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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

II Tessalonicenses



Chave: a segunda vinda de Cristo.
O portador da primeira epístola aos Tessalonicenses trouxe a Paulo notícias referentes ao crescimento espiritual dos crentes. Paulo sentiu-se profundamente consolado com o relatório.
Além disso, o relatório apresentado ao apóstolo dizia que um ensino errôneo, atribuído a Paulo, já havia chegado a Tessalônica por meio de uma carta falsificada ou devido a informações orais ou escritas tratando de seu ensino. Alguns sustentavam que as tribulações e perseguições que eles sofriam eram as tribulações do dia do Senhor, e em consequência disso haviam sido excluídos da trasladação, ou então Paulo havia comunicado ensinos errôneos (I Tessalonicenses 4:13 – 5:10).
Paulo escreve-lhes a segunda epístola para felicitá-los por seu crescimento espiritual (1:3-4); para consolá-los em suas perseguições (1:5-10); para transmitir-lhes a informação correta e acalmar os temores acerca do dia do Senhor (2:1-12); e para corrigir a conduta desordenada na igreja (3:6-15).
Pela semelhança das condições nas duas epístolas, chega-se à conclusão de que o apóstolo Paulo escreveu a segunda epístola pouco depois da primeira, provavelmente dentro de um período de poucos meses. Foi escrita de Corinto no ano 51 d.C.

J. Dwight Pentecost

domingo, 27 de outubro de 2019

Jesus é Sempre Solidário Com os Pecadores



As chamadas “parábolas da misericórdia” ilustram a atitude de Deus, bem como a de Jesus, em relação aos pecadores. E constitui-se numa chamada de atenção para os discípulos.
A preocupação principal de Deus Pai em relação à humanidade é que todo ser humano obtenha a salvação. Quem está mais pervertido pelo pecado, obviamente é olhado com especial atenção. É preciso abrir para eles perspectivas de uma vida nova, fundada no amor e na solidariedade. Daí o esforço de Jesus para acolhê-los, fazer-Se próximo deles e apresentar-lhes o projeto de vida almejado pelo Pai.
E mais, procurar ajudá-los a superar o preconceito de que são vítimas, mostrando-lhes como o Pai é o maior interessado na conversão deles, pois Se alegra quando alguém consegue mudar de vida, rompendo com o passado pecaminoso. A imagem do Deus furioso e vingativo é substituída pela imagem do Pai clemente e misericordioso, que pacientemente espera a volta do pecador arrependido.
A familiaridade de Jesus com os pecadores chocava-se com a ortodoxia religiosa do Seu tempo. Ele Se recusava a cultivar o ideal de ver separados os justos dos pecadores, os bons dos maus. Antes, imitando a misericórdia divina, tudo fazia para que os pecadores voltassem à casa paterna. Aí descobririam a alegria do Pai, ao vê-los de volta.

Um texto do Padre Ari Antonio da Silva, amigo deste Blog.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

I Tessalonicenses



Chave: a segunda vinda de Cristo.
A igreja de Tessalônica, fundada por Paulo durante sua segunda viagem missionária (Atos 17), compunha-se de convertidos judeus, gregos devotos, mulheres nobres (Atos 17:4), e de muitos gentios que tinham vivido no paganismo.
Depois de deixar Tessalônica (Atos 17:10), o apóstolo Paulo enviou Timóteo a fazer-lhes uma visita (3:1-3); mais tarde o citado discípulo leva um relatório a Paulo em Corinto. Muitos tessalonicenses sentiam-se desconsolados pela morte de entes queridos (4:13-17). Alguns estavam ociosos (4:11) e até viviam desordenadamente (5:14). Alguns se sentiam tentados a voltar aos vícios pagãos (4:1-18). A perseguição era forte (3:3-4). Alguns punham em dúvida os motivos e o caráter de Paulo (2:1-12), outros ansiavam por sua presença (3:6).
Respondendo ao relatório que Timóteo lhe entregara, o apóstolo Paulo escreve de Corinto para felicitar os crentes por sua fé (1:2-10); para defender seu apostolado (2:1-12); para unir-se a si mesmo à igreja mediante vínculos mais estreitos (2:17 a 3:10); para exortá-los à pureza moral, ao amor fraternal e à diligência no trabalho quotidiano (4:1-12); para consolá-los em sua solicitude pelos seus entes amados que haviam morrido (4:13-17); para assegurar-lhes seu livramento do juízo que se avizinhava em virtude do dia do Senhor (5:1-5); para exortá-los à vigilância (5:6-11) e para praticarem uma conduta ordenada na assembleia e na vida diária (5:12-23).
As epístolas aos Tessalonicenses são importantes, não só porque figuram entre as primeiras cartas de Paulo, mas também porque revelam muito do caráter do ministério do apóstolo e das condições prevalecentes na igreja, e porque contém tantos ensinos relativos à segunda vinda de Cristo.
No prefácio e saudação (1:1) afirma-se a autoria de Paulo, tendo como seus companheiros Silvano e Timóteo. A opinião unânime dos comentaristas da Bíblia é de que o apóstolo Paulo é o autor das epístolas aos Tessalonicenses. A primeira epístola foi escrita de Corinto, no ano 51 d.C.

