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domingo, 25 de abril de 2021

Imposição de Mãos Para o Recebimento do Espírito Santo? Será?


  

O texto de Atos 8:14-17 diz: Os apóstolos em Jerusalém, ouvindo que Samaria havia aceitado a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Estes, ao chegarem, oraram para que eles recebessem o Espírito Santo, pois o Espírito ainda não havia descido sobre nenhum deles; tinham apenas sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então Pedro e João lhes impuseram as mãos, e eles receberam o Espírito Santo.

Tirada de seu contexto, a passagem pode fazer sentido sob a ótica de algumas denominações religiosas, mas, quando analisada à luz de toda a Palavra de Deus, fica claro que aqui se trata de um tempo de transição (como é todo o livro de Atos). Quando o Espírito Santo foi dado, primeiro isso aconteceu em Atos 2, na formação da Igreja e exclusivamente aos judeus, que primeiro receberam o Espírito Santo e depois foram batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Mas a Igreja não iria ser formada apenas por judeus, por isso encontramos em Atos 8 o Espírito sendo dado também aos samaritanos que haviam sido batizados. Os samaritanos eram uma mescla de povos gentios que haviam sido convertidos compulsoriamente ao judaísmo durante o tempo em que a terra de Israel ficou invadida pelo inimigo e esvaziada de verdadeiros israelitas. Eles acabaram criando sua própria versão do judaísmo e, por isso, não eram bem vistos pelos judeus, como vemos no caso da mulher samaritana em João 4.

Mas em Atos 8 vemos que não foi a todos que o Espírito Santo foi ali dado por meio da imposição das mãos dos apóstolos. Simão, em Atos 8:18-24, não teve tal privilégio. Ele não passava de um cristão professo, não nascido de novo e nem salvo, mas apenas revestido de um nome pelo batismo, como encontramos hoje aos milhares.

Depois de judeus e samaritanos, em Atos 10 vemos a terceira classe de pessoas que viria a receber o Espírito Santo e a fazer parte da recém criada Igreja: os gentios, representados ali pelo centurião romano Cornélio e os que o acompanhavam.  Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem. Os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado até sobre os gentios (Atos 10:44-45).

 

É importante notar as diferenças na ordem em que essas pessoas são introduzidas:

1 – Judeus: Pedro respondeu: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).

Os judeus são introduzidos seguindo este processo:

a)                     Arrependimento (os judeus eram primariamente culpados da rejeição e morte de seu Messias, portanto tinham muito de que se arrepender);

b)                     Batismo com água;

c)                      Recebimento ou selo do Espírito Santo.

2 – Samaritanos: Os apóstolos em Jerusalém, ouvindo que Samaria havia aceitado a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Estes, ao chegarem, oraram para que eles recebessem o Espírito Santo, pois o Espírito ainda não havia descido sobre nenhum deles; tinham apenas sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então Pedro e João lhes impuseram as mãos, e eles receberam o Espírito Santo (Atos 8:14-17).

Os samaritanos são introduzidos; eles eram gentios convertidos ao judaísmo levados para a terra prometida para substituir os judeus durante o exílio. O processo de introdução:

a)                     Fé (crer);

b)                     Batismo com água;

c)                      Recebimento do Espírito pela oração e imposição de mãos dos apóstolos.

3 – Gentios: Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem. Os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado até sobre os gentios, pois os ouviam falando em línguas e exaltando a Deus. A seguir Pedro disse: “Pode alguém negar a água, impedindo que estes sejam batizados? Eles receberam o Espírito Santo como nós!” Então ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo (Atos 10:44-48).

Todos aqueles que não eram judeus ou samaritanos, isto é, todos os demais povos da terra, assim como eu e você, passam por este processo:

a)                     Fé (crer);

b)                     Recebimento do Espírito Santo;

c)                      Batismo com água.

