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domingo, 24 de setembro de 2023

Quem Faz Isso?


 

Mateus 12:21

“Em seu nome as nações porão sua esperança”.

 

A Palavra base aqui fala de Jesus, e refere-se a uma citação do profeta Isaías que, centenas de anos antes, dizia assim: “Eis o meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer. Porei nele o meu Espírito, e ele trará justiça às nações. Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com fidelidade fará justiça; não mostrará fraqueza e nem se deixará ferir, até que estabeleça a justiça na terra. Em sua lei as ilhas porão sua esperança” (Isaías 42:1-4). Os termos “lei” e “nome” tinham similaridade de significados, assim como “ilhas” e “nações”.

Tanto no tempo de Isaías quanto no tempo de Jesus de Nazaré, a noção de “mundo” era muito limitada. O que era o mundo no tempo de Jesus, por exemplo? Era aquilo que podemos chamar de “mundo conhecido”. Regiões do Oriente longínquo, por exemplo, eram desconhecidas, assim como a existência das Américas era ignorada.

O que era o mundo, segundo a compreensão daquela época? Era o Oriente Médio, a própria Palestina, pequenas nações vizinhas, o Egito e parte no norte da África, a região da Ásia Menor e o sul da hoje Europa. E não passava muito disso. E todo esse “mundo conhecido” era tomado pelas influências greco-romanas. A influência grega se dava pela filosofia e conhecimentos gerais, e a romana se dava pela imposição e domínio de suas forças armadas. A Grécia dominava pela pena e Roma pela espada.

Essa era, em linhas gerais, a noção de “mundo” naquele tempo.

Mas a Palavra aqui usada como base para estas linhas aponta para mais longe. Quando fala de nações, dá uma ideia mais ampla, significando a não limitação de alcance dos ensinamentos de Jesus.

Ele mesmo enviou Seus discípulos como apóstolos (mensageiros enviados) a pregar o Evangelho a todas as nações: Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei” (Mateus 28:19-20).

E veja que interessantes são as profecias anteriores a este tempo, anunciadas muitos anos antes deste envio de Jesus se dar: O SENHOR desnudará seu santo braço à vista de todas as nações, e todos os confins da terra verão a salvação de nosso Deus (Isaías 52:10). “E todas as nações se reunirão para honrar o nome do SENHOR em Jerusalém” (Jeremias 3:17).

Temos, no entanto, que considerar mais isto: geográfica e historicamente, o envio que Jesus dá somente se torna pleno em nosso tempo, pois, hoje, se tem acesso “a todas as nações”, diferentemente daquela época, quando “todas as nações” eram somente aquelas alcançáveis pelos meios limitados de que dispunham e aquelas que eram conhecidas.

Pois bem. Havia também outra profecia nesta Palavra, quando se dizia que “em seu nome as nações porão sua esperança”. Não se trata, assim, somente de a Palavra chegar “a todas as nações”, mas estas, diante da Palavra, porem em Seu Nome toda sua esperança.

Poderíamos nos perguntar: Nos dias de hoje, em pleno século XXI, as nações de fato põem toda sua esperança em Jesus Cristo?

A resposta deve ser franca, sincera e direta: Não, não põem!

Pessoas de dentre as nações fazem isso, mas uma coletividade nacional toda, não.

O que dizer a respeito disso, de que as nações não põem toda sua esperança no Nome do Senhor?

Por fé, digo que este tempo ainda está por vir.

Chegará o tempo em que se cumprirá também esta profecia, assim como tantas outras já se cumpriram, e outras tantas também – ao lado desta – se cumprirão.

Tenho que tomar em conta outra profecia do próprio Cristo, que não pode nos passar despercebida, esta como um aviso: “Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa (Mateus 24:9). Sim, também as dificuldades extremas estão previstas, e o Senhor não as escondeu de ninguém. Muitas já se cumpriram desde o início da Igreja, e outras ainda estão por vir. Saibamos que nem sempre seremos amados por causa da nossa posição no Senhor. Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês” (Mateus 5:11-12). Tudo isso Jesus de Nazaré dizia aos Seus contemporâneos – e o diz a nós também.

Tudo se cumprirá, enfim!

Até lá, quero continuar mantendo-me fiel ao Senhor, ao Seu amor e a tudo o que isso representa, buscando compartilhar a Sua Palavra que, em me fazendo bem, também pode fazer bem aos outros.

E convido a você, que aqui lê, a andarmos juntos, com toda nossa esperança no Senhor!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 17 de setembro de 2023

130 – A Batalha de Ai (Josué 7 – 8)


Mas1(versículo de Josué 7) os israelitas foram infiéis com relação às coisas consagradas. Acã I, filho de Carmi, filho de Zinri, filho de Zerá, da tribo de Judá, apossou-se de algumas delas. E a ira do SENHOR acendeu-se contra Israel.

Sucedeu2 que Josué enviou homens de Jericó a Ai, que fica perto de Bete-Áven, a leste de Betel, e ordenou-lhes: “Subam e espionem a região”. Os homens subiram e espionaram Ai.

Os homens voltaram e concluíram que conseguiriam tomar a cidade de Ai com alguns milhares de homens. Entretanto, o ataque fracassou. Deus disse a Josué que assim foi porque um dos israelitas desobedecera à ordem de Deus. Quando Josué acareou o povo, Acã confessou que havia saqueado Jericó, e ele e sua família foram apedrejados até a morte.

E1(versículo de Josué 8) disse o SENHOR a Josué: “Não tenha medo! Não se desanime! Leve todo o exército com você e avance contra Ai. Eu entreguei nas suas mãos o rei de Ai, seu povo, sua cidade e sua terra. Você2 fará com Ai e seu rei o que fez com Jericó e seu rei; e desta vez vocês poderão se apossar dos despojos II e dos animais. Prepare uma emboscada atrás da cidade”.

Então3 Josué e todo o exército se prepararam para atacar a cidade de Ai. Ele escolheu trinta mil dos seus melhores homens de guerra e os enviou de noite com4 a seguinte ordem: “Atenção! Preparem uma emboscada atrás da cidade, e não se afastem muito dela. Fiquem todos alerta. Eu5 e todos os que estiverem comigo nos aproximaremos da cidade. Quando os homens nos atacarem como fizeram antes, fugiremos deles. Eles6 nos perseguirão até que os tenhamos atraído para longe da cidade, pois dirão: ‘Estão fugindo de nós como fizeram antes’. Quando estivermos fugindo, vocês7 sairão da emboscada e tomarão a cidade. O SENHOR, o seu Deus, a entregará em suas mãos”.

Assim que a emboscada foi preparada, Josué e seus homens avançaram sobre Ai. O rei guiou o seu exército para fora da cidade, a fim de desafiá-los. Quando os israelitas fugiram, o exército de Ai os perseguiu.

Disse18 então o SENHOR a Josué: “Estende a lança que você tem na mão III na direção de Ai, pois nas suas mãos entregarei a cidade”. Josué estendeu a lança na direção de Ai, e19 assim que o fez, os homens da emboscada saíram correndo da sua posição, entraram na cidade, tomaram-na e depressa a incendiaram.

Vendo21 Josué e todo o Israel que os homens da emboscada tinham tomado a cidade e que desta subia fumaça, deram meia-volta e atacaram os homens de Ai. Os22 outros israelitas também saíram da cidade para lutar contra eles, de modo que foram cercados, tendo os israelitas dos dois lados. Então os israelitas os mataram, sem deixar sobreviventes nem fugitivos.

Israel24 terminou de matar os habitantes de Ai no campo e no deserto, onde os tinha perseguido; eles morreram ao fio da espada. Depois disso, todos os israelitas voltaram à cidade de Ai e mataram os que lá haviam ficado.

Assim28 Josué incendiou Ai e fez dela um perpétuo monte de ruínas, um lugar abandonado até hoje. Enforcou29 o rei de Ai numa árvore e ali o deixou até à tarde. Ao pôr-do-sol Josué ordenou que tirassem o corpo da árvore IV e que o atirassem à entrada da cidade. E sobre ele ergueram um grande monte de pedras, que perdura até hoje.

 

v     Para entender a história

A desobediência de um homem leva ao castigo de toda a nação israelita, do mesmo modo como o pecado de Adão afetou toda a humanidade. A morte de Acã e sua família serve como um alerta aos outros de que Deus exige devoção total de seu povo e que Ele não pode ser traído.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Acã – Na Bíblia, Acã também é chamado de “Acar” (1º Crônicas 2:7), que significa “desgraça”. Acã violou a ordem de Deus de não saquear Jericó (Josué 6:17) e, com isso, desgraçou o seu povo. Os israelitas haviam consagrado Jericó a Deus (Josué 6:21) e, por isso, os seus espólios de guerra foram chamados de “coisas consagradas”.

                                   II.     “Poderão se apossar dos despojos” – A Lei de Moisés estipulava que despojos precisavam ser purificados. Tudo devia ser lavado antes, e os metais passados pelo fogo. Os soldados tinham que lavar as roupas no sétimo dia após a batalha (Números 31:22-30). A Lei também dava instruções de como os despojos deviam ser divididos.

                                III.     “A lança que você tem na mão” – A palavra hebraica para “lança” é “kidon”. Apesar de os israelitas usarem lanças em batalhas, um documento das cavernas de Qumran descreve o “kidon” como uma espada com um cúbito e meio de comprimento (cerca de 67,5 cm).

                                IV.     “Tirassem o corpo da árvore” – Josué agiu de acordo com a Lei de Moisés. Um infrator podia ser pendurado em uma árvore ou empalado, para lembrar ao povo do seu crime, mas o corpo dele tinha que ser retirado antes do anoitecer (Deuteronômio 21:22-23).

 

- Guerras e armas: Os israelitas eram pessimamente treinados, e suas armas e equipamentos, inferiores aos dos inimigos. Conseqüentemente, tinham de se apoiar em métodos táticos para vencer as batalhas. Em geral, não usavam armaduras, mas um eficiente uso de armas de longa distância, como atiradeiras, os ajudava a evitar um combate corpo a corpo.

- A cidade de Ai: “Ai” – ou “Hai” – é a palavra hebraica para “ruína”, o que serve para lembrar a destruição total da cidade. Tradicionalmente, era identificada como sendo Et-Tell. Entretanto, escavações recentes revelaram que a antiga cidade que havia no local foi destruída cerca de 1.000 anos antes de Josué. À época da conquista, não podia ter sido uma grande e próspera cidade. Ai deve ter sido um povoamento menor, construído sobre os restos da cidade mais antiga. As ruínas de Et-Tell estão localizadas a cerca de 25 quilômetros da antiga cidade de Jericó e, sendo assim, faz total sentido que a mesma tenha sido conquistada por Josué logo em seqüência daquela.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 10 de setembro de 2023

Buscar a Deus


2º Crônicas 15:15

... buscaram a Deus com a melhor disposição; ele deixou que o encontrassem e lhes concedeu paz...  

 

Na pessoa de Jesus de Nazaré, o Cristo, Deus veio ao nosso encontro no tempo/espaço e na História, manifestando-Se fisicamente: Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós (João 1:14).

A diferença entre o Evangelho de Cristo – as boas novas – e as religiões, é que, pelas religiões, o homem busca ir ao encontro de Deus e, no Evangelho, é Deus que vem ao encontro dos homens – de todos os homens: Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo (Lucas 2:10). É Deus que nos busca por meio de Jesus Cristo: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).

No entanto, há um ponto bem interessante na Palavra usada como mote para este texto: aí nos é dito que, ainda que em Cristo Deus tenha nos buscado por um ato de graça, também é importante que nós O busquemos, pois isso completa o relacionamento, que não é unilateral, mas bilateral; é Deus conosco e nós com Deus.

Neste relacionamento, cria-se também um diálogo entre o humano e o divino: Ele nos fala por Sua Palavra, nós Lhe falamos em nossas orações. Veja como isso se dá: “Pois a verdade é que Deus fala, ora de um modo, ora de outro” (Jó 33:14). E principalmente: Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho (Hebreus 1:1-2). E nós, como Lhe falamos? Especialmente em nossas orações, como Jesus ensinou: “Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mateus 6:6). E também: “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém” (Mateus 6:9-13). E ainda: “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (Mateus 7:7-8).

Jesus também ensina algo que nos dá uma tranqüilidade extra: O seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem” (Mateus 6:8). Mas isso, de forma alguma, dispensa o relacionamento pela oração, pois Deus deseja nos ouvir: Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos (1º João 5:14-15).

Sim, a oração promove proximidade!

O relacionamento com Deus deve ser sempre de coração, ou seja, não pode ser um ato automático, mas uma ação também emocional, envolvendo-nos por inteiro. Oramos, por um lado, de modo racional: “Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento (1º Coríntios 14:15). Por outro, oramos com a emoção: “Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração (Jeremias 29:13).

Deus vem a nós por inteiro – Jesus deixou Sua vida aqui: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10:11). Assim, a recíproca deve se dar também da nossa parte: Porque para mim o viver é Cristo (Filipenses 1:21).

Buscá-Lo de todo coração é isso!

Quando assim o fazemos, Ele “se deixa encontrar”, o que significa que podemos percebê-Lo em nosso dia a dia. Como? Faça o exercício: busque-O em suas orações, busque-O através da leitura da Sua Palavra.

Busque também ver como Jesus agia e vivia – pois em Jesus Deus mostra como Ele É: “Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto”. Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”. Jesus respondeu: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu lhes digo não são apenas minhas. Ao contrário, o Pai, que vive em mim, está realizando a sua obra. Creiam em mim quando digo que estou no Pai e que o Pai está em mim; ou pelo menos creiam por causa das mesmas obras (João 14:7-11).

Assim, buscado ao Senhor pela oração, em Sua Palavra, vendo como Jesus É, você O encontrará, O perceberá.

E, como diz a Palavra, Ele “nos concede a Sua paz...”

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 3 de setembro de 2023

129 – A Queda de Jericó (Josué 5 – 6)


 

Naquela2(versículo de Josué 5) ocasião o SENHOR disse a Josué: “Faça facas de pedra I e circuncide os israelitas”. Josué3 fez facas de pedra e circuncidou os israelitas em Gibeate-Aralote.

Ele4 fez isso porque todos os homens aptos para a guerra morreram no deserto depois de terem saído do Egito. Todos5 os que saíram haviam sido circuncidados, mas todos os que nasceram no deserto, no caminho, depois da saída do Egito, não passaram pela circuncisão.

E8, depois que a nação inteira foi circuncidada, eles ficaram onde estavam, no acampamento, até se recuperarem.

Jericó1(versículo de Josué 6) estava completamente fechada por causa dos israelitas. Ninguém saía nem entrava.

Então2 o SENHOR disse a Josué: “Saiba que entreguei nas suas mãos Jericó, seu rei e seus homens de guerra. Marche3 uma vez ao redor da cidade, com todos os homens armados. Faça isso durante seis dias. Sete4 sacerdotes levarão cada um uma trombeta de chifre de carneiro II à frente da arca. No sétimo dia, marchem todos sete vezes ao redor da cidade, e os sacerdotes toquem as trombetas. Quando5 as trombetas soarem um longo toque, todo o povo dará um forte grito; o muro da cidade cairá e o povo atacará, cada um do lugar onde estiver”.

Josué fez exatamente o que Deus lhe disse e, no sétimo dia, após a sétima volta, as trombetas soaram.

Quando20 soaram as trombetas o povo gritou. Ao som das trombetas, e do forte grito, o muro caiu. Cada um atacou do lugar onde estava, e tomaram a cidade. Consagraram21 a cidade ao SENHOR III, destruindo ao fio da espada homens, mulheres, jovens, velhos, bois, ovelhas e jumentos, todos os seres vivos que nela havia.

Depois24 incendiaram a cidade inteira e tudo o que nela havia, mas entregaram a prata, o ouro e os utensílios de bronze e de ferro ao tesouro do santuário do SENHOR. Mas25 Josué poupou a prostituta Raabe, a sua família, e todos os seus pertences, pois ela escondeu os homens que Josué tinha enviado a Jericó como espiões. E Raabe vive entre os israelitas até hoje.

Naquela26 ocasião Josué pronunciou este juramento solene: “Maldito seja diante do SENHOR IV o homem que reconstruir esta cidade de Jericó: Ao preço de seu filho mais velho lançará os alicerces da cidade; ao preço de seu filho mais novo porá suas portas!”

Assim27 o SENHOR esteve com Josué, cuja fama espalhou-se por toda a região.

 

v     Para entender a história

Josué lidera os israelitas, mas Deus está sempre no comando. A batalha é um sucesso porque Josué obedece às instruções de Deus. Jericó é o “primeiro fruto” de Canaã, e a cidade inteira é oferecida em sacrifício ao Senhor. Raabe, a prostituta, é poupada, pois Deus aceita aqueles que se voltam para ele.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Facas de pedra – Nessa época, a maioria das armas era feito de bronze. Agora que os israelitas estão prestes a tomar Jericó, toda a população masculina é novamente consagrada a Deus com facas de pedra. Na Bíblia, esse material está associado à força e à determinação de propósitos.

                                   II.     “Trombeta de chifre de carneiro” – A trombeta tradicional de Israel é chamada de “shofar”. O instrumento produz um som alto e estridente, que era usado para convocação de batalha ou chamado para culto. O “shofar” ainda hoje é usado em alguns serviços religiosos dos judeus.

                                III.     “Consagraram a cidade ao SENHOR – Os israelitas homenagearam a Deus como o arquiteto de sua vitória oferecendo-lhe os espólios de guerra. As coisas dedicadas ao Senhor são sagradas e negadas aos demais. A cidade e tudo o que havia nela foram sacrificados ao Senhor. Metais e outros objetos que não puderam ser destruídos pelo fogo foram colocados no tesouro do Senhor.

                                IV.     “Maldito seja diante do SENHOR – Hiel de Betel reconstruiu uma cidade murada em Jericó, no século IX a.C. Esse ato custou a Hiel o filho mais velho e o caçula, cumprindo-se, assim, a maldição de Josué.

 

- Jericó: Conhecida como “a cidade das palmeiras”, a Jericó do Antigo Testamento estava encravada num exuberante oásis. Escavações no local revelaram várias cidades antigas, construídas e destruídas, uma em cima da outra. Recentes testes de carbono ligam à época de Josué a destruição de uma cidade fortemente cercada por muralhas.

- A antiga Jericó: Ruínas em Tell-Es-Sultan revelam povoamentos que datam entre cerca de 9.600 a 1.400 a.C. As muralhas de Jericó foram construídas por volta de 8.000 a.C., o que a torna a mais antiga cidade murada do mundo.

- O cerco de sete dias: O número sete simboliza a perfeição e a inteireza. É recorrente durante toda a história do cerco, destacando o significado da vitória de Israel: a triunfal entrada do povo de Deus na “terra prometida”.


Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.