J. Dwight Pentecost

domingo, 20 de outubro de 2019

Livramentos Divinos


Bendirei o SENHOR o tempo todo! Os meus lábios sempre o louvarão. Minha alma se gloriará no SENHOR; ouçam os oprimidos e se alegrem. Proclamem a grandeza do SENHOR comigo; juntos exaltemos o seu nome.
Busquei o SENHOR, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores. Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção. Este pobre homem clamou, e o SENHOR o ouviu; e o libertou de todas as suas tribulações. O anjo do SENHOR é sentinela ao redor daqueles que o temem, e os livra.
Provem, e vejam como o SENHOR é bom. Como é feliz o homem que nele se refugia! Temam o SENHOR, vocês que são os seus santos, pois nada falta aos que o temem. Os leões podem passar necessidade e fome, mas os que buscam o SENHOR de nada têm falta.
Venham, meus filhos, ouçam-me; eu lhes ensinarei o temor do SENHOR. Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade. Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança. Os olhos do SENHOR voltam-se para os justos e os seus ouvidos estão atentos ao seu grito de socorro; o rosto do SENHOR volta-se contra os que praticam o mal, para apagar da terra a memória deles.
Os justos clamam, o SENHOR os ouve e os livra de todas as suas tribulações. O SENHOR está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido.
O justo passa por muitas adversidades, mas o SENHOR o livra de todas; protege todos os seus ossos; nenhum deles será quebrado(a).
A desgraça matará os ímpios; os que odeiam o justo serão condenados. O SENHOR redime a vida dos seus servos; ninguém que nele se refugia será condenado.

(Texto do Salmo 34, composto por Davi)

(a) Um comentário: a parte de que “nenhum de seus ossos será quebrado” já é uma alusão a Cristo que, na cruz, não teve as pernas quebradas, o que era comum ser feito àqueles que eram crucificados, para terem certeza da sua morte.

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Colossenses


Chave desta epístola: “Cristo é tudo” (3:11).
Os colossenses dispensavam exagerada atenção à observância de ritos e cerimônias, e também se davam a alguma forma de adoração de anjos. Estavam, pois, contaminados por uma heresia que aparentemente contava com elementos tanto judeus como gnósticos.
Paulo ocupa-se do problema ao apresentar-lhes o Cristo incomparável. Em uma notável passagem, o apóstolo fala do que o Senhor Jesus Cristo realizou na redenção e reconciliação, e também se refere à preeminência do Senhor.
Cristo é a imagem do Deus invisível. Por Ele todas as coisas foram criadas. Ele é a cabeça da igreja. Assim, o apóstolo Paulo apresenta-lhes o Cristo que ele prega. Em virtude da excelência de Cristo e de que Ele lhes comprou a salvação, Paulo pode rogar-lhes que se abstenham das sutilezas em que viviam.
Estabelece um contraste entre a nova vida em Cristo e sua antiga forma pecaminosa de viver, e insta-os a praticar as virtudes cristãs. Visto que são crentes, devem pautar todas as suas relações segundo a fé cristã. De maneira que fala das relações que devem existir entre marido e mulher, filhos e pais, escravos e senhores. Lembra-lhes que o crente deve comportar-se sabiamente perante os incrédulos. A carta termina com uma série de saudações.
A carta afirma ser escrita por Paulo (1:1). Tem o estilo de Paulo e expressa as ideias do apóstolo. Foi escrita da prisão (4:18) que, segundo muitos, foi o encarceramento em Roma, na fase final de sua vida.

Leon Morris

domingo, 13 de outubro de 2019

Por Que Deus Usa Coisas e Pessoas Fracas?


Deus usa homens fracos e Deus usa circunstâncias fracas também, circunstâncias sem importância alguma aos olhos humanos. Começando por João Batista, quem iria se interessar por alguém pregando num deserto? Se João Batista fosse o criador de uma religião, ele iria para um lugar bem movimentado, como a rua principal da cidade para fazer sua pregação, mas ele pregava num deserto. Deus o colocou em um deserto para pregar e, no primeiro capítulo de Marcos, versículo 14, encontramos esse mesmo João Batista na prisão. Ora, o que João está fazendo em uma prisão?
Deus permitiu que João fosse preso e, se Deus permitiu que João fosse preso, ele tinha um propósito para Deus ali na prisão. A Bíblia não diz, mas por outra passagem podemos ter uma ideia do que João ficava fazendo na prisão. João era um profeta de Deus, João era um testemunho de Deus na terra e, certamente, ele não ficou quieto na prisão; ele deve ter influenciado a muitos ali, pregando o Evangelho do Reino como ele já fazia no deserto.
Vemos muitos, depois, em Atos dos Apóstolos, que eram discípulos de João Batista, muitos que tinham escutado dele o Evangelho. E quando eu digo que temos na Bíblia referências ou situações para tentar imaginar o que João fazia na prisão, é só pensarmos em José na prisão no Egito. Ali ele fez um trabalho para Deus, testemunhou de Deus, foi usado por Deus na prisão, antes mesmo de ser libertado e elevado a vice-rei de todo o Egito.
Lembramos também de Paulo e Silas na prisão. Ali eles cantavam hinos e oravam a Deus. E o que acontece? Deus faz acontecer um terremoto, as portas da prisão se abrem, eles saem, o carcereiro está prestes a se suicidar, mas acaba se convertendo a Cristo. Isso foi em Filipos, e hoje temos a carta aos Filipenses. Provavelmente essa igreja dos Filipenses deve ter começado ou na casa do carcereiro de Filipos, ou na casa de Lídia, vendedora de púrpura, também daquela cidade. Ela também se converteu ali, quando Paulo foi a um lugar que, aos olhos humanos, seria um lugar desprezível, a beira de um rio onde as mulheres oravam.
Paulo e Silas poderiam ter ido à praça principal, à sinagoga, ao teatro da cidade, mas foram à beira de um rio onde as mulheres oravam. Ali começa aquela assembleia, naquela cidade de Filipos, a primeira assembleia da Europa.
Temos também o caso do próprio Filipe, o Evangelista, que Deus envia. O Espírito Santo o levou a uma estrada e a estrada estava deserta. Ora, por que Deus mandaria alguém para uma estrada deserta? Porque tinha ali um eunuco que iria escutar o Evangelho. Então as coisas aos olhos de Deus são diferentes da avaliação humana. Nós não nos preocuparíamos em mandar Filipe para uma estrada deserta. O que ele iria fazer lá? Não tinha nada lá.
Existe uma passagem em que o Senhor Jesus fala que importava para Ele passar por Samaria e por isso Ele vai a Samaria, um lugar aonde os judeus não iam. Os judeus, quando precisavam viajar, davam a volta em Samaria, eles não cruzavam Samaria, porque eles não se davam com os samaritanos. Mas era justamente naquele lugar, em um horário improvável, que era no meio do dia, quando os poços ficavam desertos porque as mulheres normalmente tiravam água logo cedo de manhã antes que o sol ficasse muito quente, que Ele vai se encontrar com aquela samaritana à beira daquele poço no capítulo 4 do Evangelho de João.
Talvez a maior parte das cartas que Paulo escreveu ele escreveu preso. A carta aos Filipenses ele escreveu preso, as cartas a Timóteo ele escreveu preso, várias cartas dele foram escritas na prisão. Que proveito teria Deus em permitir que um apóstolo seu fosse preso? Ora, dar tempo a ele, deixá-lo ter tempo para escrever as cartas que depois seriam grande parte da Palavra de Deus do Novo Testamento. 
O que seria da finalização do Novo Testamento se não fosse um João preso na ilha de Patmos? Isolado de todo mundo, velhinho, sozinho naquela ilha para Deus lhe revelar essa carta que é o Apocalipse, a revelação dada a João. Portanto, Deus usa as circunstâncias menos importantes aos olhos humanos. Ele não se importa com as situações.
O Senhor Jesus toma a dianteira no anúncio do Evangelho do Reino e passa a pregar, e depois Ele já convoca os discípulos para pregarem com Ele. Pessoas comuns, nós os vemos costurando redes, outros pescando; pessoas comuns, mas uma coisa que acontece quando Deus chama é que eles largam suas redes, eles largam imediatamente as suas redes. Diz que “deixando logo as suas redes, o seguiram”. 
Essa palavra “logo” vai aparecer muitas vezes no Evangelho de Marcos. Aliás, se você fizer uma pesquisa numa Bíblia eletrônica, apesar de ser o Evangelho de Marcos um Evangelho menor em extensão, este é o Evangelho em que aparecem mais vezes a palavra “logo”. Isso é interessante, pois está falando de Jesus como servo, e um servo, para ser um servo eficiente, tem de ir “logo” fazer as coisas, tudo tem que acontecer “logo” quando se fala de um servo. Portanto, eles “logo” largam suas redes. Quando a sogra de Simão estava deitada, eles “logo” falam a ela, depois ela se levanta e vai servir, fazendo o papel de uma serva.
Mas esse deixar as redes, é importante pensarmos nisso, pois às vezes temos também redes que nos prendem, atividades que nos seguram, que nos privam de fazer alguma coisa na obra do Senhor.
Quando eu falo em obra do Senhor, pode parecer que preciso ir à África pregar o Evangelho. Não, a obra do Senhor se faz em casa, se faz nos filhos, se faz no trabalho, no cafezinho com o colega, sempre existe uma oportunidade de testemunharmos de Cristo. Às vezes até sem palavras, como ensina Pedro das mulheres com maridos incrédulos, que elas pudessem testemunhar sem palavras, apenas pelo seu porte, pela sua maneira de ser. Mas muitas vezes deixamos que as redes nos segurem, nos prendam, ou em atividades como consertar as redes, que é a atividade dos outros que são chamados aqui. Mas eles não; eles foram “logo”, eles saem “logo”, seguindo o Senhor e atendendo o chamado do Senhor.

Um texto de Mario Persona

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Filipenses



Esta é uma das cartas mais pessoais do apóstolo Paulo. Basta que observemos a frequência da construção verbal da primeira pessoa do singular. O apóstolo escrevia a um grupo de amigos aos quais amava profundamente. Esta carta não se presta com facilidade a um esboço sistemático. Nela destaca-se com caracteres nítidos a solicitude de Paulo por estes crentes. Escreve-lhes, não tanto como o apóstolo fundador da igreja em Filipos, mas como seu pai em Cristo. Observa-se a diferença na saudação: não diz aqui “Paulo, apóstolo...”, sua introdução costumeira; diz, antes: “Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo...”.
A nota dominante desta breve epístola é a alegria. E isto se faz mais notável ainda se levarmos em conta o fato de que Paulo a escrevia da prisão. As circunstâncias imediatas que rodeiam o crente não devem constituir-se em fatores que determinem sua atitude com respeito à vida em geral.
As notas gêmeas de humildade e solicitude pelos outros também são muito evidentes. Em vista do que Cristo realizou, não há lugar para a soberba no coração do filho de Deus. Em virtude do profundo exemplo lançado por Cristo, Seus seguidores jamais devem adotar conduta egoísta.
Esta carta contém muito pouca teologia no sentido habitual que se dá a este termo. Contudo, uma exceção digna de nota é a grande passagem sobre a humilhação e exaltação de Cristo (2:5-11). Igualmente, a carta proporciona pouquíssimas instruções sobre ética. A carta contém advertências diretas e breves acerca dos que haviam causado ao apóstolo tantas dificuldades em outros lugares (3:2), porém não se refuta o erro teológico, nem se censuram com vigor as faltas dentro da igreja.
Presentemente, a opinião quase universalmente aceita é a de que Paulo foi quem escreveu esta epístola. Foi escrita da prisão, porém não se menciona o lugar onde estava a dita prisão. Três localidades têm sido sugeridas: Roma, Cesareia e Éfeso. Tradicionalmente, acredita-se que foi em Roma que o apóstolo a escreveu. Se situarmos a escritura desta carta próxima do encarceramento do apóstolo, a data seria por volta do ano 62 d.C.

Ralph A. Gwinn

domingo, 6 de outubro de 2019

Os Fracos e os Fortes



Aceitem o que é fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos. Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais. Aquele que come de tudo não deve desprezar o que não come, e aquele que não come de tudo não deve condenar aquele que come, pois Deus o aceitou. Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está em pé ou cai. E ficará em pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar.
Há quem considere um dia mais sagrado que outro; há quem considere iguais todos os dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente. Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne, come para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se abstém, e dá graças a Deus. Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor.
Por esta razão Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor de vivos e de mortos. Portanto, você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. Porque está escrito: “‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor, ‘diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus’”(a).
Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.
Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão. Como alguém que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que nenhum alimento é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o considere; para ele é impuro. Se o seu irmão se entristece devido ao que você come, você já não está agindo por amor. Por causa da sua comida, não destrua seu irmão, por quem Cristo morreu. Aquilo que é bom para vocês não se torne objeto de maledicência. Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.
Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua. Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair.
Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvida é condenado se comer, porque não come com fé; e tudo o que não provém da fé é pecado.
Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo. Pois também Cristo não agradou a si próprio, mas, como está escrito: “Os insultos daqueles que te insultam caíram sobre mim”(b). Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança.
O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus.

(Texto de Romanos 14:1 a 15:7)

(a)  Isaías 45:23
(b)  Salmo 69:9

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Efésios



A epístola aos Efésios apresenta, de modo geral, doutrina na primeira metade e exortação na segunda; contudo, esta divisão não é absoluta. O discurso doutrinal é ocasionado pela situação prática, e as exortações se acham adornadas com formosas verdades.
O louvor inicial é de regozijo pelo plano de Deus para com os que creem, mediante a redenção efetuada por Jesus Cristo e pela obra do Espírito Santo. Fazendo uma pausa para pronunciar duas orações (1:15-23 e 3:14-19), o apóstolo Paulo explica com minúcias as inferências e significados da redenção no que se refere a estar livre do pecado, à nova vida de vitória, e ao mistério da unidade de todos os que creem e sua união com Cristo.
Na segunda metade apresentam-se inferências de caráter ético segundo a unidade cristã, o novo andar, o amor, a humildade, as relações humanas construtivas, e a luta vitoriosa contra o mal, mediante a completa dependência das realidades espirituais.
Sem dúvida alguma, o apóstolo Paulo é o autor desta epístola. Nenhum dos antigos intérpretes da Bíblia parece discordar desta opinião. Conquanto a epístola tenha sido escrita também com a intenção de que circulasse entre outras igrejas da Ásia, não resta dúvida de que o autor tinha em mente, ao escrevê-la, a igreja que ele fundara na grande metrópole de Éfeso. Tanto o manuscrito como a doutrina nos ministram que a epístola esteve relacionada com a igreja de Éfeso desde época antiquíssima. Parece que o apóstolo escreveu essa carta quando estava encarcerado em Roma, quase ao mesmo tempo em que escreveu as epístolas a Filemon e aos Colossenses, e que foi enviada por meio do mesmo amigo, Tíquico, que o estivera visitando (ano 62 ou 63 d.C.).

Wilber T. Dayton