4 – Um caso único: Finalmente, podemos mencionar também uma classe especial ali que são “os discípulos de João Batista”, um sub-grupo de judeus que eram os discípulos de João, que já haviam se apartado dos judeus e suas culpas: Paulo, atravessando as regiões altas, chegou a Éfeso. Ali encontrou alguns discípulos e lhes perguntou: “Vocês receberam o Espírito Santo quando creram?” Eles responderam: “Não, nem sequer ouvimos que existe o Espírito Santo”. “Então, que batismo vocês receberam?”, perguntou Paulo. “O batismo de João”, responderam eles.  Disse Paulo: “O batismo de João foi um batismo de arrependimento. Ele dizia ao povo que cresse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus”. Ouvindo isso, eles foram batizados no nome do Senhor Jesus. Quando Paulo lhes impôs as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e começaram a falar em línguas e a profetizar. Eram ao todo uns doze homens (Atos 19:1-7).

O processo com esse grupo único foi:

a)                     Fé (crer);

b)                     Re-batismo com água (tinham sido antes batizados “em” João Batista, como os israelitas tinham sido batizados “em” Moisés, pois quando você é batizado, você é batizado “a” alguém – compare as passagens de 1º Coríntios 1:15, 10:2 e Gálatas 3:27).

c)                      Recebimento do Espírito Santo pela imposição das mãos do apóstolo Paulo.

 

Veja que estes não são processos para a “salvação”, a qual recebemos tão-somente pela fé em Jesus, mas apenas a ordem em que as coisas aconteceram em um período de transição, quando foram usadas as “chaves” recebidas por Pedro (Mateus 16:19) para abrir o Reino dos céus (que não é o céu, mas a esfera da profissão cristã onde existe tanto joio quanto trigo) a judeus, samaritanos e gentios.

Uma vez formada a Igreja, não vemos mais as pessoas receberem o Espírito Santo na forma como ocorreu em Atos, esse período de transição e inauguração da Igreja. Encontramos em Efésios o claro ensino de que o Espírito Santo é recebido agora como decorrência da fé em Cristo, sem intervenção humana, e é o Espírito a garantia ou penhor de que seremos levados para o céu. Nenhum homem ou ritual pode nos dar tal garantia.

Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória (Efésios 1:13-14).

 

(Parte de um texto de Mario Persona)

 

Observação do administrador deste Blog: Portanto, qualquer rito ou ritual, mediante qualquer cargo eclesiástico auto-intitulado mediador ou “apóstolo”, qualquer coisa relacionada a “doutrinas de igrejas”, é invenção humana (mesmo que tenha sido feita com boa intenção, mas é equivocada, fruto de falta de conhecimento bíblico), e em nada está respaldado nas Escrituras. Como ressalta o texto, somos “selados em Cristo com o Espírito Santo quando ouvimos e cremos na palavra da verdade”. Este é o momento. E é uma liberdade do Espírito de Deus.

domingo, 18 de abril de 2021

57 – O Incrédulo Tomé (João 20)


 

Ao19(versículo de João 20) cair da tarde daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas trancadas I, por medo dos judeus, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “Paz seja com vocês! II Tendo20 dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se quando viram o Senhor.

Novamente21 Jesus disse: “Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio”. E22 com isso, soprou sobre eles e disse: “Recebam o Espírito Santo. Se23 perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão perdoados”.

Tomé24, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos quando Jesus apareceu. Os25 outros discípulos lhe disseram: “Vimos o Senhor!” Mas ele lhes disse: “Se eu não vir as marcas dos pregos III nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado IV, não crerei”.

Uma26 semana mais tarde, os discípulos estavam outra vez ali, e Tomé com eles. Apesar de estarem trancadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “Paz seja com vocês!” E27 Jesus disse a Tomé: “Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia”.

Disse-lhe28 Tomé: “Senhor meu e Deus meu!”

Então29 Jesus lhe disse: “Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram”.

 

v     Para entender a história

Jesus dissera aos discípulos que eles o abandonariam quando de sua morte, em cumprimento da profecia de Zacarias: “Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão” (Zacarias 13:7). Os discípulos a caminho de Emaús e os onze apóstolos são ovelhas dispersas. Jesus os conforta e reanima, renovando a sua fé. Jesus não os abandonou, e essa convicção os habilitará para executarem sua obra.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “A portas trancadas” – O corpo de Jesus é transformado pela sua ressurreição. Ele aparecia como um espírito, mas era ao mesmo tempo físico como um mortal. O Evangelho de Lucas registra que Jesus pediu alimento e comeu (Lucas 24:41-43).

                                   II.     “Paz seja com vocês!” – Jesus não censurou os discípulos, que deviam estar angustiados por tê-lo abandonado. A sua familiar saudação hebraica os reconfortou.

                                III.     “Se eu não vir as marcas dos pregos” – Tradicionalmente, nos quadros que reproduzem a cena da crucificação, essas marcas são pintadas nas palmas das mãos e nos pés de Jesus. Na realidade, os pregos eram enfiados através dos pulsos, e de lado nos tornozelos, quando as pessoas eram condenadas à cruz.

                                IV.     “Puser a minha mão no seu lado” – O Evangelho de João diz que, quando o corpo de Jesus foi baixado da cruz, um pouco antes, “um dos soldados atravessou o seu lado com uma lança” (João 19:34).

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 11 de abril de 2021

Portas e Caminhos


  

Mateus 7:13-14

“Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram”.

 

É muito provável que você, que aqui lê, já tenha ouvido falar da “porta estreita e da porta larga”. Ou então do “caminho estreito e do caminho largo”.

As expressões das “portas” e dos “caminhos” são expressões sinônimas, significando a mesma coisa.

Pois bem, é disso que trata este texto que aqui compartilho.

A parte da fala de Jesus que escolhi como mote aqui trata disso: da porta ou do caminho que levam à vida.

Imediatamente antes, Ele fala assim: “Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela”.

E é interessante que, imediatamente depois da Palavra/mote aqui, Ele diz: “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores”. É como se Ele Se referisse aos “porteiros” da “porta larga” ou aos “indicadores” do “caminho largo”: os “falsos profetas”, que levam ao engano e ao erro, representados hoje pelos líderes fraudulentos possuidores de igrejas/franquias no mercado religioso, a aqueles que elucubram doutrinas que nada têm a ver com o verdadeiro Evangelho. Observe que o Senhor fala dos que estão no meio da “cristandade”, não daqueles que professam outras religiões ou outros tipos de fé. Ele fala do nosso umbigo, não dos umbigos alheios.

Se esta porta ou caminho que o Mestre aqui menciona levam à vida, outras portas e outros caminhos levariam à morte? Sim, e vamos falar mais nessa questão.

Mas, antes, temos que nos perguntar: O que é vida e o que é morte, no sentido do Evangelho? E aí, qual a resposta?

Tenho certeza que muitos andam em vida como se fossem mortos, pois já não têm mais vida em si mesmos. Uma vez que se foram coisas como o amor, a alegria, a paz, a paciência, a amabilidade, a bondade, a fidelidade, a serenidade e o domínio próprio, há grandes possibilidades que a vida do indivíduo se transforme em vazia e quase automática – de uma automaticidade suicida! E é essa condição que é morte!

Jesus, nesta Palavra, diz que são poucos os que encontram esse caminho de vida, ou esse estado de espírito que é vida em si mesmo. E a constatação que Jesus fez se mostra verdadeira. Basta olharmos à nossa volta para comprovarmos, observando quantas pessoas passam pela vida apenas existindo, mas jamais vivendo o que seja vida.

E o que fazer para achar essa porta ou esse caminho chamado “estreito”?

Basta lembrar que Jesus diz de Si mesmo ser Ele “o caminho”: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6).

Assim, descobrimos que o “caminho” não é uma metáfora, um conceito, uma filosofia ou uma religiosidade – mas uma Pessoa: Jesus Cristo!

Da mesma forma o são a “verdade” e a “vida”: são uma pessoa – Jesus Cristo!

Quem encontra “esse caminho” que é, por definição, estreito, encontrou o caminho da verdade e o caminho da vida.

E por que é dito que esta “porta” e este “caminho” – e esta “verdade” e esta “vida” – são estreitos?

Esta é, talvez, uma das perguntas mais feitas: Por que Jesus diz que é estreito?

Vamos, para entender, ver alguns sinônimos de “estreito”: rigoroso, escrupuloso, exigente, ferrenho, minucioso, rígido, severo.

Sim, e aqui não adianta dourarmos a pílula: entrar pela “porta estreita” e andar pelo “caminho estreito” exige de cada um – não dos outros, mas de mim – que haja uma constante observância para que se esteja andando segundo o Evangelho. Eu devo estar atento a mim mesmo, ser para comigo mesmo rigoroso, escrupuloso, exigente, ferrenho, minucioso, rígido, severo.

Com o passar do tempo, as coisas não vão se tornando mais fáceis, mas eu vou me tornando mais forte e parecido com o jeito de ser de Jesus para, assim, andar seguro por este “caminho”.

E, assim, com o passar do tempo, vou percebendo que, tanto a “porta” quanto o “caminho”, são largos o suficiente para que eu por eles passe e passeie confortavelmente. Pois também não podemos nos esquecer do que Jesus disse noutro momento: “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11:29-30).

Lembrei agora da ocasião em que Jesus citou – além de Ele ser o “caminho”, que mencionei acima – a “porta”, que – surpresa! – também é Ele: Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem” (João 10:9).

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

quarta-feira, 7 de abril de 2021

56 – No Caminho de Emaús (Lucas 24)


  

Naquele13(versículo de Lucas 24) mesmo dia, dois deles estavam indo para um povoado chamado Emaús, a onze quilômetros de Jerusalém. No14 caminho, conversavam a respeito de tudo o que havia acontecido. Enquanto15 conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles; mas16 os olhos deles foram impedidos de reconhecê-lo.

Ele17 lhes perguntou: “Sobre o que vocês estão discutindo enquanto caminham?”

Eles pararam, com os rostos entristecidos. Um18 deles, chamado Cleopas I, perguntou-lhe: “Você é o único visitante em Jerusalém que não sabe das coisas que ali aconteceram nestes dias?”

“Que19 coisas?”, perguntou ele.

“O que aconteceu com Jesus de Nazaré”, responderam eles. “Ele era um profeta, poderoso em palavras e em obras diante de Deus e de todo o povo. Os20 chefes dos sacerdotes e as nossas autoridades II o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram; e21 nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção a Israel III. E hoje é o terceiro dia desde que tudo isso aconteceu. Algumas22 das mulheres entre nós nos deram um susto hoje. Foram de manhã bem cedo ao sepulcro e23 não acharam o corpo dele. Voltaram e nos contaram ter tido uma visão de anjos, que disseram que ele estava vivo. Alguns24 dos nossos companheiros foram ao sepulcro e encontraram tudo exatamente como as mulheres tinham dito, mas não o viram”.

Ele25 lhes disse: “Como vocês custam a entender e como demoram a crer em tudo o que os profetas falaram! Não26 devia o Cristo sofrer estas coisas, para entrar na sua glória?” E27 começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.

Ao28 se aproximarem do povoado para o qual estavam indo, Jesus fez como quem ia mais adiante. Mas29 eles insistiram muito com ele: “Fique conosco, pois a noite já vem; o dia está quase findando”. Então, ele entrou para ficar com eles.

Quando30 estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles. Então31 os olhos deles foram abertos e o reconheceram, e ele desapareceu da vista deles. Perguntaram-se32 um ao outro: “Não estava queimando o nosso coração, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?”

Levantaram-se33 e voltaram imediatamente para Jerusalém. Ali encontraram os Onze e os que estavam com eles reunidos, que34 diziam: “É verdade! O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” Então35 os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como Jesus fora reconhecido por eles quando partia o pão.

 

v     Para entender a história

Os discípulos contaram a Jesus tudo o que sucedera. Quando Jesus explicou as profecias do que hoje chamamos de Antigo Testamento, e como tudo havia sido predito, os seus ânimos começaram a se elevar. Ao chegarem a Emaús, os discípulos insistiram para que ele ficasse em sua companhia, mesmo ainda não reconhecendo quem era. Somente ao partir o pão é que eles identificaram que era Jesus e, imediatamente, ele desapareceu. Eles reconheceram que, enquanto ele lhes dava a explicação das Escrituras, seus corações incandesciam-se e, por esse reconhecimento, percebemos que somente na comunhão com o Senhor é que as Escrituras nos são reveladas e entendemos o que antes não entendíamos.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Um deles, chamado Cleopas” – Jesus apareceu a dois discípulos que pertenciam ao grupo mais amplo dos seus seguidores. Cleopas, que não é mencionado em nenhuma outra passagem da Bíblia, era um deles.

                                   II.     “Os chefes dos sacerdotes e as nossas autoridades” – Aos olhos dos discípulos, a principal responsabilidade pela morte de seu mestre não recaía sobre os romanos, mas sobre o seu próprio povo.

                                III.     “Era ele que ia trazer a redenção a Israel” – Muitos dos que seguiram Jesus o fizeram na crença de que o Messias seria um redentor político que expulsaria os romanos.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 4 de abril de 2021

A Páscoa, a Ressurreição e a Covid


 

João 11:25-26

“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?”

 

A frase acima, dita por Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus, fez todo o sentido no dia da Sua ressurreição, pois foi através da ressurreição que Ele adquiriu autoridade plena sobre a morte, podendo vencê-la em Si mesmo e devolver a vida a quem n’Ele crê.

A vida devolvida por Ele a quem crê não se dá, a priori, nesta dimensão física/material em que habitamos, mas numa dimensão metafísica/espiritual, a que muitos chamam metaforicamente de “céu” – ou Eternidade.

Hoje é domingo de Páscoa!

Hoje é dia de rememorarmos a ressurreição de Jesus!

Hoje é dia de falarmos de Vida!

Hoje – tão especialmente neste “hoje” em que vivemos ainda a pandemia de Covid – é tempo de ressurreição, de vida e de esperança!

Este é o segundo artigo de Páscoa que escrevo em tempos de Covid. Ano passado, nesta época, já vivíamos a pandemia, mas ainda a olhávamos com outros olhos, com outras expectativas e com outra esperança. Hoje, a olhamos com desesperada perspectiva, e é justamente hoje que preciso convidar a você, que aqui lê, a mudar a perspectiva para um olhar esperançoso.

É imperativo olhar com a esperança da vacina, com a esperança da imunização, com a esperança da vitória da saúde sobre a doença, com a esperança da cura de quem está enfermo e, sobretudo, para aqueles que choram perdas e ausências, com a esperança do reencontro na vida eterna daqueles que partiram enfermados.

Este reencontro no infinito e absoluto só é possível em Cristo e em Seu significado!

Tão-somente creia!

Não tenha medo; tão-somente creia (Marcos 5:36).

Não tenha medo!

Saiba que Deus sabe, Deus sabe, Deus sabe!

O Senhor, que ressuscitou a Jesus de Nazaré, pode tudo!

E, se o Espírito que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês (Romanos 8:11).

“Se alguém me ama, obedecerá à minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos morada nele. Aquele que não me ama não obedece às minhas palavras. Estas palavras que vocês estão ouvindo não são minhas; são de meu Pai que me enviou” (João 14:23-24).

Claro que gostaríamos de falar de temas mais leves neste dia de Páscoa!

Gostaríamos de lembrar do verdadeiro significado da data, da importância de ensinarmos às crianças que o dia é mais importante que coelhos e ovos de chocolate, que o impacto da ressurreição alcança toda a humanidade... Mas lembro que dessas coisas todas falamos, neste mesmo dia, em anos anteriores... E já está mais do que na hora de não precisarmos mais repetir o mesmo, na esperança de que já esteja gravado em nossas mentes/almas.

Sim, hoje, em dias de tristeza pandêmica, é necessário mais do que lembrar dos significados: é necessário sabermos que hoje se aplica, na prática, a ressurreição de Cristo nas vidas dos entes queridos que partiram!

A ressurreição é uma realidade para eles – e para nós!

Desejo a todos uma esperançosa Páscoa!

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert