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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Efésios



A epístola aos Efésios apresenta, de modo geral, doutrina na primeira metade e exortação na segunda; contudo, esta divisão não é absoluta. O discurso doutrinal é ocasionado pela situação prática, e as exortações se acham adornadas com formosas verdades.
O louvor inicial é de regozijo pelo plano de Deus para com os que creem, mediante a redenção efetuada por Jesus Cristo e pela obra do Espírito Santo. Fazendo uma pausa para pronunciar duas orações (1:15-23 e 3:14-19), o apóstolo Paulo explica com minúcias as inferências e significados da redenção no que se refere a estar livre do pecado, à nova vida de vitória, e ao mistério da unidade de todos os que creem e sua união com Cristo.
Na segunda metade apresentam-se inferências de caráter ético segundo a unidade cristã, o novo andar, o amor, a humildade, as relações humanas construtivas, e a luta vitoriosa contra o mal, mediante a completa dependência das realidades espirituais.
Sem dúvida alguma, o apóstolo Paulo é o autor desta epístola. Nenhum dos antigos intérpretes da Bíblia parece discordar desta opinião. Conquanto a epístola tenha sido escrita também com a intenção de que circulasse entre outras igrejas da Ásia, não resta dúvida de que o autor tinha em mente, ao escrevê-la, a igreja que ele fundara na grande metrópole de Éfeso. Tanto o manuscrito como a doutrina nos ministram que a epístola esteve relacionada com a igreja de Éfeso desde época antiquíssima. Parece que o apóstolo escreveu essa carta quando estava encarcerado em Roma, quase ao mesmo tempo em que escreveu as epístolas a Filemon e aos Colossenses, e que foi enviada por meio do mesmo amigo, Tíquico, que o estivera visitando (ano 62 ou 63 d.C.).

Wilber T. Dayton

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