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domingo, 29 de julho de 2018

A Ressurreição e a Vida



          João 11:25-26
          “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá, e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente”.

          Esta passagem costuma muito ser citada em funerais. Quem já não se deparou com esta cena? E é, a propósito, uma passagem muito adequada para uma situação assim. Mas ela vale tanto para aqueles que “estão indo”, como para aqueles que “ainda estão por aqui”. Ela vale para todos.
          E como quem está lendo essas linhas agora está vivinho da silva, vamos tomá-la para nós, aqui e agora.
          Em Cristo, a cada dia ressuscitamos, pois, quando decidimos viver cada minuto do dia em Seu amor, estamos tendo renovadamente uma “vida nova”, com o vigor que uma nova vida tem, pulsando em luz e paz. Cada dia é uma ressurreição em e com Cristo, pois, para sermos Seus discípulos – aqueles que são discipulados/ensinados por Ele – precisamos nos decidir e dar nosso “sim” a Ele a cada dia quando acordamos/ressuscitamos. Essa confirmação a precisamos fazer conscientemente. É preciso que encomendemos nosso dia a Ele, agradecendo pela noite que passou e nos colocando outra vez em Suas mãos.
          “Obrigado, Senhor, pela noite que passou e pelo dia que está à nossa frente! Em tuas mãos entrego este dia e, como um livre discípulo Teu, peço que recebas todos os meus pensamentos em oração. Perdoa os que não condizem com a Tua vontade, e fortaleça os que condizem; e que estes sejam sempre superiores àqueles. A Ti novamente digo ‘sim’, e peço que conformes o meu coração, minha mente, minha alma e meu ser conforme a Ti. Acompanha-me em todos os meus passos, e escreve Tua Palavra em meu coração, em minha mente, em minha alma e em meu ser, pelo ativar do Espírito Santo e em Teu nome...” E assim podemos continuar orando conforme surgirem os pensamentos e as palavras em nosso coração, de modo simples e espontâneo...
          “Aquele que crê no Senhor”, ainda que veja morrendo sua alegria no decorrer do dia, ou sua paz, ou sua paciência, ou sua vitalidade, ou o que quer que seja, sabe que o Senhor renova tudo isso a cada oração, quando esta é feita sem automaticalismos, mas de coração sincero. E a oração sincera produz um “resultado” imediato: a paz! Experimente.
          Assim, ainda que algo bom em nós “morra”, viverá novamente sempre que nos “unimos” a Deus. E o que é bom? O amor, a alegria, a paz, a paciência, a amabilidade, a bondade, a fidelidade, a serenidade, o domínio próprio – e tudo o mais que sabemos que vem do Senhor. E todo aquele que vive assim, e crê em Deus com todas as suas forças possíveis, jamais morrerá, mas viverá eternamente pulsando a mesma luz, paz e força que Deus nos dá a cada minuto.
          Jesus diz que nós somos a luz e o sal do mundo. A luz sempre ilumina, pois dissipa as trevas. E o sal conserva e dá sabor. Que possamos iluminar aqueles que estão à nossa volta, que possamos conservar os frutos de Deus no nosso próximo e ser-lhe sabor de vida no Evangelho!
          Jesus nos chama para vivermos no chão da vida, significando dizer que não nos isolamos ou nos alienamos, mas que caminhamos todos os dias ao lado dos irmãos humanos na solidariedade e irmandade que Ele nos ensina por Sua Palavra. Certa vez li nalgum lugar que é fácil ser espiritualmente elevado num mosteiro, num santuário ou como um ermitão; mas que é muito mais difícil sê-lo com um chefe impertinente, uma criança chorando em casa, com contas a pagar e lutando a cada dia pelo pão nosso. Aprendi muito com essa frase.
          Mas, como Cristo nos chamou para sermos Seus discípulos na vida real, também é na vida real que Ele nos ajuda, ampara e fortalece. E nos ressuscita junto a Ele todos os dias!
          “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16:33). E, se o Espírito que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês (Romanos 8:11).
          Ressuscitados em Cristo, já não vivemos apenas para nós, antes, vivemos para e por Ele: E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (II Coríntios 5:15).
          Isso não é poesia, nem falácia, nem blábláblá de autoajuda ou autoengano. Não. Isso é experiência de vida! A única experiência que realmente vale a pena: aquela que sabe e experimenta que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena” – e vive no Senhor.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 22 de julho de 2018

Quem Dizeis Que Eu Sou?



