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domingo, 18 de junho de 2023

Palavras no Coração


 

Deuteronômio 6:6

“Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração”.

 

Gosto muito do que é dito logo na seqüência desta Palavra que uso como mote para este texto: Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar”.

O ensinamento da Palavra do Senhor aos filhos, às pessoas da família, deveria ser uma ocupação indispensável aos cristãos.

Conversar sobre o que temos lido, aprendido, compartilhado, seja em casa, no trabalho, na escola, na academia, em qualquer lugar em que tenhamos a oportunidade de fazê-lo sem sermos chatos ou invasivos, deveria ser um hábito cultivado com regularidade.

Ainda, conversar com Deus mesmo – em nossas orações noturnas e matinais, ou também a qualquer hora que dê – sobre o que Ele já nos tem ensinado deveria ser natural a quem segue o Evangelho de Jesus Cristo.

Antes de entrar nos comentários sobre o mote aqui usado, vou ser talvez um pouco repetitivo, pois já falei sobre isso noutros momentos, mas quero deixar claro novamente: Jesus é a Palavra encarnada, como nos revela o apóstolo João: No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele (João 1:1-3). Assim, tudo o que eu for ler na Bíblia, devo fazê-lo tendo Jesus como chave hermenêutica – ou interpretativa. Tudo o que se coaduna com o modo de Ser de Cristo é Palavra eterna e tem validade eterna; o que não se alinha com Jesus, é apenas informação histórica ou de contexto. O que eu for ler no Antigo Testamento tem que passar por esta lente, e também o que eu for ler no Novo Testamento, nos escritos de Paulo ou de outro apóstolo. Dito isto, prossigo.

Leio a Bíblia como hábito diário, por pelo menos meia hora ou um pouco mais, e tenho a consciência de que me encontro com a Palavra de Deus em mãos, uma Palavra que não é de interpretação humana, mas é uma revelação do Espírito. E, em sendo uma revelação do Espírito, ela deve ser lida com o Espírito que nos habita, pois, se foi o Espírito que a inspirou a quem a escreveu, deve ser o Espírito a revelá-la a quem a lê. O apóstolo Pedro já falava disso: Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo (2º Pedro 1:20-21).

O hábito de ler a Palavra vem ao encontro do lema do livre discipulado de Cristo, que encontramos em João 8:31-32, onde diz: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.

Ainda, o apóstolo Paulo escreve a Timóteo dizendo que toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra (2º Timóteo 3:16-17).

Diante disso, antes de iniciar a leitura, faço uma pequena oração, mais ou menos nos seguintes termos: “Senhor, escreva a Tua Palavra em meu coração, em minha mente, em minha alma, em meu ser, pelo ativar do Espírito Santo e em nome de Jesus”.

Assim, por fé, sei que o Senhor fala comigo em Sua Palavra, revelando-me aquilo que Ele deseja, e fazendo-me entender a Sua mensagem para mim hoje. E digo “hoje”, porque amanhã necessito alimentar-me de novo, pois, assim como pedimos que “o pão nosso de cada dia nos seja dado hoje”, como Jesus ensinou, também necessitamos do “pão da Palavra hoje”... e amanhã... e depois... e todos os dias enquanto palmilhamos este planetinha azul onde vivemos!

Caso eu não me alimente da Palavra do Senhor, vou me alimentar psicológica e espiritualmente de “outras coisas”, o que poderia ser nocivo à minha alma.

Creio que, em assim fazendo, a Palavra permanece em meu coração – e em minha mente –, e poderei ter memória dela quando se fizer necessário, sempre que dela precisar e sempre que desejar compartilhá-la, como Jesus mesmo nos tem prometido: “Não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês” (Mateus 10:19-20).

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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