Pesquisar neste blog

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O Amor em Prática

 
          O amor deve ser sincero.
          Afastem-se do que é mau; apeguem-se ao que é bom.
          Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal.
          Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios.
          Nunca lhes falte o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor.
          Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração.
          Compartilhem o que vocês tem com os irmãos em suas necessidades.
          Pratiquem a hospitalidade.
          Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não amaldiçoem.
          Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram.
          Tenham uma mesma atitude uns para com os outros.
          Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se com pessoas de posição inferior.
          Não sejam sábios aos seus próprios olhos.
          Não retribuam a ninguém mal por mal.
          Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos.
          Façam todo o possível para viver em paz com todos.
          Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor. Ao contrário: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele”.
          Não deixem se vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.
 
          (Texto de Romanos 12:9-21)
 
          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Tempos

Eclesiastes 3:1-8
          Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir, tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las, tempo de abraçar e tempo de se conter, tempo de procurar e tempo de desistir, tempo de guardar e tempo de jogar fora, tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar, tempo de amar e tempo de odiar, tempo de lutar e tempo de viver em paz.

                                                                
Para tudo sempre há tempo...
               tempo de falar e tempo de calar
               tempo de nascer e tempo de morrer
               tempo de matar e tempo de curar
               tempo de plantar e tempo de colher
               tempo de prantear e tempo de dançar
               tempo de derrubar e tempo de erguer
               tempo de espalhar e tempo de ajuntar
               tempo de ganhar e tempo de perder
               tempo de abraçar e tempo de afastar
               tempo de rasgar e tempo de coser
               tempo de guardar e tempo de esbanjar
               tempo de chorar e tempo de rir
               tempo de guerrear e tempo de pacificar
               tempo de procurar e tempo de desistir
               tempo de odiar e tempo de amar
... aliás, para amar sempre é tempo!
  
Kurt Hilbert

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Secura ou Deserto?

 
           João 6:35
          “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede”.
 
          Dia desses estava ouvindo um padre falar num programa de TV. Falava sobre um livro que lançara, que tratava sobre períodos da vida do ser humano, em que atravessamos momentos de secura ou de deserto espiritual. Lamentavelmente, não gravei o nome deste padre nem o título do livro.
          Falava ele que há momentos na vida de toda pessoa, mesmo e também as mais crentes e de vida cristã ativa, em que há desertos. Ele citava, inclusive, madre Teresa de Calcutá, que, em seus diários, mencionava que havia momentos em que ela sentia uma completa ausência de Deus, um completo deserto espiritual (não conheço esses diários, não posso garantir que ela tenha escrito isso ou não, então fico com a palavra do padre, sem entrar nos méritos deste tema na vida da madre). Ele seguia dizendo que na nossa vida, a maior parte da caminhada fazemos em desertos e, de vez em quando, encontramos um oásis. Os oásis, dizia ele, não são a regra da vida, mas o deserto sim. E que, nos momentos de deserto, devemos manter nossa disciplina espiritual para manter a nossa vida de oração e de conduta cristã ativa. Falava ele ainda que a oração deve ser mantida disciplinarmente, mesmo nos momentos em que não sentimos vontade de orar, e que isso nos fortalece. Em suma, ele falava que nos momentos de secura e de deserto espirituais, devemos nos manter firmes na fé, e isso nos traz grande crescimento.
          Fiquei por longo tempo pensando a respeito disso. Nos dias posteriores a essa entrevista, volta e meia me lembrava do que esse padre falara e, francamente, encontrava em minha própria vida indícios de que o que ele dissera estava certo. Eu mesmo passei – como acho que muitas pessoas passam – por profundos momentos de deserto e secura espiritual. Passei por momentos de abandono, de solidão, de profunda depressão, de perdas de valores psicológicos e materiais, enfim, deserto e secura não faltaram em minha vida. Inclusive, tudo isso se deu em épocas que eu andava bastante ativo em atividades relacionadas com a vida na igreja, com cargo eclesiástico e tudo.
          Tudo o que esse padre falou fazia sentido em minha vida, e deve fazer sentido na vida de muitos. Existem, de fato, desertos e securas espirituais em nossas vidas.
          Tempos depois, passeando pelas Escrituras, deparei-me com a passagem acima, cabeçalho deste texto. Parei nela, meditei nela, orei sobre ela, e minha mente se abriu para o seu sentido.
          Jesus diz, sobre Si mesmo, que Ele é o pão da vida. Que quem vem a Ele nunca terá fome. Que quem crê n’Ele nunca terá sede. Mas a parte que me saltou aos olhos e que ficou gravada em minha mente e em meu coração foi justamente esta: “aquele que crê em mim nunca terá sede”. Não tinha como não ligá-la à imagem de secura e deserto que ouvira há tempos atrás, naquela entrevista do padre. Aquela imagem não me saíra da cabeça, a de períodos de secura e deserto espiritual. A imagem de secura remete à sede, a imagem de deserto remete à falta de água. Mas, agora, contrapunha-se a estas imagens esta outra imagem que Jesus me falava através desta Palavra: “aquele que crê em mim nunca terá sede”. Então, entendi.
          Eu não podia negar que eu sempre buscara a Deus através de Cristo, que eu cria n’Ele com todas as forças que me eram possíveis. Mas eu tinha – e por longos períodos, não curtos – momentos de secura e de deserto. Como era possível? Será que não O buscava o suficiente? Será que não cria n’Ele o bastante? Onde eu estava falhando? Pois, conforme podia entender pela Palavra, eu, em O buscando e crendo n’Ele, não poderia ter esses momentos de secura e de deserto, pois a Palavra diz que nunca terá sede”. E nunca é nunca, não é de vez em quando; é simples assim. Ele não disse “aquele que crê em mim de vez em quando não terá sede”. Ele disse, claramente, nunca terá sede. Então, somando A + B, concluí que não pode haver períodos de secura e deserto espirituais. Materiais, talvez; espirituais, nunca!
          Depois de pensar bastante a respeito, de refletir, de ponderar comigo mesmo, e de orar sobre isso, cheguei a uma conclusão: eu estava, sim, O buscando; eu estava, sim, crendo n’Ele. Eu não tinha que me preocupar com isso, me recriminar por causa de uma suposta pouca busca ou pouca fé. Não. Eu apenas não tinha me dado conta, não tinha me caído a ficha, de que Ele já me dera, pela busca que eu fazia d’Ele, pela fé que eu punha n’Ele, todas as condições de nunca mais ter fome ou sede espiritual. Eu apenas ainda não tinha percebido isso. Eu já tinha tudo isso, bastava me dar conta, bastava saber. Agora eu sei.
          É bem possível que você, com quem eu tenho o prazer de compartilhar essas linhas, também já tenha tudo isso. Que já tenha todas as condições em si de nunca sentir-se num deserto espiritual ou com secura espiritual. Pare e pense. Você busca a Deus? Você crê n’Ele? Você vive conforme Suas palavras? Sim? Sim mesmo? Então, dê-se conta que você já tem tudo do que precisa, você já é tudo o que precisa! Isso não são palavras de efeito, blábláblá de autoajuda ou coisas do tipo. São palavras d’Ele!
          Agradeço a Deus por ter sintonizado a TV naquela entrevista, agradeço por aquele padre ter levantado esse assunto, agradeço por essa situação toda, pois ela me fez pensar a respeito, refletir, e buscar uma resposta às securas e desertos espirituais que tinha até então. Tinha, não tenho mais.
          Agora sei que podemos ter períodos de deserto e secura em nossas vidas exteriormente, por circunstâncias difíceis que se nos apresentam, por momentos de lutas, por todas essas coisas. Mas que essas coisas são coisas externas, são momentos e circunstâncias que podem nos rodear, no nosso dia-a-dia, em casa, no trabalho, na sociedade – e mesmo na igreja. Mas, enquanto nos dermos conta de que Deus está conosco, que estamos n’Ele e Ele em nós, interiormente jamais haverá nem um período sequer de secura ou deserto. Pode haver secura ou deserto material, mas nunca espiritual. Haverá pão e água para a nossa alma e, por tabela, para nossa vida como um todo, pois deve estar na nossa mente e no nosso coração, full-time, esta palavra de Jesus: Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede”.
          Não há deserto, não há secura!
          Não estou desdizendo o padre da entrevista na TV, seu livro e o tema deste. Não. Sigo concordando com grande parte do que ele falou, mas faço a ressalva sobre esses hiatos de tempo, onde aparecem secura e desertos. Como disse há pouco, agradeço por ter me deparado com esse tema. Mas, efetivamente, devo concordar e me dar conta do que Jesus disse: só terei fome e sede espiritual se me esquecer das Suas palavras.
          E, para melhorar um pouco mais, logo adiante Ele nos dá mais uma indicação. Uma indicação da importância que nós temos com relação aos nossos irmãos, nossos semelhantes, com relação ao ambiente em que vivemos e nos movemos: nós somos o que Ele falou. Nós apenas precisamos decidir ser. Nós somos os agentes da vida eterna em nosso meio. Nós temos as condições de saciar a sede e a ser um oásis quando nosso semelhante estiver passando por algum deserto espiritual. Vejamos como: Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva (João 7:38).
          Estejamos em Deus através de Cristo. Esta é a condição. E sejamos também fonte de vida a quem está conosco!
 
          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Torto e Falto

Eclesiastes 1:15
          O que é torto não pode ser endireitado; o que está faltando não pode ser contado.
 
                                                                 
Já me vi torto,
tortuoso, torcido e curvo,
oblíquo, iníquo, enviesado.
Já me chamaram de atravessado,
errado, injusto e enganado.
De olho estrábico e vesgo,
míope e sinuoso.
Já me vi torto e torturado,
em suplício, martírio e tormento.
 
Já me vi falto,
ausente, carente e privado,
em transgressão, em falha e em pecado.
Já me chamaram de inapetente,
escasso, raro e minguado.
Olhar de infração e transgressão,
sem recurso e sem discurso.
Já me vi em necessidade e precisão,
retirado, afastado e apartado.
 
“O que é torto não pode ser endireitado;
o que está falto não pode ser contado”.
 
Que me perdoe o Pregador,
mas acho que ele estava enganado.
Alguém desceu lá do alto,
e endireitou aqui esse torto,
e pode contar com esse falto.
 
Kurt Hilbert