(Mateus 16,13-20)
“E vós, quem dizeis que Eu sou?” Essa pergunta de Jesus não é dirigida só a Seus primeiros seguidores. É a questão fundamental à qual devemos responder sempre que nos confessamos cristãos.
A pergunta de Jesus não nos pede simplesmente nossa opinião, mas nos interpela principalmente sobre a nossa atitude n’Ele. E essa atitude não transparece só em palavras, mas, sobretudo, em nosso seguimento concreto de Jesus.
As palavras de Jesus pedem uma opção radical. Ou Jesus é um personagem a mais, ao lado de muitos outros da história, ou Ele é por nós a Pessoa decisiva que nos traz a compreensão última da existência, a orientação decisiva para a nossa vida e nos oferece a esperança definitiva.
A pergunta: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”, adquire, então, um conteúdo novo. Não é apenas mais uma questão sobre Jesus, mas sobre nós mesmos. Quem sou eu? Em quem eu creio? A partir de quem oriento a minha vida? A que se reduz a minha fé? A fé não se identifica com as fórmulas que pronunciamos.
Jesus sempre desconcerta quem se aproxima d’Ele com postura aberta e sincera. Sempre é diferente do que esperávamos. Sempre abre novas brechas em nossa vida, rompe nossos esquemas e nos atrai para uma vida nova. Quanto mais O conhecemos, mais sabemos que ainda estamos começando a descobri-Lo.
Jesus é perigoso. Percebemos n’Ele uma entrega aos seres humanos que desmascara nosso egoísmo. Uma paixão pela justiça que sacode nossas seguranças, privilégios e egoísmos. Uma ternura que deixa à descoberta nossa mesquinhez. Uma liberdade que rompe nossas mil escravidões e sujeições.
E, sobretudo, intuímos n’Ele um mistério de abertura e de proximidade a Deus que nos atrai e convida a também abrir nossa existência ao Pai. Vamos conhecendo a Jesus, na medida em que nos entregamos a Ele. Só quando do fundo do coração também confessamos: “Creio, Senhor, mas ajuda-me na minha incredulidade”.
Confessamos a Cristo por costume, por piedade ou por disciplina, mas vivemos, na maioria das vezes, sem captar a originalidade de Sua vida, sem escutar a novidade de Seu apelo, sem deixar-nos atrair por Seu amor apaixonado, sem nos contagiarmos pela Sua liberdade e esforçar-nos em seguir a Sua trajetória.
Nós O adoramos como “Deus”, mas Ele não é o centro de nossas vidas. Nós O confessamos como “Senhor”, mas vivemos de costas para Seu projeto, sem saber muito bem qual era esse projeto e o que pretendia. Nós O chamamos de “Mestre”, mas não vivemos motivados pelo que motivava a vida d’Ele. Vivemos como membros de uma religião, mas não somos discípulos de Jesus.
No nosso tempo se torna cada vez mais difícil crer em algo. As ideologias mais sólidas, os sistemas mais poderosos e as teorias mais brilhantes foram, aos poucos, cambaleando, ao mostrarem suas limitações e profundas deficiências.
O ser humano hoje, desiludido com tantos dogmas e ideologias, talvez ainda esteja dispostos a crer em pessoas que o ajudem a viver dando um novo sentido à sua vida.
O teólogo Karl Lehmann afirma: “O homem moderno só será crente quando tiver feito uma autêntica experiência de adesão à Pessoa de Jesus Cristo”. Só quando vivemos “seduzidos” por Ele e trabalhados pela força regeneradora de Sua Pessoa poderemos transmitir também hoje Seu espírito e Sua visão de vida.

Um texto do Padre Ari Antonio da Silva

domingo, 15 de julho de 2018

Anunciando Jesus 700 Anos Antes



          Isaías 42:16
          “Conduzirei cegos por caminhos que eles não conheceram, por veredas desconhecidas eu os guiarei; transformarei as trevas em luz diante deles e tornarei retos os lugares acidentados. Essas são as coisas que farei; não os abandonarei”.

          Intitulo este texto bem assim mesmo, como está acima. E é fácil de entender.
          O profeta Isaías, mais ou menos 700 anos antes do nascimento do Messias, já O anunciava. Isaías foi o profeta mais “evangélico” que podemos encontrar nas Escrituras. E falo “evangélico” no sentido do Evangelho, em anunciar as boas novas do surgimento do Salvador. Este profeta descreve, entre tantas predições de seu tempo, como ninguém, a vinda e os pontos culminantes da vida de Jesus como Deus feito terráqueo. Aqui eu poderia citar as passagens específicas do livro de Isaías – no Antigo Testamento – onde esses oráculos aparecem, mas não vou fazê-lo, e por um único motivo: instigar você que os encontre por si mesmo, lendo este profeta em sua Bíblia.
          Bem. Isaías anunciava o Cristo de várias formas, como nesta que uso como base para este texto.
          Sabemos que Jesus curou muitos cegos. Mas nesta passagem se diz “conduzirei cegos por caminhos que eles não conheceram”. Aqui não fala de cegueira física, mas espiritual e psicológica. Jesus queria conduzir a muitos conterrâneos Seus – cegos em espírito –, mas poucos O seguiram. Mesmo aqueles 12 que enviou como apóstolos – os originais e únicos apóstolos de Cristo, acrescidos depois de Matias, Paulo e Tiago, irmão de Jesus – eram também cegos no início da caminhada. Mesmo Paulo, no caminho para Damasco, caiu em cegueira física ao encontrar-se com Jesus em uma “visão”, cegueira da qual foi curado depois, simbolizando que somos tirados de verdadeira cegueira quando adentramos ao discipulado do Evangelho de Cristo.
          Jesus nos conduz “por caminhos que não conhecemos”, pois, antes de conhecermos o caminho do Evangelho, jamais teremos encontrado algo parecido, nem encontraremos algo parecido com o Evangelho depois de conhecê-lo. Assim, antes de conhecê-lo, o Evangelho é um caminho desconhecido. E, depois de conhecê-lo, o Evangelho se torna um caminho tão mais conhecido a cada dia que o vivemos, que não desejaremos conhecer outro caminho além dele. Desta forma, em Jesus, passamos da cegueira pré-Evangelho, para a visão pós-Evangelho – que, de fato, jamais se torna pós, mas substancialmente um enquanto/agora permanente em quem o vive. Em Jesus, passamos da cegueira/morte para a visão/vida. Jesus, nos curando da cegueira e dando-nos a Sua visão, nos conduz por um caminho que é Ele próprio. Daí a Ele dizer “Eu sou o caminho”.
          E Jesus nos guia, pois segue a Palavra dizendo que “por veredas desconhecidas eu os guiarei”. Então vejamos: mesmo que agora já tenhamos visão – pois estamos no caminho que é Ele, conduzidos por Ele – ainda assim Ele nos guia. Pode parecer contraditório, mas não é, é complementar, pois, mesmo enxergando espiritual e psicologicamente no caminho, necessitamos que Ele nos guie, por Sua Palavra, para não nos desviarmos do caminho, para que sigamos conhecedores do caminho, e para que alcancemos a meta do caminho – que é estar com Ele eternamente. A Sua Palavra é nosso guia, e Ele é a Sua Palavra, pois “a Palavra se fez carne e habitou entre nós”, como diz João no primeiro capítulo do seu Evangelho.
          Antes de estarmos em Cristo, a vida é trevas. Depois de estarmos – e enquanto estamos – em Cristo, ela é tornada luz.
          Podemos, ainda, ter momentos de trevas em nossas vidas – problemas e circunstâncias as mais diversas – mas, estando em Cristo, tudo é passageiro e, depois da noite, o dia logo vem. A treva não pode com a luz. A treva é a ausência de luz. Se somos a luz do mundo, estando em Cristo – que Ele disse que somos –, logo, logo, a treva retrocede e a luz se expande.
          Vejamos a profundidade do alcance da Palavra: transformarei as trevas em luz diante deles. Percebemos o que aprendemos aqui? A luz é a transformação das trevas, ou seja, para que possamos ter e reconhecer a luz, é imprescindível que tenhamos tido e tenhamos conhecido as trevas. Só assim teremos parâmetro de comparação e podemos valorizar a luz. Só sabemos o que é alto, tendo percebido o que é baixo; só sabemos o que é doce, tendo experimentado o que é salgado; só saberemos o que é o calor, tendo sentido frio; só veremos, por analogia, a luz, tendo experimentado o que é a escuridão. Daí dizer-se que as trevas são transformadas em luz. E onde isso acontece(?): diante deles, diz a Palavra. É diante de nós, muito presente a nós, experimentável por nós, esta transformação. De forma simples: esta transformação é em nossa vida. Esta transformação é a nossa vida!
          E agora, vendo, estando no caminho, tendo e sendo a luz, ainda assim o caminho pode ser e estar acidentado. O caminho/lugar em que estamos pode estar e ser acidentado, significando dizer que ainda podemos ter estados de alma/psique com problemas. O que acontece agora? Tornarei retos os lugares acidentados. Em Jesus, experimentaremos o aplainamento do caminho e dos lugares existenciais!
          Vendo, estando no caminho, tendo e sendo a luz, com os caminhos/lugares aplainados, bem, agora seguimos, certo? Certo! Mas não seguimos sozinhos. Essas são as coisas que farei; não os abandonarei. Com essa promessa e Companhia Divina seguimos e somos!
          Não é assombrosamente instigante e maravilhoso como um profeta descrevia nossa vida em Jesus mesmo 700 anos antes do próprio Jesus – como homem – existir?

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,

          Kurt Hilbert

domingo, 8 de julho de 2018

O Que é Oração Para Você?



O modo comum das pessoas pensarem em oração é o mesmo com o qual elas pensam em “concentração mental”. Comumente se pensa que a força da oração é do tamanho do esforço mental feito pela pessoa que ora. Desse modo, se crê que os ouvidos de Deus são abalados pelas emissões de nossas energias de grito mental e, frequentemente, gritos mesmo. Também se pensa que somos nós quem damos o tema da oração para Deus. Espiritualmente, entretanto, o processo é justamente o inverso.
Não é Deus quem pára para me ouvir. Eu é que devo ficar em oração até ouvir Deus. Todos nós sabemos há muito que a oração não muda a Deus; muda, sim, aquele que ora.
Oração é um contínuo processo de pensar não de si-para-si, mas em Deus; não digo “em Deus” como se Deus fosse o “objeto” da nossa concentração mental; como se faz com “um deus” que tem que ser alcançado, que está longe e, portanto, é um outro objeto, ainda que eu o chame de “Deus”. Não! Assim como a Verdade, a oração não é um trabalho mental, nem é objeto de uma teologia, nem de uma doutrina; muito menos é sonho e mágica.
Oração é um pensar-ouvir-ser em Deus. Oração é um ato, não é uma mecânica. O ato de orar é como o ato de viver. Os temas da oração são sempre os temas do ser; daí, haver sempre oração, mesmo quando estou em silêncio. O Pai vê em secreto!
Orar é conexão, é relação, é vinculo, é segredo! É como passar um e-mail para um amigo, mas só se poder ter a certeza de que a notícia vai chegar se a conexão acontecer — e a gente só sabe que a notícia chegou porque há resposta; sendo que o “provedor de acesso” é amor, sinceridade flagrante, e nudez espiritual.
Quem ora deve saber que se trata de uma relação que não aceita brincadeira de esconde-esconde. Aquele que ora aceita ficar nu até onde lhe seja possível enxergar-se por inteiro. Sem nudez espiritual não há oração!
Oração é também gratidão. E a gratidão da oração não é pelas coisas recebidas, e nem pelas conquistas; pois, se assim fosse, eu só poderia agradecer umas poucas vezes na vida. Não! Oração é gratidão por Deus! E essa gratidão em Deus e por Deus é aquilo que Paulo diz que santifica todas as coisas! A gratidão é a oração que limpa os olhos; e não somente eles, mas limpa o nosso olhar do mundo. Assim, todas as coisas ficam puras pelas ações de graças.
E quando alguém ora, não deve nunca duvidar, mesmo quando demorar a resposta ou nem vier, visto que nem sempre Deus responde o que queremos. Ainda que sempre responda me propondo o que faz bem, mesmo quando dói.
Quem ora, nunca não está orando. Cada respiração, topada, cabeçada, cafuné, beijo, abraço, compreensão, susto, morte, nascimento, estação do ano, brisa, chuva, tempestade, calor, frio, roupa, banho, toalha, coalhada, rapadura, gol, copa do mundo, mergulho em água fria, visão do mar, surpresa do pôr de sol, gozo, amizade, tristeza, obstáculo, perseguição, simpatias, questões, medos, certezas... sim, tudo passa a ser oração.
Ora, quando Paulo diz que todas as coisas são santificadas pelas ações de graças, ele não está nos ensinando um truque para transformarmos o errado em certo ou a injustiça em justiça. Explore ou julgue a viúva, o órfão, o pobre, o fraco, o cansado, o esmagado, o culpado, o ferido, o inocente ou quem quer que seja, e sua oração será a sua própria maldição. Se alguém pensa que pode agradecer depois da maldade, e que assim a iniquidade se tornará em bondade, está enganando a si mesmo; e sua oração é apenas seu próprio juízo. Bem-aventurado é aquele que não se condena por aquilo que agradece. Por isto é que não é a cena das “ações de graças” o que santifica a vida, mas a gratidão; e saiba, a gratidão sabe quando a oração é verdadeira, visto que só os sinceros são gratos.
Oração, portanto, é aquilo que sai do ser, e é o ser santificado. Esse tal assim o é em Deus; e o é com a constante consciência de que n’Ele sempre se está nu espiritualmente.
Ora, num certo sentido até não orar é uma oração, visto que oração é um ato, e não orar é, certamente, um ato.
Assim, há a oração que é amizade com Deus, e há a oração do nada, que é inimizade para com Deus, ou total indiferença. A oração do nada é ouvida também. E só Deus pode dizer como Ele responde a oração do nada.
Oração é, sobretudo, confissão de graça. Confissão da graça recebida, e confissão da graça oferecida aos nossos devedores. Sem que seja assim, toda oração é mero discurso.
Então, para o engano daquele que ora, aconselha-se que grite muito, e faça toda a concentração mental que puder. Não adiantará de nada diante de Deus, mas o “devoto” vai para casa com a dor de cabeça de quem pensa que orar é um grande esforço e que é o fruto de muitas e muitas repetições.
Quem ora fala pouco em oração; isto é o que tenho aprendido faz muito tempo.

Um texto de Caio Fabio D’Araújo Filho

domingo, 1 de julho de 2018

Palavras de Auxílio 20 - Agradecido Pelas Bênçãos de Deus


Agradecido Pelas Bênçãos de Deus
Se este for seu estado de momento, veja as passagens abaixo... se quiser, poderão auxiliá-lo.

Salmo 98
Cantem ao SENHOR um novo cântico, pois ele fez coisas maravilhosas; a sua mão direita e o seu braço santo lhe deram a vitória! O SENHOR anunciou a sua vitória e revelou a sua justiça às nações. Ele se lembrou do seu amor leal e da sua fidelidade para com a casa de Israel; todos os confins da terra viram a vitória do nosso Deus.
Aclamem o SENHOR todos os habitantes da terra! Louvem-no com cânticos de alegria e ao som de música! Ofereçam música ao SENHOR com a harpa, com a harpa e ao som de canções, com cornetas e ao som da trombeta; exultem diante do SENHOR, o Rei!
Ressoe o mar e tudo o que nele existe, o mundo e os seus habitantes! Batam palmas os rios, e juntos cantem de alegria os montes; cantem diante do SENHOR, porque ele vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos com retidão.

Salmo 100
Aclamem o SENHOR todos os habitantes da terra! Prestem culto ao SENHOR com alegria; entrem na sua presença com cânticos alegres. Reconheçam que o SENHOR é o nosso Deus. Ele nos fez e somos dele; somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio.
Entrem por suas portas com ações de graças, e em seus átrios, com louvor; deem-lhe graças e bendigam o seu nome. Pois o SENHOR é bom e o seu amor leal é eterno; a sua fidelidade permanece por todas as gerações.

Salmo 103
Bendiga o SENHOR a minha alma!
Bendiga o SENHOR todo o meu ser!
Bendiga o SENHOR a minha alma!
Não esqueça nenhuma de suas bênçãos!
É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão, que enche de bens a sua existência, de modo que a sua juventude se renova como a águia.
O SENHOR faz justiça e defende a causa dos oprimidos. Ele manifestou os seus caminhos a Moisés, os seus feitos aos israelitas.
O SENHOR é compassivo e misericordioso, muito paciente e cheio de amor. Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre; não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniquidades. Pois como os céus se elevam acima da terra, assim é grande o seu amor para com os que o temem; e como o Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões.
Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o SENHOR tem compaixão dos que o temem; pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó. A vida do homem é semelhante à relva; ele floresce como a flor do campo, que se vai quando sopra o vento e nem se sabe mais o lugar que ocupava.
Mas o amor leal do SENHOR, o seu amor eterno, está sempre com os que o temem, e a sua justiça com os filhos dos seus filhos, com os que guardam a sua aliança e se lembram de obedecer aos seus preceitos.
O SENHOR estabeleceu o seu trono nos céus, e como rei domina sobre tudo o que existe.
Bendigam o SENHOR, vocês, seus anjos poderosos, que obedecem à sua palavra.
Bendigam o SENHOR todos os seus exércitos, vocês, seus servos, que cumprem a sua vontade.
Bendigam o SENHOR todas as suas obras em todos os lugares do seu domínio.
Bendiga o SENHOR a minha alma!

I Tessalonicenses 5:16-18
Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.


Saudações, 
Kurt Hilbert