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sábado, 30 de maio de 2015

Preocupação Social


          2º Coríntios 8:12-15
          Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem. Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade. No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade, como está escrito: “Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco”.

          O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, ensina sobre a importância de contribuir para a obra da divulgação do Evangelho, a Boa Nova de Jesus Cristo. Ensina ele que a prontidão, ou um coração predisposto a ajudar, faz com que aquilo que se dê para a igreja seja aceitável perante o Senhor, mas sempre de acordo com aquilo que se tenha, sem incorrer no risco de empenhar mais do que dispomos para isso, nos prejudicando depois. E ele não fala nada em percentual, décima parte, dízimo ou coisas que o valham. Não. O critério que ele coloca é simples: contribuir de acordo com aquilo que alguém tem.
          Na sequência, ele chama a atenção à caridade. Os irmãos da Judeia estavam passando por necessidades materiais. Faltava-lhes de tudo, inclusive alimento. Paulo fala sobre a importância de ajudar a estes irmãos e, nestes, estão personalizados todos aqueles que passam necessidades materiais. O ensino é claro: Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade. Isso quer dizer que ninguém deve “se deitar” nas costas dos outros, prejudicando-os, mas que haja o zelo pela igualdade. Vejamos como ele aclara esse pensamento: No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Podemos ver que os irmãos de Corinto tinham, naquele momento, sobra de condições, e esta fartura deveria ser utilizada para socorrer os irmãos desvalidos. Fica claro que a situação poderia mudar: naquele momento havia fartura em Corinto e falta na Judeia; posteriormente, como tudo é volúvel, poderia haver fartura na Judeia e falta em Corinto. Aí seria a vez da inversão de mão, seria a vez daqueles agora ajudados, ajudarem; e aqueles agora doadores, receberem a doação. Assim, haveria igualdade.
          Vivemos num mundo onde a injustiça social borboleteia à solta. Assim é no mundo; assim é em nosso continente; assim é em nosso país; assim é em nosso estado; assim é em nossa cidade; assim é em nosso bairro; assim é em nossa rua. Assim pode estar acontecendo com nosso vizinho de porta. Acho que já ouvimos aquele ditado: “Você quer transformar o mundo? Comece por transformar a sua rua”. Eu ouso aprofundar: “Comece transformando a sua casa; comece transformando o seu coração”.
          A orientação que nos é dada nesta instrução para a caridade entre irmãos coríntios e judaicos, pode – e deveria mesmo – ser aplicada entre irmãos humanos, independente de nacionalidade ou profissão de fé. Em pleno século XXI sabemos que o planeta todo é uma aldeia, com sete bilhões de irmãos homo-sapiens. E o que estamos fazendo? Sei que posso estar um tanto utópico – acho que estou mesmo –, mas e daí? Se estou faltando com a verdade, me contestem, não tem problema. A desigualdade social que há é intragável.
          Mas voltemos ao nosso vizinho de porta, voltemos à nossa rua, ao nosso bairro. Há alguém que precisa de alguma ajuda, de alguma solidariedade, de algum ato de caridade? Há algum Jesus morando perto de nós? Como assim? Vejamos isso: “Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram (Mateus 25:40). E, logo em seguida, Ele diz: “Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo (Mateus 25:45) (Se quiser, leia na íntegra em Mateus 25:31-46). Jesus ensina, nesta passagem, como Ele está presente em todos os momentos da nossa vida, e “sente”, por assim dizer, tanto o amparo quanto o desamparo humano.
          Para finalizar, penso sinceramente que tudo isso nos ensina que quem deseja amar e ter um relacionamento com Deus, não pode se furtar de amar e se relacionar com o semelhante. E amar não é uma coisa teórica, é uma coisa que se vive. Já paramos para pensar que talvez Deus nos ame através do nosso próximo, e que somente podemos verdadeiramente amá-Lo também através do nosso próximo? Penso ser impossível vivermos a experiência de Deus sem termos verdadeira preocupação – e ocupação – social.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
        Kurt Hilbert

sábado, 23 de maio de 2015

Confessar


1º João 1:9
          Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.


Confesso minha fé
quando sobre ela falo.
Confesso meu pecado
quando sobre ele falo.
Com quem falarei?
Quando da fé, com quem me escutar.
Quando do pecado, com quem devo falar?
Escolho:
          com Deus, em oração;
          compartilhar com o irmão.
Como, não importa.
Importa falar, compartilhar, confessar.
Ato que alivia.
A Palavra já dizia
para partilharmos as cargas:
          quando estou carregado
          haverá um ombro ao meu lado
          que me possa ajudar;
          haverá um ouvido ao meu lado
          que me possa escutar.
O ouvido de Deus, assim como Seu ombro,
não estão distantes.
Posso falar, sem assombro,
que estão em meus semelhantes.
Ao pecado não tenho apego.
Pecado significa, em grego:
          falha, falta, ruptura.
O rompimento com Deus perfura
muito fundo a minha alma.
Juro, não quero falhar.
A falha deixa um orifício,
uma falta, e eu não quero faltar.
Quando resolvo falar com Deus,
Deus mesmo toma a Si o ofício
de toda minha falha sanar.
Este é o divino artifício
a que chamamos perdoar.
Mas devo prestar atenção:
          muitas vezes Ele usa o irmão
          para me purificar.


Kurt Hilbert

sábado, 16 de maio de 2015

Quando um Irmão Falha


          2º Coríntios 2:5-8
          Se um de vocês tem causado tristeza, não a tem causado apenas a mim, mas também, em parte, para eu não ser demasiadamente severo, a todos vocês. A punição que lhe foi imposta pela maioria é suficiente. Agora, ao contrário, vocês devem perdoar-lhe e consolá-lo, para que ele não seja dominado por excessiva tristeza. Portanto, eu lhes recomendo que reafirmem o amor que têm por ele.

          O apóstolo Paulo escreve à igreja de Corinto, em sua segunda carta, e menciona a decepção causada por um irmão daquela comunidade. O apóstolo não menciona especificamente qual tipo de falha cometeu aquele irmão, mas manifesta a sua preocupação com a comunidade coríntia como um todo, e salienta a falibilidade individual de um deles – com o perdão da redundância.
          O fato é que esta falha – ou pecado – havia causado tristeza aos coríntios e a ele próprio. Com isso, ele mostra que, quando uma pessoa da igreja falha, todos são afetados; e não poderia ser diferente, uma vez que a igreja é um todo, é o “corpo de Cristo”. E, se num corpo o menor membro é afetado, todo o corpo o é. Experimente dar uma marteladinha de leve no seu dedo mindinho, para ver se o sinal elétrico da dor que seu cérebro recebe não reverbera em todo o corpo. Assim é com uma comunidade. O menor dos irmãos, quando provoca um motivo de alegria para si, alegra a todos; e, quando provoca um motivo de tristeza para si, entristece a todos. Uma comunidade cristã que não vive isso, ainda está longe de ser “corpo de Cristo”. Infelizmente, veem-se inúmeras comunidades vivendo com individualismos, onde a alegria do irmão não me afeta e, se me afeta, é por causar inveja em mim mesmo. Sua tristeza tão-pouco me afeta; faço de conta que não é comigo. Mas Paulo ensina claramente que uma – verdadeira – comunidade de Cristo pulsa como um todo.
          Na carta, Paulo menciona que houve uma punição a este irmão que cometeu o erro e causou a tristeza. Ele não menciona qual a punição, apenas diz que houve uma. Bem, quando tomamos a cruz de Cristo e O seguimos, nossas atitudes devem refletir os atos de Cristo e, seguindo na linha de pensamento da cruz, pensemos nos atos de Cristo quando Ele esteve na cruz. A primeira coisa que Ele fez foi perdoar aos que O tinham posto lá – a todos. Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lucas 23:34), foram Suas palavras. Assim, também nós devemos aprender a perdoar a todos. Mas o fato de termos perdoado, não significa que simplesmente deixemos passar por alto. Um pai ou uma mãe com sentimentos cristãos, perdoam o filho que errou mas, mesmo assim, não deixam de discipliná-lo. Da mesma forma, quando meu próximo erra contra mim, eu o perdoo, mas, perdoado, vou falar com ele sobre a situação. Perdoar não quer dizer simplesmente deixar para lá, quer dizer tratar do assunto, mas sem o peso do rancor. É ir tratar do assunto na leveza do perdão em nós mesmos. Mas, deixar de tratar do assunto, simplesmente deixar para lá, não seria um ato de perdão, seria um ato de falta de amor.
          Então, na carta aos coríntios é mencionado que houve uma consequência para o irmão que foi faltoso. E esta posição da comunidade em relação a ele foi imposta pela maioria. Isso nos ensina outra coisinha: numa verdadeira comunidade cristã não existe um mandatário que detenha o poder totalitário de impor ou deixar de impor. Numa verdadeira comunidade cristã existe democracia. O que foi imposto àquele irmão faltoso foi imposto pela maioria. Ou seja: democracia. Infelizmente, em muitas comunidades hoje em dia, existem mandatários que têm sob si um poder absoluto – ou quase isso. Existem denominações que têm um mandatário único que personifica em si a “palavra final de Deus” na terra. Não quero polemizar, e respeito as “políticas” de todas as denominações, mas não é o que a Bíblia nos ensina.
          Vamos ao ponto alto da passagem acima: Agora, ao contrário, vocês devem perdoar-lhe e consolá-lo, para que ele não seja dominado por excessiva tristeza. O apóstolo ensina à comunidade que, em passado o período onde o irmão faltoso experimentou a consequência do seu erro, ele deve ser acolhido, abraçado e conduzido ao seio do grupo. Eu ouso ir adiante: mesmo durante o período da experiência das consequências, este irmão deve ser acolhido. Ele deve ser consolado, afagado e fortalecido. Caso não seja assim, este irmão corre o risco de desenvolver uma profunda depressão – já se falava em depressão desde os tempos antigos, muito antes de esta doença ser diagnosticada em termos médicos; a depressão já existia, só que era chamada de outra forma, no caso da carta de Paulo, de excessiva tristeza. Infelizmente – tenho usado bastante esta palavra neste texto –, nos dias atuais, quem erra e cai, numa comunidade, na maioria dos casos é deixado de lado. É abandonado pela chamada “igreja”. O abandono é, sem dúvida, a pena mais pesada que há! Essa atitude é algo frequente. Mas não é isso que a Bíblia nos ensina.
          E agora, a cereja do ponto alto da passagem citada: Portanto, eu lhes recomendo que reafirmem o amor que têm por ele. Reafirmar o amor. Que coisa linda que uma comunidade pode fazer por um irmão! Reafirmar o amor a um irmão que passou – ou ainda passa – por momentos difíceis diante da comunidade, é celebrar o seu acolhimento, como na parábola do filho pródigo. É deixar claro para ele que o que passou, passou. A partir de agora, novamente tudo se faz novo. É um recomeço, e um recomeço com ainda mais força, uma vez que a experiência negativa trouxe aprendizado. É enfatizar a este irmão que estamos do lado dele, inclusive para apoiá-lo para que não caia mais. É dizer a este irmão que sempre poderá contar conosco. Reafirmar o amor é algo que se faz com atitudes, com palavras, com demonstrações tangíveis. Isso é reafirmar o amor. O resto é demagogia.
          Imaginemos que nós – eu, você – somos este irmão faltoso. Eu gostaria de ser perdoado pelos irmãos. Eu gostaria que me acompanhassem enquanto as consequências do meu erro ainda surtirem doloroso efeito. Eu gostaria de ser acolhido pelos irmãos no seio da comunidade. Eu gostaria de ouvir – viver – o amor que eles têm por mim. Isso a Bíblia ensina.
          Mais uma vez, imaginemos que nós – eu, você – somos este irmão faltoso. Eu gostaria de ser perdoado por Deus. Eu gostaria que Deus me acompanhasse enquanto as consequências do meu erro ainda surtirem doloroso efeito. Eu gostaria de ser acolhido por Deus no seio da comunidade. Eu gostaria de ouvir – viver – o amor que Deus tem por mim. Isso a Bíblia também ensina.
          Saibamos o seguinte: se vivemos verdadeiramente no discipulado de Cristo, todo o amor que Deus tem para conosco, deve necessariamente ser refletido no amor que temos entre nós, em nossa comunidade. Deus ama Seus filhos através dos irmãos. E este amor divino contido e refletido por nós, não deve se refletir apenas aos chamados “irmãos da igreja”. Nós somos – ou deveríamos ser – igreja full-time, vinte e quatro horas por dia. Assim, nossos “irmãos” são todos os seres humanos, independentemente da sua cultura, poder aquisitivo, cor da pele, nacionalidade, sexualidade, forma de fé ou qualquer outra coisa que seja. Este amor divino deve ser compartilhado com todos. Mas esse assunto, por si só, já daria outro texto...

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
        Kurt Hilbert

sábado, 9 de maio de 2015

Banalizando o Nome de Jesus


          Colossenses 3:17
          Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.

          Quando fazemos a nossa oração, é indicado que a iniciemos e a encerremos “em nome de Jesus”, pois foi assim que Ele ensinou. Um exemplo está em João 14:14, onde Ele diz: “O que vocês pedirem em meu nome, eu farei”. O Senhor nos ensina, através da carta do apóstolo Paulo a seu amigo e colaborador Timóteo, que Ele – Jesus – está ligado ao Pai e a nós, como o elo que nos une: Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus (1º Timóteo 2:5). Assim, as Escrituras nos ensinam que devemos nos dirigir a Deus, em qualquer circunstância, usando o nome de Jesus.
          Vamos ilustrar usando uma comparação bem básica, facinha de entender: Imagine que você precisa se apresentar diante de alguém muito importante, mas importante mesmo. Você está indo a essa pessoa com um pedido, com uma petição, com uma intercessão, com um assunto qualquer, mas que não é qualquer assunto, é algo muito importante. Você terá uma audiência com essa pessoa muito importante, com essa sumidade. Pois bem, você teve acesso a ela. Ela o está esperando, todo orelhas, para lhe ouvir. Momento decisivo, momento sublime. Mas aí então você se lembra de um detalhe, um detalhe que pode fazer toda a diferença entre você ser ouvido e atendido, ou não. Você se lembra que você é amigo do filho dele; o filho dele é seu brother, seu amigão do peito. E que esse seu brother, o filho dele, recomendou a você que você fosse falar com o seu pai em nome dele, que poderia usar o fato da sua amizade para chegar bem pertinho do pai. Aquele seu brother disse que o pai tinha profundo amor e consideração por ele, e que, em você manifestando essa intrínseca amizade que havia entre vocês, com muito mais facilidade as portas se abririam. E aí eu lhe pergunto: você iria se furtar a usar essa – benéfica – influência? Hein? Pois é. Aí está.
          Agora, voltado a Jesus em si – que poderia estar muito bem representado na historinha acima como seu amigo e brother –, o que mais Ele ensinou a seus discípulos, quando os enviou como apóstolos para divulgar a boa nova, o Evangelho? Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:18-20). Ele ensinou a usar o Seu nome para batizar, para fazer discípulos, e para interceder pelos irmãos em qualquer questão que fosse. Em suma, Ele nos enviou como representantes ou embaixadores d’Ele. Aí, então, quando assim agimos, agimos em Seu nome.
          Ainda mais uma coisa que avalio como relevantíssimo: quando nos conduzimos em nome de alguém – nesse caso em nome de Jesus –, é de suma importância que nossas palavras, atos e conduta sejam condizentes com os ensinamentos desse enviador. Não podemos – pelo menos não deveríamos – usar a incumbência de uma representatividade, a incumbência de agir em nome de, quando nossa vida destoa da doutrina, do ensinamento. A teoria deve ser representada na prática. A conduta, o modo de ser, o modo de vida de um discípulo precisa necessariamente refletir a doutrina do Mestre. Se não, é balela, é conversinha fiada, é papo furado. Se não for assim, a representatividade, o agir em nome de, perde a eficácia, perde a verdade.
          Voltando à historinha contada acima, não adianta chegarmos à pessoa que nos recebe em audiência com o aval do nome de seu filho, se falamos uma coisa mas fazemos outra. Ainda, Deus sabe exatamente nossos sentimentos, Ele não engole um “em nome de Jesus” se nossa conduta de vida difira dos ensinamentos de Seu Filho. O homem importante da historinha contada, vai nos dizer: “Cara, eu conheço meu filho, e o que você está me dizendo destoa completamente do caráter do meu filho. Não adianta você vir a mim em nome dele, pois não fecha aquilo que você diz com aquilo que você faz, com aquilo que você é”. E aí, babau audiência. Com Deus é assim também.
          Todo esse peremptório acima para dizer uma coisa, uma coisinha só: o nome de Jesus está sendo banalizado. Por que digo isso? Porque ouço aqui e ali, in loco e pela TV, muitos pregadores usando o nome de Jesus como se fosse uma palavrinha mágica, como se fosse um bordão ou um mantra, repetido ad infinitum somente para proverem certa divindade e santidade àquilo que dizem. Como que se, em repetindo “em nome de Jesus” aqui, “em nome de Jesus” ali, recomendassem a si mesmos: “Eu sou um homem de Deus”.
          Ouço coisas do tipo: “Em nome de Jesus, eu ordeno”. Ou então “Em nome de Jesus, eu repreendo isso e aquilo”. Ainda: “Vamos agora recolher o dízimo, em nome de Jesus”. Com palavras comedidas – e às vezes nem tão comedidas – dizem coisas como: “Vamos agora vender os produtos da nossa igreja, em nome de Jesus”. E assim vai. É “em nome de Jesus, isso”, “em nome de Jesus, aquilo”, e dê-lhe “em nome de Jesus”. Francamente, sinto repulsa quando ouço isso. Um nome santificado jamais deveria ser banalizado. Usam o nome de Jesus para fazer comércio, esses vendilhões do templo! É disso que falo. Desconsideram, inclusive, um mandamento dado pelo Senhor desde os tempos antigos: Não tomarás em vão o nome do SENHOR (Êxodo 20:7).
          Para finalizar, quero deixar dito o seguinte: nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossas palavras, nossas ações, nossa conduta, nosso modo de vida, representam muito mais o nome de Jesus do que o simples falar “em nome de Jesus”.
          Espero que possamos refletir nisso.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
        Kurt Hilbert

domingo, 3 de maio de 2015

Andar na Luz

1º João 1:5
          Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma.


A luz nos fala à visão.
Da mesma forma, a escuridão.
Mas, enquanto a luz nos fala,
a escuridão nos cala.
Qual quero perceber?
Qual quero ver?
Ou não quero ver?
Por onde quero andar?
Perguntas que não podem calar.
E, ser livre que sou, posso optar.
O que sei é que, na luz, eu vejo.
(que eu saiba, não sou morcego!)
Outra vez me pergunto: a que terei apego?
Apego-me à escuridão ou apego-me à luz?
Como ser visual que sou,
já tenho minha resposta.
E faço uma aposta:
que cada um que aqui lê
também já tem a sua.
Quem realmente quer, vê
por onde quer andar.
Mas há que se escolher.
E, se escolhe a si mesmo,
não andará a esmo,
mas optará por andar iluminado.
Se a sua escolha for a luz,
fique certo que Jesus
andará sempre a seu lado.


Kurt Hilbert