Pesquisar neste blog

domingo, 25 de junho de 2023

124 – Do Sinai a Canaã


 

Após receberam a lei de Deus no monte Sinai, os israelitas estão prontos para entrar na “terra prometida”. Canaã era uma região rica, com uma enorme floresta de cedros e vales férteis. Um grupo de doze homens, que foram na frente para espionar a região, descreveu Canaã como uma “terra onde manam leite e mel”. Entretanto, os israelitas ficaram com medo do povo que lá vivia e se recusaram a entrar em Canaã. Como resultado da desobediência a Deus, ficaram vagando no deserto, sem um lar, durante quarenta anos.

 

Quarenta anos no deserto

Deus determinou que aqueles que rejeitassem Canaã não viveriam para vê-la. Os israelitas permaneceram no deserto até que nasceu toda uma nova geração. Durante essa época, usaram um local chamado Cades como acampamento. Após a morte de Arão no monte Hor (Números 33:37-38), seguiram em direção ao norte, para as planícies de Moabe, viajando a leste do rio Jordão.

 

O povo de Canaã

Canaã era habitada por muitas tribos diferentes.

Os sidônios eram fenícios da cidade-estado de Sidon, um centro comercial da costa noroeste.

Os hititas, um povo da Ásia Menor, haviam, outrora, dominado grande parte de Canaã. Nos tempos de Moisés, estavam instalados em volta do monte Hebron.

Os jebuseus eram os habitantes originais de Jebus, que, posteriormente, se tornaria Jerusalém.

Os enaquins eram uma raça de pessoas de grande estatura – chamados algumas vezes até de gigantes. Instalaram-se na região em torno da Filístia, em cidades como Gaza e Ascalom.

Os heveus viviam nas cercanias das montanhas do Líbano. Adoravam deuses indianos como Mitra e sofriam uma forte influência dos hititas.

Os amorreus tinham um extenso reino que, gradualmente, formou cidades-estado através da Síria e da Palestina. Um povoamento a leste do rio Jordão foi destruído pelos israelitas, antes da entrada na “terra prometida”. O termo “amorreu” costumava ser empregado como um termo genérico para descrever todas as tribos cananéias.

 

Tribos da Transjordânia

Além dos cananeus, os israelitas tinham também se defrontado com tribos que povoavam a Transjordânia, a leste do rio Jordão. Originalmente, esses povos eram aparentados dos israelitas.

Os midianitas eram os descendentes de Midiã, filho de Abraão com a sua concubina Quetura. Habitantes do deserto, residiam na área leste de Moabe e Edom.

Os moabitas descendiam de Moabe, filho de Ló.

Os edomitas descendiam de Esaú, o irmão gêmeo de Jacó. Edom era outro nome para Esaú. Seu território se estendia ao sul de Moabe. Em anos posteriores, migraram para o sul de Jerusalém, para uma área que se tornou a Iduméia.

Os amalequitas descendiam de Amaleque, neto de Esaú. Esse povo foi o primeiro a atacar os israelitas.

 

As doze tribos de Israel

As doze tribos que povoaram a “terra prometida” acabaram recebendo seus territórios segundo a bênção de Jacó (Gênesis cap. 49).

No antigo Oriente Médio, as últimas palavras de um pai eram consideradas o seu testamento. Em geral, o filho mais velho recebia uma parte em dobro das propriedades do pai, em relação aos irmãos mais novos. Mas Jacó destinou terras e atribuições aos seus descendentes não de acordo com a tradição, mas com a revelação de Deus feita a ele. Posteriormente, as tribos ficaram associadas a emblemas, alguns dos quais tirados da bênção.

Rúben não herdou a sua “parte em dobro”, como filho mais velho, pois desonrara seu pai ao dormir com a concubina de Jacó. A tribo de Rúben instalou-se no lado oriental do Mar Morto.

Simeão, juntamente com Levi, havia matado todos os homens de Siquém, porque a sua irmã fora violentada pelo filho do governante da cidade. Jacó condenou essa chacina e não dotou de terras Simeão e Levi. As pessoas da tribo de Simeão, apesar de inicialmente terem se instalado ao sul de Judá, depois acabaram se espalhando por esta região.

Judá tornou-se a tribo mais importante. Jacó chamava Judá de “um filhote de leão”. A tribo se instalou na região montanhosa do sul. O rei Davi descende de Judá. No Apocalipse, Jesus, que era da linhagem de Davi, é chamado de “o Leão da tribo de Judá” (Apocalipse 5:5).

Zebulom “viverá à beira do mar”. As palavras de Jacó sugerem que, originalmente, essa tribo se estabeleceu ao longo da costa.

Issacar é descrito como um “jumento forte” que se “submete ao trabalho forçado”. A tribo de Issacar ficou com as terras entre os montes Gilboa e Tabor. Essa fértil região vivia sendo invadida pelos cananeus.

“será uma serpente à beira da estrada”. Essa tribo, apesar de muito pequena, era formada por homens corajosos e destemidos. Conquistaram a cidade cananéia de Laís e a rebatizaram de Dã.

Gade “será atacado por um bando de assaltantes, mas ele os atacará logo em seguida”. A tribo de Gade estava instalada ao norte do Mar Morto. Os moabitas e os amonitas, localizados nas fronteiras ao sul e ao leste, viviam em constante guerra com ela.

Aser “fornecerá iguarias dignas de um rei”. Esta tribo instalou-se nas férteis terras de cultivo do norte, perto do Mar Mediterrâneo.

Naftali “é uma corça em liberdade que dá lindos filhotes”. Esta tribo instalou-se nas famosas florestas de cedro, nas proximidades do Líbano.

Efraim e Manassés herdaram a parte em dobro do seu pai José, o filho favorito de Jacó. Jacó adotou os dois filhos de José como seus filhos. A tribo de Efraim instalou-se na região montanhosa centro-sul e tornou-se a mais poderosa do Reino do Norte, durante a divisão da monarquia de Israel (930 – 722 a.C.).

Manassés era o irmão mais velho de Efraim, mas Jacó deu primeiro a sua bênção a Efraim. A tribo de Manassés possuía o maior território, que ficava situado em ambos os lados do Jordão.

Benjamim “é um lobo voraz; pela manhã, devora a presa e, à tarde, divide o saque”. A tribo de Benjamim ficou famosa pela selvageria de seus feitos (Juízes cap. 19). Os benjamitas instalaram-se ao norte de Jerusalém. Saul, que perseguiu Davi como um lobo, era da tribo de Benjamim.

 

- Os levitas: À tribo de Levi não foi designado nenhum território por causa de sua participação no massacre de Siquém (Gênesis cap. 34), e os seus descendentes não foram como uma das doze tribos. Os levitas, porém, foram fiéis a Deus, quando os outros israelitas adoraram o “bezerro de ouro”, e Deus lhes deu a responsabilidade do sacerdócio. Foram aquinhoados com quarenta e oito cidades espalhadas entre as doze tribos, onde orientavam os israelitas nas questões religiosas. Moisés e Arão eram da tribo de Levi.


Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS. 

domingo, 18 de junho de 2023

Palavras no Coração


 

Deuteronômio 6:6

“Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração”.

 

Gosto muito do que é dito logo na seqüência desta Palavra que uso como mote para este texto: Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar”.

O ensinamento da Palavra do Senhor aos filhos, às pessoas da família, deveria ser uma ocupação indispensável aos cristãos.

Conversar sobre o que temos lido, aprendido, compartilhado, seja em casa, no trabalho, na escola, na academia, em qualquer lugar em que tenhamos a oportunidade de fazê-lo sem sermos chatos ou invasivos, deveria ser um hábito cultivado com regularidade.

Ainda, conversar com Deus mesmo – em nossas orações noturnas e matinais, ou também a qualquer hora que dê – sobre o que Ele já nos tem ensinado deveria ser natural a quem segue o Evangelho de Jesus Cristo.

Antes de entrar nos comentários sobre o mote aqui usado, vou ser talvez um pouco repetitivo, pois já falei sobre isso noutros momentos, mas quero deixar claro novamente: Jesus é a Palavra encarnada, como nos revela o apóstolo João: No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele (João 1:1-3). Assim, tudo o que eu for ler na Bíblia, devo fazê-lo tendo Jesus como chave hermenêutica – ou interpretativa. Tudo o que se coaduna com o modo de Ser de Cristo é Palavra eterna e tem validade eterna; o que não se alinha com Jesus, é apenas informação histórica ou de contexto. O que eu for ler no Antigo Testamento tem que passar por esta lente, e também o que eu for ler no Novo Testamento, nos escritos de Paulo ou de outro apóstolo. Dito isto, prossigo.

Leio a Bíblia como hábito diário, por pelo menos meia hora ou um pouco mais, e tenho a consciência de que me encontro com a Palavra de Deus em mãos, uma Palavra que não é de interpretação humana, mas é uma revelação do Espírito. E, em sendo uma revelação do Espírito, ela deve ser lida com o Espírito que nos habita, pois, se foi o Espírito que a inspirou a quem a escreveu, deve ser o Espírito a revelá-la a quem a lê. O apóstolo Pedro já falava disso: Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo (2º Pedro 1:20-21).

O hábito de ler a Palavra vem ao encontro do lema do livre discipulado de Cristo, que encontramos em João 8:31-32, onde diz: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.

Ainda, o apóstolo Paulo escreve a Timóteo dizendo que toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra (2º Timóteo 3:16-17).

Diante disso, antes de iniciar a leitura, faço uma pequena oração, mais ou menos nos seguintes termos: “Senhor, escreva a Tua Palavra em meu coração, em minha mente, em minha alma, em meu ser, pelo ativar do Espírito Santo e em nome de Jesus”.

Assim, por fé, sei que o Senhor fala comigo em Sua Palavra, revelando-me aquilo que Ele deseja, e fazendo-me entender a Sua mensagem para mim hoje. E digo “hoje”, porque amanhã necessito alimentar-me de novo, pois, assim como pedimos que “o pão nosso de cada dia nos seja dado hoje”, como Jesus ensinou, também necessitamos do “pão da Palavra hoje”... e amanhã... e depois... e todos os dias enquanto palmilhamos este planetinha azul onde vivemos!

Caso eu não me alimente da Palavra do Senhor, vou me alimentar psicológica e espiritualmente de “outras coisas”, o que poderia ser nocivo à minha alma.

Creio que, em assim fazendo, a Palavra permanece em meu coração – e em minha mente –, e poderei ter memória dela quando se fizer necessário, sempre que dela precisar e sempre que desejar compartilhá-la, como Jesus mesmo nos tem prometido: “Não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês” (Mateus 10:19-20).

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 11 de junho de 2023

123 – O Bezerro de Ouro (Êxodo 24 – 25 e 32 – 40)

 

Disse12(versículo de Êxodo 24) o SENHOR a Moisés: “Suba a mim, ao monte, e fique aqui; e lhe darei as tábuas de pedra I com a lei e os mandamentos que escrevi para a instrução do povo”.

Quando15 Moisés subiu, a nuvem cobriu o monte.

Moisés18 entrou na nuvem e foi subindo o monte. E permaneceu no monte quarenta dias e quarenta noites II.

Disse1(versículo de Êxodo 25) o SENHOR a Moisés: “Diga2 aos israelitas que me tragam uma oferta. Receba-a de todo aquele cujo coração o compelir a dar. E8 farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio deles. Façam9 tudo como eu lhe mostrar, conforme o modelo do tabernáculo e de cada utensílio III”.

O1(versículo de Êxodo 32) povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: “Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu”.

Respondeu-lhes2 Arão: “Tirem os brincos de ouro de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam-nos a mim”. Todos3 tiraram os seus brincos de ouro e os levaram a Arão. Ele4 os recebeu e os fundiu, transformando tudo num ídolo, que modelou com uma ferramenta própria, dando-lhe a forma de um bezerro IV. Então disseram: “Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito!”

Vendo5 isso, Arão edificou um altar diante do bezerro e anunciou: “Amanhã haverá uma festa dedicada ao SENHOR”. Na6 manhã seguinte, ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão. O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra.

Quando19 Moisés aproximou-se do acampamento e viu o bezerro e as danças, irou-se e jogou as tábuas no chão, ao pé do monte, quebrando-as.

E35 o SENHOR feriu o povo com uma praga porque quiseram que Arão fizesse o bezerro.

Moisés subiu outra vez o monte Sinai, com duas novas tábuas de pedra, e escreveu os Dez Mandamentos. Os israelitas fizeram o Tabernáculo, de acordo com as instruções de Deus.

Disse1(versículo de Êxodo 40) o SENHOR a Moisés: “Arme2 o tabernáculo, a Tenda do Encontro, no primeiro dia do primeiro mês V. Coloque3 nele a arca da aliança VI e proteja-a com o véu. Vista13 depois Arão com as vestes sagradas, unja-o e consagre-o para que me sirva como sacerdote. Traga14 os filhos dele e vista-os com túnicas. Unja-os15 como você ungiu o pai deles, para que me sirvam como sacerdotes. A unção deles será para um sacerdócio perpétuo, geração após geração”.

Então34 a nuvem cobriu a Tenda do Encontro, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo.

Sempre36 que a nuvem se erguia sobre o tabernáculo os israelitas seguiam viagem.

De38 dia a nuvem do SENHOR ficava sobre o tabernáculo, e de noite havia fogo na nuvem, à vista de toda a nação de Israel, em todas as suas viagens.

 

v     Para entender a história

A aceitação por parte dos israelitas da Lei da Aliança tem vida curta; antes mesmo de Moisés voltar do monte de Deus, eles infringem um dos mandamentos. Apesar da desobediência, Deus renova a aliança com o seu povo escolhido. O Tabernáculo é construído para lhes dar um local de culto.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “As tábuas de pedra – A Lei da Aliança foi escrita em duas tábuas. Foi seguida a tradição do antigo Oriente Médio de fazer duas cópias de um tratado; uma era mantida pelo rei e a outra pelos vassalos. É provável que as tábuas de Moisés contivessem duas cópias idênticas dos Dez Mandamentos. Foram colocadas na arca, como prova do acordo de Deus com o seu povo.

                                   II.     “Quarenta dias e quarenta noites” – O número “quarenta” é usado simbolicamente na Bíblia, e significa “muito”. Está associado a quase todos os novos começos na Bíblia, tais como o Dilúvio (Gênesis 7:12), a exploração de Canaã (Números 13:25), o início do ministério de Jesus (Mateus 4:2) e o período entre a ressurreição e a ascensão de Jesus (Atos 1:3).

                                III.     “O modelo do tabernáculo e de cada utensílio” – “Tabernáculo” vem do latim “tabernaculum”, ou seja, “tenda”. Também é chamado de “Tenda do Encontro”. O Tabernáculo foi construído para substituir a tenda que Moisés usava para falar com Deus (Êxodo 33:7). Era uma construção portátil feita com molduras douradas de madeira e panos firmemente tecidos. Eram montados para formar um cercado, no qual a arca era mantida numa área protegida por cortinas.

                                IV.     “A forma de um bezerro” – Antigas civilizações pagãs costumavam representar os seus deuses como touros, que eram símbolos de poder e virilidade. Acredita-se que o bezerro teve por modelo o touro Ápis, o deus egípcio da fertilidade. A adoração de ídolos por parte dos israelitas violou um dos mandamentos (Êxodo 20:4).

                                   V.     “Primeiro dia do primeiro mês” – Esta data é significativa, pois cai exatamente um ano após a saída de Israel do Egito (Êxodo 12:2-6).

                                VI.     “Arca da aliança” – “Arca” vem da palavra latina que significa “baú”. A arca era uma caixa retangular feita de madeira de acácia revestida de ouro, construída para guardar as tábuas de pedra da Lei. Os israelitas carregavam a arca enfiando varas através de argolas de ouro fixadas nas laterais.

 

 Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 4 de junho de 2023

Amigo Deus


 

Êxodo 33:11

O SENHOR falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo.

 

Os “encontros” de Deus com Moisés sempre se deram por meio de um anjo. Ali o Anjo do SENHOR lhe apareceu numa chama de fogo que saía do meio de uma sarça (Êxodo 3:2). “Quando clamamos ao SENHOR, ele ouviu o nosso clamor, enviou um anjo e nos tirou do Egito” (Números 20:16). A seguir o anjo de Deus que ia à frente dos exércitos de Israel retirou-se, colocando-se atrás deles (Êxodo 14:19). “Eis que envio um anjo à frente de vocês para protegê-los por todo o caminho e fazê-los chegar ao lugar que preparei” (Êxodo 23:20).

Deus mesmo – em pessoa, por assim dizer – não poderia ser “visível”. Ele somente Se tornaria “visível”, posteriormente, em Jesus: Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação (Colossenses 1:15). Assim, nos tempos de Moisés, apenas uma de Suas criações poderia ser visível, no caso, um anjo, várias vezes atestado pelas Escrituras.

Pois bem, dito isto, o ponto em questão relevante nesta Palavra usada como mote para o texto de hoje não é a “forma” da aparição divina a Moisés, mas a “característica”. O fato de a Palavra afirmar que Deus falava com Moisés “face a face”, mais do que a forma, denota a qualidade do encontro e sua intimidade. Não era uma comunicação distante, mas próxima, “olho no olho”, como dois amigos o fazem.

Séculos mais tarde, Jesus demonstraria isso aos Seus discípulos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno (João 15:14). Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (João 15:15). Além de Amigo, Jesus Se apresentava como um Irmão: “Vão dizer a meus irmãos que se dirijam para a Galiléia; lá eles me verão” (Mateus 28:10).

Já pensamos alguma vez no significado e nas implicações desta revelação?

Deus, o Criador do universo, dos multiversos, dos universos paralelos, das várias dimensões já aventadas pela Física Quântica, que nos visitou em forma humana na pessoa de Jesus de Nazaré há dois mil anos em Israel, esse Deus, “o Deus” ou, simplesmente, Deus, Ele vem a nós como um amigo!

Esta é uma percepção/revelação fantástica!

Deus amigo! Amigo Deus!

Quantos amigos nós temos? Falo de amigos de verdade...

E o que compartilhamos com esses amigos de verdade?

Temos limitações em nossas relações?

Há coisas que ocultamos deles, que não queremos que saibam?

Há alguma ocasião que não nos faria pedir a sua ajuda quando realmente necessitássemos?

Para quem corremos na hora da precisão?

E como está Deus nisso? Ele está Se mostrando, em Sua Palavra, como nosso Deus, nosso Criador, nosso Senhor, nosso Salvador, nosso Pai, nosso Irmão e... nosso Amigo!

Um Amigo assim, face to face!

E agora?

Como agimos diante desta revelação?

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert