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sábado, 28 de agosto de 2021

Compartilhando Por Gratidão


 

Salmo 9:1-2

SENHOR, quero dar-te graças de todo o coração e falar de todas as tuas maravilhas. Em ti quero alegrar-me e exultar, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo.

 

O que é expresso neste Salmo deveria ser a primeira oração do dia de cada um que confessa a Cristo como seu Salvador.

Agradecer é a chave para o coração de Deus! Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus (Filipenses 4:6).

Deveríamos sempre estar dispostos a falar do Senhor, das coisas que Ele tem falado/revelado a nós em Sua Palavra – contida na Bíblia – e de todas as coisas que já tenhamos experimentado em nosso caminho com Ele. Mas eu sempre terei esperança e te louvarei cada vez mais. A minha boca falará sem cessar da tua justiça e dos teus incontáveis atos de salvação. Falarei dos teus feitos poderosos, ó Soberano SENHOR; proclamarei a tua justiça, unicamente a tua justiça (Salmo 71:14-16).

Na verdade, cada pequena coisa que vivemos nesse milagre que se chama vida, é uma maravilha de Deus, concedida a nós por graça. “Portanto, eu lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?” (Mateus 6:25-26).

Deveríamos sempre nos alegrar no Senhor, pelo simples fato de sermos alvos do Seu amor, sem nenhum merecimento nosso, mas simplesmente porque Ele quis assim. Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! (Filipenses 4:4).

Deveríamos sempre querer compartilhar essa alegria com quem estiver ao nosso lado, em qualquer ambiente, pois a alegria é um fruto do Espírito Santo a ser manifestado.

Deveríamos sempre exultar por sermos filhos de Deus! Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Romanos 8:14).

Tudo isso deveria nos impulsionar a cantar louvores a Deus, não apenas cantando – ao pé da letra –, mas louvando a Deus em cada gesto nosso.

Louvamos a Deus em cada oração, em cada compartilhar da Palavra, em cada gesto de ajuda ao próximo – seja por uma palavra dada, por um sorriso, por um incentivo, por um lanche que doamos para que ele coma, por um agasalho que o proteja do frio, por um encaminhamento de abrigo ou emprego, por um cuidar de um doente num hospital, por uma visita a um idoso, por um acolhimento a uma criança órfã... A lista pode ir tão longe quanto longa for a nossa boa-vontade!

Lembro sempre do ensinamento de Jesus, que é um indicador claro que Deus escolheu ser amado no nosso próximo: “Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a alguns dos meus menores irmãos, a mim o fizeram (Mateus 25:40). “Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo (Mateus 25:45).

Louvamos a Deus em cada gesto de amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei (Gálatas 5:22-23).

A lei do amor de Cristo nos autoriza a agirmos assim, pois nos mostra que, no Universo de Deus, há o caminho da semeadura e da colheita da bondade que plantamos. Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas a seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem! Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas” (Mateus 7:7-12).

Aqui, hoje, uno-me ao salmista que escreveu a Palavra que uso como mote, lá em cima, logo abaixo do título deste texto, para compartilhar estas palavras, por pura gratidão a Deus!

Que assim possa sempre ser!

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

71 – Pedro é Libertado da Prisão (Atos 12)



Nessa1(versículo de Atos 12) ocasião, o rei Herodes I prendeu alguns que pertenciam à igreja, com a intenção de maltratá-los, e2 mandou matar à espada Tiago, irmão de João II. Vendo3 que isso agradava aos judeus, prosseguiu, prendendo também Pedro durante a festa dos pães sem fermento. Tendo-o4 prendido, lançou-o no cárcere, entregando-o para ser guardado por quatro escoltas de quatro soldados cada uma. Herodes pretendia submetê-lo a julgamento público depois da Páscoa.

Pedro5, então, ficou detido na prisão, mas a igreja orava intensamente a Deus por ele.

Na6 noite anterior ao dia em que Herodes iria submetê-lo a julgamento, Pedro estava dormindo entre dois soldados, preso com duas algemas, e sentinelas montavam guarda à entrada do cárcere. Repentinamente7 apareceu um anjo do Senhor, e uma luz brilhou na cela. Ele tocou no lado de Pedro e o acordou. “Depressa, levante-se!”, disse ele. Então as algemas caíram dos punhos de Pedro.

O8 anjo lhe disse: “Vista-se e calce as sandálias”. E Pedro assim fez. Disse-lhe ainda o anjo: “Ponha a capa e siga-me”. E9, saindo, Pedro o seguiu, não sabendo que era real o que se fazia por meio do anjo; tudo lhe parecia uma visão. Passaram10 a primeira e a segunda guarda, e chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. Este se abriu por si mesmo para eles, e passaram. Tendo saído, caminharam ao longo de uma rua e, de repente, o anjo o deixou.

