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domingo, 28 de novembro de 2021

Como Entender a Vontade de Deus?


 

A vontade de Deus é o Seu querer em relação a todas as coisas. Através de Sua vontade Ele decreta e permite cada ação que ocorre na existência do universo. Deus é soberano e nada pode escapar de Sua vontade. Isso quer dizer que nada acontece fora da vontade de Deus. Se qualquer atividade pudesse acontecer além da vontade de Deus, então Deus não seria Deus, pois haveria algo sobre o qual Ele não teria domínio.

Então se a vontade de Deus se estende sobre todas as coisas, é compreensível a preocupação de muitas pessoas em como entender a vontade de Deus. Essa de fato é uma preocupação válida e importante. Mas antes é preciso considerar o que de fato é a vontade de Deus e o que essa vontade tem a ver conosco.

 

O que a Bíblia diz sobre a vontade de Deus?

A Bíblia fala muito sobre a vontade de Deus, de modo a deixar claro que essa vontade é a causa última de tudo o que acontece. Na Escritura lemos que todas as coisas foram criadas pela vontade de Deus (Apocalipse 4:11).

Além disso, a contínua existência de tudo o que há se deve à própria vontade de Deus. O apóstolo Paulo escreve que Deus “faz todas as coisas segundo o propósito da Sua vontade” (Efésios 1:11). Perceba que o apóstolo usa o particípio presente para ensinar que a operação de Deus no universo de acordo com a Sua vontade, é uma atividade contínua.

Tudo o que acontece, tanto num nível geral como num nível pessoal, está sujeito à vontade de Deus. Num nível geral, a história da humanidade caminha e se desenvolve conforme a vontade de Deus. Deus é quem tem domínio sobre os reinos dos homens (Daniel 4:32). Ele é quem “muda os tempos e as horas; Ele remove os reis e estabelece os reis; e Ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes” (Daniel 2:21).

Num nível pessoal, todos os eventos de nossas vidas ocorrem de acordo com a vontade de Deus, de modo que jamais devemos pensar que temos qualquer controle absoluto acerca do que podemos ou não fazer. Por isso a melhor coisa é dizer: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo” (Tiago 4:13-15).

 

Os diferentes aspectos da vontade de Deus

Uma distinção muito importante sobre a vontade de Deus é aquela que distingue Sua vontade secreta de Sua vontade revelada. Muitos textos bíblicos falam sobre esses dois aspectos da vontade de Deus, mas há um em particular que pontua essa questão de uma forma bem objetiva.

No livro de Deuteronômio lemos: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, o nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta Lei” (Deuteronômio 29:29). Perceba que nesse texto Moisés fala de “coisas encobertas” e “coisas reveladas”.

 

A vontade secreta e decretiva de Deus

As “coisas encobertas” das quais o texto de Deuteronômio fala, se tratam da vontade secreta de Deus que inclui os detalhes de como Ele governa o universo, e que obviamente também abrange eventos futuros. Então a vontade secreta de Deus diz respeito aos Seus decretos ocultos. Por isso ela também é chamada de “vontade decretiva”.

Portanto, quando Deus decreta algo, de fato o que Ele decretou acontece. Isso é inevitável, pois se a vontade decretiva de Deus pudesse ser impedida, Ele não seria Deus (Jó 42:2).

Geralmente só temos conhecimento da vontade secreta de Deus depois que os eventos que Ele decretou aconteçam no tempo. Então não adianta tentar “descobrir” a vontade de Deus nesse aspecto, porque isso seria uma busca inútil. O texto bíblico diz que “as coisas encobertas pertencem ao Senhor”, ou seja, elas não são da nossa conta.

Mas extraordinariamente Deus resolveu nos revelar, através de Sua Palavra, alguns de Seus decretos secretos. Aqui vale enfatizar que não é o homem quem descobriu parte da vontade secreta de Deus, mas Deus é quem livremente decidiu remover o véu e tornar alguns de Seus decretos secretos conhecidos ao homem. Como exemplo disso, podemos citar as profecias bíblicas acerca de eventos futuros.

Também é importante entender que Deus realiza Sua vontade decretiva tanto causativamente quanto por meio da livre ação de Suas criaturas – embora isso não anule a responsabilidade humana nesse processo.

Há um versículo bíblico que mostra claramente essa verdade: “A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos” (Atos 2:23). Veja que o texto bíblico diz numa mesma frase que o sofrimento de Cristo aconteceu pela vontade decretiva de Deus, e que aqueles que o crucificaram e o mataram eram responsáveis pela injustiça que fizeram (cf. Atos 4:27-28).

 

A vontade decretiva de Deus e a existência do mal

Aqui fica claro que muitas vezes a vontade decretiva de Deus inclui também os atos pecaminosos de Suas criaturas. Contudo, é preciso sempre manter em mente que isso jamais acorre de modo a tornar Deus o autor do pecado e fazer d’Ele alguém que se deleita com a maldade.

Nós realmente não podemos explicar exaustivamente como isso pode ser possível. Mas na mente do Senhor – que é infinitamente maior que a nossa – isso faz todo o sentido. Por hora, a maioria dos estudiosos defende que a vontade de Deus a respeito do pecado é permissiva e não causativa. Em outras palavras, Deus permite o pecado, mas Ele não efetua o pecado. Além disso, apesar de a vontade de Deus permitir o pecado, isso não significa que Ele tem prazer no pecado.

Portanto, em Sua vontade decretiva Deus pode usar até mesmo as coisas ruins para cumprir o Seu bom propósito. A história de José do Egito é um exemplo claro disso, na qual fazia parte da vontade secreta de Deus tornar em bem o mal praticado pelos irmãos de José contra ele (Gênesis 50:20).

Nesse mesmo sentido, muitas vezes é a vontade de Deus que os crentes sofram (1 Pedro 3:17). Mas ao mesmo tempo, sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo o Seu decreto (Romanos 8:28). Então nos decretos de Deus, até mesmo o sofrimento é útil para aperfeiçoar o caráter e amadurecer a fé dos redimidos.

 

A vontade revelada e preceptiva de Deus

O texto de Deuteronômio também fala que há coisas que foram reveladas por Deus. Essas coisas “pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta Lei”. Então a vontade revelada de Deus geralmente contém os Seus preceitos para Suas criaturas. Por isso na maioria das vezes ela é também identificada como a “vontade preceptiva”.

A vontade preceptiva de Deus é a regra de vida que o Senhor ordenou para as Suas criaturas; é aquilo que Deus quer que façamos; são os mandamentos que Ele quer que obedeçamos. Diferentemente da vontade decretiva de Deus que é irresistível – isto é, se cumpre sempre –, a vontade preceptiva de Deus pode ser resistida – ou seja, é desobedecida com freqüência.

 

Como podemos entender a vontade de Deus?

Vimos que podemos falar da vontade de Deus em diferentes aspectos. Mas muita gente desconsidera isso quando pergunta sobre como saber a vontade de Deus. É comum as pessoas quererem “descobrir” a vontade de Deus em relação a eventos futuros na intenção de determinar qual decisão tomar no presente.

Em primeiro lugar, não existe essa coisa de “descobrir a vontade de Deus”. O homem não descobre nada acerca de Deus. Ele apenas recebe o que o próprio Deus resolveu revelar sobre si. Então o correto é falar em “entender a vontade de Deus”.

Conseqüentemente, em segundo lugar, é inútil querer especular sobre a vontade secreta de Deus, pois ninguém tem autoridade para revelá-la além do próprio Deus. Como as informações sobre os eventos futuros fazem parte da vontade secreta e decretiva d’Ele – e a maior parte desses decretos está realmente oculta a nós – devemos desconfiar seriamente de qualquer pessoa que alega possuir uma nova revelação da vontade de Deus, seja para nossas vidas em particular, seja para o rumo da Igreja ou do mundo. Tudo o que Deus de fato quis que soubéssemos sobre Sua vontade decretiva está revelado na Bíblia.

Portanto, em terceiro lugar, a única fonte confiável de revelação da vontade de Deus é a Escritura. É a vontade de Deus revelada na Bíblia que devemos procurar entender e obedecer. Se por um lado a Bíblia revela apenas parte da vontade decretiva de Deus, por outro lado ela revela de forma completa qual é a vontade preceptiva d’Ele.

Portanto, a Bíblia contém tudo o que precisamos saber sobre o que Deus quer que façamos. Mas isso não significa que podemos encontrar na Escritura uma lista de “pode” e “não pode” acerca de todas as situações cotidianas de nossas vidas. Na verdade ela traz de forma clara e objetiva uma série de princípios gerais que, pela iluminação do Espírito Santo, podemos aplicar às nossas vidas – seja na decisão acerca de um casamento, de um emprego novo, de uma mudança de cidade, etc.

 

Vivendo e entendendo a vontade de Deus

Nós devemos nos dedicar a obedecer a vontade de Deus expressa em Seus mandamentos, à medida que confiamos que Sua vontade secreta para nós será cumprida de acordo com Sua natureza santa, sábia, amorosa e justa. Jamais a vontade de Deus será contrária à Sua natureza.

Quando nos virmos em meio a uma situação dolorosa e difícil, devemos saber que nada está à parte da vontade de Deus. Como diz Louis Berkhof: “Deus tem suas razões para querer como quer, razões que o induzem a escolher um fim e não outro; e uma série de meios para realizar um fim, em preferência a outros meios” (Teologia Sistemática).

No mais, a Bíblia diz que devemos confiar no Senhor de todo o nosso coração, pois Ele quer guiar os nossos caminhos (Provérbios 3:5-6). Enquanto confiamos que Ele está conduzindo da melhor forma as coisas que nos estão ocultas, devemos ter prazer em Sua vontade preceptiva que está revelada na Escritura, e meditar nela de dia e de noite. Agindo assim seremos bem-aventurados e separados dos ímpios (Salmo 1:1-4). O apóstolo Paulo resume qual é essa vontade de Deus para nós dizendo: “Está é a vontade de Deus: a vossa santificação” (1 Tessalonicenses 4:3).

Por fim, se você quer saber qual a vontade de Deus a respeito de com quem se casar, qual emprego aceitar, qual cidade morar, submeta suas opções à vontade preceptiva de Deus revelada na Bíblia. Então você será capaz de tomar uma decisão que não desobedeça aos mandamentos do Senhor. E se houver mais de uma opção que não seja contrária aos princípios morais e espirituais da Palavra de Deus, então você tem toda liberdade de escolher a que mais lhe agradar.

Quando buscamos saber qual é a vontade de Deus não andamos às cegas, pois Sua Palavra é uma lâmpada para nossos pés e uma luz para os nossos caminhos (Salmo 119:105).

 

Um texto de Daniel Conegero


https://estiloadoracao.com/como-entender-a-vontade-de-deus/

domingo, 21 de novembro de 2021

81 – Paulo é Vítima de um Naufrágio (Atos 27 e 28)


 

Quando1(versículo de Atos 27) ficou decidido que navegaríamos para a Itália, Paulo e alguns outros presos foram entregues a um centurião chamado Júlio, que pertencia ao Regimento Imperial. Embarcamos2 num navio de Adramítio I, que estava de partida para alguns lugares da província da Ásia II, e saímos ao mar.

Começando13 a soprar suavemente o vento sul, eles pensaram que haviam obtido o que desejavam; por isso levantaram âncoras e foram navegando ao longo da costa de Creta. Pouco14 tempo depois, desencadeou-se da ilha um vento muito forte, chamado Nordeste III. O15 navio foi arrastado pela tempestade, sem poder resistir ao vento; assim, cessamos as manobras e ficamos à deriva.

No18 dia seguinte, sendo violentamente castigados pela tempestade, começaram a lançar fora a carga. No19 terceiro dia, lançaram fora, com as próprias mãos, a armação do navio. Não20 aparecendo nem sol nem estrelas IV por muitos dias, e continuando a abater-se sobre nós grande tempestade, finalmente perdemos toda a esperança de salvamento.

Visto21 que os homens tinham passado muito tempo sem comer, Paulo levantou-se diante deles e disse: “Os senhores deviam ter aceitado o meu conselho de não partir de Creta, pois assim teriam evitado este dano e prejuízo. Mas22 agora recomendo-lhes que tenham coragem, pois nenhum de vocês perderá a vida; apenas o navio será destruído. Pois23 ontem à noite apareceu-me um anjo do Deus a quem pertenço e a quem adoro, dizendo-me: ‘Paulo24, não tenha medo. É preciso que você compareça perante César; Deus, por sua graça, deu-lhe as vidas de todos os que estão navegando com você’. Assim25, tenham ânimo, senhores! Creio em Deus que acontecerá do modo como me foi dito. Devemos26 ser arrastados para alguma ilha”.

Duas semanas mais tarde, o navio se aproximou da terra. Os marinheiros não comiam há viários dias e Paulo os aconselhou a alimentarem-se. Garantiu-lhes que Deus os protegeria. Então, o navio se partiu, mas todos alcançaram a praia em segurança.

Uma1(versículo de Atos 28) vez em terra, descobrimos que a ilha se chamava Malta V. Os2 habitantes da ilha VI mostraram extraordinária bondade para conosco. Fizeram uma fogueira e receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia frio. Paulo3 ajuntou um monte de gravetos; quando os colocava no fogo, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se à sua mão. Quando4 os habitantes da ilha viram a cobra agarrada na mão de Paulo, disseram uns aos outros: “Certamente este homem é assassino, pois, tendo escapado do mar, a Justiça VII não lhe permite viver”. Mas5 Paulo, sacudindo a cobra no fogo, não sofreu mal nenhum. Eles6, porém, esperavam que ele começasse a inchar ou que caísse morto de repente, mas, tendo esperado muito tempo e vendo que nada de estranho lhe sucedia, mudaram de ideia e passaram a dizer que ele era um deus.

Próximo7 dali havia uma propriedade pertencente a Públio, o homem principal da ilha. Ele nos convidou a ficar em sua casa e, por três dias, bondosamente nos recebeu e nos hospedou. Seu8 pai estava doente, acamado, sofrendo de febre e disenteria. Paulo entrou para vê-lo e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e o curou. Tendo9 acontecido isso, os outros doentes da ilha vieram e foram curados. Eles10 nos prestaram muitas honras e, quando estávamos para embarcar, forneceram-nos os suprimentos que necessitávamos.

 

v     Para entender a história

Apesar da violência da tempestade no mar, Paulo nunca duvidou da promessa de Deus de que chegaria a Roma. Sua fé inspira coragem nos que o rodeiam. O naufrágio em Malta dá a Paulo a oportunidade de levar a mensagem cristã a uma outra comunidade.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “De Adramítio – O navio de Paulo vinha de um porto situado na costa noroeste da Ásia Menor. Hoje, é a atual Edremit, na Turquia.

                                   II.     Alguns lugares da província da Ásia – Os navios freqüentemente paravam nos portos ao longo da costa do Mar Mediterrâneo, por razões de comércio. Barcos que deixavam o Egito e a costa leste do Mediterrâneo seguiam esta rota mais longa, em vez de velejar diretamente para a Itália, por causa dos ventos fortes do oeste.

                                III.     “Um vento... chamado Nordeste” – Este forte vento era conhecido também como “euroaquilão”, termo usado para vento nordeste que descia das montanhas de Creta. A palavra é uma junção das palavras “euros” (vento leste) e da palavra latina “aquilo” (vento norte).

                                IV.     “Nem sol nem estrelas” – No tempo de Paulo, os navegadores orientavam-se observando a posição do sol e das estrelas. Privados desses recursos, eram incapazes de aferir sua posição.

                                   V.     “A ilha se chamava Malta” – Os romanos chamavam Malta de “Melita”, que significa “refúgio”. Seu porto natural faz dela um refúgio para os navios.

                                VI.     “Os habitantes da ilha” – A palavra bíblica para o povo de Malta é “bárbaros”, que significa “que não falam grego”. Os fenícios estabeleceram-se em Malta aproximadamente em 1000 a.C. Os ilhéus, mais tarde, ficaram sob o domínio grego, depois romano, mas mantiveram seu próprio dialeto.

                             VII.     “Justiça” – O povo local deve ter se referido a Zeus, o rei dos deuses gregos, notoriamente caprichoso. Segundo a mitologia grega, Zeus fazia “justiça” aleatoriamente.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 14 de novembro de 2021

Doçura e Cura



Provérbios 16:24

As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos.

 

Palavras agradáveis são sempre bem-vindas!

Um “bom dia” dado com sinceridade – e, se acompanhado de um sorriso, é ainda melhor – pode mudar o dia de alguém.

Uma palavra de elogio verdadeiro – não de bajulação – tem o poder de turbinar as energias positivas de alguém.

Uma palavra de apoio na dificuldade tem o poder de catapultar alguém de um estado deprimente a um estado de altivez, com vislumbres de melhoras à frente.

Uma palavra de esperança pode trazer luz ao caminho de quem está num momento de escuridão psicológica/espiritual.

Uma Palavra de Deus compartilhada pode produzir fé em quem a recebe, ouve e segue o que é dito pelo Senhor, e pode trazer também forças àquele que a compartilha.

Palavras... Não é à toa que o que Deus nos diz é chamado comumente de “Palavra de Deus”.

Cada palavra de Deus é comprovadamente pura; ele é um escudo para quem nele se refugia” (Provérbios 30:5). A Palavra de Deus, quando transmitida pura e puramente recebida, faz com que possamos nos refugiar n’Ele, protegendo-nos qual um escudo.

Certo dia Jesus estava perto do lago de Genesaré, e uma multidão o comprimia de todos os lados para ouvir a palavra de Deus (Lucas 5:1). Quando viam Jesus, as multidões acorriam a Ele e se comprimiam para ouvi-Lo, pois d’Ele saía a Palavra de Deus.

“Felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e lhe obedecem(Lucas 11:28). Jesus indicava claramente a importância da obediência à Palavra de Deus.

Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus (Atos 4:31). A Igreja anunciava a Palavra de Deus com todo destemor, fortalecidos que estavam pelo poder do Espírito Santo neles.

 Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé (Atos 6:7). Como resultado do anúncio da Palavra de Deus, esta se espalhava rapidamente e trazia transformações.

Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê não foi feito do que é visível (Hebreus 11:3). Pela Sua Palavra o Senhor criou tudo o que há.

Palavras são pensamentos e sentimentos expressados em concretude audível, que chegam ao coração do destinatário e sempre produzem algo.

Ainda: a Palavra de Deus nunca volta infrutífera! Assim como a chuva e a neve descem dos céus e não voltam para eles sem regarem a terra e fazerem-na brotar e florescer, para ela produzir semente para o semeador e pão para o que come, assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei (Isaías 55:10-11).

Neste Provérbio usado como mote para este texto, nos é dito que palavras agradáveis são doces para a alma e trazem cura, tanto para a alma quanto para o corpo.

No entanto, é sempre importante nos atentarmos para que as palavras que falamos não sejam desencontradas, do tipo agora uma coisa e depois outra, diferentes e antagônicas. É sempre importante que nos atentemos para que nossas palavras sigam um “pensamento único”, voltadas exclusivamente para o bem. Lembremos que nossas palavras são projeções do que pensamos, e o que pensamos são os impulsores dos nossos sentimentos. Por isso da importância de cuidarmos também dos nossos pensamentos, conforme o Senhor nos ensina: Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas (Filipenses 4:8).

Atentarmos para a linearidade das nossas palavras, como falei há pouco, é vital para que sejamos coerentes. Para isso é necessário exercermos autocontrole, não só sobre nossas ações, como sobre nossas palavras. Vejamos o que diz Tiago a este respeito: Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo (Tiago 3:2).

Dia desses criei a seguinte asseveração, como um desejo e um intento: “Somente boas palavras merecem ser faladas, pensadas e oradas”.

Que poder têm nossas palavras!

Quanto mais poder têm elas quando se coadunam com as Palavras de Cristo, quando nossas palavras são o reflexo direto das Palavras de Cristo, quando aquilo que dizemos é aquilo que Jesus diria se estivesse pessoal e fisicamente em nosso lugar!

Cuidemos, assim, das nossas palavras!

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 7 de novembro de 2021

80 – Paulo é Preso e Sofre Provações (Atos 21 a 25)


 

Estando Paulo em Jerusalém, alguns27(versículo de Atos 21) judeus da Província da Ásia, vendo Paulo no templo, agitaram toda a multidão e o agarraram, gritando28: “Israelitas, ajudem-nos! Este é o homem que ensina a todos em toda parte contra o nosso povo, contra a nossa lei e contra este lugar. Além disso, ele fez entrar gregos no templo I e profanou este santo lugar”. Anteriormente29 eles haviam visto o efésio Trófimo na cidade com Paulo e julgaram que Paulo o tinha introduzido no templo.

Toda30 a cidade ficou alvoroçada, e juntou-se uma multidão. Agarrando Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e imediatamente as portas foram fechadas. Tentando31 eles matá-lo, chegaram notícias ao comandante das tropas II romanas de que toda a cidade de Jerusalém estava em tumulto. Ele32 reuniu imediatamente alguns oficiais e soldados, e com eles correu para o meio da multidão. Quando viram o comandante e os seus soldados, pararam de espancar Paulo.

Paulo foi preso e acorrentado. Quando estava para ser açoitado, Paulo disse-lhes que era cidadão romano. O comandante fica alarmado e decide levá-lo ao Sinédrio, para saber por que estava sendo acusado pelos judeus.

Então6(versículo de Atos 23) Paulo, sabendo que alguns deles eram saduceus e os outros fariseus, bradou no Sinédrio: “Irmãos, sou fariseu, filho de fariseu. Estou sendo julgado por causa da minha esperança na ressurreição dos mortos!” Dizendo7 isso, surgiu uma violenta discussão III entre os fariseus e os saduceus, e a assembléia ficou dividida. Os8 saduceus dizem que não há ressurreição nem anjos nem espíritos, mas os fariseus admitem todas essas coisas.

Houve9 um grande alvoroço, e alguns dos mestres da lei que eram fariseus se levantaram e começaram a discutir intensamente, dizendo: “Não encontramos nada de errado neste homem. Quem sabe se algum espírito ou anjo falou com ele?” A10 discussão tornou-se tão violenta que o comandante teve medo que Paulo fosse despedaçado por eles. Então ordenou que as tropas descessem e o retirassem à força do meio deles, levando-o para a fortaleza.

Na11 noite seguinte o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: “Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar também em Roma”. Na12 manhã seguinte os judeus tramaram uma conspiração e juraram solenemente que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem Paulo.

A trama foi descoberta e Paulo foi enviado a Cesareia, onde foi julgado perante Félix, governador romano. Os judeus acusavam Paulo, mas não chegaram a nenhuma conclusão.

Passados27(versículo de Atos 24) dois anos, Félix foi sucedido por Pórcio Festo IV; todavia, porque desejava manter a simpatia dos judeus, Félix deixou Paulo na prisão.

Três1(versículo de Atos 25) dias depois de chegar à província, Festo subiu de Cesareia para Jerusalém, onde2 os chefes dos sacerdotes e os judeus mais importantes compareceram diante dele, apresentando as acusações contra Paulo. Pediram3 a Festo o favor de transferir Paulo para Jerusalém, contra os interesses do próprio Paulo, pois estavam preparando uma emboscada para matá-lo no caminho. Festo4 respondeu: “Paulo está preso em Cesareia, e eu mesmo vou para lá em breve. Desçam5 comigo alguns dos seus líderes e apresentem ali as acusações que têm contra esse homem, se realmente ele fez algo de errado”.

Tendo6 passado com eles oito a dez dias, desceu para Cesareia e, no dia seguinte, convocou o tribunal e ordenou que Paulo fosse trazido perante ele. Quando7 Paulo apareceu, os judeus que tinham chegado de Jerusalém se aglomeraram ao seu redor, fazendo contra ele muitas e graves acusações que não podiam provar.

Então8 Paulo fez sua defesa: “Nada fiz de errado contra a lei dos judeus, contra o templo ou contra César”.

Festo9, querendo prestar um favor aos judeus, perguntou a Paulo: “Você está disposto a ir a Jerusalém e ali ser julgado diante de mim, acerca destas acusações?”

Paulo10 respondeu: “Estou agora diante do tribunal de César, onde devo ser julgado. Não fiz nenhum mal aos judeus, como bem sabes. Se11, de fato, sou culpado de ter feito algo que mereça pena de morte, não me recuso a morrer. Mas se as acusações feitas contra mim por estes judeus não são verdadeiras, ninguém tem o direito de me entregar a eles. Apelo para César! V

Depois12 de ter consultado seus conselheiros, Festo declarou: “Você apelou para César, para César irá!”

 

v     Para entender a história

Quando os judeus de Jerusalém ameaçaram Paulo com falsas acusações, ele se utilizou das divisões internas entre seus acusadores para seu proveito. A perseguição e a prisão resultam, para Paulo, numa nova viagem missionária para Roma.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Fez entrar gregos no templo – O Templo era dividido em vários pátios. Permitia-se aos não-judeus entrar no “Pátio dos Gentios”, na parte externa, mas o acesso aos pátios internos era terminantemente proibido. Sinais em pedra advertiam que qualquer estrangeiro que ultrapassasse seria morto. Paulo era falsamente acusado de levar gregos ao pátio interno. Esta acusação causou um tumulto na cidade.

                                   II.     “Comandante das tropas – Trata-se de Cláudio Lísias, que era encarregado da guarnição romana na Fortaleza Antônia. O forte era ligado à parte final do Templo, do lado norte. Jesus fora levado à Fortaleza Antônia após seu julgamento por Pôncio Pilatos. Paulo também foi levado para lá quando foi preso.

                                III.     “Surgiu uma violenta discussão” – O Sinédrio era a corte suprema judaica. No tempo de Paulo, era composto por 72 saduceus e fariseus. Estes dois grupos surgiram durante o período entre o Antigo e o Novo Testamento e sustentavam diferentes opiniões religiosas e políticas. Enquanto os fariseus acreditavam na ressurreição dos mortos, os saduceus não acreditavam.

                                IV.     “Félix foi sucedido por Pórcio Festo” – Antônio Félix foi governador da Judeia de 52 a 60 d.C. Tendo sido escravo, era um soberano brutal e corrupto. Sua imoralidade e incompetência levaram, provavelmente, à sua destituição. Seu sucessor, Pórcio Festo, era homem justo e respeitável.

                                   V.     “Apelo para César!” – Paulo exerce seu direito de cidadão romano para ser julgado por César (que era o título do imperador), em Roma. Naquele tempo, o imperador era Nero, que recebia influência de Sêneca, o filósofo, e ainda não tinha começado a sua perseguição aos cristãos.

 

- Nero: Se tornou imperador aos dezesseis anos. O primeiro ano de seu governo foi moderado, mas logo se tornou um governador brutal e devasso. Teve assassinados sua mulher, sua mãe e seu meio-irmão. Crê-se que pôs fogo em Roma para construir para si mesmo um novo palácio.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.