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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Natal & 2014



          Estamos nos aproximando do Natal.
          Salvo pequeno erro de cálculo sobre o ano do nascimento de Jesus – que algumas pesquisas dizem que ocorreu seis anos antes do que se pensava –, estamos comemorando dois mil e treze anos do Seu nascimento. Seis anos a mais ou a menos, não importa. Assim como não importa o fato de o comemorarmos no dia 25 de dezembro, quando alguns estudos apontam que o mesmo ocorreu por volta do mês de abril, dadas as condições climáticas na Judéia no tempo do evento. Essas pequenas coisas não querem dizer nada. O que realmente importa á o fato em si, este inegável.
          Sei, sei, a cada ano comemoramos a data. E alguns dizem que a cada ano é a mesma coisa. Quem acha que a cada ano é a mesma coisa, está fadado a pensar que cada dia é igual ao outro, que cada mês é igual ao outro, ou que a vida é enfadonha e monótona, sempre igual. Aqueles que não têm uma visão míope a respeito do que ocorre à sua volta, não pensam assim. Estes sabem que cada dia é único – ainda que as rotinas sejam repetitivas. Sabem que cada ano tem suas particularidades, e que a vida á um dom único. Parece clichê, mas garanto que não é. Aqueles que enxergam um pouco melhor as pequenas coisas da vida, sabem da singularidade de que se compõem. Assim também deveria ser com o Natal.
          Cada Natal é único. E cada Natal – se quisermos – pode fazer nascer – ou renascer – um novo ciclo, assim como o Ano Novo que o sucede. Basta olharmos com uma mirada mais tenra, mais significativa, mais espiritualizada, que perceberemos isso. Cada novo Natal, cada recomeço, é único em si. E assim deveria ser contemplado. Como único.
          A gente sabe que festejos, shoppings cheios, papais-noéis, arvorezinhas enfeitadas, presépios, luzes, presentes, essas coisas todas, são só coisinhas. E a gente também sabe que uma família reunida nesta época – que seja para a tradicional ceia – é coisa mais importante. E mesmo que não tenha ceia, que tenha só um sanduíche com café preto, traz o mesmo efeito, desde que estejam pessoas que se amam reunidas em volta. Isso vale muito.
          E, especialmente, a gente sabe que o ápice do Natal é podermos reconhecer, no meio desse barulho comercial em que a época se transformou, que festejamos, na verdade, o nascimento de Jesus. Reconhecer isso é nosso verdadeiro presente de Natal. Saber que Deus se tornou tão humano quanto nós, para nos mostrar um caminho que, enfim, pode levar a cada um de nós de volta a Ele. Saber disso é o ápice.
          A única coisa que desejo neste Natal, é que possamos perceber mesmo, mas mesmo, mesmo, que Cristo está presente, e está se nós O quisermos. A única coisa que desejo é que nossa ficha caia a respeito do fato de, em Jesus Cristo, o aniversariante da data, Deus se faz presente em cada um que deseja isso. Não desejo coisas clichês como paz, amor, alegria, boas festas, feliz Natal... nada disso. Tudo isso só é de fato, se Cristo for em nós, se Deus for em nós. Só assim.
          Desta forma, desejo, neste Natal, que Cristo esteja em nós. Só isso! E tudo isso!
          E que o ano de 2014 nos traga oportunidades de fazermos uso do amor, da alegria, da paz, da paciência, da amabilidade, da bondade, da fidelidade, da serenidade e do domínio próprio, todos eles frutos do Espírito Santo!

          Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A Parábola do Filho Perdido

 
          Jesus contou esta parábola:
          Um homem tinha dois filhos.
          O mais novo disse ao seu pai: “Pai, quero a minha parte da herança”.
          Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.
          Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente. Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. Por isso, foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
          Caindo em si, ele disse: “Quantos empregados de meu pai tem comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra o senhor. Não sou mais digno de ser chamado seu filho; trate-me como um dos seus empregados”.
          A seguir, levantou-se e foi para seu pai.
          Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, o abraçou e o beijou.
          O filho disse: “Pai, pequei contra o céu e contra o senhor. Não sou mais digno de ser chamado seu filho; trate-me como um dos seus empregados”.
          Mas o pai disse aos seus empregados: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e alegrar-nos. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado”.
          E começaram a festejar o seu regresso.
          Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a música e a dança. Então chamou um dos empregados e perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe respondeu: “Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo”.
          O filho mais velho encheu-se de ira e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele. Mas ele respondeu a seu pai: “Olha! Todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao seu serviço e nunca desobedeci às suas ordens. Mas o senhor nunca me deu nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse seu filho, que esbanjou os seus bens com as prostitutas, o senhor mata o novilho gordo para ele!”
          Disse o pai: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu. Mas nós tínhamos que celebrar a volta deste seu irmão e alegrar-nos, porque ele estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado”.
 
          (Lucas 15:11-31)
 
          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A Voz


João 10:3
          “O porteiro abre-lhe a porta, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as leva para fora”.
                                                                

Quem a escuta?
Clama no deserto,
estronda no trovão,
serve de referência,
fala ao coração,
soprada pelo Espírito Santo...
Eu ainda me espanto,
tamanha é nossa surdez!
Homem a Voz se fez,
para ser mais audível.
Incrível como não ouvimos,
com perfeita audição!
A Voz chama meu nome
pronunciado em sotaques de amor.
Escuto a Voz do Pastor
arrebanhando-me de novo...
“A voz do povo é a Voz de Deus...”
Não.
Que a Voz de Deus seja a voz do povo!

 
Kurt Hilbert

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O Preço do Discipulado

          Uma grande multidão ia acompanhando Jesus; este, voltando-se para ela, disse:
          Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo.
          Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: “Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar”.
          Ou, qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil? Se não for capaz, enviará uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, e pedirá um acordo de paz.
          Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo.
          O sal é bom, mas se ele perder o sabor, como restaurá-lo? Não serve nem para o solo nem para adubo; é jogado fora.
          Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!

          (Lucas 14:25-35)

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A Vida Pelo Rebanho

          João 10:11
          “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”.
                                                               
Um humano rebanho
andando por sobre a terra,
desterrado, angustiado e disperso.
Cada um, em seu universo,
gravita em solidão.
As ovelhas, todas juntas...
Mesmo assim perguntas:
          Por que ando sozinho,
          arrebanhado na multidão?
Talvez porque te falte
quem te pastoreie, quem te guie,
quem te conduza
nessa existência obtusa.
Talvez falte quem te envie
pela vida, com algum sentido.
          Eu, ovelha, parábola animal.
          Eu, gente, bicho social.
          Preciso da voz que diga,
          que produza esta liga,
          que me ligue ao irmão.
          Preciso de um Pastor
          que escute meu balido
          quando me encontro perdido,
          quando grito a oração.
Já há este pastoreio,
o Filho do homem já veio.
O Filho do homem... a quem o assemelhas?
          É o bom Pastor, que dá a vida pelas ovelhas.

Kurt Hilbert

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Parábola do Semeador

          Jesus começou a ensinar à beira-mar. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que ele teve que entrar num barco e assentar-se nele. O barco estava no mar, enquanto todo o povo ficava na beira da praia. Ele lhes ensinava muitas coisas por parábolas, dizendo em seu ensino:
          Ouçam! O semeador saiu a semear.
          Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram.
          Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz.
          Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas, de forma que ela não deu frutos.
          Outra ainda caiu em boa terra, germinou, cresceu e deu boa colheita, a trinta, sessenta e até cem por um.
          Depois ele explicou a parábola:
          O semeador semeia a palavra.
          Algumas pessoas são como a semente à beira do caminho, onde a palavra é semeada. Logo que a ouvem, o Mal vem e retira a palavra nelas semeada.
          Outras, como a semente lançada em terreno pedregoso, ouvem a palavra e logo a recebem com alegria. Todavia, visto que não tem raiz em si mesmas, permanecem por pouco tempo. Quando surge alguma tribulação por causa da palavra, logo a abandonam.
          Outras, ainda, como a semente lançada entre espinhos, ouvem a palavra; mas, quando chegam as preocupações desta vida, o engano das riquezas e os anseios por outras coisas sufocam a palavra, tornando-a infrutífera.
          Outras pessoas são como a semente lançada em boa terra; ouvem a palavra, aceitam-na e dão uma colheita de trinta, sessenta e até cem por um.
          E acrescentou:
          Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!

          (Marcos 4:1-8; 14-20; 9)
         
          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Abundância

João 10:10
          “... eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”.
                                                                

Busca-se a cada dia,
com uma mente inconstante,
desejo, oração, magia,
qualquer coisa tolerante,
uma busca que enfastia,
por uma vida abundante.

Cuida, que a abundância voa
da tua mão fustigada.
Enquanto se perambula à toa,
de forma atabalhoada,
atrás de uma vida boa,
a abundância foi roubada.

Quem a roubou? Que aconteceu?
Estava tão distraído,
buscando o que era meu,
quando fui subtraído.
Naquele momento breu
encontrava-me falido!

A abundância que se procura
de uma forma obstinada,
não está na parte obscura
de uma vida atormentada,
nem se esconde em arca escura,
de onde pode ser furtada.

Abundância é um sentimento
cultivado a toda hora.
É perceber-se, a cada momento,
que a abundância aflora
de um simples pensamento,
enviado espaço afora.

E, quando isso aquece
nossa esperança falida,
elevamos numa prece
a demanda pedida;
a abundância aparece
preenchendo nossa vida.

A fonte de tudo já veio,
não esqueço nunca disto.
Está sempre em meu meio,
quando O busco e insisto.
Vida em abundância, eu creio,
se encontra em Jesus Cristo.
 

Kurt Hilbert

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Receitinha de Prosperidade

          II Crônicas 31:20-21
          Foi isso que Ezequias fez em todo o reino de Judá. Ele fez o que era bom e certo, e em tudo foi fiel diante do SENHOR, do seu Deus. Em tudo o que ele empreendeu no serviço do templo de Deus e na obediência à lei e aos mandamentos, ele buscou o seu Deus e trabalhou de todo o coração; e por isso prosperou.

          Devemos simplesmente buscar a Deus. Não busque a Deus desejando bênçãos, e você será abençoado; não busque a Deus desejando curas, e você será curado; não busque a Deus desejando vitórias, e você vencerá; não busque a Deus desejando felicidade, e você será feliz; não busque a Deus desejando a prosperidade, e você prosperará. Simplesmente busque a Deus desejando relacionar-se com Ele, para firmar um relacionamento de filho para Pai, para tornar-se inteiro e um com Ele, e tudo o que você deseja, baseado no amor divino, Ele lhe acrescentará – sempre segundo a Sua vontade e segundo o que for realmente melhor para você.
          Ezequias foi um rei que andou segundo a vontade do Senhor. Em meio a uma época e situações onde tanto os reis de Judá quanto os de Israel se desviaram dos mandamentos e da Palavra do Senhor, mesclando suas crenças com os mais diversos deuses e divindades dos povos que os circundavam, Ezequias foi uma exceção à regra. Ele se manteve em fidelidade com o que acreditava. E isso foi o grande diferencial em sua vida.
          Segundo o que fala o cronista, Ezequias empenhou-se em restituir o culto a Deus em sua terra, Judá, segundo fora ensinado desde os tempos antigos. Ezequias reconheceu a importância de devolver a seu povo a fonte de sua vida, Deus, segundo os ensinamentos dos seus antepassados. Ezequias desejava – e conseguiu – retornar à pureza e à simplicidade do verdadeiro relacionamento com Deus, para si e para o seu povo. E foi isso que ele fez, diz a Palavra.
          Nessa tarefa, Ezequias fez o que era bom e certo. Bom e certo. Nem sempre é fácil fazer o que é bom, muito menos o que é certo. É relativamente fácil saber o que é bom, mas nem sempre é fácil saber o que é certo. Certo é, em si mesmo, um conceito relativo, pois, o que para um povo é certo – como cultuar várias divindades –, para outro é errado – pois este entende que o certo é ter um só Deus. Isso se aplica a povos inteiros, a culturas, e a indivíduos também. O que para mim é certo, por exemplo, para você pode ser errado. Então, num meio onde o certo é um conceito relativo para diferentes pessoas, como saber de fato qual o “certo” que se deve fazer? Aí entra outro ponto do que Ezequias fazia. Vejamos.
          Em tudo foi fiel diante do SENHOR. Eis o ponto. Ezequias foi fiel. Fiel a que? Aí sim, fica mais fácil, fica mais claro o que é “certo”: ele foi fiel aos ensinamentos que recebera; ele foi fiel aos princípios que formara com base nesses ensinamentos, nesses mandamentos. Isso lhe conferiu a fidelidade a Deus. Ezequias foi fiel em tudo o que ele empreendeu. Não em parte; em tudo! Então Ezequias “descobriu” o que lhe era “certo”. Quando somos fiéis diante de Deus, sempre “saberemos” o que é “certo” para nós, em qualquer circunstância.
          Ezequias foi fiel na obediência à lei e aos mandamentos. Para nós hoje, isso significa sermos fiéis e obedientes à Palavra do Senhor – que é a nossa lei – e aos mandamentos os mais diversos que esta Palavra nos ensina. A obediência é a chave para demonstrarmos nosso amor a Deus. O resto é conversa. Exemplos? Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome de Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:18-20). Respondeu Jesus: “Se alguém me ama, obedecerá à minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos morada nele” (João 14:23). Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço” (João 15:10). Sabemos que o conhecemos, se obedecemos aos seus mandamentos. Aquele que diz: “Eu o conheço”, mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. Mas, se alguém obedece à sua palavra, nele verdadeiramente o amor de Deus está aperfeiçoado. Desta forma sabemos que estamos nele: aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou (I João 2:3-6).
          O cronista segue falando que Ezequias buscou o seu Deus. Como podemos buscá-Lo? Em Sua Palavra, nas orações e na nossa conduta, no nosso modo de vida, se este for segundo a vontade de Deus que aprendemos em Sua Palavra. Assim O buscamos. E O encontraremos? Vejamos: “Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês”, declara o SENHOR (Jeremias 29: 13-14).
          Ezequias buscou – e encontrou – a Deus, pois o fez de todo o coração. Ele buscou o seu Deus e trabalhou de todo o coração. Ezequias trabalhou de todo o coração na busca a Deus. Como consequência dessa busca, ele se dedicou de todo o coração às tarefas que entendia serem necessárias para restabelecer a harmonia no relacionamento do povo com Deus – a restauração do culto ao Senhor e a restauração das coisas sagradas.
          Em consequência, Ezequias foi bem sucedido. Como consequência da sua entrega de todo o coração, Ezequias prosperou. E por isso prosperou, diz a Palavra. Dá para perceber por que ele prosperou? Foi por isso: pela sua entrega de todo o coração ao melhor relacionamento possível com Deus! Entregar-se de todo coração quer dizer por inteiro, sem reservas, sem meio termo. Esse ponto não é fácil, mas é possível. E só é possível quando Deus vem ao nosso encontro para nos ajudar nessa tarefa, pois sozinhos não conseguiremos estabelecer um perfeito relacionamento com Deus. Mas, quando Ele vê que nós estamos nos esforçando nessa direção, Ele vem em nossa direção e nos ajuda. Aí, sim, funciona!
          A prosperidade, tão apregoada nos meios cristãos hoje em dia, não deve ser um fim em si, mas apenas a consequência do que fazemos quando buscamos nos relacionar harmoniosamente com Deus. Assim, em sua vida de fé, não busque a prosperidade – ou qualquer outra coisa –, mas busque a Deus, e a prosperidade virá a você. Sujeite-se a Deus, fique em paz como ele, e a prosperidade virá a você (Jó 22:21). O Mestre maior já nos ensinava: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas (Mateus 6:33).

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

          Saudações,
          Kurt Hilbert

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Reconstruindo a Casa de Deus

          Ageu 1:3-4
          Por isso, a palavra do SENHOR veio novamente por meio do profeta Ageu: “Acaso é tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto a minha casa continua destruída?”

          A profecia de Ageu, que pertence ao período pós-exílio, é um apelo dirigido às autoridades e ao povo para que retomem a construção do templo, após dezesseis anos de interrupção e atrasos. O profeta é implacável ao expor a opinião equivocada, mas predominante, de que a obra de Deus é de caráter secundário e deve esperar até que primeiro se resolvam os problemas econômicos.
          Transferindo esse episódio aos dias de hoje, podemos traçar vários paralelos. Assim como o povo daquela época tinha essa opinião equivocada, também hoje a maioria das pessoas pensa que primeiro há de se resolver as questões externas e aparentes, depois as internas – se der tempo. Muitos também pensam: “Sou jovem ainda, buscarei a Deus mais tarde, depois que me encaminhar na vida, depois de atingir minha realização profissional, minha estabilidade financeira”. Mas quem é dono do tempo? Quem pode garantir que haverá um “depois”, um “amanhã”? Vivamos o “hoje”, buscando a Deus hoje, como nos é ensinado: Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração” (Hebreus 4:7).
          Muitas vezes nós também priorizamos morar em casas de fino acabamento, isto é, priorizamos as coisas aparentes. Pensamos na nossa imagem junto à opinião pública. O que os outros vão pensar? O que vão dizer? Nos atemos demais ao que os outros pensam e de menos ao que nós pensamos a nosso respeito e em relação às coisas que nos tocam. E é justamente o que nós pensamos que faz a diferença, pois nós somos aquilo que pensamos, porque, em cima do que pensamos, agimos e nos portamos. Se nos portarmos segundo o pensamento dos outros apenas, deixamos de viver a nossa essência. Buscamos o fino acabamento externo, e deixamos de lado o interno, que é o que faz a diferença.
          Por que o profeta Ageu questionava isso? O que essa Palavra pode nos ensinar hoje? Ageu perguntava, inspirado pelo Espírito Santo do Senhor: “Acaso é tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto a minha casa continua destruída?”. Podemos perceber que ele se preocupava com a casa do Senhor. Hoje, em nosso tempo, sabemos que a verdadeira casa do Senhor, o Seu Templo, deve ser o nosso corpo, ou seja, o Senhor – assim como “morava” em Seu Templo –, deve hoje fazer morada em nós. E como está essa “casa do Senhor”? Como está a nossa alma? Ela está bem, em ordem, em constante manutenção, ou será que ela também continua destruída?
          É claro que precisamos nos ater às coisas materiais. Precisamos nos ater ao trabalho, aos estudos, à carreira, aos nossos bens materiais; é claro que precisamos cuidar das coisas materiais, ter também nossas casas de fino acabamento, mas mais importante é a casa do Senhor. Mais importantes do que as coisas materiais, são nossos sentimentos, nosso lado psicológico, espiritual. Mais importante do que ter bens aparentes, é ter os que não se vêem fisicamente, mas que influenciam todas as coisas, inclusive as materiais. Falo de amor, de alegria, de paz, de paciência, de amabilidade, de bondade, de fidelidade, de serenidade, de domínio próprio; falo dos frutos do Espírito.
          Jesus já ensinava, em Mateus 6:33, falando das coisas materiais: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas”. Busquemos, como ensinava o Mestre, manter em ordem a casa do Senhor, que somos nós. As demais coisas, elas se arranjam. Em Romanos 8:28, podemos ler: Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Em outras traduções, essa Palavra traz ainda mais elucidações: “Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem dos que amam a Deus”. E ainda: “Sabemos que em todas as coisas Deus coopera juntamente com aqueles que o amam, para trazer à existência o que é bom”.
          Eu aposto que já ouvimos ou lemos isso outras vezes. Mas é preciso fazer constante manutenção em nossos corações e mentes, é preciso relembrar e relembrar e relembrar. Em Romanos 12:2 nos é ensinado: “... transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Renovar diariamente as nossas mentes com a leitura da Palavra do Senhor, com as nossas orações, e com a nossa capacidade de percepção, para que possamos ver Deus agindo nas pequenas coisas, nos pequenos detalhes que, somados, são a nossa vida por completo.
          Quando somos capazes de compreender isso, de colocá-lo em prática, somos também capazes de priorizar o cuidado com a casa do Senhor, com o Seu Templo, que é a nossa alma, a nossa essência.
          Temos que reconstruir a casa de Deus todos os dias, como mencionado. Através da leitura bíblica, das nossas orações, do trato adequando com nosso semelhante, manifestando os frutos do Espírito, enfim, vamos, à medida que avançamos, descobrindo novas e mais amplas maneiras de manter a casa do Senhor em ordem. Mas é uma tarefa diária. Quando soubermos disso, estaremos bem. A cada dia necessito reafirmar minha firme disposição em seguir como livre discípulo de Cristo. A cada dia necessito dizer ao Senhor: Eis-me aqui!
          E não quero esquecer de mencionar que devemos nos congregar também, junto com nossos irmãos, como casa de Deus, como Igreja, segundo nos é ensinado: Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia (Hebreus 10:25). É na pregação na casa do Senhor – na Igreja – que podemos ver crescer a nossa fé e viver também o perdão dos pecados e a Santa Ceia, “matérias-primas” necessárias também a uma boa manutenção da casa do Senhor que – falo de novo – somos nós mesmos.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

          Saudações,
          Kurt Hilbert

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Escolhas (Choices)

          Contra todas as probabilidades, sejam racionais, históricas ou quaisquer que sejam, eu decido, por minha fé (e teimosia) ficar ao lado de Jesus Cristo. E eu Lhe peço que, contra todas as probabilidades, sejam racionais, sejam históricas ou quaisquer que sejam, Ele aceite, por Seu amor (e graça) ficar ao meu lado.
          Parafraseando meu grande amigo e irmão na fé (Carlos Caleri): “Quanto a mim, Cristo me é suficiente. A graça do Senhor me basta. Nada temo e também nada busco fora d´Ele”.
          E esta é atribuída a Dostoievski (se é dele mesmo, não sei, mas acho linda): “Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade”.

          Against all probabilities, are rational, historical or whatever, I decide by my faith (and stubbornness) stand beside Jesus Christ. And I beg Him, against all probabilities, are rational, historical or whatever, He accept, by His love (and grace) stand beside me.
          To paraphrase my good friend and brother in faith (Carlos Caleri): “For me, Christ is enough. The Lord's grace is enough for me. I fear nothing and also seek anything outside of Him”.
          And this is attributed to Dostoyevsky (even if it´s, I do not know, but I think it´s beautiful): “I think there is nothing more beautiful, more profound, more sympathetic, manlier and more perfect than Christ; and I tell myself with a jealous love, which does not exist and cannot exist. More than that: if someone proves to me that Christ is outside the truth, and that is not found in Him, I prefer to stay with Christ to stay with the truth”.  

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

          Saudações,
          Kurt Hilbert