Então11 Pedro caiu em si e disse: “Agora sei, sem nenhuma dúvida, que o Senhor enviou o seu anjo e me libertou das mãos de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava”.

Percebendo12 isso, ele se dirigiu à casa de Maria, mãe de João, também chamado Marcos III, onde muita gente se havia reunido e estava orando. Pedro13 bateu à porta do alpendre, e uma serva chamada Rode veio atender. Ao14 reconhecer a voz de Pedro, tomada de alegria, ela correu de volta, sem abrir a porta, e exclamou: “Pedro está à porta!”

Eles15 porém lhe disseram: “Você está fora de si!” Insistindo ela em afirmar que era Pedro, disseram-lhe: “Deve ser o anjo dele”.

Mas16 Pedro continuou batendo e, quando abriram a porta e o viram, ficaram perplexos. Mas17 ele, fazendo-lhes sinal para que se calassem, descreveu como o Senhor o havia tirado da prisão e disse: “Contem isso a Tiago e aos irmãos”. Então saiu e foi para outro lugar.

De18 manhã, não foi pequeno o alvoroço entre os soldados quanto ao que tinha acontecido a Pedro. Fazendo19 uma busca completa e não o encontrando, Herodes fez uma investigação entre os guardas e ordenou que fossem executados.

Depois Herodes foi da Judeia para Cesareia e permaneceu ali durante algum tempo. Ele20 estava cheio de ira contra o povo de Tiro e Sidom; contudo, eles haviam se reunido e procuravam ter uma audiência com ele. Tendo conseguido o apoio de Blasto, homem de confiança do rei, pediram paz, porque dependiam das terras do rei para obter alimento.

No21 dia marcado, Herodes, vestindo seus trajes reais, sentou-se em seu trono e fez um discurso ao povo. Eles22 começaram a gritar: “É voz de deus, e não de homem”. Visto23 que Herodes não glorificou a Deus, imediatamente um anjo do Senhor o feriu; e ele morreu comido por vermes IV.

Entretanto24, a palavra de Deus continuava a crescer e a espalhar-se.

 

v     Para entender a história

Os que se opunham à Igreja primitiva encontraram um novo aliado em Herodes. O novo rei deseja garantir sua popularidade, ganhando a simpatia dos judeus. Mas os cristãos não se desencorajam pelas novas perseguições. Colocam sua fé na oração e recebem assistência miraculosa de Deus.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “O rei Herodes” – Este rei foi Agripa I e governou a Galileia, a Pereia, a Judeia e a Samaria. Seu avô era Herodes o Grande, que tentou matar Jesus ainda criança. Seu tio, Herodes Antipas, decapitou João Batista. Agripa ganhou a simpatia dos judeus, particularmente os fariseus, opondo-se à Igreja nascente.

                                   II.     “Tiago, irmão de João” – Tiago e João eram pescadores galileus. Sua mãe, Salomé, foi uma das mulheres que seguiram Jesus, cuidaram de suas necessidades e assistiram à sua morte. Jesus chamou os irmãos de “Filhos do Trovão” (Marcos 3:17), por causa de seu caráter impulsivo. Apesar de reprovar Tiago e João por suas atitudes super-rigorosas, Jesus permaneceu muito perto deles. Junto com Pedro, os irmãos formavam um estreito círculo entre os apóstolos.

                                III.     “João, também chamado Marcos” – João Marcos era primo de Barnabé e filho de uma mulher influente, chamada Maria. Era na casa desta que a Igreja primitiva se reunia, durante este período. A maioria dos especialistas concorda em que João Marcos é o autor do segundo livro dos Evangelhos.

                                IV.     “Morreu comido por vermes” – Este fato aconteceu no início do ano 44 d.C. e foi lembrado pelo historiador judeu Josefo. Ele escreveu que Herodes usava uma túnica prateada brilhante durante a festa em honra a Cláudio César. Quando a multidão o aclamou deus, Herodes não o negou. Tomado de violentas dores, foi levado para fora e morreu cinco dias depois. A expressão “devorado por vermes” sugere que morreu de um violento distúrbio intestinal, mas pode descrever também, metaforicamente, a morte de um tirano.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

sábado, 21 de agosto de 2021

A Grande Comissão


 

Marcos 16:15

“Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”.

