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domingo, 30 de agosto de 2020

Você Está Vivendo o Hoje?


Isaías 43:18
“Esqueçam o que se foi, não vivam no passado”.

Existem estudos no campo da Psicologia e também da Neurolinguística que dizem que a maioria das pessoas não vive no Presente. Parece incrível isso, e até difícil de entender. Como assim, não vivem no Presente?
Esses estudos apontam que apenas 5% das pessoas vivem no Presente. Outras 75% vivem no Passado e 20% vivem no Futuro. Como nas pesquisas eleitorais, esses números podem variar em dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Descontada a brincadeira, é nestes percentuais aproximados que as pessoas vivem. Mas como pode ser isso?
Explica-se mais ou menos assim:
A grande maioria das pessoas é influenciada diretamente por seu Passado. Desta forma, não somente são influenciadas por questões culturais e socioeconômicas que viveram – o que é natural –, mas especialmente porque sua mente faz “viagens” constantes ao Passado, e muitas ficam muito tempo “estacionadas” aí – o que não deveria ser natural.
Estas “viagens” se dão sob a forma de nostalgia – boa ou má – revivendo lembranças, onde as boas aparecem bem pouco (e, quando aparecem, trazem consigo uma espécie de angústia saudosa) e as más se sobressaem (trazendo consigo frustrações nada saudosas). Remoem-se dores, injustiças sofridas, todo um leque de sensações que inundam a mente como uma enxurrada.
O indivíduo fica “parado” nestas épocas passadas, retroalimentando suas lembranças com arrependimentos, tristezas, e cheio de “certezas” de que – ah, se fosse hoje! – faria diferente. Aqui, segredo uma frase carregada de sabedoria (sem nenhuma pretensão): Saiba, amigo, possivelmente, se fosse hoje, você não faria diferente; deixe essas lembranças descansarem em paz!
O problema de se viver no Passado é que a alma se amargura. E o amargo – excetuando-se a erva do chimarrão – não tem um bom sabor! Traz consigo, essa amargura, a possibilidade de somatizar dores passadas em dores físicas presentes. E isso é um perigo!
É importante dizer aqui que “viajar” ao Passado no sentido do aprendizado com o que passou é importante e salutar, assim como lembrar o que foi bom. Mas aprender e lembrar é uma coisa; surtar em cima de coisas que não se mudam mais é outra bem diferente!
Para estes “viajantes” ao Passado, relembro da passagem que uso aqui como mote do texto: “Esqueçam o que se foi, não vivam no passado”.
Um segundo grupo vive “viajando” ao Futuro, com ânsias, medos e inseguranças sobre como será o amanhã.
Com isso, imaginam cansativamente possíveis cenários e possibilidades possíveis – com o perdão da redundância – e, com elas, como “reagir” diante de cada uma delas. Quem já não acordou no meio da madrugada pensando naquele compromisso de amanhã, de como será, o que se dirá, o que se fará, como se agirá se acontecer isso, se acontecer aquilo ou aquilo outro? Quem já não? E quem já não voltou para casa, no final daquele dia, surpreso – positiva ou negativamente –, comprovando que nada daquilo que passou a noite imaginando que iria acontecer aconteceu? Pois é! Normalmente é assim que se dá.
Viver angustiadamente nesse Futuro draga nossas energias vitais para descansar no “agora”, nos faz ir em frente mais cansados e – sobretudo – também frustrados porque nossas imaginações não se concretizaram.
É importante dizer aqui que “viajar” ao Futuro no sentido do planejamento é importante e salutar. Mas planejar é uma coisa; surtar em cima de infinitas possibilidades e cenários possíveis é outra bem diferente!
Para estes “viajantes” ao Futuro, deixo algumas Palavras sapientes:
“Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’ Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas (Mateus 6:31-33).
“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo (Mateus 6:34).
Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta(Mateus 7:7-8).
Apenas bem poucos – aqueles 5% da pesquisa – vivem no Presente, vivem o momento do “agora”, vivem como se deve viver para ter uma boa saúde psicológica/espiritual e – como resultado benéfico – física.
São estes aqueles que “viajam” ao Passado apenas para visitar boas lembranças e aprendizados, e que “viajam” ao Futuro apenas para planejar sua vida. E voltam das suas breves “viagens” para se fazerem “presentes” no Presente.
A estes, a Palavra do Senhor também incentiva a continuarem assim:
Como cooperadores de Deus, insistimos com vocês para não receberem em vão a graça de Deus. Pois ele diz: “Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação”. Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação! (2º Coríntios 6:1-2).
Sobre as dificuldades – mas também a importância – de as pessoas permanecerem presentes no Presente, também Jesus já nos alertava, pois – como uma comparação – entrar por esta “porta estreita dos 5%” chamada “tempo presente” e permanecer neste “tempo” é uma luta disciplinada diária que exige esforço:
“Esforcem-se para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão” (Lucas 13:24).
O escritor de Hebreus também lembra da importância do Presente – do hoje – para uma salutar e segura permanência em Cristo e Seus valores eternos:
Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. Ao contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado, pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio. Por isso é que se diz: “Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião” (Hebreus 3:12-15).
Assim, pesquisas de Psicologia e Neurolinguística apontam para estes números que falei acima, e a Palavra de Deus já apontava para isso desde sempre!
Para terminar, não vou me furtar a uma frase clichê, mas, nem por isso, menos verdadeira: “Viva o Presente; não é à toa que se chama presente”.

