Pesquisar neste blog

quarta-feira, 31 de março de 2021

55 – Jesus Ressuscita (Mateus 27-28)


  

No62(versículo de Mateus 27) outro dia, o seguinte ao Dia da Preparação I, os chefes dos sacerdotes e os fariseus dirigiram-se a Pilatos e63 disseram: “Senhor, lembramos que, enquanto ainda estava vivo, aquele impostor disse: ‘Depois de três dias ressuscitarei’. Ordena64, pois, que o sepulcro II dele seja guardado até o terceiro dia, para que não venham seus discípulos e, roubando o corpo, digam ao povo que ele ressuscitou dentre os mortos. Este último engano III será pior do que o primeiro”.

“Levem65 um destacamento”, respondeu Pilatos. “Podem ir, e mantenham o sepulcro em segurança como acharem melhor”. Eles66 foram e armaram um esquema de segurança no sepulcro; e além de deixarem um destacamento montando guarda, lacraram a pedra.

Depois1(versículo de Mateus 28) do sábado, tendo começado o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.

E2 eis que sobreveio um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu dos céus e, chegando ao sepulcro, rolou a pedra da entrada e assentou-se sobre ela. Sua3 aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve IV. Os4 guardas tremeram de medo e ficaram como mortos.

O5 anjo disse às mulheres: “Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele6 não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia V. Vão7 depressa e digam aos discípulos dele: Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês para a Galileia VI. Lá vocês o verão. Notem que eu já os avisei”.

As8 mulheres saíram depressa do sepulcro, amedrontadas e cheias de alegria, e foram correndo anunciá-lo aos discípulos de Jesus. De9 repente, Jesus as encontrou e disse: “Salve!” Elas se aproximaram dele, abraçaram-lhe os pés e o adoraram. Então10 Jesus lhes disse: “Não tenham medo. Vão dizer a meus irmãos que se dirijam para a Galileia; lá eles me verão”.

Enquanto11 as mulheres estavam a caminho, alguns dos guardas dirigiram-se à cidade e contaram aos chefes dos sacerdotes tudo o que havia acontecido. Quando12 os chefes dos sacerdotes se reuniram com os líderes religiosos, elaboraram um plano. Deram aos soldados grande soma de dinheiro, dizendo-lhes13: “Vocês devem declarar o seguinte: Os discípulos dele vieram durante a noite e furtaram o corpo, enquanto estávamos dormindo. Se14 isso chegar aos ouvidos do governador, nós lhe daremos explicações e livraremos vocês de qualquer problema”. Assim15, os soldados receberam o dinheiro e fizeram como tinham sido instruídos. E esta versão se divulgou entre os judeus até o dia de hoje.

 

v     Para entender a história

Jesus ressurge dos mortos no terceiro dia após sua crucificação. Ele aparece a várias pessoas, mas nenhuma assiste ao ato da ressurreição. Quando as duas mulheres chegam, o sepulcro já está vazio. A fé dos discípulos na ressurreição de Cristo não é confirmada até o momento em que o encontram face a face.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “O seguinte ao Dia da Preparação” – Jesus morreu no Dia da Preparação, isto é, um dia antes do sábado. Em vez de simplesmente dizer que era sábado o dia após, Mateus usa essa frase em razão da importância do dia em que Jesus foi crucificado.

                                   II.     “O sepulcro” – José de Arimateia havia pedido permissão a Pilatos para sepultar Jesus. José lavou o corpo, envolveu-o no lençol e em seguida o colocou no seu próprio sepulcro, que ainda não fora usado.

                                III.     “Este último engano” – A ressurreição do Messias estava profetizada no Antigo Testamento: “Não me abandonarás no sepulcro” (Salmo 16:10). Os chefes religiosos temiam que os discípulos simulassem a ressurreição de Jesus, a fim de comprovarem a sua afirmação de ser o Filho de Deus.

                                IV.      “Suas vestes eram brancas como a neve” – Esta descrição do anjo lembra as palavras do profeta Daniel, que teve uma visão como do próprio Deus: “Um ancião se assentou; suas vestes eram brancas como a neve” (Daniel 7:9). O anjo do Senhor aparece às mulheres com toda a majestade divina.

                                   V.     “O lugar onde ele jazia” – Desconhece-se o local exato do sepulcro de Jesus. Os Evangelhos nos dizem que se tratava de um lugar escavado na rocha, num jardim próximo do local da crucificação. Testemunhos antigos sugerem que o lugar original está sob a Igreja do Santo Sepulcro, mas desde o século XIX muitos cristãos acreditam ser num local chamado Sepulcro do Jardim.

                                VI.     “Indo adiante de vocês para a Galileia” – No Evangelho de Mateus, é só na Galileia que Jesus reaparece aos seus discípulos (Mateus 28:16).

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 28 de março de 2021

Ideologias?



QUEM LÊ, ENTENDA.

Nossos inimigos NÃO são carnais e nem nossas armas também.

Se você pertence a Cristo e vive o Evangelho, então não deve atacar pessoas nem ideologias, “PORQUE AS ARMAS DA NOSSA MILÍCIA NÃO SÃO CARNAIS, MAS PODEROSAS EM DEUS PARA DERRUBAR FORTALEZAS, TRAZENDO CATIVO TODO PENSAMENTO À OBEDIÊNCIA A CRISTO... POIS NÃO TEMOS QUE LUTAR CONTRA CARNE E SANGUE E SIM CONTRA PRINCIPADOS E POTESTADES NAS REGIÕES CELESTIAIS”.

O inimigo é ardiloso e está fazendo a igreja pensar que ideologias são inimigas da igreja e com isso a igreja está usando armamento carnal, ideológico, político e, ao invés de resolver qualquer problema, está semeando mais inimizades, criando um cenário que só fará piorar a situação de todo mundo.

Eva tentou argumentar com a serpente e foi facilmente abatida e vencida. Quando a mesma antiga serpente tentou argumentar com Jesus, foi ela quem perdeu, pois Jesus não argumentou com ela, mas a atacou com ferramentas espirituais.

Dentro da maioria dos evangélicos surge então um argumento: “NÃO DEVEMOS NOS POSICIONAR CONTRA IDEOLOGIAS QUE QUEREM DESTRUIR A FAMÍLIA, DEFENDER CORRUPTOS E DESTRUIR A SOCIEDADE?”

Esse é um argumento humano que se derrete diante a verdade de Cristo: “E CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ”.

A Verdade que liberta não é a “verdade” da direita, esquerda, socialista, comunista, capitalista, religiosa... A VERDADE QUE LIBERTA não é uma ideologia, é UMA PESSOA.

Se você é de Cristo então use armas espirituais, ORE PELA NAÇÃO, SEJA O BOM PERFUME DE CRISTO NA SOCIEDADE E PREGUE O EVANGELHO.

A luta política pode parecer legítima, mas não é tão legítima assim para quem aprendeu com JESUS e de fato acredita no poder do Evangelho, pois nem Jesus e nem os apóstolos usaram argumentos humanos contra os abusos do estado em seus tempos, apenas usaram a ARMA MAIS PODEROSA DO PLANETA, O EVANGELHO, A VERDADE, O AMOR DE DEUS REVELADO EM JESUS.

Deus AMOU o mundo e não enviou um político, enviou Jesus não para condenar o mundo, mas para que o MUNDO fosse SALVO por Ele.

ALELUIA!

(QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA).

 

(Um texto de Jesiel Cesar Fecundo)

quarta-feira, 24 de março de 2021

54 – Jesus é Crucificado (Marcos 15)


 

Certo21(versículo de Marcos 15) homem de Cirene I, chamado Simão, pai de Alexandre e de Rufo, passava por ali, chegando do campo. Eles o forçaram a carregar a cruz II. Levaram22 Jesus ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar da Caveira. Então23 lhe deram vinho misturado com mirra III, mas ele não o bebeu. E24 o crucificaram. Dividindo as roupas dele, tiraram sortes para saber com o que cada um iria ficar.

Eram25 nove horas da manhã quando o crucificaram. E26 assim estava escrito na acusação contra ele: O REI DOS JUDEUS. Com27 ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda, e28 cumpriu-se e Escritura que diz: “Ele foi contado entre os transgressores”. Os29 que passavam lançavam-lhe insultos, balançando a cabeça e dizendo: “Ora, você que destrói o templo e o reedifica em três dias, desça30 da cruz e salve-se a si mesmo!”

Da31 mesma forma, os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei zombavam dele entre si, dizendo: “Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo! O32 Cristo, o Rei de Israel... Desça da cruz, para que o vejamos e creiamos!” Os que foram crucificados com ele também o insultavam.

E33 houve trevas sobre toda a terra, do meio-dia às três horas da tarde. Por34 volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni?”, que significa “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? IV

Quando35 alguns dos que estavam presentes ouviram isso, disseram: “Ouçam! Ele está chamando Elias!”

Um36 deles correu, embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e deu-a a Jesus para beber. E disse: “Deixem-no. Vejamos se Elias vem tirá-lo daí”.

Mas37 Jesus, com um alto brado, expirou.

E38 o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo V. Quando39 o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu como ele morreu, disse: “Realmente este homem era o Filho de Deus!”

Algumas40 mulheres estavam observando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, o mais jovem, e de José. Na41 Galileia elas tinham seguido e servido a Jesus. Muitas outras mulheres que tinham subido com ele para Jerusalém também estavam ali.

Era42 o Dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado. Ao cair da tarde, aproximando-se o sábado43, José de Arimateia, membro de destaque do Sinédrio, que também esperava o Reino de Deus, dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos44 ficou surpreso ao ouvir que ele já tinha morrido. Chamando o centurião, perguntou-lhe se Jesus já tinha morrido. Sendo45 informado pelo centurião, entregou o corpo a José. Então46 José comprou um lençol de linho, baixou o corpo da cruz, envolveu-o no lençol e o colocou num sepulcro cavado na rocha. Depois, fez rolar uma pedra sobre a entrada do sepulcro. Maria Madalena47 e Maria, mãe de José, viram onde ele fora colocado.

 

v     Para entender a história

A terrível morte de Jesus por crucificação cumpre muitas profecias do Antigo Testamento. Trata-se do ato final de auto-sacrifício. Ele veio ao mundo para remover a barreira do pecado, que separava Deus da humanidade, e sofre como homem, para cumprir a vontade de Deus. Sua morte não é uma derrota, mas um triunfo.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Certo homem de Cirene” – Cirene era uma cidade grande, no norte da África (hoje Trípoli). Havia lá uma numerosa população judaica. Simão era provavelmente um peregrino que viera a Jerusalém para a Páscoa. Jesus, ao carregar a sua cruz, tropeça, e Simão, um passante, é obrigado a carregá-la.

                                   II.     “Eles o forçaram a carregar a cruz” – Os condenados eram freqüentemente flagelados – Jesus fora açoitado – e obrigados a levar a pesada cruz até o local da execução. As pancadas os deixavam tão enfraquecidos que muitas vezes os impossibilitava de carregar o peso.

                                III.     “Vinho misturado com mirra” – Não se tratava da especiaria comumente usada nos perfumes. Semelhante ao láudano, esta variedade de mirra era conhecida por suas propriedades anestésicas.

                                IV.     “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” – Como os pecados do mundo caem sobre Jesus, ele está apartado de Deus. Ele murmura o início do Salmo 22. Este Salmo tem muitos paralelos com o evento que aconteceu no Gólgota e, misticamente, descreve a agonia mental e física de Jesus. Mas seu principal tema é a esperança da salvação e a confiança absoluta em Deus.

                                   V.     “O véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo” – Esse véu separava o Santo dos Santos do resto do Templo, simbolizando a inacessibilidade de Deus. A morte de Jesus removeu essa barreira e abriu o caminho para Deus.

 

- O Gólgota: Significando “lugar da caveira”, está possivelmente localizado num afloramento rochoso, próximo a Jerusalém. É também conhecido como o Calvário de Gordon, nome do general britânico que o identificou. O outro possível lugar da sua localização, segundo uma antiga tradição cristã, é onde hoje está erigida a Igreja do Santo Sepulcro.


Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 21 de março de 2021

Tudo Passa, Inclusive as Pessoas


  

Tudo passa, até as PESSOAS que mais amamos ou não, todas passam, tudo passa.

Tenho tentado o máximo que posso dizer para os que amo, que os amo, pois há o risco de não vê-los mais.

Hoje, o recurso que tenho são as redes sociais e as vias que a tecnologia me oferece.

Nada substitui o mistério de um encontro pessoal, mas, hoje, isto é impossível com a maioria das pessoas com as quais, durante anos, o encontro era normal.

Me arrependo de não ter ficado mais tempo no último encontro, pois alguns já não estão entre nós, embora estejam em nós, em mim, pra sempre.

Invisto horas de cada dia nestas vias cibernéticas lendo, ouvindo, falando, interagindo com pessoas.

Tenho sido lembrado que a grande maioria das pessoas acometidas pela COVID-19 são curadas, e é verdade, e me alegro e celebro com todos e cada um.

No entanto, a porcentagem mínima dos que não dão conta significa a interrupção de milhares de vidas, histórias reais de pessoas que jamais reencontraremos.

Acresce-se a dor das milhares de pessoas afetadas pela partida de seus queridos que foram cedo demais, dores que ficaram pra sempre.

Pra mim, todos que partiram por causa da COVID-19 foram cedo demais.

Mesmo com as vacinas e todos os protocolos usados pra conter o avanço desta doença maldita, é claro que ainda levará um tempo pra que todos estejamos imunizados.

Este tempo que precisamos pra estarmos todos imunizados, pra os vulneráveis, mesmo que seja uma porcentagem mínima, pode significar a morte e pode nos roubar muitas vidas.

Tenho esperança que tudo passará, não tenho dúvidas que tudo passará, mas também pessoas passarão e estas são insubstituíveis.

Por isto, mantenho meu coração disponível às pessoas, tanto pra amar quanto pra me deixar amar.

Se você/vocês, leu/leram até aqui, recebam meu carinho com orações sinceras em vosso favor com um rogo: amem-se, perdoem-se, acolham-se, repartam-se, orem uns pelos outros e conectem-se uns com os outros, inspirem-se, escorem-se, sejam afetuosos uns com os outros por todas as vias possíveis.

Não sabemos quando teremos de volta a liberdade e a segurança pra nos encontrarmos, e ainda não estamos imunes, portanto, cuidemo-nos uns aos outros.

NÃO SEJAMOS AGRESSIVOS UNS COM OS OUTROS.

Vai passar, tudo vai passar, inclusive PESSOAS QUE AMAMOS.

 

(Um texto de Carlos Bregantim)

quarta-feira, 17 de março de 2021

53 – Jesus é Julgado Pelos Romanos (Mateus 27)


  

De1(versículo de Mateus 27) manhã cedo, todos os chefes dos sacerdotes e líderes religiosos do povo tomaram a decisão de condenar Jesus à morte. E2, amarrando-o, levaram-no e o entregaram a Pilatos, o governador I.

Quando3 Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso II e devolveu aos chefes dos sacerdotes e aos líderes religiosos as trinta moedas de prata. E4 disse: “Pequei, pois traí sangue inocente”. E eles retrucaram: “Que nos importa? A responsabilidade é sua”.

Então5 Judas jogou o dinheiro dentro do templo e, saindo, foi e enforcou-se.

Os sacerdotes não podiam colocar o dinheiro no tesouro do templo porque era preço de sangue. Gastaram-no com um terreno que serviria de cemitério para estrangeiros.

Jesus11 foi posto diante do governador, e este lhe perguntou: “Você é rei dos judeus?”

Respondeu-lhe Jesus: “Tu o dizes”.

Acusado12 pelos chefes dos sacerdotes e pelos líderes religiosos, ele nada respondeu. Então13 Pilatos lhe perguntou: “Você não ouve a acusação que eles estão fazendo contra você? III” Mas14 Jesus não lhe respondeu nenhuma palavra, de modo que o governador ficou muito impressionado.

Por15 ocasião da festa era costume do governador soltar um prisioneiro escolhido pela multidão. Eles16 tinham, naquela ocasião, um prisioneiro muito conhecido, chamado Barrabás IV. Pilatos17 perguntou à multidão que ali se havia reunido: “Qual destes vocês querem que lhes solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?” Porque18 sabia que o haviam entregado por inveja.

Estando19 Pilatos sentado no tribunal, sua mulher lhe enviou esta mensagem: “Não se envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele”.

Mas20 os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos convenceram a multidão a que pedisse Barrabás e mandasse executar Jesus.

Então21 perguntou o governador: “Qual dos dois vocês querem que eu lhes solte?”

Responderam eles: “Barrabás!”

Perguntou22 Pilatos: “Que farei então com Jesus, chamado Cristo?”

Todos responderam: “Crucifica-o! V

“Por23 quê? Que crime ele cometeu?”, perguntou Pilatos.

Mas eles gritavam mais ainda: “Crucifica-o!”

Quando24 Pilatos percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas, ao contrário, estava se iniciando um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos VI diante da multidão e disse: “Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês”.

Todo25 o povo respondeu: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos!”

Então26 Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado.

Então27 os soldados do governador levaram Jesus ao Pretório e reuniram toda a tropa ao seu redor. Tiraram-lhe28 as vestes e puseram nele um manto vermelho; fizeram29 uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: “Salve, rei dos judeus!” Cuspiram30 nele e, tirando-lhe a vara, batiam-lhe com ela na cabeça. Depois31 de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e vestiram-lhe suas próprias roupas. Então o levaram para crucificá-lo.

 

v     Para entender a história

Jesus é julgado perante o governador romano porque este era o único modo de os chefes religiosos garantirem uma sentença de morte. Eles não têm escrúpulos de transformar as acusações religiosas em políticas. Pilatos sabe que as acusações são infundadas, mas cede à pressão e crucifica um homem inocente.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “O entregaram a Pilatos, o governador” – Os romanos não permitiam que o Sinédrio proferisse sentença de morte. Jesus é, pois, enviado a Pôncio Pilatos, governador da Judeia de 26 a 36 d.C. Sua residência oficial era em Cesareia, mas ele passava a Páscoa em Jerusalém.

                                   II.     “Foi tomado de remorso” – Quando viu seu mestre ser injustamente condenado, Judas se deu conta das conseqüências de sua traição; mas era tarde demais. Em total desespero, deu fim à sua vida. Seu suicídio foi uma trágica confissão de culpa e vergonha.

                                III.     “A acusação... contra você” – A Lei Romana não admitia a pena de morte por blasfêmia. Para persuadir Pilatos a dar a sentença de morte, os chefes religiosos apresentaram Jesus como um ativista político, acusando-o falsamente: “Encontramos este homem subvertendo nossa nação. Ele é contra o pagamento de impostos a César e afirma ser um rei” (Lucas 23:2).

                                IV.     “Barrabás” – Barrabás fora preso por insurreição e assassinato. Este nome aramaico significa “filho do pai”. Por ironia, quem morreu em seu lugar foi Jesus, o Filho de Deus Pai.

                                   V.     “Crucifica-o” – A crucificação era um antigo método de execução que os romanos haviam copiado dos gregos. Ela só era usada para os crimes mais sérios, como traição. A morte era terrível. O corpo ia gradualmente caindo sob o próprio peso, e o crucificado tinha cada vez maior dificuldade para respirar.

                                VI.     “Lavou as mãos” – Pilatos reproduzia um ritual simbólico de purificação dos judeus (Deuteronômio 21:6-9). Os que presenciavam entenderam que ele estava se resguardando de responsabilidade.

 

- O Pretório: Também chamado de Fortaleza Antônia, o Pretório era o palácio de Pilatos e seu quartel-general em Jerusalém. A fortaleza era retangular, com uma torre em cada canto, duas das quais davam para o Templo.

- O Sinédrio: O Sinédrio – palavra de origem grega que significa “conselho” – era o supremo tribunal judaico. Compunha-se de setenta membros (altos sacerdotes, escribas e anciãos) sob a presidência do sumo sacerdote.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 14 de março de 2021

O Porque Se Dá o Exílio


 

Sabemos que o reino de Judá foi exilado na Babilônia, por desobediência a Deus.

Antes, porém, o mesmo já havia acontecido com o reino de Israel – composto por dez tribos, com exceção de Judá e Benjamim, que formavam o reino de Judá. Israel foi deportado para a Assíria e, tempos depois, Judá para a Babilônia.

Depois, paulatinamente, estes povos foram reintroduzidos às suas terras, porém, não mais como era antes, pois as coisas mudaram muito.

Pois bem, esse exílio (banimento) se deu devido à desobediência às leis divinas, conforme narra detalhadamente o texto abaixo:

 

No décimo segundo ano do reinado de Acaz, rei de Judá, Oseias, filho de Elá, tornou-se rei de Israel em Samaria, e reinou nove anos. Ele fez o que o SENHOR reprova, mas não como os reis de Israel que o precederam.

Salmaneser, rei da Assíria, foi atacar Oseias, que fora seu vassalo e lhe pagara tributo. Mas o rei da Assíria descobriu que Oseias era um traidor, pois havia mandado emissários a Sô, rei do Egito, e já não pagava mais o tributo, como costumava fazer a cada ano. Por isso, Salmaneser mandou lançá-lo na prisão. O rei da Assíria invadiu todo o país, marchou contra Samaria e a sitiou por três anos. No nono ano do reinado de Oseias, o rei assírio conquistou Samaria e deportou os israelitas para a Assíria. Ele os colocou em Hala, em Gozã do rio Habor e nas cidades dos medos.

Tudo isso aconteceu porque os israelitas haviam pecado contra o SENHOR seu Deus, que os tirara do Egito, de sob o poder do faraó, rei do Egito. Eles prestaram culto a outros deuses e seguiram os costumes das nações que o SENHOR havia expulsado de diante deles, bem como os costumes que os reis de Israel haviam introduzido. Os israelitas praticaram o mal secretamente contra o SENHOR seu Deus. Desde torres de sentinela até cidades fortificadas, eles mesmos construíram altares idólatras em todas as suas cidades. Ergueram colunas sagradas e postes sagrados em todo monte alto e debaixo de toda árvore frondosa. Em todos os altares idólatras queimavam incenso, como fizeram as nações a quem o SENHOR havia expulsado de diante deles. Fizeram males que provocaram o SENHOR à ira. Prestaram culto a ídolos, embora o SENHOR houvesse dito: “Não façam isso”. O SENHOR advertiu Israel e Judá por meio de todos os seus profetas e videntes: “Desviem-se de seus maus caminhos. Obedeçam às minhas ordenanças e aos meus decretos, de acordo com toda a Lei que ordenei a seus antepassados que obedecessem e que lhes entreguei por meio de meus servos, os profetas”.

Mas eles não quiseram ouvir e foram obstinados como seus antepassados, que não confiaram no SENHOR seu Deus. Rejeitaram os seus decretos, a aliança que tinha feito com seus antepassados e as suas advertências. Seguiram ídolos inúteis, tornando-se eles mesmos inúteis. Imitaram as nações ao seu redor, embora o SENHOR tivesse lhes ordenado: “Não as imitem”.

Abandonaram todos os mandamentos do SENHOR, do seu Deus e fizeram para si dois ídolos de metal na forma de bezerros e um poste sagrado. Inclinaram-se diante de todos os exércitos celestiais e prestaram culto a Baal. Queimaram seus filhos e filhas em sacrifício. Praticaram adivinhação e feitiçaria e venderam-se para fazer o que o SENHOR reprova, provocando-o à ira.

Então o SENHOR indignou-se muito contra Israel e os expulsou da sua presença. Só a tribo de Judá escapou, mas nem ela obedeceu aos mandamentos do SENHOR seu Deus. Seguiram os costumes que Israel havia introduzido. Por isso, o SENHOR rejeitou todo o povo de Israel; ele o afligiu e o entregou nas mãos de saqueadores, até expulsá-lo da sua presença.

Quando o SENHOR separou Israel da dinastia de Davi, os israelitas escolheram como rei Jeroboão, filho de Nebate, que induziu Israel a deixar de seguir o SENHOR e o levou a cometer grande pecado. Eles permaneceram em todos os pecados de Jeroboão e não se desviaram deles, até que o SENHOR os afastou de sua presença, conforme havia advertido por meio de todos os seus servos, os profetas. Assim, o povo de Israel foi tirado de sua terra e levado ao exílio na Assíria.

 

(Texto de 2º Reis 17:1-23)

 

Hoje não vivemos mais no tempo da Lei de Moisés, vivemos no tempo da graça do Evangelho. Porém, é de um valioso ensinamento esta passagem do Velho Testamento, pois nos ensina que, na vida, quando nos afastamos dos valores mais importantes – especialmente no campo espiritual/psicológico – podemos sofrer também exílios impostos pela vida, banimentos e afastamentos que nos fazem sofrer perdas. Há sempre as possibilidades de voltar, mas elas nunca serão como era antes...

Lembremos: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra (2º Timóteo 3:16-17).

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

quarta-feira, 10 de março de 2021

52 – Jesus é Julgado Pelos Sacerdotes (Marcos 14)



Levaram53(versículo de Marcos 14) Jesus ao sumo sacerdote I; e então se reuniram todos os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei. Pedro54 o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote II. Sentando-se ali com os guardas, esquentava-se junto ao fogo.

Os55 chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio III estavam procurando depoimentos contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte, mas não encontravam nenhum. Muitos56 testemunharam falsamente contra ele, mas as declarações deles não eram coerentes.

Então57 se levantaram alguns e declararam falsamente contra ele: “Nós58 o ouvimos dizer: ‘Destruirei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, não feito por mãos de homens’”. Mas59, nem mesmo assim, o depoimento deles era coerente.

Depois60 o sumo sacerdote levantou-se diante deles e perguntou a Jesus: “Você não vai responder à acusação que estes lhe fazem?” Mas61 Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu.

Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: “Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”

“Sou”62, disse Jesus. “E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu”.

O63 sumo sacerdote, rasgando as próprias vestes IV, perguntou: “Por que precisamos de mais testemunhas? Vocês64 ouviram a blasfêmia. Que acham?”

Todos o julgaram digno de morte V. Então65 alguns começaram a cuspir nele; vendaram-lhe os olhos e, dando-lhe murros VI, diziam: “Profetize!” E os guardas o levaram, dando-lhe tapas.

Estando66 Pedro em baixo, no pátio, uma das criadas do sumo sacerdote passou por ali. Vendo67 Pedro a aquecer-se, olhou bem para ele e disse: “Você também estava com Jesus, o Nazareno”.

Contudo68 ele o negou, dizendo: “Não o conheço, nem sei do que você está falando”. E saiu para o alpendre [e o galo cantou].

Quando69 a criada o viu lá, disse novamente aos que estavam por perto: “Esse aí é um deles”. De70 novo ele negou.

Pouco tempo depois, os que estavam sentados ali perto disseram a Pedro: “Certamente você é um deles. Você é galileu!”

Ele71 começou a se amaldiçoar e a jurar: “Não conheço este homem VII de quem vocês estão falando!”

E72 logo o galo cantou pela segunda vez VIII. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: “Antes que duas vezes cante o galo, você me negará três vezes”. E se pôs a chorar.

 

v     Para entender a história

Uma vez, Jesus pedira aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Filho de Deus, pois não queria ser o foco de um levante político. Agora, o seu tempo chegou e ele afirma destemidamente a sua divindade. Sua missão já pode ser cumprida. Ele é o Messias que salvará o povo dos seus pecados.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Sumo sacerdote” – O sumo sacerdote era o líder religioso supremo de Israel. Na época de Jesus, o cargo se tornaria impopular entre muitos judeus, porque o sumo sacerdote era nomeado pelos romanos.

                                   II.     “O pátio do sumo sacerdote” – As sessões do tribunal eram realizadas durante o dia, numa área pública próxima do Templo, mas nunca em “dias santos”. Jesus foi julgado à noite, numa residência privada, durante a Páscoa.

                                III.     “Todo o Sinédrio” – O Sinédrio – palavra de origem grega que significa “conselho” – era o supremo tribunal judaico. Compunha-se de setenta membros (altos sacerdotes, escribas e anciãos) sob a presidência do sumo sacerdote.

                                IV.     “O sumo sacerdote, rasgando as próprias vestes” – O Sinédrio julgou a resposta de Jesus uma blasfêmia. O sumo sacerdote rasgou suas vestes num gesto tradicional de pesar, embora proibido pela Lei (Levítico 10:6).

                                   V.     “O julgaram digno de morte” – O Sinédrio declarou Jesus culpado de blasfêmia, o que acarretava a pena de morte por apedrejamento. Entretanto, o procedimento deles indicava que o julgamento de Jesus era ilegal. A Lei judaica determinava que os testemunhos contra o acusado sempre deviam concordar e que uma sentença de morte não podia ser proferida no mesmo dia do julgamento.

                                VI.     “Alguns começaram a cuspir nele... dando-lhe murros” – Naquele tempo, essa era uma expressão de rejeição e condenação. Mas era ilegal que membros do Sinédrio batessem no acusado.

                             VII.     “Não conheço este homem” – Todos os quatro Evangelhos registram esse momento de fraqueza humana. Pouco antes, Jesus havia recomendado a Pedro: “Vigie e ore para não cair em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Pedro estivera seguro de que nunca negaria Jesus, mas, quando sua lealdade foi posta à prova, faltou-lhe coragem.

                          VIII.     “O galo cantou pela segunda vez” – Para Pedro, essa era uma dramática lembrança das palavras proféticas de Jesus. Muitas casas tinham aves domésticas, e o cantar dos galos anunciava a aproximação do dia. A noite terminara e o pleno horror de sua negação amanhecia sobre Pedro.

 

- Vestes do sumo sacerdote: O sumo sacerdote usava vestes especiais, inclusive um “peitoral de julgamento”, onde os nomes das doze tribos de Israel estavam escritos em doze pedras preciosas.

- O canto do galo: O canto do galo é uma antiga medida para marcar o tempo. Os romanos davam o nome de “cantar do galo” à terceira vigília da noite (entre meia-noite e as três horas da manhã).

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.