Pesquisar neste blog

domingo, 19 de abril de 2015

Cuidar Para Não Cair


          1º Coríntios 10:12-13
          Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia! Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo lhes providenciará um escape, para que possam suportar.

          A chamada autoconfiança é muito importante. Junto a ela vem a auto-estima e tê-la em bom nível é sempre bom, e nada há no Evangelho que fale contra uma autoconfiança ou uma auto-estima em alta. Ser humilde é uma coisa; ter baixa auto-estima é outra. Ser manso de coração, como ensinava Jesus, é uma coisa; não ter autoconfiança é outra. Assim, autoconfiança e auto-estima são necessárias para uma boa caminhada, tanto na vida natural quanto no Evangelho – e, para o bom discípulo, uma coisa não se desliga da outra, ao contrário, são intrínsecas.
          Mas outra coisa – e essa é perigosa – é arrogância e prepotência. Nocivas, Jesus ensinava justamente contra elas, quando pregava a humildade e a mansidão. Pode ocorrer, quando achamos que estamos firmes, deixarmo-nos tomar pela arrogância ou pela prepotência. Não deveria, mas pode ocorrer. E é aí que o apóstolo Paulo nos ensina: cuide-se para que não caia! Não cairmos nas armadilhas do ego, do self, do si mesmo – que Jesus nos ensinou a negar para podermos segui-Lo – é um cuidado diário que devemos cultivar em nossas atenções.
          Paulo nos ensina que Deus não permitirá que sejamos tentados além do que podemos suportar. Essa é uma das nuances da fidelidade de Deus para conosco. A nossa nuance de fidelidade para com Ele deve ser justamente cuidarmo-nos.
          E, mesmo que sejamos tentados, Ele mesmo nos providenciará um escape, para que possamos suportar. O que quer dizer isso? Quer dizer que junto com o problema que se nos apresentar, o Senhor colocará uma rota de solução. Nada há nada que não tenha solução. Alguns, buscando colocar um certo tom de solucionismo nas coisas, costumam dizer que só a morte não tem solução. E, pasmemos, para Deus até a morte tem solução, uma vez que esta, em última instância, não existe, pois foi vencida por Cristo na cruz. 
          Podemos ser tentados por várias coisas, sabemos. Mas hoje gostaria de colocar uma que, em nosso século XXI, grassa à solta; na verdade, é um balaio de coisas que, juntas, podemos, sim, colocar num mesmo balaio: o balaio de doutrinas e filosofias confusas. Falo confusas e não falsas, pois a falsidade delas seria algo muito relativo, e não me julgo apto a dizer o que é falso. Sei o que é verdadeiro: Cristo. Mas não quero cair na armadilha da arrogância e da prepotência para dizer o que é falso. Prefiro chamar de confuso, como coloquei em linhas acima. Vou, a seguir – tentar – explicar.
          Posto que creiamos que em Deus não há confusão (Romanos 5:5), tudo o que difere de Deus pode ser confuso. E posto que creiamos que Deus Se nos personificou em Cristo, tudo o que difere de Cristo pode conter confusão. E hoje em dia há muita coisa pregada no campo espiritual que difere – e mesmo nega – Cristo. Quero, também, deixar registrado todo o meu respeito às religiosidades humanas – por exemplo, o budismo, o hinduísmo, o islamismo, cultos afros, etc. – que têm, cada uma delas, seus valores indiscutíveis. A elas, todo o meu respeito, pois o primeiro passo para vivermos o amor lecionado por Cristo é termos respeito às diversidades – todas elas.
          O que quero chamar de confusos, são aqueles ventos de doutrinas e ensinamentos, filosofias e gurus espirituais, que pregam caminhos onde o indivíduo, o self ou o ego, o si mesmo, podem encontrar o caminho do verdadeiro amor e o caminho para “deus” por si mesmos, sozinhos, apenas olhando para dentro de si mesmo. Ao invés de buscarem se encontrar em Deus, buscam encontrar “deus” em si mesmos. E coloco Deus em minúscula e entre aspas, pois me parece que esse “deus” é um bocado estranho.
          Não quero aqui fazer julgamento de valores – e nem estaria capacitado para tal –, apenas quero chamar a atenção de quem esteja lendo essas linhas para o perigo de sermos empurrados por toda sorte de ventos para tantos tipos de doutrinas e filosofias diversas, que – em última instância – podem causar confusão em nossas mentes e almas.
          Quero colocar aqui uma decisão pessoal, um norte pessoal que costumo seguir, e costumo me policiar para ver se não estou dele me desviando, tendo o cuidado para que minha bússola almática não aponte outro caminho: Cristo. É em direção a Cristo que a bússola da minha alma deve estar calibrada. Tudo o que for fora de Cristo, está fora da minha rota.
          Volto a dizer: é uma decisão pessoal, é o que é bom para mim, é o que eu escolhi. Mas fiz essa escolha baseado na segurança da navegação da vida. Cristo é meu porto seguro, para usar uma expressão poética. É para Ele que olho em meus passos, caminhando o caminho da vida, navegando os mares da existência. Tudo o que for fora de Cristo, para mim, é rota confusa, é navegar permitindo-se ser jogado pelas ondas e levado por todo tipo de vento de doutrinas. É permitir-se ser jogado contra um rochedo ou um iceberg perambulante, sem ter chance de sobrevida. É saber que, fora de Cristo, o barco pode naufragar.
          Para mim, o seguro é Cristo; o confuso não me interessa.
          A você, que teve paciência para chegar a essa altura do texto, convido para refletir sobre isso. Reflita, pense, pondere, sinta, escolha e decida. É a sua vida que está em jogo. É isso. Obrigado!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

Nenhum comentário:

Postar um comentário