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sábado, 25 de abril de 2015

A Simplicidade Profunda e Esmagadora de Jesus


          A cada dia mais me impressiona a simplicidade de Jesus em relação a tudo.
          Ele negou-Se a tratar de quase tudo o que a filosofia e a teologia tratam com avidez.
          A origem do mal, Ele simplesmente desprezou em qualquer que seja a explicação “metafísica”. Simplesmente disse que o mal existe. E o tratou com realidade óbvia.
          O problema da dor foi por Ele tratado com as mãos, não com palavras e discursos.
          As desigualdades sociais foram todas reconhecidas, mas não se O vê armando qualquer ação popular contra elas.
          Seus protestos eram todos ligados à perversão do coração, mas nunca se tornavam projeto político, ou passeatas, ou bandeiras.
          A “queda” não é objeto de nenhuma especulação da parte d’Ele. Bastava a todos ver as conseqüências dela.
          Sobre a morte, Sua resposta foi a paz e a vida eterna.
          Jamais tentou justificar o Pai de nada. Apenas disse que Ele é bom e justo.
          Mandou lutar contra os poderes da hipocrisia e do desamor, mas não deu nenhuma garantia de que se os venceria na Terra.
          Sua grande resposta à catástrofe humana foi a promessa de Sua vinda, e nada mais.
          Nunca pediu que se estabelecesse o Reino de Deus fora do homem, mas sempre dentro dele; pois, fora, o reino, por hora, era do príncipe deste mundo.
          Não buscou ninguém com poder a fim de ajudar qualquer coisa em Sua missão.
          Adulto, foi ao templo apenas para pregar aquilo que acabaria com o significado do templo como lugar de culto.
          Fez da vida o sagrado, e de todo homem um altar no qual Deus é servido em amor.
          Chamou o dinheiro de “deus”, mas Se serviu dele como simples meio.
          Pagou impostos; mas nunca cobrou nada de ninguém, exceto amor ao próximo.
          A morte para Ele não era a mesma coisa que é para nós. Morrer não era mal. Viver mal é que era mau.
          Em Seus ensinos Ele sempre parte do que existe como realidade e nega-Se a fazer qualquer viagem para aquém do dia de hoje.
          Para Ele o mundo se explicava pelas ações dos homens, e prescindia de análises; pois tudo era mais que óbvio.
          Não teologizou sobre nada. E todas as Suas respostas aos escribas e teólogos eram feitas de questões sobre a vida e seu significado agora; e sempre relacionado ao que se tem que ser e fazer.
          Quando indagado de onde vinha o “joio”, Ele simplesmente diz: “Um inimigo fez isso...” — referindo-se ao diabo.
          Prega a Palavra, e não tenta controlá-la.
          Vê pessoas crerem, mas não tem nenhuma fixação em fazê-las Suas seguidoras físicas e geográficas.
          Não tem pressa, embora saiba que o mundo precisa conhecer Sua Palavra.
          Cita as Escrituras sem nenhuma preocupação com autores, contextos ou momentos históricos.
          Arranca certezas da Palavra baseadas no verbo “ser” — aludindo ao fato de Deus ser Deus de vivos e não de mortos, pois, “para Ele todos vivem”.
          Ensina que a morte é o fundamento da vida, e tira dela o poder de matar, dando a ela a força das sementes que, ao morrerem, dão muito fruto.
          E assim Ele vai...
          E assim n’Ele é.
          N’Ele, para Quem a filosofia é a vida em amor.


          Um texto de Caio Fabio D’Araújo Filho

domingo, 19 de abril de 2015

Cuidar Para Não Cair


          1º Coríntios 10:12-13
          Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia! Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo lhes providenciará um escape, para que possam suportar.

          A chamada autoconfiança é muito importante. Junto a ela vem a auto-estima e tê-la em bom nível é sempre bom, e nada há no Evangelho que fale contra uma autoconfiança ou uma auto-estima em alta. Ser humilde é uma coisa; ter baixa auto-estima é outra. Ser manso de coração, como ensinava Jesus, é uma coisa; não ter autoconfiança é outra. Assim, autoconfiança e auto-estima são necessárias para uma boa caminhada, tanto na vida natural quanto no Evangelho – e, para o bom discípulo, uma coisa não se desliga da outra, ao contrário, são intrínsecas.
          Mas outra coisa – e essa é perigosa – é arrogância e prepotência. Nocivas, Jesus ensinava justamente contra elas, quando pregava a humildade e a mansidão. Pode ocorrer, quando achamos que estamos firmes, deixarmo-nos tomar pela arrogância ou pela prepotência. Não deveria, mas pode ocorrer. E é aí que o apóstolo Paulo nos ensina: cuide-se para que não caia! Não cairmos nas armadilhas do ego, do self, do si mesmo – que Jesus nos ensinou a negar para podermos segui-Lo – é um cuidado diário que devemos cultivar em nossas atenções.
          Paulo nos ensina que Deus não permitirá que sejamos tentados além do que podemos suportar. Essa é uma das nuances da fidelidade de Deus para conosco. A nossa nuance de fidelidade para com Ele deve ser justamente cuidarmo-nos.
          E, mesmo que sejamos tentados, Ele mesmo nos providenciará um escape, para que possamos suportar. O que quer dizer isso? Quer dizer que junto com o problema que se nos apresentar, o Senhor colocará uma rota de solução. Nada há nada que não tenha solução. Alguns, buscando colocar um certo tom de solucionismo nas coisas, costumam dizer que só a morte não tem solução. E, pasmemos, para Deus até a morte tem solução, uma vez que esta, em última instância, não existe, pois foi vencida por Cristo na cruz. 
          Podemos ser tentados por várias coisas, sabemos. Mas hoje gostaria de colocar uma que, em nosso século XXI, grassa à solta; na verdade, é um balaio de coisas que, juntas, podemos, sim, colocar num mesmo balaio: o balaio de doutrinas e filosofias confusas. Falo confusas e não falsas, pois a falsidade delas seria algo muito relativo, e não me julgo apto a dizer o que é falso. Sei o que é verdadeiro: Cristo. Mas não quero cair na armadilha da arrogância e da prepotência para dizer o que é falso. Prefiro chamar de confuso, como coloquei em linhas acima. Vou, a seguir – tentar – explicar.
          Posto que creiamos que em Deus não há confusão (Romanos 5:5), tudo o que difere de Deus pode ser confuso. E posto que creiamos que Deus Se nos personificou em Cristo, tudo o que difere de Cristo pode conter confusão. E hoje em dia há muita coisa pregada no campo espiritual que difere – e mesmo nega – Cristo. Quero, também, deixar registrado todo o meu respeito às religiosidades humanas – por exemplo, o budismo, o hinduísmo, o islamismo, cultos afros, etc. – que têm, cada uma delas, seus valores indiscutíveis. A elas, todo o meu respeito, pois o primeiro passo para vivermos o amor lecionado por Cristo é termos respeito às diversidades – todas elas.
          O que quero chamar de confusos, são aqueles ventos de doutrinas e ensinamentos, filosofias e gurus espirituais, que pregam caminhos onde o indivíduo, o self ou o ego, o si mesmo, podem encontrar o caminho do verdadeiro amor e o caminho para “deus” por si mesmos, sozinhos, apenas olhando para dentro de si mesmo. Ao invés de buscarem se encontrar em Deus, buscam encontrar “deus” em si mesmos. E coloco Deus em minúscula e entre aspas, pois me parece que esse “deus” é um bocado estranho.
          Não quero aqui fazer julgamento de valores – e nem estaria capacitado para tal –, apenas quero chamar a atenção de quem esteja lendo essas linhas para o perigo de sermos empurrados por toda sorte de ventos para tantos tipos de doutrinas e filosofias diversas, que – em última instância – podem causar confusão em nossas mentes e almas.
          Quero colocar aqui uma decisão pessoal, um norte pessoal que costumo seguir, e costumo me policiar para ver se não estou dele me desviando, tendo o cuidado para que minha bússola almática não aponte outro caminho: Cristo. É em direção a Cristo que a bússola da minha alma deve estar calibrada. Tudo o que for fora de Cristo, está fora da minha rota.
          Volto a dizer: é uma decisão pessoal, é o que é bom para mim, é o que eu escolhi. Mas fiz essa escolha baseado na segurança da navegação da vida. Cristo é meu porto seguro, para usar uma expressão poética. É para Ele que olho em meus passos, caminhando o caminho da vida, navegando os mares da existência. Tudo o que for fora de Cristo, para mim, é rota confusa, é navegar permitindo-se ser jogado pelas ondas e levado por todo tipo de vento de doutrinas. É permitir-se ser jogado contra um rochedo ou um iceberg perambulante, sem ter chance de sobrevida. É saber que, fora de Cristo, o barco pode naufragar.
          Para mim, o seguro é Cristo; o confuso não me interessa.
          A você, que teve paciência para chegar a essa altura do texto, convido para refletir sobre isso. Reflita, pense, pondere, sinta, escolha e decida. É a sua vida que está em jogo. É isso. Obrigado!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 12 de abril de 2015

Jesus no Antigo Testamento


          Vejam, o meu servo agirá com sabedoria; será engrandecido, elevado e muitíssimo exaltado.
          Assim como houve muitos que ficaram pasmados diante dele; sua aparência estava tão desfigurada, que ele se tornou irreconhecível como homem; não parecia um ser humano; de igual modo ele aspergirá muitas nações, e reis calarão a boca diante dele. Pois aquilo que não lhes foi dito verão, e o que não ouviram compreenderão.
          Quem creu em nossa mensagem? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?
          Ele cresceu diante dele como um broto tenro, e como uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada havia em sua aparência para que o desejássemos.
          Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.
          Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.
          Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para seu próprio caminho; e o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido; e, contudo, não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca. Com julgamento opressivo ele foi levado. E quem pode falar dos seus descendentes? Pois ele foi eliminado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado. Foi lhe dado um túmulo com os ímpios, e com os ricos em sua morte, embora não tivesse cometido nenhuma violência nem houvesse nenhuma mentira em sua boca.
          Contudo, foi da vontade do SENHOR esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e embora o SENHOR tenha feito da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do SENHOR prosperará em sua mão.
          Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e levará a iniquidade deles. Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes, porquanto ele derramou sua vida até a morte, e foi contado entre os transgressores.
          Pois ele levou os pecados de muitos e pelos transgressores intercedeu.
   
          (Texto de Isaías 52:13 a 53:12)

          Centenas de anos antes do surgimento de Jesus Cristo, o profeta Isaías descrevia com incrível exatidão o sofrimento, a morte e a ressurreição do Messias, bem como o valor do Seu sacrifício. Talvez ele – Isaías – nem tivesse claro em sua mente sobre o que escrevia, mas não se fez de surdo àquilo que o Senhor colocava em seu coração para predizer. Ele o fez por fé. Assim com por fé nós andamos e vivemos.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Peças de Dominó


2º Pedro 1:5-7
          Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor.


Nesta vida que é única,
nos revestimos da túnica
que nos envolve em aura de fé.
Para quem acha que a vida é um jogo,
pode ser um jogo, até.
Jogue bem, domine o dominó da vida.
Sequencie uma peça à outra,
obtenha boa sequência,
pontuando bem na sua vivência.
          Acrescente à sua a virtude;
          à virtude, o conhecimento.
          O domínio próprio em todo momento.
          Ao domínio próprio, encoste a perseverança.
          Em seguida, a peça da piedade
          e, a esta, encoste a fraternidade.
          E ganhe o jogo com o amor.
Jogue assim e não há como perder!
Cada um irá conhecer
o potencial imperativo
(pode até ser hiper ativo).
Cada um será produtivo
com as peças que dá o Senhor.


Kurt Hilbert