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

28 – Jesus Alimenta a Multidão (Mateus 14)



Quando13(versículo) soube do acontecido, ele se afastou de barco I para um lugar solitário. Ouvindo isso, o povo o seguia a pé, deixando as cidades. Quando14 Jesus desembarcou e viu uma enorme multidão, teve pena deles e curou seus doentes.
Como15 a noite se aproximava, os discípulos foram a ele e disseram: “Este é um lugar deserto e já está ficando tarde. Manda a multidão embora, assim eles poderão ir para as aldeias e comprar comida”.
Jesus16 respondeu: “Eles não precisam ir embora. Deem vocês algo a eles para comer”.
“Só17 temos aqui cinco pães e dois peixes”, responderam eles.
“Tragam-nos18 aqui para mim”, disse ele. E19 ordenou que o povo se sentasse na grama. Tomando os cinco pães e os dois peixes e olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Então, entregou-os aos discípulos e estes os distribuíram ao povo. Todos20 comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos encheram doze cestos com os pedaços II que sobraram. O21 número dos que comeram era cerca de cinco mil homens III, fora mulheres e crianças.
Em22 seguida, Jesus mandou os discípulos entrarem no barco e seguirem adiante para a outra margem, enquanto ele dispensava a multidão.

v     Para entender a história
Nas aglomerações, Jesus é o anfitrião; ele cuida das necessidades físicas e espirituais da multidão. Interessante notar que ele multiplicou os pães e peixes, mas quem os distribuiu à multidão foram seus discípulos. O mesmo ocorre hoje, onde a bênção está no Evangelho de Cristo, mas quem tem a incumbência de divulgá-lo somos nós, os que seguimos a Cristo.

v     Curiosidades
                                      I.     “Ele se afastou de barco” – Quando soube que Antipas, o governador da Galileia que matara João Batista, estava preocupado com sua popularidade, Jesus se afastou para um lugar deserto. Os discípulos acabavam de voltar de sua primeira missão e Jesus queria se concentrar na sua preparação, longe da multidão e dos problemas políticos.
                                   II.     “Os discípulos encheram doze cestos com os pedaços” – Jesus respeitava a tradição judaica que considerava o pão uma dádiva de Deus que não devia ser desperdiçada. Os cestos de sobras deram aos discípulos a prova material dos poderes divinos do seu mestre.
                                III.     “Cinco mil homens” – A multidão comendo junta simbolizava a unidade da nova comunidade em torno do Messias.

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 23 de agosto de 2020

Recompensas


1º Samuel 26:23
“O SENHOR recompensa a justiça e a fidelidade de cada um”.

O que é a graça de Deus? É um amor (e favor) imerecido, ou seja, que não fizemos nada para merecer. Assim, não somos meritórios do amor de Deus. Com Deus não há meritocracia, mas graça! Este amor e esta graça existem – graças a Deus por isso! Caso a graça e o amor divino não existissem, estaríamos perdidos – literalmente!
Este amor transformado em graça personificou-se em Jesus de Nazaré, o Cristo. Num sábado, indo à sinagoga como era Seu costume, passou-se assim: Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar a liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor”. Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lucas 4:17-21).
Todas as religiões são tentativas humanas de ir-se a Deus – religião/religar.
Por e em Cristo, Deus fez o inverso: Ele veio a nós. E o fez por amor!
Quando aceitamos isso em nós e para nós, é uma experiência renovadora/recriadora. Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação (2º Coríntios 5:17-19).
Deus Se fez conosco, tornou-se humano, veio em carne, habitou entre nós, foi um ser humano, foi gente!
Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade (João 1:10-14).
É por isso que foi chamado de Emanuel – que quer dizer “Deus conosco” – profetizado centenas de anos antes de nascer, como diz o profeta Isaías: Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel (Isaías 7:14).
Deus veio ter conosco em e por Jesus, e segue conosco por Seu Espírito Santo. Jesus mesmo atesta que assim seria: “E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês (João 14:16-17).
E ainda, prometeu-nos que Seu Espírito Santo nos daria o que precisássemos para falar e dar testemunho de Si: “Quando vocês forem levados às sinagogas e diante dos governantes e das autoridades, não se preocupem com a forma pela qual se defenderão, ou com o que dirão, pois naquela hora o Espírito Santo lhes ensinará o que deverão dizer (Lucas 12:11-12).
Tudo por graça, tudo por amor!
Não temos nenhuma capacidade por nós mesmos de buscar a comunhão com Deus. Apenas podemos fazê-lo porque Ele o fez por nós. Jesus mesmo nos diz: “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma (João 15:5).
Verdadeiro e simples isso!
Então, se não temos mérito nenhum, como pode esta palavra em 1º Samuel 26:23 falar que Deus recompensa a justiça e a fidelidade de cada um? Contraditório? Do ponto de vista da legalidade humana, seria. Mas, quando olhamos à luz de Cristo – como tudo na Escritura deve ser olhado e lido –, vemos que não.
Se, por um lado, não temos mérito nenhum para sermos recompensados por Deus, por outro lado, quando nos dispomos a colocar-nos em Suas mãos sabendo que dependemos d’Ele, então Ele recompensa essa nossa escolha e decisão, a de termos nos tornado d’Ele e confiarmos n’Ele. Nos tornamos discípulos de Cristo.
Tudo se dá pela fé/fidelidade: Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam (Hebreus 11:6).
A fé e a fidelidade nos impulsionam ao discipulado, ao amor, à obediência: “Um novo mandamento lhes dou: amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros (João 13:34-35). “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos (João 14:15).
E, como ensina o Senhor em Sua Palavra, somos, por Cristo, justificados, feitos justos em e por amor: “Portanto, meus irmãos, quero que saibam que mediante Jesus lhes é proclamado o perdão dos pecados. Por meio dele, todo aquele que crê é justificado de todas as coisas das quais não podiam ser justificados pela Lei de Moisés” (Atos 13:38-39).
Assim, pois, se somos fiéis a Ele, Ele nos recompensa.

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

27 – A Missão dos Doze (Marcos 6)



Então6(versículo) Jesus fez um circuito, ensinando de aldeia em aldeia. Chamando7 a si os Doze, ele os enviou dois a dois e lhes deu poder sobre os maus espíritos.
Estas8 foram as suas instruções: “Não levem nada para a caminhada I, exceto o bastão – nem pão, nem sacola, nem dinheiro no cinto. Calcem9 sandálias, mas não usem uma segunda túnica. Sempre10 que entrarem numa casa, fiquem nela até saírem daquela cidade. E11 se em algum lugar não os acolherem ou não os escutarem, ao saírem, sacudam o pó dos seus pés II, como testemunho contra eles”.
Eles12 foram e pregaram para que as pessoas se arrependessem. Expulsaram13 muitos demônios e ungiram com azeite muitas pessoas doentes III e as curaram.

v     Para entender a história
Jesus envia os seus discípulos a fim de executarem a tarefa para a qual foram escolhidos. Cabe-lhes pregar a mesma mensagem de João, mas eles têm a permissão de Jesus para fazerem milagres. Jesus os envia em pares, para que se deem apoio moral durante esse treinamento.

v     Curiosidades
                                      I.     “Não levem nada para a caminhada” – Jesus está dizendo aos discípulos que Deus proverá suas necessidades espirituais. Os discípulos devem contar com a hospitalidade de outras pessoas, que os colocarão em contato próximo com aqueles a quem eles deverão ensinar.
                                   II.     “Sacudam o pó dos seus pés” – Este era um ritual cumprido pelos judeus sempre que voltavam de uma viagem ao estrangeiro. Significava que eles não queriam contaminar a Terra Santa de Deus com solo pagão. Os que rejeitassem os discípulos estariam sendo considerados pagãos.
                                III.     “Ungiram com azeite muitas pessoas doentes” – No tempo de Jesus, o azeite era frequentemente usado em função de suas propriedades medicinais. Entretanto, a unção de doentes pelos discípulos era um gesto simbólico. Para os que estavam sendo curados, o azeite era um auxílio para a fé.

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 16 de agosto de 2020

Os Dons de Profecia e de Línguas



Sigam o caminho do amor e busquem com dedicação os dons espirituais, principalmente o dom de profecia. Pois quem fala em língua não fala aos homens, mas a Deus. De fato, ninguém o entende; em espírito fala mistérios. Mas quem profetiza o faz para a edificação, encorajamento e consolação dos homens. Quem fala em língua a si mesmo se edifica, mas quem profetiza edifica a igreja. Gostaria que todos vocês falassem em línguas, mas prefiro que profetizem. Quem profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja seja edificada.
Agora, irmãos, se eu for visitá-los e falar em línguas, em que lhes serei útil, a não ser que lhes leve alguma revelação, ou conhecimento, ou profecia, ou doutrina? Até no caso de coisas inanimadas que produzem sons, tais como a flauta ou a cítara, como alguém reconhecerá o que está sendo tocado, se os sons não forem distintos? Além disso, se a trombeta não emitir um som claro, quem se preparará para a batalha? Assim acontece com vocês. Se não proferirem palavras compreensíveis com a língua, como alguém saberá o que está sendo dito? Vocês estarão simplesmente falando ao ar. Sem dúvida, há diversos idiomas no mundo; todavia, nenhum deles é sem sentido. Portanto, se eu não entender o significado do que alguém está falando, serei estrangeiro para quem fala, e ele, estrangeiro para mim. Assim acontece com vocês. Visto que estão ansiosos por terem dons espirituais, procurem crescer naqueles que trazem a edificação para a igreja.
Por isso, quem fala em língua, ore para que a possa interpretar. Pois, se oro em língua, meu espírito ora, mas a minha mente fica infrutífera. Então, que farei? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. Se você estiver louvando a Deus em espírito, como poderá aquele que está entre os não instruídos dizer o “Amém” à sua ação de graças, visto que não sabe o que você está dizendo? Pode ser que você esteja dando graças muito bem, mas o outro não é edificado.
Dou graças a Deus por falar em línguas mais do que todos vocês. Todavia, na igreja prefiro falar cinco palavras compreensíveis para instruir os outros a falar dez mil palavras em língua.
Irmãos, deixem de pensar como crianças. Com respeito ao mal, sejam crianças; mas, quanto ao modo de pensar, sejam adultos. Pois está escrito na Lei: “Por meio de homens de outras línguas e por meio de lábios de estrangeiros falarei a este povo, mas, mesmo assim, eles não me ouvirão”, diz o Senhor.
Portanto, as línguas são um sinal para os descrentes, e não para os que creem; a profecia, porém, é para os que creem, e não para os descrentes. Assim, se toda a igreja se reunir e todos falarem em línguas, e entrarem alguns não instruídos ou descrentes não dirão que vocês estão loucos? Mas se entrar algum descrente ou não instruído quando todos estiverem profetizando, ele por todos será convencido de que é pecador e por todos será julgado, e os segredos do seu coração serão expostos. Assim, ele se prostrará, rosto em terra, e adorará a Deus, exclamando: “Deus realmente está entre vocês!
Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja. Se, porém, alguém falar em língua, devem falar dois, no máximo três, e alguém deve interpretar. Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.
Tratando-se de profetas, falem dois ou três, e os outros julguem cuidadosamente o que foi dito. Se vier uma revelação a alguém que está sentado, cale-se o primeiro. Pois vocês todos podem profetizar, cada um por sua vez, de forma que todos sejam instruídos e encorajados. Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Pois Deus não é Deus de desordem, mas de paz.

(Texto de 2º Coríntios 12:1-33)

O texto acima, descrito na íntegra, fala deste tema que hoje em dia é comum em algumas reuniões de irmãos na fé, mas, ainda assim, mal compreendido. Segundo o apóstolo Paulo escreve, este texto traz uma luz sobre o tema, de forma facilmente compreensiva. Recomendo, até, que você volte e o releia, para que fique bem gravado.

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

26 – A Morte de João Batista (Mateus 14)



Na3(versículo) ocasião, Herodes mandara prender João, acorrentá-lo e colocá-lo no cárcere por causa de Herodias I, mulher de seu irmão Filipe, pois4 João andara dizendo a ele: “Não te é lícito tê-la contigo”. Herodes5 queria matar João, mas temia o povo, que o considerava um profeta.
No6 aniversário de Herodes, a filha de Herodias dançou para eles e Herodes gostou tanto que7 prometeu sob juramento que lhe daria qualquer coisa que ela pedisse. Induzida8 por sua mãe, ela disse: “Dá-me aqui, numa travessa, a cabeça de João Batista”.
O9 rei ficou perturbado, mas, em razão do seu juramento e da presença das visitas, ordenou que o pedido fosse atendido e10 mandou que João fosse decapitado na prisão II. Sua11 cabeça foi trazida numa travessa e entregue à moça, que a levou à sua mãe. Os12 discípulos de João vieram, levaram o seu corpo e o enterraram. Então, eles foram contar a Jesus.

v     Para entender a história
A morte de João marca o começo de uma nova fase na vida pública de Jesus – ele começa a “treinar” seus discípulos na prática, enviando-os a pregar.

v     Curiosidades
                                      I.     “Por causa de Herodias” – Herodias era neta de Herodes, o Grande. Ela primeiro se casou com seu tio Filipe, e tiveram uma filha, Salomé. Abandonou Filipe para se casar com o irmão dele, Herodes Antipas. Este segundo casamento era contrário às leis do Antigo Testamento, daí as críticas de João Batista.
                                   II.     “Decapitado na prisão” – João foi encarcerado em Maqueronte, uma fortaleza distante, na fronteira da Pereia com a Nabateia. Herodes passava algum tempo lá porque temia um ataque do rei nabateu, cuja filha havia sido a sua primeira mulher.

Rei Herodes: Herodes Antipas era filho de Herodes, o Grande, e herdara uma parte do reino do seu pai. Antipas não era propriamente um rei, mas um tetrarca, que governou a Galileia e a Pereia de 4 a.C. a 36 d.C. Rei Herodes era a sua denominação popular.

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 9 de agosto de 2020

Há Controvérsias!



2º Timóteo 2:23
Evite as controvérsias tolas e inúteis, pois você sabe que acabam em brigas.

Havia um personagem na Escolinha do Professor Raimundo, programa televisivo estrelado pelo saudoso Chico Anysio e mais um monte de monstros do humor, chamado Pedro Pedreira, um advogado sisudo e marrento, que tinha um bordão: “Há controvérsias!”
Pois bem. No meio religioso cristão, este bordão poderia se fazer presente em cada texto de cunho teológico escrito – e mesmo em textos das Escrituras –, pois cada ramificação teológica e eclesiástica traz suas interpretações a respeito.
Vejo muitas vezes por aí controvérsias serem levantadas quanto a questões doutrinárias, catecismos, regras de usos e costumes e coisas afins. As vejo como inutilidades; é “correr atrás do vento”, como diz o escritor de Eclesiastes. Praticamente de nada aproveita.
A Bíblia é um livro de revelação, não de interpretação. Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo (2º Pedro 1:20-21). Por ela e por meio do Espírito, o Senhor nos revela a Sua Palavra. Por isso, deve ser lida em oração e comunhão.
Quando os homens resolvem interpretar a Palavra ao invés de interiorizá-la como revelação divina, surgem controvérsias. Mesmo quando o assunto era as discussões a respeito da Lei de Moisés, o apóstolo Paulo já advertia Tito a não entrar em discussões: Evite, porém, controvérsias tolas, genealogias, discussões e contendas a respeito da Lei, porque essas coisas são inúteis e sem valor. Quanto àquele que provoca divisões, advirta-o uma primeira e uma segunda vez. Depois disso, rejeite-o. Você sabe que tal pessoa se perverteu e está em pecado; por si mesma está condenada (Tito 3:9-11). Quando Paulo fala que aquele que provoca divisões, depois de advertido e não se corrigindo, deve ser rejeitado, ele não falava de rejeição da pessoa, mas das atitudes de contenda, isto é, a pessoa seguia sendo amada como um irmão em Cristo, mas se fechavam as portas para as discussões divisórias.
Dia desses vi uma pesquisa que apontava que 80% dos brasileiros alfabetizados não conseguiam interpretar um texto a contento. Imaginem isso! Então, em se tratando de textos bíblicos, quando alguém se aventura a querer interpretá-los sem o auxílio do Espírito Santo, imaginem a confusão que isso pode causar!
Devemos comparar coisas espirituais com coisas espirituais, ou seja, foi o Espírito Santo do Senhor Quem inspirou e deve ser Ele também Quem auxilia na revelação dos significados da Palavra. Temos que buscar a “mente de Cristo” para entender melhor o que é de Cristo: Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais. Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois “quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo?” Nós, porém, temos a mente de Cristo (1º Coríntios 2:13-16).
Nem mesmo os eruditos, quando falam de teologias, se entendem a respeito. No reino das interpretações encontra-se lugar para todos os devaneios!
De novo: a Bíblia não é interpretação; é revelação.
Como humanos que somos, sempre poderemos discordar sobre determinados temas, inclusive os cristãos. Então eu trago comigo uma regrinha básica para tratar com isso: Se há dez pontos com relação às coisas da fé cristã, vamos fatalmente concordar em seis ou sete. Trabalho em cima destes, para fomentar a comunhão e a harmonia. Quanto aos três ou quatro pontos discordantes, deixo que o tempo, o amor de Cristo e a Sua paz nos tragam as respostas. Pronto.
Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e, se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá. Tão-somente vivamos de acordo com o que já alcançamos (Filipenses 3:15-16).
Bem dizia Paulo, escrevendo a seu pupilo Timóteo: Não entre em discussão teológica; só dá briga! Fique na paz!

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

25 – Mais Forte Que a Doença e a Morte (Marcos 5)



Quando21(versículo) Jesus tornou a cruzar de barco para a outra margem I, juntou-se uma grande multidão enquanto ele estava no lago. Então22, um dos chefes da sinagoga II, chamado Jairo, apareceu lá. Vendo Jesus, ele caiu aos seus pés, e23 lhe suplicou: “Minha filhinha está morrendo. Por favor, vem e coloca tuas mãos sobre ela, para que seja curada e viva”. Jesus24 foi com ele.
Uma grande multidão o seguia e o comprimia. E25 estava lá uma mulher que padecia de fluxo de sangue III por doze anos. Ela26 havia sofrido muito, sob o cuidado de muitos médicos, e gastara tudo o que tinha, mas, em vez de melhorar, piorava. Quando27 ouviu sobre Jesus, seguiu-o na multidão e tocou seu manto IV, pois28 pensava: “Se eu apenas tocar suas roupas, já serei curada”. Na29 mesma hora, seu sangue estancou e ela sentiu no corpo que estava livre do seu mal.
Jesus30 logo notou que uma força saíra dele. Voltou-se no meio da multidão e perguntou: “Quem tocou em meu manto?”
“Vês31 o povo amontoado junto de ti”, responderam os discípulos, “e ainda perguntas: ‘quem me tocou?’”
Mas32 Jesus continuou olhando em torno para ver quem o tinha feito. Então33, sabendo o que lhe sucedera, a mulher veio, prostrou-se aos seus pés e, tremendo de medo, contou toda a verdade. Ele34 lhe disse: “Filha, tua fé te curou. Vai em paz e fica livre do teu sofrimento”.
Enquanto35 Jesus ainda falava, chegaram alguns homens da casa de Jairo, o chefe da sinagoga. “Tua filha morreu”, disseram. “Para que continuar incomodando o mestre?”
Sem36 tomar conhecimento do que eles diziam, Jesus disse ao chefe da sinagoga: “Não temas; apenas creia”.
Ele37 não permitiu que ninguém o seguisse, exceto Pedro, Tiago e João, o irmão de Tiago. Ao38 chegarem à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu uma grande comoção, com pessoas chorando e se lamentando V.
Ele39 entrou e lhes disse: “Por que todo esse tumulto e lamento? A criança não está morta, apenas dorme”. E40 riram dele.
Depois de fazer todos saírem, ele chamou o pai, a mãe e os discípulos que o acompanhavam e entrou no lugar onde estava a criança. Pegou-a41 pela mão e lhe disse: “Talita cumi!” – que significa: “Menina, levanta-te!”.
Imediatamente42, a menina se levantou e passou a andar – ela tinha doze anos. Ficaram todos muito atônitos. Ele43 deu ordens estritas de não deixarem ninguém saber daquilo e lhes mandou darem algo de comer à menina.

v     Para entender a história
Os milagres dessa história mostram que o poder da fé pode vencer a doença e a morte. A mulher crê que bastará tocar Jesus para sarar, e sua fé é recompensada. Jesus lhe diz: “Tua fé te curou”. Jairo sabe que sua filha morreu. Jesus lhe diz: “Apenas creia”, e traz a criança de volta à vida.

v     Curiosidades
                                      I.     “Cruzar de barco para a outra margem” – Jesus e seus discípulos deixaram a região de Decápolis e cruzaram o lago rumo à Galileia, ao norte.
                                   II.     “Um dos chefes da sinagoga” – A administração da sinagoga costumava caber a um leigo, que cuidava do prédio e organizava os serviços religiosos.
                                III.     “Padecia de fluxo de sangue” – A doença da mulher tornava a sua vida péssima. Ela não podia se casar, nem mesmo ter vida social, pois o fluxo de sangue a levava a ser considerada impura, segundo as leis judaicas.
                                IV.     “Tocou seu manto” – O Evangelho de Mateus diz que a mulher “tocou a borda do seu manto”. Em atenção aos mandamentos de Deus (Números 15:38), Jesus usava franjas na borda do manto. Muitos artistas o pintaram usando um manto azul, cor que representa o céu e simboliza “esperança”.
                                   V.     “Pessoas chorando e se lamentando” – Quando alguém morria, esperava-se que família e amigos expressassem sua tristeza com uma demonstração pública de dor. Como em todas as culturas do Oriente Médio, o enterro era feito em 24 horas. Muitas famílias contratavam tocadores de flauta e carpideiras profissionais. Mateus (9:23) registrou: “Jesus viu os tocadores de flauta e as multidões barulhentas”. O período de lamentação durava sete dias.

Flautas: Por produzir um som agudo e plangente, a flauta de junco era tocada durante o período de lamentação.

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 2 de agosto de 2020

Por Que Duvidaste?



Mateus 14:22-33
Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia a multidão. Tendo despedido a multidão, subiu sozinho a um monte para orar. Ao anoitecer, ele estava ali sozinho, mas o barco já estava a considerável distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento soprava contra ele. Alta madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar. Quando o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram: “É um fantasma!” E gritaram de medo. Mas Jesus imediatamente lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!” “Senhor”, disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas”. “Venha”, respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre a água e foi na direção de Jesus. Mas, quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem de pequena fé, porque você duvidou?” Quando entraram no barco, o vento cessou. Então os que estavam no barco o adoraram, dizendo: “Verdadeiramente tu és o Filho de Deus”.

A censura de Jesus a Pedro por ter duvidado estende-se também aos demais discípulos. Afinal, a fé pequena do líder expressava a situação do grupo inteiro. Como Pedro, os demais ainda não tinham chegado a consagrar-se inteiramente a Jesus, depositando n’Ele uma confiança inabalável, mormente nos tempos de dificuldades. Daí o risco de serem tragados pelas ondas das perseguições e das adversidades.
O simples fato de conviver com o Mestre era insuficiente para fazer a fé penetrar no coração dos discípulos. A adesão efetiva exigia muito mais. Não bastava deixar-se encantar pela sublimidade de Seus ensinamentos nem se empolgar diante da grandiosidade de Seus milagres. Era necessário deixar-se transformar por Suas palavras, e descobrir-se, para imitar seu modo de proceder. Só assim a fé se torna consistente, capaz de superar as provações.
Por outro lado, a censura de Jesus é um alerta para os líderes da comunidade. Também eles poderiam padecer de uma fé inconsistente, a ponto de correr o risco de sucumbir nos momentos de provação. Sendo severos com quem dava os primeiros passos da fé, deveriam ter suficiente humildade para reconhecer sua própria condição. Afinal, também eles poderiam vir a fracassar no seu testemunho de fé.

Façamos nossa oração: Querido Pai do céu, faça com que a nossa fé seja cada vez mais consistente, de maneira que, nos momentos de provação, não venhamos a sucumbir diante das dificuldades da vida. Amém.

Um texto do Padre Ari Antônio da Silva, amigo deste Blog.