 

Pregar o Evangelho – as Boas Novas –, compartilhar a Palavra, fazer chegar aos outros aquilo que a nós chegou e trouxe transformação – e um renascimento –, requer crer, obedecer e seguir.

Esta fala de Jesus – usada aqui como o mote para este texto – é comumente chamada de “a grande comissão”, isto é, a grande incumbência e a grande missão de todo aquele que se confessa cristão.

Um pouco antes de Jesus falar o que falou, vejamos o que a Bíblia nos diz: Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios. Ela foi e contou aos que com ele tinham estado; eles estavam lamentando e chorando. Quando ouviram que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não creram. Depois Jesus apareceu noutra forma a dois deles, estando eles a caminho do campo. Eles voltaram e relataram isso aos outros; mas também nestes eles não creram. Mais tarde Jesus apareceu aos Onze enquanto eles comiam; censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não acreditaram nos que o tinham visto depois de ressurreto (Marcos 16:9-14).

Por isso que falei, três parágrafos acima, que requer crer, obedecer e seguir. Diz a Bíblia que quando Jesus ressuscitou no domingo – o primeiro dia da semana –, Ele apareceu à Madalena. Ela foi e contou aos discípulos, mas eles não acreditaram nela. Depois Jesus aparecera a dois discípulos no caminho para Emaús; eles por fim O reconhecerem, contaram aos outros, mas estes voltaram a não acreditar. Eles só creram quando Ele apareceu-lhes pessoalmente, e aí lhes deu um puxão de orelhas por não terem crido nos que O anunciavam a eles.

Crer faz parte do processo; e é uma parte fundamental, sem a qual o processo todo não se desencadeia. Isso chama-se fé. Assim, primeiro precisamos crer que esta “comissão”, a de “pregar o evangelho a todas as pessoas”, diz também respeito a nós.

Todos podemos tomar como tarefa divina pregar o Evangelho. Não é necessário colocarmo-nos num púlpito, nem num coreto de praça, nem bater de porta em porta. Basta aproveitar as pequenas oportunidades no dia a dia de introduzirmos nas nossas conversações – sem forçar a barra! – uma palavrinha aqui e outra ali. Na maior parte das vezes, não precisamos nem citar o nome de Jesus nem um versículo bíblico como referência; basta que o conteúdo das nossas palavras naturais, do nosso falar, traga permeado em si fragmentos do Evangelho. Não precisamos nem mesmo usar frases bíblicas decoradas. É até melhor não, dependendo do público. Mas o conteúdo deve e pode ser evangelístico. Normalmente uma palavra positiva, de incentivo e de força, quando falada séria e adequadamente, já é uma mensagem evangelizadora, mesmo que não traga verbalmente nada bíblico. E, por favor, fujam dos jargões!

Anunciar Cristo à humanidade é um privilégio!

Anunciar que Deus Se fez gente e habitou entre nós, na geografia e no tempo/espaço, e, depois de “partir” como ser humano, deixou Seu Espírito para viver em nós, simbiotizando-Se conosco, tornando-Se Um com a gente, fazendo-Se presente em mim e em você – e em todo aquele que crê nesta maravilhosa revelação – é um anúncio e tanto! Quando nos damos conta disso, entendemos até mesmo a saudação hindu “Namaste – o deus que vive em mim saúda o deus que vive em você!” E, antes de me criticar por citar isso, entenda: os hindus se deram conta de algo único, sem nem mesmo terem lido o Evangelho, e sem ninguém ter pregado a eles. Eles, sem citarem o nome nem conhecerem o conceito, manifestam Cristo mesmo sem o saberem. (Disso quero falar noutra oportunidade; aqui e agora, quero voltar ao foco do texto para não nos perdermos em tergiversações).

Noutra fala de Jesus, Ele orienta para que se façam discípulos – d’Ele, não nossos! – de todas as nações: Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:18-20). Fazer discípulos de Jesus nada mais é do que ajudarmos as pessoas a abrirem suas consciências para quem elas realmente são, para o que significa reconhecerem-se em Cristo, para a profunda alteração que isso traz em suas vidas, aqui e agora, na esfera da relatividade, e na esfera do absoluto que, no meio cristão, convencionou-se a chamar de “eternidade”.

Uma coisa curiosa neste processo de compartilhar o Evangelho, de anunciá-lo de forma livre e leve a todas as pessoas, é que há basicamente dois grupos aqui: há o grupo daqueles que “pregam o Evangelho”, e há o grupo daqueles “a quem o Evangelho é pregado”. Em que grupo estamos? Bem, no fundo no fundo, isso não importa. Se hoje estamos no grupo daqueles que “pregam o Evangelho”, noutro momento fatalmente já nos encontramos no grupo daqueles “a quem o Evangelho é pregado”, pois, sem isso, não poderíamos crer, já que “a fé vem por ouvir a Palavra”.

Fato é que aqueles “a quem o Evangelho é pregado” hoje, amanhã serão – se de fato entenderam e interiorizaram a mensagem – aqueles que “pregam o Evangelho”, já que se desencadeia um processo imparável: quem de fato captou a mensagem, já não consegue retê-la somente para si, mas a compartilha!

Pregamos e anunciamos o Evangelho – e isso precisa ser entendido – de duas formas: por nosso falar/pregar/anunciar e por nosso agir/ser; uma coisa complementa a outra. Quem somos deve refletir o que anunciamos, e vice-versa.

Outra coisa curiosa: anunciar o Evangelho nos retroalimenta. Explico: quando falo e compartilho a Palavra do Senhor, adquiro forças e alimento para a minha própria alma, que me capacitam a viver a Palavra em mim mesmo.

Viver o Evangelho, anunciar o Evangelho e fazê-lo chegar a todo mundo, a todos do nosso mundo, da nossa família, dos nossos colegas e amigos, daqueles que convivem conosco e, hoje, com a virtualidade das redes sociais, fazer chegar o Evangelho a tantos quantos muitas vezes nem podemos contar... É, de fato, um privilégio!

Espero que o Evangelho esteja chegando a você, que aqui lê, e que isso faça a diferença!

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 15 de agosto de 2021

70 – O Evangelho Para Todos (Atos 11)


 

Os1(versículo de Atos 11) apóstolos e os irmãos de toda a Judeia ouviram falar que os gentios também haviam recebido a palavra de Deus. Assim2, quando Pedro subiu a Jerusalém, os que eram do partido dos circuncisos o criticavam, dizendo: “Você3 entrou na casa de homens incircuncisos e comeu com eles”.

Pedro4, então, começou a explicar-lhes exatamente como tudo havia acontecido: “Eu5 estava na cidade de Jope orando; caindo em êxtase, tive uma visão. Vi algo parecido com um grande lençol sendo baixado do céu, preso pelas quatro pontas, e que vinha até o lugar onde eu estava. Olhei6 para dentro dele e notei que havia ali quadrúpedes da terra, animais selvagens, répteis e aves do céu. Então7 ouvi uma voz que me dizia: ‘Levante-se, Pedro; mate e coma’”.

“Eu8 respondi: De modo nenhum, Senhor! Nunca entrou na minha boca algo impuro ou imundo I”.

“A9 voz falou do céu segunda vez: ‘Não chame impuro ao que Deus purificou’. Isso10 aconteceu três vezes, e então tudo foi recolhido ao céu”.

Pedro explicou que o Espírito Santo o instruíra a ir à casa do centurião, em Cesareia, e que, quando chegasse, encontraria um grande número de gentios. Pedro lhes disse que falara aos gentios e, então, testemunhara o Espírito Santo descendo sobre eles.

Ouvindo18 isso, não apresentaram mais objeções e louvaram a Deus, dizendo: “Então, Deus concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios!”

Os19 que tinham sido dispersos por causa da perseguição desencadeada com a morte de Estêvão chegaram até a Fenícia II, Chipre e Antioquia III, anunciando a mensagem apenas aos judeus. Alguns20 deles, todavia, cipriotas e cireneus, foram a Antioquia e começaram a falar também aos gregos, contando-lhes as boas novas a respeito do Senhor Jesus. A21 mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao Senhor.

Notícias22 desse fato chegaram aos ouvidos da igreja de Jerusalém, e eles enviaram Barnabé a Antioquia. Este23, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração. Ele24 era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé; e muitas pessoas foram acrescentadas ao Senhor.

Então25 Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e26, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos IV.

Naqueles27 dias alguns profetas desceram de Jerusalém para Antioquia. Um28 deles, Ágabo, levantou-se e pelo Espírito predisse que uma grande fome sobreviria a todo o mundo romano, o que aconteceu durante o reinado de Cláudio. Os29 discípulos, cada um segundo as suas possibilidades, decidiram providenciar ajuda para os irmãos que viviam na Judeia. E30 o fizeram, enviando suas ofertas aos presbíteros V pelas mãos de Barnabé e Saulo.

