2º
Crônicas 15:15
...
buscaram a Deus com a melhor disposição; ele deixou que o encontrassem e lhes
concedeu paz...
Na pessoa de Jesus de Nazaré, o Cristo, Deus
veio ao nosso encontro no tempo/espaço e na História, manifestando-Se
fisicamente: Aquele
que é a Palavra tornou-se carne e viveu
entre nós (João 1:14).
A diferença entre o Evangelho de Cristo – as
boas novas – e as religiões, é que, pelas religiões, o homem busca ir ao
encontro de Deus e, no Evangelho, é Deus que vem ao encontro dos homens – de
todos os homens: “Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo”
(Lucas 2:10). É Deus que nos busca por meio de Jesus Cristo: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
No entanto, há um
ponto bem interessante na Palavra usada como mote para este texto: aí nos é
dito que, ainda que em Cristo Deus tenha nos buscado por um ato de graça,
também é importante que nós O busquemos, pois isso completa o relacionamento,
que não é unilateral, mas bilateral; é Deus conosco e nós com Deus.
Neste relacionamento,
cria-se também um diálogo entre o humano e o divino: Ele nos fala por Sua
Palavra, nós Lhe falamos em nossas orações. Veja como isso se dá: “Pois a verdade é que Deus fala, ora de um modo, ora de outro” (Jó 33:14). E
principalmente: Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos
antepassados por meio dos profetas,
mas nestes últimos dias falou-nos por
meio do Filho (Hebreus 1:1-2). E nós, como Lhe falamos? Especialmente
em nossas orações, como Jesus ensinou: “Mas
quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está
em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mateus 6:6).
E também: “Pai nosso, que estás nos céus!
Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim
na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas
dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em
tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para
sempre. Amém” (Mateus 6:9-13). E ainda: “Peçam,
e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta.
Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta
será aberta” (Mateus 7:7-8).
Jesus também ensina algo que nos dá uma
tranqüilidade extra: “O seu Pai sabe do que vocês precisam,
antes mesmo de o pedirem” (Mateus 6:8). Mas isso, de forma alguma,
dispensa o relacionamento pela oração, pois Deus deseja nos ouvir: Esta
é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se
pedirmos alguma coisa de acordo com a
vontade de Deus, ele nos ouvirá.
E se sabemos que ele nos ouve em
tudo o que pedimos, sabemos que temos o
que dele pedimos (1º João 5:14-15).
Sim, a oração promove
proximidade!
O relacionamento com
Deus deve ser sempre de coração, ou seja, não pode ser um ato automático, mas
uma ação também emocional, envolvendo-nos por inteiro. Oramos, por um lado, de
modo racional: “Orarei com o espírito,
mas também orarei com o entendimento”
(1º Coríntios 14:15). Por outro, oramos com a emoção: “Vocês me procurarão e me
acharão quando me procurarem de todo o coração” (Jeremias 29:13).
Deus vem a nós por
inteiro – Jesus deixou Sua vida aqui: “Eu
sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João
10:11). Assim, a recíproca deve se dar também da nossa parte: Porque para mim o viver é Cristo (Filipenses 1:21).
Buscá-Lo de todo coração é isso!
Quando assim o fazemos, Ele “se deixa
encontrar”, o que significa que podemos percebê-Lo em nosso dia a dia. Como?
Faça o exercício: busque-O em suas orações, busque-O através da leitura da Sua
Palavra.
Busque também ver como Jesus agia e vivia – pois
em Jesus Deus mostra como Ele É: “Se
vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto”.
Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”. Jesus respondeu:
“Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante
tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer:
‘Mostra-nos o Pai’? Você não crê que eu
estou no Pai e que o Pai está em mim?
As palavras que eu lhes digo não são
apenas minhas. Ao contrário, o Pai, que
vive em mim, está realizando a sua
obra. Creiam em mim quando digo que estou no Pai e que o Pai está em mim;
ou pelo menos creiam por causa das
mesmas obras” (João 14:7-11).
Assim, buscado ao
Senhor pela oração, em Sua Palavra, vendo como Jesus É, você O encontrará, O
perceberá.
E, como diz a Palavra,
Ele “nos concede a Sua paz...”
É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos
acompanhem!
Saudações,
Kurt Hilbert
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