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domingo, 15 de julho de 2018

Anunciando Jesus 700 Anos Antes



          Isaías 42:16
          “Conduzirei cegos por caminhos que eles não conheceram, por veredas desconhecidas eu os guiarei; transformarei as trevas em luz diante deles e tornarei retos os lugares acidentados. Essas são as coisas que farei; não os abandonarei”.

          Intitulo este texto bem assim mesmo, como está acima. E é fácil de entender.
          O profeta Isaías, mais ou menos 700 anos antes do nascimento do Messias, já O anunciava. Isaías foi o profeta mais “evangélico” que podemos encontrar nas Escrituras. E falo “evangélico” no sentido do Evangelho, em anunciar as boas novas do surgimento do Salvador. Este profeta descreve, entre tantas predições de seu tempo, como ninguém, a vinda e os pontos culminantes da vida de Jesus como Deus feito terráqueo. Aqui eu poderia citar as passagens específicas do livro de Isaías – no Antigo Testamento – onde esses oráculos aparecem, mas não vou fazê-lo, e por um único motivo: instigar você que os encontre por si mesmo, lendo este profeta em sua Bíblia.
          Bem. Isaías anunciava o Cristo de várias formas, como nesta que uso como base para este texto.
          Sabemos que Jesus curou muitos cegos. Mas nesta passagem se diz “conduzirei cegos por caminhos que eles não conheceram”. Aqui não fala de cegueira física, mas espiritual e psicológica. Jesus queria conduzir a muitos conterrâneos Seus – cegos em espírito –, mas poucos O seguiram. Mesmo aqueles 12 que enviou como apóstolos – os originais e únicos apóstolos de Cristo, acrescidos depois de Matias, Paulo e Tiago, irmão de Jesus – eram também cegos no início da caminhada. Mesmo Paulo, no caminho para Damasco, caiu em cegueira física ao encontrar-se com Jesus em uma “visão”, cegueira da qual foi curado depois, simbolizando que somos tirados de verdadeira cegueira quando adentramos ao discipulado do Evangelho de Cristo.
          Jesus nos conduz “por caminhos que não conhecemos”, pois, antes de conhecermos o caminho do Evangelho, jamais teremos encontrado algo parecido, nem encontraremos algo parecido com o Evangelho depois de conhecê-lo. Assim, antes de conhecê-lo, o Evangelho é um caminho desconhecido. E, depois de conhecê-lo, o Evangelho se torna um caminho tão mais conhecido a cada dia que o vivemos, que não desejaremos conhecer outro caminho além dele. Desta forma, em Jesus, passamos da cegueira pré-Evangelho, para a visão pós-Evangelho – que, de fato, jamais se torna pós, mas substancialmente um enquanto/agora permanente em quem o vive. Em Jesus, passamos da cegueira/morte para a visão/vida. Jesus, nos curando da cegueira e dando-nos a Sua visão, nos conduz por um caminho que é Ele próprio. Daí a Ele dizer “Eu sou o caminho”.
          E Jesus nos guia, pois segue a Palavra dizendo que “por veredas desconhecidas eu os guiarei”. Então vejamos: mesmo que agora já tenhamos visão – pois estamos no caminho que é Ele, conduzidos por Ele – ainda assim Ele nos guia. Pode parecer contraditório, mas não é, é complementar, pois, mesmo enxergando espiritual e psicologicamente no caminho, necessitamos que Ele nos guie, por Sua Palavra, para não nos desviarmos do caminho, para que sigamos conhecedores do caminho, e para que alcancemos a meta do caminho – que é estar com Ele eternamente. A Sua Palavra é nosso guia, e Ele é a Sua Palavra, pois “a Palavra se fez carne e habitou entre nós”, como diz João no primeiro capítulo do seu Evangelho.
          Antes de estarmos em Cristo, a vida é trevas. Depois de estarmos – e enquanto estamos – em Cristo, ela é tornada luz.
          Podemos, ainda, ter momentos de trevas em nossas vidas – problemas e circunstâncias as mais diversas – mas, estando em Cristo, tudo é passageiro e, depois da noite, o dia logo vem. A treva não pode com a luz. A treva é a ausência de luz. Se somos a luz do mundo, estando em Cristo – que Ele disse que somos –, logo, logo, a treva retrocede e a luz se expande.
          Vejamos a profundidade do alcance da Palavra: transformarei as trevas em luz diante deles. Percebemos o que aprendemos aqui? A luz é a transformação das trevas, ou seja, para que possamos ter e reconhecer a luz, é imprescindível que tenhamos tido e tenhamos conhecido as trevas. Só assim teremos parâmetro de comparação e podemos valorizar a luz. Só sabemos o que é alto, tendo percebido o que é baixo; só sabemos o que é doce, tendo experimentado o que é salgado; só saberemos o que é o calor, tendo sentido frio; só veremos, por analogia, a luz, tendo experimentado o que é a escuridão. Daí dizer-se que as trevas são transformadas em luz. E onde isso acontece(?): diante deles, diz a Palavra. É diante de nós, muito presente a nós, experimentável por nós, esta transformação. De forma simples: esta transformação é em nossa vida. Esta transformação é a nossa vida!
          E agora, vendo, estando no caminho, tendo e sendo a luz, ainda assim o caminho pode ser e estar acidentado. O caminho/lugar em que estamos pode estar e ser acidentado, significando dizer que ainda podemos ter estados de alma/psique com problemas. O que acontece agora? Tornarei retos os lugares acidentados. Em Jesus, experimentaremos o aplainamento do caminho e dos lugares existenciais!
          Vendo, estando no caminho, tendo e sendo a luz, com os caminhos/lugares aplainados, bem, agora seguimos, certo? Certo! Mas não seguimos sozinhos. Essas são as coisas que farei; não os abandonarei. Com essa promessa e Companhia Divina seguimos e somos!
          Não é assombrosamente instigante e maravilhoso como um profeta descrevia nossa vida em Jesus mesmo 700 anos antes do próprio Jesus – como homem – existir?

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,

          Kurt Hilbert

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