 

v     Para entender a história

A visão de Pedro convence-o de que os rituais antigos de Israel devem ser suprimidos. Como um líder da Igreja, Pedro sabe que é seu dever conduzir o povo em nova direção. Mas é Paulo (Saulo) que se torna o principal missionário. Paulo divulga a nova mensagem: Deus recebe a todos em sua Igreja.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Algo impuro ou imundo” – A estrita obediência às leis rituais ocupava a maior parte do dia a dia e, por isto, era muito difícil para os cristãos judeus concordarem com o fim de suas práticas religiosas. A Lei de Moisés dizia que somente animais limpos – “qualquer animal ruminante e que tenha o casco fendido em duas partes” – podiam ser comidos. Todo animal tinha que ser morto de modo especial, para que o sangue escorresse da carne, antes de ser comido. A visão de Pedro inicia um debate sobre a importância ou não destas leis sobre os alimentos.

                                   II.     “Fenícia” – Era uma faixa estreita de terra, ao longo da costa mediterrânea, que é, agora, parte do Líbano e da Síria. Fenícia significa “terra de púrpura”, porque era famosa pelo corante purpúreo, produzido por moluscos. A Fenícia também era conhecida por suas colinas arborizadas e férteis planícies. Desde cedo, os cristãos fugiram para esta área, para escapar das perseguições.

                                III.     “Antioquia” – Capital da Síria, Antioquia era a terceira maior cidade do Império Romano, depois de Roma e Alexandria. Era uma cidade cosmopolita, com uma população de aproximadamente 500.000 pessoas. Os judeus que ali se estabeleceram desenvolveram boas relações com seus vizinhos gentios. Isto tornou Antioquia um centro ideal para a Igreja primitiva.

                                IV.     “Os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos” – O nome “cristão” vem do grego “christianós”, o que significa “que pertencem a Cristo”, e foi provavelmente usado primeiro como um termo pejorativo. Numa de suas cartas, Pedro disse aos cristãos perseguidos: “Contudo, se sofre como cristão, não se envergonhe, mas glorifique a Deus por meio desse nome” (1º Pedro 4:16).

                                   V.     “Presbíteros” – Também chamados “anciãos”, dependendo da tradução da Bíblia, foi o título dado aos líderes das sinagogas. A Igreja manteve este princípio judaico de uma liderança partilhada e chamava seus líderes de “presbíteros”. Eram eleitos por suas congregações. Estes homens eram escolhidos por sua reputação moral e espiritual, não por sua idade. Alguns presbíteros, como Timóteo, eram jovens.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 8 de agosto de 2021

Profecia Contra os Pastores


  

Veio a mim esta palavra do SENHOR: “Filho do homem, profetize contra os pastores de Israel; profetize e diga-lhes: Assim diz o Soberano, o SENHOR: Ai dos pastores de Israel que só cuidam de si mesmos! Acaso os pastores não deveriam cuidar do rebanho? Vocês comem a coalhada, vestem-se de lã e abatem os melhores animais, mas não tomam conta do rebanho. Vocês não fortaleceram a fraca nem curaram a doente, nem enfaixaram a ferida. Vocês não trouxeram de volta as desviadas nem procuraram as perdidas. Vocês têm dominado sobre elas com dureza e brutalidade. Por isso elas estão dispersas, porque não há pastor algum e, quando foram dispersas, elas se tornaram comida de todos os animais selvagens. As minhas ovelhas vaguearam por todos os montes e por todas as altas colinas. Foram dispersas por toda a terra, e ninguém se preocupou com elas, nem as procurou”.

“Por isso, pastores, ouçam a palavra do SENHOR: Juro pela minha vida, palavra do Soberano, o SENHOR: Visto que o meu rebanho ficou sem pastor, foi saqueado e se tornou comida de todos os animais selvagens, e uma vez que os meus pastores não se preocuparam com o meu rebanho, mas cuidaram de si mesmos em vez de cuidarem do rebanho, ouçam a palavra do SENHOR, ó pastores: Assim diz o Soberano, o SENHOR: Estou contra os pastores e os considerarei responsáveis pelo meu rebanho. Eu lhes tirarei a função de apascentá-lo para que os pastores não mais se alimentem a si mesmos. Livrarei o meu rebanho da boca deles, e as ovelhas não lhes servirão mais de comida”.

“Porque assim diz o Soberano, o SENHOR: Eu mesmo buscarei as minhas ovelhas e delas cuidarei. Assim como o pastor busca as ovelhas dispersas quando está cuidando do rebanho, também tomarei conta das minhas ovelhas. Eu as resgatarei de todos os lugares para onde foram dispersas num dia de nuvens e de trevas. Eu as farei sair das outras nações e as reunirei, trazendo-as dos outros povos para a sua própria terra. E as apascentarei nos montes de Israel, nos vales e em todos os povoados do país. Tomarei conta delas numa boa pastagem, e os altos dos montes de Israel serão a terra onde pastarão; ali se alimentarão, num rico pasto nos montes de Israel. Eu mesmo tomarei conta das minhas ovelhas e as farei deitar-se e repousar. Palavra do Soberano, o SENHOR. Procurarei as perdidas e trarei de volta as desviadas. Enfaixarei a que estiver ferida e fortalecerei a fraca, mas a rebelde e forte eu destruirei. Apascentarei o rebanho com justiça”.

 

(Texto de Ezequiel 34:1-16)

 

Esta profecia foi dada em conseqüência dos líderes de Israel – os que estavam a cargo de conduzir o povo no campo político/social/estatal e os sacerdotes religiosos – negligenciarem suas tarefas, cuidando antes de si do que do povo que lhes fora confiado.

Deus, por meio do profeta Ezequiel, lhes estava dizendo que perderiam o seu “pastoreio” – a sua outorga de líderes – e que, pela dispersão e mau cuidado que havia tomado conta, Deus mesmo trataria de instaurar uma ordem de cuidado do povo, que não dependeria mais dos líderes negligentes, mas de Deus mesmo.

A institucionalidade estado/religião ruiria, e se instalaria uma consciência mais ampla, onde não dependeriam mais de ritualísticas e lideranças veneradas, mas onde cada um perceberia que seu cuidado estava “aos cuidados” de Deus.

Hoje, no século XXI, começamos a ter reflexos disso, não mais atribuídos aos israelitas, mas à cristandade, aonde as instituições eclesiásticas vão gradativamente perdendo seu domínio e significado no inconsciente coletivo dos próprios cristãos, e, ao contrário do que poderia se pensar, o Evangelho vai crescendo, agora como consciência e modo de vida.

Aos poucos estamos vivenciando isso. Quem tem olhos para ver, já está vendo.

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

69 – Os Milagres Através de Pedro (Atos 9 e 10)


 

Viajando32(versículo de Atos 9) por toda parte, Pedro foi visitar os santos que viviam em Lida. Ali33 encontrou um paralítico chamado Enéias, que estava acamado fazia oito anos. Disse-lhe34 Pedro: “Enéias, Jesus Cristo vai curá-lo! Levante-se e arrume a sua cama”. Ele se levantou imediatamente. Todos35 os que viviam em Lida e Sarona I o viram e se converteram ao Senhor.

Em36 Jope havia uma discípula chamada Tabita, que em grego é Dorcas, que se dedicava a praticar boas obras e dar esmolas. Naqueles37 dias ela ficou doente e morreu, e seu corpo foi lavado e colocado num quarto do andar superior II. Lida38 ficava perto de Jope e, quando os discípulos ouviram falar que Pedro estava em Lida, mandaram-lhe dois homens dizer-lhe: “Não se demore em vir até nós”.

Pedro39 foi com eles e, quando chegou, foi levado para o quarto do andar superior. Todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando-lhe os vestidos e outras roupas que Dorcas tinha feito quando ainda estava com elas.

Pedro40 mandou que todos saíssem do quarto; depois, ajoelhou-se e orou. Voltando-se para a mulher morta, disse: “Tabita, levante-se”. Ela abriu os olhos e, vendo Pedro, sentou-se. Tomando-a41 pela mão, ajudou-a a pôr-se em pé. Então, chamando os santos e as viúvas, apresentou-a viva. Este42 fato se tornou conhecido em toda a cidade de Jope, e muitos creram no Senhor. Pedro43 ficou em Jope durante algum tempo, com um curtidor de couro chamado Simão.

Havia1(versículo de Atos 10) em Cesareia um homem chamado Cornélio, centurião do regimento conhecido como Italiano III. Ele2 e toda a sua família eram piedosos e tementes a Deus; dava muitas esmolas ao povo e orava continuamente a Deus. Certo3 dia, por volta das três horas da tarde, ele teve uma visão.

Cornélio viu um anjo, que lhe disse para enviar homens a Jope, para trazer Pedro de volta. Em Jope, Pedro teve uma visão enquanto orava. Foi-lhe mostrado que nenhuma coisa criada por Deus podia ser impura. A voz, então, lhe falou sobre a chegada dos homens de Cornélio. Na manhã seguinte, Pedro foi com os homens para Cesareia.

Quando25 Pedro ia entrando na casa, Cornélio dirigiu-se a ele e prostrou-se aos seus pés, adorando-o. Mas26 Pedro o fez levantar-se, dizendo: “Levante-se, eu sou homem como você”.

Conversando27 com ele, Pedro entrou e encontrou ali reunidas muitas pessoas e28 lhes disse: “Vocês sabem muito bem que é contra a nossa lei um judeu associar-se a um gentio ou mesmo visitá-lo. Mas Deus me mostrou que eu não deveria chamar impuro ou imundo a homem nenhum”.

Enquanto44 Pedro ainda estava falando estas palavras, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem. Os45 judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado até sobre os gentios, pois46 os ouviam falando em línguas e exaltando a Deus.

A seguir Pedro disse: “Pode47 alguém negar a água, impedindo que estes sejam batizados? Eles receberam o Espírito Santo como nós!” Então48 ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Depois pediram a Pedro que ficasse com eles alguns dias.

 

v     Para entender a história

Pedro segue vivendo suas experiências de realizar milagres. Além disso, por meio de uma visão, entende que a Igreja deve abarcar gentios de todas as nações, além dos judeus convertidos a Cristo. Esse entendimento até então não estivera claro para ele, tornando-se claro agora. Pedro interpreta, pela visão que tivera, que o Espírito Santo inicia uma nova direção para a Igreja: os gentios, como Cornélio e sua família, podem ser batizados em nome de Jesus Cristo sem antes terem se tornado judeus. Isso, por assim dizer, revoluciona a compreensão da Igreja.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Lida e Sarona” – Lida é uma cidade a cerca de 16 quilômetros de Jope. A planície de Sarona é uma área extremamente fértil, estendendo-se ao longo da costa mediterrânea, de Jope para Cesareia. No tempo do Novo Testamento, a planície era principalmente terra de pastagem. Hoje, é uma das áreas agrícolas mais ricas de Israel.

                                   II.     “Seu corpo foi lavado e colocado num quarto do andar superior” – A purificação ritual do morto exigia que o corpo fosse lavado. Era, depois, envolto em panos – os ricos usavam linho, contendo aloés e mirra. Em Jerusalém, os mortos eram sempre enterrados em 24 horas. Em outras áreas de Israel, se o enterro fosse adiado, o corpo era mantido num quarto do andar superior.

                                III.     “Centurião do regimento conhecido como Italiano” – O regimento Italiano era formado por homens recrutados na Itália. Um “regimento” era a tradução grega de uma “coorte” romana, que era uma unidade do exército romano, consistindo de seis centúrias (cerca de 600 homens). Os centuriões eram oficiais escolhidos das fileiras. São muitas vezes mencionados favoravelmente no Novo Testamento por sua tolerância.

 

Jope: A antiga cidade de Jope (atualmente Jafa) foi construída numa borda rochosa sobre o Mediterrâneo. Segundo a tradição, teria sido fundada por Jafé, filho de Noé. Nos tempos bíblicos, Jope era o porto marítimo de Jerusalém. É o único porto natural entre o Egito e o Monte Carmelo. Em 1950, a cidade fundiu-se com a moderna Tel-Aviv.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 1 de agosto de 2021

As Obras de Deus


  

Quando a multidão percebeu que nem Jesus nem os discípulos estavam ali, entrou nos barcos e foi para Cafarnaum em busca de Jesus.

Quando o encontraram do outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Mestre, quando chegaste aqui?”

Jesus respondeu: “A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação”.

Então lhe perguntaram: “O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer?”

Jesus respondeu: “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou”.

Então lhe perguntaram: “Que sinal miraculoso mostrarás para que o vejamos e creiamos em ti? Que farás? Os nossos antepassados comeram o maná no deserto; como está escrito: ‘Ele lhes deu a comer pão do céu’”.

Declarou-lhes Jesus: “Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo”.

Disseram eles: “Senhor, dá-nos sempre desse pão!”

Então Jesus declarou: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede”.

 

(texto de João 6:24-35)

 

Toda ação de Jesus visava encaminhar as pessoas para Deus e fazê-las descobrir Sua vontade. Quando o Mestre operava milagres, não pretendia atrair para Si os olhares das multidões. Seu desejo era fazê-las perceber o amor de Deus atuando em suas vidas. Os milagres eram uma manifestação concreta deste amor. Daí um caminho de acesso para Deus.

Entretanto, o primeiro passo a ser dado na compreensão deste amor consistia em professar a fé em Jesus, na Sua condição de Filho enviado do Pai. Por outro lado, era também a primeira obra agradável a Deus.

Pressupondo a fé e considerando o objetivo da ação do Senhor, o discípulo não se enganaria na avaliação dos milagres, como aconteceu com a multidão saciada, na multiplicação dos pães. Em vão este povo foi procurar Jesus, talvez pretendendo ser novamente saciado. O Mestre alertou-o acerca desta busca equivocada, aconselhando-o a buscar o pão da vida, que permanece para sempre. Esse pão era o próprio Jesus. Quem O encontrasse, não teria mais fome ou sede. Não fome e sede físicas e, sim, fome e sede de Deus. Elas é que são essenciais.

Quem se alimenta do pão que é Jesus, ou seja, crê n’Ele, tem a vida eterna, porque se predispõe a fazer sempre a vontade de Deus. E, como Jesus, estará sempre pronto a fazer o milagre da partilha. Portanto, é inadiável aderir a Jesus pela fé.

É preciso seguir e crer em Jesus.

Dois discípulos, orientados por João Batista, se põem a seguir Jesus e, durante certo tempo, caminham atrás d’Ele em silêncio. De repente Jesus Se vira e lhes faz a pergunta decisiva: “O que vocês querem” (João 1:38). O que vocês esperam de mim? Eles responderam com outra pergunta: “Rabi, onde estás hospedado?” (João 1:38). Qual o segredo da Tua vida? De onde vens? O que é para Ti viver? Jesus lhes respondeu: “Venham e verão” (João 1:39). Façam vocês mesmos a experiência. Não busquem outra informação. Venham conviver comigo. Descobrirão Quem Sou e como posso transformar a sua vida.

Neste breve diálogo Jesus conseguiu lançar mais luz sobre o essencial da fé cristã do que por muitas palavras complicadas. Em última análise, Ele mostrou o que é decisivo para ser cristão.

Primeiro é preciso buscar: Quando alguém não busca nada na vida e se conforma com “ir levando”, não é possível encontrar-se com Jesus. O importante não é buscar algo, mas buscar Alguém. Se um dia sentimos que a pessoa de Jesus nos “toca”, é o momento de deixar-nos alcançar por Ele, sem resistências nem reservas. É preciso esquecer as dúvidas, doutrinas e esquemas. Ele não pede de nós que sejamos mais religiosos nem mais piedosos – só que O sigamos.

Portanto, não se trata de conhecer coisas sobre Jesus, mas de sintonizar-se com Ele, interiorizar Suas atitudes fundamentais e experimentar que Sua pessoa nos faça bem, reaviva nosso espírito e nos infunda força e esperança. O decisivo para ser cristão é tratar de viver como Ele vivia, ainda que seja de maneira pobre e simples. Olhar a vida como Jesus olhava, tratar as pessoas como Ele as tratava: escutar, acolher e acompanhar como Ele fazia. Confiar em Deus como Ele confiava, orar como Ele orava e, finalmente, transmitir esperança como Ele transmitia.

“Eis o Cordeiro de Deus” (João 1:29) – O que você busca em Jesus?

Seja frequentando a igreja ou não, são muitos os que vivem hoje perdidos no labirinto da vida, sem caminho e sem orientação. Alguns começam a sentir a necessidade de aprender a viver de maneira diferente, mais humana, mais sadia e mais digna. Encontrar-se com Jesus pode ser para eles a grande notícia. Jesus abre um novo horizonte para a nossa vida. Ensina a viver a partir de um Deus que quer para nós o melhor. Pouco a pouco Ele vai nos libertando de enganos, medos e egoísmos que estão nos bloqueando.

Quem se põe a caminho seguindo Jesus começa a recuperar a alegria e a sensibilidade para com os que sofrem. Começa a viver com mais verdade e generosidade, com mais sentido e esperança. Cada um de nós deve escutar seu próprio chamado, mas a todos pode fazer bem recordar coisas essenciais. Crer em Jesus Cristo não é ter uma opinião sobre Ele como também não é reduzi-Lo a uma ideia ou a um conceito. Afinal, Cristo é uma “presença viva”, é Alguém que está em nossa vida e com Quem podemos comunicar-nos na aventura de cada dia.

Para buscar pessoalmente a verdade de Jesus, não é preciso saber muito para entender a mensagem. Não é necessário dominar as técnicas mais modernas de interpretação. O decisivo é ir ao fundo dessa vida, a partir da própria experiência de cada um. Por isso se deve guardar Suas Palavras dentro do coração. Alimentar o gosto da vida com Seu fogo. Os primeiros cristãos viviam com esta ideia: ser cristão é “revestir-se de Cristo” (Gálatas 3:27) e reproduzir em si mesmo a Sua vida. Isto é essencial.

 

(Um texto do Padre Ari Antonio da Silva, amigo deste Blog)

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