite: continuem com seus deleites em coisas diferentes, mas permitam-se a ter em comum algo – ou alguém – com o que ou quem se deleitar: o SENHOR.
          Deleitar-se em Deus significa abrir espaço no mais íntimo do nosso coração para buscar encontrar ali a essência da vida; é abrir espaço e tempo para que Ele, em Seu Espírito, toque e mova os nossos sentimentos. É orar. É meditar. É ouvir o coração, o nosso e o de Deus. É buscar “enxergar” o invisível. Deleitar-se em Deus é elevar os mais particulares pensamentos a Ele, na calma certeza que Ele nos entende. Que Ele nos escuta e responde. Que Ele interage conosco. Deleitar-se em Deus é suspirar profundamente e sorrir. Sorrir mesmo. Simplesmente aproximar as duas extremidades laterais da boca das duas orelhas ao mesmo tempo. Não é forçar um sorriso; e deixá-lo fluir. Deleitar-se em Deus é sorrir para o próximo e dizer a ele, com esse sorriso ainda estampado: Valeu!!!
          Antes que você rotule o parágrafo acima como poesia barata ou blábláblá de auto-ajuda, lhe digo que não é nada disso. Deleitar-se em Deus é uma atitude, é uma postura de vida!
          O salmista fala que, quando nos deleitamos em Deus, Ele atenderá aos desejos do seu coração. Alguém poderia dizer que atender aos desejos do coração é uma redundância, pois onde estão os desejos, senão no coração? É uma redundância, sim, mas Deus é tão simples que até as Suas redundâncias são deleitosas. Até a simplicidade de Deus é plena. Quando o salmista diz que Ele atenderá aos desejos do seu coração, ele nos diz que quando estamos num estado de deleite de relacionamento com Deus, abrimos espaço para uma intimidade tal entre nós e Ele, que Ele se porá em sintonia com nossos sentimentos. Deus contemplará nossos desejos da mesma forma que contemplamos os Seus mandamentos. E Ele atenderá nossos desejos, da mesma forma que – por amor a Ele – obedecermos aos Seus mandamentos, à Sua Palavra. Deus estabelecerá uma parceria conosco tão intrínseca, que basta que desejemos, e Ele já “aciona” a engenharia do Universo para trazer à realidade o que desejamos.
          Mas – e há sempre um mas – nossos desejos precisam estar alinhados com o amor que Cristo nos tem ensinado (sempre que você tiver alguma dúvida de como é este amor, faça uma visitinha ao capítulo 13 de I Coríntios). Não adianta de nada desejarmos coisas diferentes do que está em comunhão com esse amor.
          Mas – e este é um bom mas – se estivermos em deleite em nosso relacionamento com Deus, é simplesmente impossível que em nossos sentimentos se intrometa algum sentimento destoante do amor divino.
          É uma prática constate, brothers and sisters. Deleite é um substantivo, mas deleitar é um verbo. Verbo denota ação. Deleite-se em Deus, deseje, e perceba-O interagindo com você, e o que você desejar, já é.

       Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,

Kurt Hilbert
     UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

sábado, 18 de agosto de 2012

O Deus de Toda a Humanidade


Jeremias 32:27
“Eu sou o SENHOR, o Deus de toda a humanidade. Há alguma coisa difícil demais para mim?”

Os escritos do profeta Jeremias datam de aproximadamente 600 anos a.C.
Num tempo em que o povo hebreu tinha como certa a sua exclusividade de “povo de Deus”, havia lampejos de percepção mais universais a esse respeito. E Jeremias teve um desses lampejos quando falou que Deus é o Deus de toda a humanidade.
Entendo que os escritos do Antigo Testamento, de um modo geral, abrangem as peripécias de um povo que é um reflexo de todos os povos, em todos os tempos. Vou tentar me explicar: toda a trajetória hebraica, desde os patriarcas, passando por seus líderes libertadores, seus condutores e juízes, seus reis e profetas, suas pessoas simples numa terra estranha, invadindo uma terra que lhes fora prometida, lutando contra seus nativos, sofrendo influências das culturas políticas e religiosas em derredor, tudo isso é o reflexo da própria história da humanidade, em todos os tempos. A história de qualquer povo, em qualquer época, se repete ciclicamente mais ou menos como a história do povo hebreu. É como se o povo hebreu “representasse”, de alguma forma, a humanidade como um todo. Enquanto esse povo hebreu se manteve fiel aos seus princípios de conduta moral e à sua legislação e unidade (sintetizadas em Deus e na lei mosaica), foi afortunado em suas empreitadas. Quando se desviava e se corrompia com as concupiscências humanas em sua volta, seu êxito estancava e, não raro, retrocediam. Foram – e, de certa forma, ainda são – um povo que teve suas origens, seu desenvolvimento, seus sucessos e fracassos, suas conquistas e derrotas, suas quedas e retomadas, como praticamente todos os povos no decorrer da História. Me faço entender? Na esperança de que sim, vamos prosseguir.
Esse povo, com suas idiossincrasias próprias, teve um profeta que afirmou que Deus era universal, não só pela criação, mas pelo apego à humanidade como um todo. Era o Deus do povo hebreu, sim, mas, ao mesmo tempo, de todos os povos, de toda a humanidade.
Abordo esse assunto numa época em que há muitas religiões vindicando para si a exclusividade de serem “a religião certa”. O judaísmo afirma ser a “religião certa”; o islã, idem; o cristianismo, também – cito aqui apenas as três grandes religiões ocidentais. E, dentro do próprio cristianismo, não raro aparece uma determinada denominação eclesiástica alegando ser ela – e só ela – a “verdadeira igreja de Cristo”. Não desejo provocar polêmica, apenas estou citando fatos facilmente perceptíveis.
Mas o que quero dizer com isso? Quero dizer que seria bom que tivéssemos a visão que Jeremias teve, a de que Deus é o Deus de todos os homo sapiens – e possivelmente de seus predecessores também! Quero dizer que a percepção de Jeremias nos faz pensar, em pleno século XXI, que a “alma de Deus” vibra em cada alma humana, independente da fé que esse humano professe. Quero dizer que deveríamos parar de pensar em “religiões certas” e começar a pensar em “atitudes certas”, baseadas no sentir divino, em relação a todos os nossos semelhantes neste planetazinho querido em que vivemos.
A questão da “religião certa” é complexa. Fazendo uma analogia com a aritmética, é claro que para um determinado cálculo existe apenas uma resposta correta. Mas existem respostas que, ainda que não absolutamente corretas, aproximam-se muito desta resposta correta. Nem mesmo o cristianismo – como religião – pode vindicar a si a premissa de ser a resposta correta, pois o mais difundido dos seus apóstolos – Paulo – afirma que agora somente conhecemos em parte (I Coríntios 13:12). Ainda na analogia com a aritmética, esta é uma ciência exata; seria a religião uma “ciência exata”? Só para pensar um pouquinho...
Um parágrafo aparte: antes que alguém me xingue, não estou dizendo que Cristo não seja a resposta correta; creio que Cristo é o caminho, a verdade e a vida, como Ele mesmo afirma em João 14:6 e, portanto, Cristo é a resposta correta para a aritmética da nossa vida. Mas Cristo não fundou uma religião em si, o que Ele veio nos trazer transcende a religiosidade: Ele veio nos trazer a vida eterna! E quero dizer neste parágrafo aparte que, como cristão e como livre discípulo de Cristo, acredito que o cristianismo – enquanto religião – é a que mais se aproxima da resposta correta. O ser humano, com suas idiossincrasias, é que comete erros dentro do próprio cristianismo – e em outras religiões também – contribuindo para que o resultado não seja 100% correto. Mas somos imperfeitos e produzimos imperfeições, é a condição humana que nos compete. O consolo que temos é que Deus, por Sua graça – e se permanecemos n’Ele –, cobre as nossas imperfeições. Neste parágrafo, era isso. Ponto, nova linha.
Voltando à questão titular desta crônica, Jeremias percebeu, em meio a uma sociedade e a uma época particulares, que Deus é o Deus de toda a humanidade. De fato, Jeremias por si só não poderia perceber isso. Não era da cultura da sua época, não era uma profissão da fé hebraica, nem mesmo a percepção de Jeremias teve influência da religiosidade de povos vizinhos conterrâneos seus. Não. O que de fato houve é que Deus fez com que Jeremias percebesse e registrasse isso. Foi Deus que “disse” a Jeremias que Ele era – e é – o Deus de toda a humanidade. E, numa época em que a busca pelo relacionamento do ser humano com o Ser divino anda em tão grande crise, Deus nos “diz” de novo hoje que Ele é de toda a humanidade, independente da forma religiosa que as partes desta humanidade possui.
Deus é Deus e ponto; não há “raças de deuses”, nem “religiosidades de deuses”. O ser humano é o ser humano e ponto; não há “raças de seres humanos”, nem deveria haver “religiosidades humanas” que provocassem cismas entre os próprios humanos. Deus é Trino – Pai, Filho e Espírito Santo – e Uno ao mesmo tempo; é a unidade na diversidade. A humanidade é diversa, mas deveria ser una ao mesmo tempo; também deveria haver unidade na diversidade humana! É isso que Ele diz: há um só Deus para a humanidade e há uma só humanidade para Deus. Não há um ou outro “povo de Deus”; há uma “humanidade de Deus”. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Passados 26 séculos desde que Jeremias percebeu isso – e 20 desde que Cristo o confirmou –, que possamos perceber isso também!
No final do versículo citado no título, Deus pergunta: “Há alguma coisa difícil demais para mim?” Pergunto a mim mesmo: perceber a acessibilidade a Deus por e para todos os seres humanos é uma coisa difícil demais para mim?

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert
     UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

sábado, 11 de agosto de 2012

On-line com Deus


I Tessalonicenses 5:17

Orem continuamente.



Orem continuamente é uma orientação que o apóstolo Paulo dá à comunidade de Tessalônica. Orem continuamente é uma forma clara e simples de falar, entendível a todos. É um versículo minúsculo – um dos menores da Bíblia – mas de um conteúdo maiúsculo. Em traduções mais eruditas das Escrituras diz orai sem cessar. É o mesmo, mais poético, mas tem a mesma orientação.

Há algum tempo falava com meu amigo Claudiomiro – pastor em Gramado – sobre esse versículo. Como é possível orar continuamente, orar sem cessar? Orar é um ato consciente, deve ser feito com reverência, de coração; orar não é um repetir automático, quase ad infinitum, de algumas palavras. “Não usem vãs repetições”, ensinava Jesus (Mateus 6:7). Orar é um ato onde devemos estar presentes de corpo, mente e alma. Como, então, é possível orar sem cessar?

Não devemos esquecer que Paulo orientava com esse ensinamento não apenas a uma pessoa, mas a uma comunidade inteira. Bem, se formos pensar que uma comunidade inteira fique orando sem cessar, já nos parece mais factível, não é mesmo? Afinal, quando um indivíduo cessa de orar, o outro pode retomar a oração, e assim sucessivamente. Seria, sim, possível a uma comunidade orar em tempo integral. E, se pensarmos na grande comunidade cristã espalhada pelo terceiro planeta do sistema solar, fica ainda mais plausível orar sem cessar, 24 horas por dia. Afinal, enquanto aqui no Brasil dormimos, em outras partes do mundo – como no Japão, por exemplo – as pessoas estão em plena atividade, orando, inclusive. Concluímos, então, que orar sem cessar, continuamente, é possível para a humanidade.

Agora vamos inverter a questão. No parágrafo anterior falávamos que Paulo ensinava a uma comunidade inteira, não apenas a uma pessoa; e concluímos que uma comunidade inteira – pequena ou grande – pode orar sem cessar. Mas o ensinamento também vale para uma pessoa, um ser humano individual. Assim como a Escritura ensina que a comunidade cristã de Tessalônica, de Gramado, do Rio Grande do Sul, do Brasil e do mundo todo deve orar sem cessar, ela também ensina que o Kurt, o Claudiomiro, a Camila, a Bianca, cada um de nós, individualmente, oremos sem cessar. E agora? Como se faz isso?

 Seria bom se tivéssemos algum mecanismo, um botão de liga/desliga, um on/off, que nos conectasse a Deus. Talvez assim pudéssemos estar ligados n’Ele em tempo integral. Talvez assim pudéssemos orar sem cessar. A boa notícia é que nós temos esse mecanismo, esse botão. Aposto que, talvez, não tivéssemos nos dado conta disso. Mas nós temos esse botão mágico pelo qual, se estamos conscientes dele, podemos ficar on-line com Deus em tempo integral, e em banda larga. Esse botão é o Espírito Santo. Vamos ver como isso é possível.

A respeito do Espírito Santo, Jesus falava: “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem o pedir!” (Lucas 11:13). Jesus ensinava que, para termos em nós o Espírito Santo, basta pedir por ele! Se pedirmos para que tenhamos o Espírito Santo ativo em nós, full-time, Deus se encarregará de nos colocar diante da forma de como tornar isso possível. O Espírito Santo é o botão liga/desliga; e é o nosso dedo – o nosso querer – que o pode manter ligado sempre. Jesus também falava: “Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disser” (João 14:26). Ele nos faz lembrar tudo o que é necessário, no momento oportuno. E, se faz lembrar em nós e a nós o que é necessário, também faz lembrar – por assim dizer – em Deus e a Deus o que nós necessitamos. Chegamos agora ao ponto do estado on-line com Deus; veja como o Espírito Santo leva à presença de Deus nossas orações: Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Romanos 8:26). Podemos ficar tranqüilos quanto a fórmulas de oração – as fórmulas não são necessárias. Não precisamos nem mesmo ser lá muito formais em nossas orações; podemos falar com Deus como falamos com nossos amigos, de forma simples e coloquial; podemos ter um bate-papo com Ele; podemos elevar um pensamento a Ele; podemos pedir que Ele sempre leve em consideração cada pensamento que tivermos durante o dia, cada e todo pensamento; cada pensamento, se quisermos, pode ser uma oração – e nós pensamos em tempo integral... Podemos, assim, orar sem cessar! Viu só?

Ainda: orar sem cessar é um ato contínuo – sem cessar – de demonstrar amor a Deus. Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam (Romanos 8:28).

Orar sem cessar é possível. Basta direcionar o pensamento a Deus. Pode ainda surgir uma dúvida: Direcionar os pensamentos conscientes a Deus, ok, entendi. Mas e os pensamentos inconscientes, aqueles que temos sem nos darmos conta que os temos? Como direcioná-los a Deus? É fácil: encomendando-os a Deus a cada início de dia. Falando em nossa primeira oração do dia – de maneira formal – que Ele receba como oração todos os nossos pensamentos. Pronto! Estão encomendados e direcionados a Deus. Nosso botão liga/desliga, on/off, estará então ligado, on em tempo integral, possibilitando orar sem cessar. Estaremos conectados on-line com Deus, e em modo wireless, sem necessidade de cabo consciente.

Uma última dica: monitore seus pensamentos para que sejam agradáveis a Deus – afinal, se estamos on-line via pensamento (oração) com Ele, pode escapar algum pensamento meio feinho, e não queremos isso, não é? Mas até para evitar simples pensamentos feinhos Deus nos dá uma dica: Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas (Filipenses 4:8). Patrulhemos os pensamentos, para ver se eles se enquadram nos adjetivos acima. Quando não, vamos redirecioná-los para que se enquadrem.

Essas orações feitas via pensamento em tempo integral, de forma ininterrupta e informal, não dispensam as orações chamadas formais, por assim dizer. É importantíssimo que não nos esqueçamos de fazer as orações formais – ao acordar, antes de dormir, em grupo, em família, na Igreja, as pessoais, onde tiramos um tempo reservado para isso. É o que Jesus ensinava quando dizia para “entrar no quarto, fechar a porta e orar” (Mateus 6:6). Uma coisa não substitui a outra, mas a complementa.

Uma parte de minha oração pessoal a cada manhã é assim: “Senhor, receba todos os meus pensamentos de hoje em oração. Perdoe aqueles que são contrários à Sua vontade; fortaleça os que são de acordo com a Sua vontade, para que estes sobrepujem os outros”.

Buenas, espero que tenha conseguido me fazer entender. Então, mãos à oração!

Ah, ia me esquecendo: podemos nos conectar também entre nós, irmãos e irmãs em Cristo, pela oração. Como? “... orem uns pelos outros...” (Tiago 5:16).

Então, até a próxima oração!  



Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

sábado, 4 de agosto de 2012



Palavra de Agosto de 2012:
O que mais importa é permanecermos fiéis até ao fim



01.08.2012 |


Moisés enviou doze espias, do deserto de Paran, para que espiassem a terra de Canaan e obtivessem uma ideia sobre a terra prometida. Entre esses espias estava também Caleb. Mais tarde, Deus disse acerca de Caleb: «o meu servo Caleb, porquanto … perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou» (ver Números 14,24).


O que é que Caleb tinha de especial? – Quando os espias regressaram, contaram o que tinham vivenciado. Dez deles disseram que os habitantes de Canaan eram muito fortes e que o povo de Israel não iria conseguir apoderar-se daquela terra. Apenas dois, Caleb e Josué, acharam que deveriam arriscar. Caleb disse: «Subamos animosamente, e possuamo-la [a terra]». Mas nem todos estavam de acordo. Mesmo assim, Caleb não se deixou influenciar e disse: «Se o Senhor se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la dará». 


Ele confiou no Senhor de todo o coração. Isto é fidelidade! Uns anos mais tarde, Caleb pôde entrar naquela terra e ocupá-la com os seus descendentes, porque se manteve fiel ao Senhor.


Nas diversas partes do mundo existem muitas culturas, opiniões, maneiras de ver, muitas impressões. Mas há algo que nunca muda: a fidelidade! Quem seguir o Senhor com fidelidade e permanecer fiel nas mais diversas situações, esse será recompensado ricamente. Caleb viu a terra e pôde ficar porque foi fiel – no dia do Senhor, nós O veremos e poderemos ficar junto d’Ele, se Lhe formos fiéis.


Mas hoje em dia, isso é um verdadeiro desafio, uma vez que existem muitas opiniões e muitos pontos de vista acerca da forma de chegar a Deus. Não nos deixemos influenciar por todas essas opiniões. Continuemos a confiar no Senhor, a cumprir as leis divinas e os mandamentos, sem nunca desistir. Permaneçamos ligados ao Senhor de todo o coração e a olhar para Ele – isso é ser fiel!


Naquela altura, a situação não era fácil. O argumento dos dez espias que alertaram para a situação não era de todo insensato. Eles falaram sobre o poder dos exércitos dos habitantes da terra prometida e afirmaram que não seria possível vencer aquele em combate, que existia o risco de perder.


Também hoje pode haver muitas pessoas que têm motivos para perguntar: “Temos de continuar a ir ao serviço divino? Temos de nos continuar a orientar pelos apóstolos? Temos de continuar a esperar pelo dia do Senhor?” Seguir o Senhor com fidelidade – isso é algo que, no fundo, todos nós fazemos. No entanto, quando aparecem dificuldades e aflições, permanecer fiel é por vezes difícil. Mesmo quando oramos e ficamos na esperança de que a situação se vá modificar, mas aparentemente nada acontece, queremos continuar fiéis! O que importa é continuar a ser fiel até ao fim.


O filho de Deus salientou que, no fim, tudo o que conta é a fidelidade. Na parábola dos dez talentos, o patrão disse para o servo que trabalhou com os bens que recebera: «Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei». (Mateus 25,21).


Quando alguém me diz que talvez haja outros que agem de maneira diferente, então eu gosto de citar a palavra do apóstolo Paulo: «Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus?» O apóstolo Paulo colocou aqui uma pergunta. «De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro …» (Aos Romanos 3,3.4).


Deus permanece sempre igual, o fiel, o fiável; para nós, o importante é ficarmos fiéis até ao fim.


Wilhelm Leber

Fonte:http://www.igrejanovaapostolica.org/site/ndice/portugus/palavra_do_ms/palavras_do_ms/view-details-id-44.htm

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Terra Está Cheia de Amor!


Salmo 119:64
A terra está cheia do teu amor, SENHOR; ensina-me os teus decretos.

Estava passeando pelo Salmo 119 quando parei em frente ao versículo 64.
Eu costumo orar em cima do Salmo 119, pois ali encontramos muitas passagens que, mais do que fatos concretos em si, mais do que exclamações de coisas que o salmista pratica, encontramos desejos, anseios, afãs, coisas que o salmista desejaria fazer, desejaria que assim fosse, mas que ainda não são. Eu me identifico com o salmista. Há muitas coisas que eu gostaria de já estar fazendo, coisas que eu gostaria que já estivessem no plano do concreto, porém ainda encontram-se no plano do abstrato, no plano dos desejos, dos afãs. Por isso oro com base nesse Salmo. Posso confidenciar a Deus o que desejo, mas que ainda não é.
Mas eu falava que estava passeando por este Salmo e parei no versículo 64. É que ali encontrei algo que acredito tenha sido mais um desejo do salmista do que algo concreto em seu tempo – e no nosso: A terra está cheia do teu amor, SENHOR. Acredito até – uma vez que professamos que a Bíblia é de inspiração divina – que aquilo era – e é – um desejo do próprio Deus. Não que Deus desejasse o fato em si, pois esse, pelo próprio desejo d’Ele, já é em si mesmo. Mas o desejo de Deus que nós, seres humanos, o possamos perceber. Me faço entender? Vou tentar simplificar: acredito que Deus deseje que nós percebamos, nesse nosso tempo – como naquele – que a terra está, sim, cheia do Seu amor!
É o destino da terra – como de todo o Universo – que o amor de Deus seja pleno. E ele de fato é. Nós é que não o percebemos. O amor de Deus está aqui – quer o percebamos, quer não. O problema é que estamos ocupados em não percebê-lo. A despeito da própria Bíblia nos dizer que nos tempos em que vivemos o amor haveria de esfriar-se, não foi o amor em si que se esfriou; o que se esfriou foi o coração humano.
Ensina-me os teus decretos, clama o salmista nesse mesmo versículo. Os decretos divinos estão, claramente, perpassados de amor. Deus já nos ensinou os seus decretos, segue ensinando-os hoje e, pacientemente, seguirá ensinando-os. Será que vamos percebê-los?
Quando oro sobre este Salmo, acompanho o desejo do salmista – e do próprio Deus, não tenho receio em afirmar – para que EU possa perceber que o amor de Deus está em minha volta e, mais especificamente, está EM MIM, e está EM VOCÊ.
Que chegue o dia em que possamos percebê-lo! E despertá-lo! E vivê-lo! Amém!

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO