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domingo, 30 de abril de 2017

Felizes os Que Não Viram e Creram


(João 19:31)

O núcleo é: Jesus vive e está com eles. Recuperam Jesus cheio de vida. Pedro chora ao vê-Lo: Já não sabe se O ama mais que os outros. Maria Madalena abre seu coração a Quem a seduziu para sempre. Os pobres, as prostitutas, os indesejáveis, O sentem de perto. Já não será mais como na Galileia. Terão que aprender a viver a fé, encher-se do seu Espírito. Todos experimentam uma paz profunda e uma alegria que não se pode conter. Esta experiência é tão central, que desta paz e alegria nasceu a força evangelizadora dos seguidores de Jesus.

Onde está hoje essa alegria numa Igreja às vezes cansada, tão séria, tão pouco dada ao sorriso, com tão pouco humor e humildade para reconhecer seus problemas, seus erros e limitações? Onde está essa paz numa Igreja cheia de medos? Até quando vamos poder continuar defendendo nossas doutrinas de maneira monótona e aborrecida se não experimentamos a alegria de “viver em Cristo”? A atual crise da Igreja, seus medos e sua falta de vigor espiritual têm sua origem num nível profundo. A ideia de ressurreição de Jesus e de Sua presença no meio de nós é mais uma doutrina pensada e pregada do que uma experiência vivida. Cristo Ressuscitado está no centro da Igreja.

Depois de vinte séculos de cristianismo, Jesus não é conhecido e compreendido em Sua originalidade. O Evangelho de João descreve com traços obscuros a situação da comunidade cristã quando em seu centro falta Cristo Ressuscitado.

1. Sem Sua presença a Igreja se converte numa casa com as portas fechadas.

2. Não se pode ouvir o que acontece lá fora e nem captar a ação do Espírito no mundo.

3. Não abrem espaços de encontro e diálogo com ninguém, apagam-se a confiança no ser humano de encontro e diálogo com ninguém.

4. Uma Igreja sem capacidade de dialogar torna-se uma tragédia.

5. O medo paralisa a evangelização e bloqueia as melhores energias. O medo nos leva a rejeitar e condenar.

6. Se vivemos com as portas fechadas jamais trazemos de volta os excluídos, pecadores e tantos que se afastaram de Deus. 

É bom pensar!


       Um texto do Pe. Antônio Ari da Silva