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domingo, 26 de junho de 2016

Queixas

          Tiago 5:9
          Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados.

          As queixas são algumas das maiores mazelas que há.
          Quando nos queixamos de alguém, por qualquer que seja o motivo, retroalimentamos toda a negatividade que aquilo que falamos dos outros possa produzir.
          E o mais impressionante é que as mazelas das nossas queixas sequelam apenas a nós mesmos, jamais aos que são alvos dos nossos queixumes, especialmente quando os queixumes são feitos a terceiros e os alvos do queixume nem ficam sabendo.
          E ainda bem que é assim! Já pensamos quanto mal causaríamos aos outros se nossas queixas a seu respeito os atingissem com a mesma carga negativa com que nos atingem?
          O melhor mesmo é não nos queixarmos dos outros, nem da vida, nem de nada!
          Usando uma expressão bíblica: “não murmuremos”. Murmurar derruba a alma, nos paralisa de tal forma que fica difícil agir na liberdade do amor fraternal.
          A Palavra referência para estes escritos fala para não nos queixarmos uns dos outros, para não sermos julgados.
          Bem, isso vem ao encontro de algo importante que Jesus ensinou, quando falava para não julgarmos a fim de não sermos julgados. Ele também falou que, com a mesma medida que julgarmos, seremos julgados.
          Já paramos para pensar que, quando falamos mal de alguém, estamos julgando essa pessoa? E, dependendo do que falamos, estamos executando uma sentença sobre ela. Ainda: quando falamos mal caluniosamente, aí, sim, causamos danos àquela pessoa, além de a nós mesmos.
          Outra coisa bem pontual para aprendermos: podemos ter certeza que aquela pessoa que se aproxima de nós para falar mal de alguém vai, na primeira oportunidade que tiver, falar mal de nós para um terceiro. É uma corrente que se arrasta e prende. É um círculo vicioso.
          Tudo isso que falamos pode parecer coisinhas comezinhas, sem importância, mas não é assim. Tudo nasce pequeno, e vai se alastrando e tomando conta. Temos que ter cuidado. Ainda, se algo fosse sem importância, não constaria na Palavra do Senhor. Se Deus nos diz, em Sua Palavra, para tomarmos cuidado com coisas aparentemente pequenas, é porque, a longo prazo, elas podem tornar-se grandes.
          Falar cria um círculo de hábito. Quando falamos bem, é um círculo virtuoso; quando falamos mal, um círculo vicioso.
          Aquele que se habitua a falar mal dos outros cria para si mesmo uma psicose que o impele a seguir com aquele procedimento. Torna-se um vício. Não brinque com os vícios. E acredite: falar dos outros torna-se um vício incontrolável para quem o pratica. Basta olharmos em volta, ouvirmos as conversas que rolam, para percebermos isso. Ou então – melhor ainda – basta que olhemos para nós mesmos e nos ouçamos, caso costumemos ser partícipes de papos falaciosos. Somos nosso próprio termômetro.
          Ainda: sempre que nos queixamos dos outros – ou das situações que nos acometem – tendemos a terceirizar nossos próprios problemas, transferindo para outros o que é nosso. Assim, a responsabilidade já não é nossa que fomos incapazes ou reticentes... mas dos outros, que nos usurparam o lugar ou a oportunidade. Ou, então, a culpa é somente dos políticos ou do governo, como se os políticos ou o governo tivessem baixado por aqui num disco voador vindos de outro planeta, e não tivessem saído do meio de nós. E por aí vai.
          Quem se queixa deseja, consciente ou inconscientemente, desviar a atenção de si e transferi-la para outrem.
          E aí vem o Evangelho, a puxar nossa orelha para as pequenas – grandes – coisas. Que bom!
          Deus sempre nos ensina o que é melhor... como agora.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Opções

Gênesis 13:9
         “Aí está a terra inteira diante de você. Vamos separar-nos. Se você for para a esquerda, irei para a direita; se for para a direita, irei para a esquerda”.


Sempre há seleções
Sempre há escolhas
Sempre há separações
Sempre há preferências
Sempre há apurações
Sempre há alternativas
Sempre há eleições
Sempre há possibilidades
Sempre há nomeações
Sempre há critérios
Sempre há predileções
Sempre há juízos
Sempre há opções
(...)
          Pelo menos, sempre deveria haver!

Nunca há determinações
Nunca há o tem que
Nunca há ordenações
Nunca há o porque sim
Nunca há provocações 
Nunca há imperativos
Nunca há injunções
Nunca há constrangimentos
Nunca há obrigações
Nunca há potências
Nunca há coações
Nunca há fórcipes
Nunca há imposições
(...)
          Pelo menos, nunca deveria haver!

E há o livre arbítrio
        a direita e a esquerda
        a livre opção
        o em cima e o embaixo
        o que é bom e o que é mau
        (...)
Tudo à nossa disposição.

Basta escolher
e colher!


Kurt Hilbert

domingo, 12 de junho de 2016

Deus e o Outro


          I João 4:20
          Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

          Uma das passagens mais elucidativas das Escrituras é esta.
          Há muito “amor” abstrato, apenas formado de palavras ou expressões piedosas, palavras apenas ditas para que quem as diz pareça amoroso, “bom cristão” e de boa fama à opinião pública.
          Mas há pouco amor “decidido”, prático, demonstrado em atitudes e desprendimento, amor igual ao que Jesus ensinou e viveu.
          “Amamos a Deus”, mas, de fato, “não amamos ao próximo”. Ou será que sim? Responda você, para você mesmo, assim como eu respondo a mim mesmo. Amo o meu próximo mesmo?
          A passagem chamada de “o bom samaritano” contada por Jesus narra o que é amar ao próximo: Havia um assaltado e espancado jogado à beira da estrada, caído como morto. Passaram por ele um judeu e um sacerdote que, em vendo-o, o deixaram ali e seguiram o seu caminho. Aí passou um samaritano – homem desprezado pelos judeus – e teve piedade do caído. Tratou dos ferimentos dele e o hospedou num lugar de ajuda, pagando pelas despesas. Bela história, pois narra um ato de amor desinteressado, como todos os verdadeiros atos de amor são.
          Veja: somente podemos, de fato e de direito, amar a Deus através do nosso próximo. O resto é demagogia.
          O amor que Jesus ensinou não é um “sentimentozinho nobre” que “nasce no coração”. Não se pode esperar “sentir” amor para amar. O amor cristão é uma decisão, é um movimento, é vida vivida e demonstrada, é fruto mais do que flor.
          Amamos, porque Deus nos amou primeiro.
          Perdoamos, porque Deus nos perdoou primeiro.
          Vamos ao encontro do outro, porque Deus, por e em Cristo, veio ao nosso encontro primeiro.
          É porque Deus me ama, porque Ele vem em minha direção através de Cristo, que eu amo o meu próximo e vou em direção a ele.
          O amor divino que pulsa em mim precisa ser VIDA! Só assim será AMOR!
Quando decidimos amar, o “sentimento” a que se chama amor é consequência.
          Escolha. Decida. AME! VIVA!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
                Kurt Hilbert

sábado, 4 de junho de 2016

Olhando a Alma

Mateus 6:22
          “Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz”.



Numa manhã chegou
um homem ao velho sábio
e ao velho sábio perguntou:
          Existe Deus?
O velho sábio olhou
no fundo dos olhos do homem
e ao homem replicou:
          Sim, existe Deus!

Na tarde do mesmo dia,
outro homem ao velho sábio
a mesma pergunta fazia:
          Existe Deus?
O velho sábio nada via
no fundo dos olhos deste outro homem,
e a este outro homem respondia:
          Não, não existe Deus!

Quando a noite chegou,
um terceiro homem ao sábio
simplesmente perguntou:
          Podes falar-me sobre Deus?
O velho sábio os olhos fechou.
Vendo isso, o terceiro homem
fez o mesmo, e em seguida falou:
          Obrigado pela resposta!


Kurt Hilbert