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terça-feira, 24 de abril de 2012

Precisamos Novamente de Homens de Deus

A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus sabe que precisamos de ambas as coisas. Entretanto, Ele não haverá de avivar ratinhos. Não encherá coelhos com seu Espírito Santo.

A igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do alto.

Esse tipo de liberdade é necessária, se queremos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esse homens jamais tomarão decisões motivados pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionados pelo desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação.

Muito do que a igreja faz em nossos dias, ela o faz porque tem medo de não fazê-lo. Associações de pastores atiram-se em projetos motivados apenas pelo temor de não se envolverem em tais projetos.

Sempre que o seu reconhecimento motivado pelo medo (do tipo que observa o que os outros dizem e fazem) os conduz a crer no que o mundo espera que eles façam, eles o farão na próxima segunda-feira pela manhã, com toda a espécie de zelo ostentoso e demonstração de piedade. A influência constrangedora da opinião pública é quem chama esses profetas, não a voz de Jeová.

A verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais freqüentemente com insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de estarem certos em um mundo errado.

Outra característica do verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem livre, que aprendeu a ouvir a voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o mesmo fardo moral que partiu os corações dos profetas do Antigo Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor Jesus Cristo e arrancou abundantes lágrimas dos apóstolos.

O homem livre jamais foi um tirano religioso, nem procurou exercer senhorio sobre a herança pertencente a Deus. O medo e a falta de segurança pessoal têm levado os homens a esmagarem os seus semelhantes debaixo de seus pés. Esse tipo de homem tinha algum interesse a proteger, alguma posição a assegurar; portanto, exigiu submissão de seus seguidores como garantia de sua própria segurança. Mas o homem livre, jamais; ele nada tem a proteger, nenhuma ambição a perseguir, nenhum inimigo a temer. Por esse motivo, ele é alguém completamente descuidado a respeito de seu prestígio entre os homens. Se o seguirem, muito bem; caso não o sigam, ele nada perde que seja querido ao seu coração; mas, quer ele seja aceito, quer seja rejeitado, continuará amando seu povo com sincera devoção. E somente a morte pode silenciar sua terna intercessão por eles.

Sim, se o cristianismo evangélico tem de permanecer vivo, precisa novamente de homens, o tipo certo de homens. Deverá repudiar os fracotes que não ousam falar o que precisa ser externado; precisa buscar, em oração e muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo, assim como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar libertação, ao enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens.

E, quando vierem os libertadores... serão homens de Deus, homens de coragem. Terão Deus ao seu lado, porque serão cuidadosos em permanecer ao lado dEle; serão cooperadores com Cristo e instrumentos nas mãos do Espírito Santo...

Autor: A. W. Tozer


Caleri

sábado, 14 de abril de 2012

«Lembra-te de que Jesus Cristo ...»

     Na segunda Epístola a Timóteo, o apóstolo Paulo dá o seguinte conselho ao povo de Timóteo: «Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de David, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho.» (2. Ti 2,8). O apóstolo não quis dizer apenas: “lembra-te de vez em quando!” mas, faz antes o apelo: “relembra o acontecimento!” 

     Também hoje, devemos entender este conselho da mesma forma: «Lembra-te de que Jesus Cristo …!» Relembra o que aconteceu, interioriza-o, guarda essa lembrança, faz com que atue em ti. Então, isso poderá tornar-se numa força e numa bênção em muitas situações.

     Todos nós passamos por situações em que perdemos o ânimo e não sabemos como prosseguir. Nessas alturas, lembramo-nos de Jesus Cristo e ganhamos novamente coragem. Quando o que é terreno predomina, de tal forma que quase nos sufoca, então lembramo-nos de Jesus Cristo, “Aquele” que ressuscitou dos mortos. Quando as mulheres chegaram à sepultura e perguntaram: «Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?», constataram rapidamente que a pedra já estava retirada. O Senhor já tinha tratado disso. Muitas vezes estamos cheios de preocupações, a coisas naturais formam uma montanha enorme: o que irá acontecer? – O Senhor já providenciou que as coisas que nos parecem insuplantáveis se tornem suplantáveis.

     A afirmação contida na palavra bíblica: «Jesus Cristo que é da descendência de David» mostra-nos que o Senhor também foi Homem: verdadeiro Deus, por um lado, e verdadeiro Homem, por outro. Ele viveu como Homem, Ele foi também Homem ao ser tentado e posto à prova no deserto e sofreu na cruz como Homem. Daí, podemos tirar para nós a seguinte conclusão: se, na altura, mesmo debaixo de sofrimento, o Senhor conseguiu dizer: «Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua.», então, também deve ser possível para nós dizê-lo. 

     Eu sei que isso requer muito esforço, no entanto, queremos pensar sempre: o Senhor sofreu por nós e, como Homem, passou pelo que há de mais amargo. Ouço, muitas vezes, as preocupações e aflições dos irmãos e irmãs, recebo correio a pedir conselho e a pedir que ore por determinadas situações. Aí eu costumo dar o conselho: nós temos os nossos desejos, nós podemos pedir ao amado Deus que se concretizem, mas o que nos deve orientar é o pedido: «Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua.»

     A seguir, a palavra também aborda o Evangelho de Jesus Cristo. Evangelho é a boa-nova. Tenhamos sempre em mente que é uma boa-nova que é colocada nas nossas almas. Tenhamos sempre alegria. Eu sei que há situações em que é deveras difícil ter alegria. Há muitas coisas que a podem perturbar. Mas temos de arranjar sempre forças para conseguirmos dar a volta por cima e encontrar novamente a alegria. Não deixemos que nos roubem esta alegria. Quando o Senhor ressuscitou, os discípulos, primeiro, ficaram perplexos. Mas, o encontro que cada um deles teve com o Filho de Deus foi contribuindo para que, pouco a pouco, eles pudessem reconhecer: «Ressuscitou verdadeiramente o Senhor.» 

     Podemos imaginar como terá sido grande a alegria. A alegria deverá suplantar tudo. Caminhamos em rumo à pátria, em direção à meta da nossa fé. Lembremo-nos sempre disso e não deixemos que caia no esquecimento devido às dificuldades e problemas dos nossos dias! 

     Que esta mensagem de Páscoa preencha os nossos corações.

Autor:  Wilhelm Leber

terça-feira, 10 de abril de 2012

Os Dois Leões

Provérbios 28:1
O ímpio foge, embora ninguém o persiga, mas os justos são corajosos como o leão.

Estive procurando nas Escrituras uma palavra que falasse de leão. Uma das características desse bichano é a sua coragem, o que o ajudou a galgar o posto de “rei dos animais”. Achei o ponto acima no livro dos Provérbios. Fala que os justos também têm essa característica, a coragem.
Bem, a figura do leão é recorrente na Bíblia. O leão é, entre outras coisas, o símbolo da tribo de Judá. No capítulo 14 de Juízes, há a passagem onde Sansão mata um leão. Dias depois, volta ao mesmo local e descobre que em sua carcaça as abelhas haviam produzido mel, e mel do bom, bem diferente daquele que a gente compra de alguns apicultores “espertos”, que empapam um pouco de mel com caldo de cana ou açúcar, só para encher o baldinho e lucrar mais – mas não era disso que eu queria falar... Eu quero falar que de um bicho que lhe parecia ameaçador a princípio, depois de vencido, Sansão pode colher tanta doçura. Vale ler a história de Sansão; é clássica e muito legal.
Mas, para não fugir do tema leão, lembrei de uma historinha onde um avô passa um ensinamento ao seu netinho, usando o felino como mote. Ele contava ao neto:
“Dentro de cada pessoa, há sempre dois leões. O primeiro é cheio de amor, de fé, de paz, de esperança, de doçura, de lealdade, de alegria, de bom senso, de companheirismo e coisas semelhantes. O segundo é cheio de ódio, de incredulidade, de confusão, de desespero, de amargura, de deslealdade, de tristeza, de insensatez, de egoísmo e coisas semelhantes. E os dois estão sempre em guerra um com o outro, combatendo e lutando um com o outro”.
“E quem vence a luta?” – pergunta e menino, com os olhos brilhando e visivelmente interessado na resposta.
O avô, contente por ter despertado o interesse do netinho, sorri brandamente e responde:
“O leão que vence a luta é aquele que nós alimentamos!”

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Uma Pedra no Caminho dos Ramos

Lucas 19:40

          “Eu lhes digo”, respondeu ele; “se eles se calarem, as pedras clamarão”.





Uma Pedra no Caminho dos Ramos

                                                                             

Quando via uma pedra, via uma pedra.

O que há de mais nisso?

Material mineral, duro e sólido,

um meteoro, um bólido...

Ei-la, de canto, ociosa;

talvez nem seja preciosa.

“No meio do caminho havia uma pedra,

havia uma pedra no meio do caminho”,

já falou o poeta.

Um seixo, um calhau, um penedo...

cada nome que dá até medo!

Uma saraiva, quando em agrego;

Petrus, se for em grego.

Uma pedra filosofal?

Dentro dela, tão singela,

há todo um Universo:

trilhões de átomos dispersos,

nêutrons, elétrons pirando

e ordeiramente girando...

há uma vida infinita!

Até uma pedra grita

a vida que há em Deus!

Deus é a vida que está em tudo,

Ele é Rocha, Ele é escudo!

É a pedra imóvel tão móvel,

é o movimento dentro dela.

Seu discípulo que não calava, clamava...

Quando via uma pedra, via uma pedra

que de Deus testemunhava.



Kurt Hilbert

UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO