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domingo, 26 de novembro de 2023

135 – Sansão e o Leão (Juízes 13 – 14)


 

Os1(versículo de Juízes 13) israelitas voltaram a fazer o que o SENHOR reprova, e por isso o SENHOR os entregou nas mãos dos filisteus I durante quarenta anos.

Certo2 homem de Zorá, chamado Manoá, do clã da tribo de Dã, tinha mulher estéril. Certo3 dia o Anjo do SENHOR apareceu a ela e lhe disse: “Você é estéril, não tem filhos, mas engravidará e dará à luz um filho. Todavia4, tenha cuidado, não beba vinho nem outra bebida fermentada, e não coma nada impuro; e5 não se passará navalha na cabeça do filho que você vai ter, porque o menino será nazireu II, consagrado a Deus desde o nascimento; ele iniciará a libertação de Israel das mãos dos filisteus”.

Quando a mulher de Manoá lhe deu a notícia, ele ficou confuso e orou para que o anjo aparecesse outra vez. O anjo apareceu, mas disfarçado de um homem comum. Mandou que Manoá oferecesse um holocausto ao Senhor. Manoá perguntou o nome do homem, mas o anjo se recusou a dizê-lo.

Então19 Manoá apanhou um cabrito e a oferta de cereal, e os ofereceu ao SENHOR sobre uma rocha. E o SENHOR fez algo estranho enquanto Manoá e sua mulher observavam: quando20 a chama do altar subiu ao céu, o Anjo do SENHOR subiu na chama. Vendo isso, Manoá e sua mulher prostraram-se, rosto em terra.

A24 mulher deu à luz um menino e pôs-lhe o nome de Sansão. Ele cresceu, e o SENHOR o abençoou, e25 o Espírito do SENHOR começou a agir nele.

 Sansão1(versículo de Juízes 14) desceu a Timna e viu ali uma mulher do povo filisteu. Quando2 voltou para casa, disse a seu pai e à sua mãe: “Vi uma mulher filisteia III em Timna; consigam essa mulher para ser minha esposa”.

Seu3 pai e sua mãe lhe perguntaram: “Será que não há mulher entre os seus parentes ou entre todo o seu povo? Você tem que ir aos filisteus incircuncisos para conseguir esposa?”

Sansão, porém, disse ao pai: “Consiga-a para mim. É ela que me agrada”. Seus4 pais não sabiam que isso vinha do SENHOR, que buscava ocasião contra os filisteus; pois naquela época eles dominavam Israel. Sansão5 foi para Timna com seu pai e sua mãe. Quando se aproximavam das vinhas de Timna, de repente um leão forte veio rugindo na direção dele. O6 Espírito do SENHOR apossou-se de Sansão, e ele, sem nada nas mãos, rasgou o leão como se fosse um cabrito. Mas não contou nem ao pai nem à mãe o que fizera. Então7 foi conversar com a mulher de quem gostava.

Algum8 tempo depois, quando voltou para casar-se com ela, Sansão saiu do caminho para olhar o cadáver do leão, e nele havia um enxame de abelhas e mel. Tirou9 o mel com as mãos e o foi comendo pelo caminho. Quando voltou aos seus pais, repartiu com eles o mel, e eles também comeram. Mas não lhes contou que tinha tirado o mel do cadáver do leão.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Nas mãos dos filisteus – Em geral, a Bíblia explica o motivo dos problemas de Israel. A opressão dos filisteus foi o castigo de Deus aos israelitas por eles adorarem os deuses deles – dos filisteus –, como Dagon, Astarote e Baal.

                                   II.     O menino será nazireu – Em Israel, uma pessoa consagrada a Deus para um propósito especial era chamada “nazireu”. Nazireus não cortavam os cabelos, considerados a fonte da vida, e eram proibidos de ingerir álcool, para que somente o Espírito de Deus pudesse determinar os seus atos. Deviam evitar contato com cadáveres, a fim de permanecerem puros e prontos para que Deus agisse por seu intermédio.

                                III.     “Vi uma mulher filisteia” – Os israelitas eram proibidos de se casar com pessoas de outros grupos étnicos, pois achavam que estrangeiros poderiam incentivá-los a adorar deuses pagãos (Deuteronômio 7:3-4).

 

          - Os povoamentos filisteus: Os filisteus vieram do nordeste do Mediterrâneo. Por volta de 1200 a.C., invadiram a planície costeira de Judá e fundaram cinco cidades: Gaza, Gate, Ecrom, Ascalom e Asdode. Durante esse período, os filisteus foram ferrenhos inimigos de Israel. Sansão foi o primeiro líder israelita a atacá-los com sucesso. Os filisteus também eram conhecidos como “peleset” – daí o nome “Palestina”.


          - Chefe de família: Nos tempos da Bíblia, o pai detinha a autoridade. Em geral, isso incluía a escolha de uma esposa para o filho. O pai de Sansão relutou em falar com a filisteia, pois sabia que o filho estava infringindo a Lei de Moisés. Manoá desconhecia que Deus pretendia, com o casamento, provocar os filisteus.


          Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 19 de novembro de 2023

Compartilhar o Que Recebemos


 

Números 23:12

“Será que não devo dizer o que o SENHOR põe na minha boca?”

 

Esta Palavra foi proferida por Balaão, fazendo uma pergunta retórica, isto é, uma pergunta para a qual a resposta é óbvia.

Para nos colocarmos dentro do contexto histórico no qual Balaão disse o que disse, vamos fazer uma “visita” àquela passagem no livro de Números, no Antigo Testamento.

No capítulo 22 deste livro, se diz que os israelitas partiram e acamparam nas campinas de Moabe, para além do Jordão, perto de Jericó. Balaque, filho de Zipor, viu tudo o que Israel tinha feito aos amorreus, e Moabe teve muito medo do povo, porque era muita gente. Moabe teve pavor dos israelitas. Então os moabitas disseram aos líderes de Midiã: “Essa multidão devorará tudo o que há ao nosso redor, como o boi devora o capim do pasto”. Balaque, rei de Moabe naquela época, enviou mensageiros para chamar Balaão, filho de Beor, que estava em Petor, sua terra natal. A mensagem de Balaque dizia: “Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra e se estabeleceu perto de mim. Venha agora lançar uma maldição contra ele, pois é forte demais para mim. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo da terra. Pois sei que quem você abençoa é abençoado, e quem você amaldiçoa é amaldiçoado”. Os líderes de Moabe e os de Midiã partiram, levando consigo o preço para os encantamentos mágicos. Quando chegaram, comunicaram a Balaão o que Balaque tinha dito. Balaão pediu que os homens ficassem, enquanto ele esperava as instruções de Deus. À noite, Deus disse a Balaão que ele não devia amaldiçoar os israelitas, pois eles eram abençoados. Então, Balaão não seguiu com os homens. Balaque mandou mais enviados a Balaão e quis tentá-lo com belas recompensas. Balaão, novamente, esperou a resposta de Deus. Naquela noite Deus veio a Balaão e lhe disse: “Visto que esses homens vieram chamá-lo, vá com eles, mas faça apenas o que eu lhe disser”. Depois disso, ao invés de maldições, Balaão proferiu apenas bênçãos em relação aos israelitas.

Voltando agora ao meu primeiro parágrafo, mesmo Balaão não sendo israelita, conhecia a Deus, e, ainda que ele mesmo fosse de dupla índole, a pergunta retórica que ele faz tem em si profunda sabedoria. Nela há um questionamento interessante.

Saindo lá do Antigo Testamento e vindo agora aos nossos dias, podemos dizer que aqueles que creem no Evangelho, que buscam a cada dia andar em sua vida conforme os ensinamentos de Jesus, que buscam, no convívio familiar, profissional, social e em todos os ambientes, expressar seu modo de ser com base naquilo que é segundo o que Jesus chama de vida, estes não têm como não expressar a Palavra do Senhor.

Não há como calar em nós mesmos aquilo que o Senhor põe em nosso coração, em nossa mente, em nossa alma, em nosso ser!

Há um afã de compartilhamento.

É assim que é!

E a Palavra deixa bem claro que é o Senhor que põe em nossa boca o que podemos compartilhar, significando dizer que, por nós mesmos, não seríamos capazes de elucubrar nada no que tange à Palavra de Deus. É como Jesus disse aos Seus discípulos: “Não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês (Mateus 10:19-20).

Tudo é d’Ele e vem d’Ele, por graça.

Assim, aqueles que falam das coisas de Deus àqueles que estão à sua volta, e o fazem com sinceridade de coração e verdade, apenas compartilham e falam daquilo que já fez e ainda faz bem a si mesmos.

Aquilo que nos alegra e fortalece “grita” por ser compartilhado com quem estiver mais próximo, seja uma proximidade física ou virtual.

Hoje em dia, com a virtualidade das mídias e da internet, não há distância que possa impedir que uma mensagem chegue a alguém.

Somente quem recebe a mensagem compartilhada e a rejeita – que é um direito que assiste a cada um, pois somos livres – é que pode impedir a Palavra de chagar ao seu coração.

É uma escolha.

Mas quem compartilha a Palavra, a sua escolha será sempre a de dividir o bem com o outro, pelo bem que já se recebeu por amor!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 12 de novembro de 2023

134 – A Filha de Jefté (Juízes 11)


 

Jefté1(versículo de Juízes 11), gileadita, era um guerreiro valente. Sua mãe era uma prostituta; seu pai chamava-se Gileade I. A2 mulher de Gileade também lhe deu filhos, que quando já estavam grandes, expulsaram Jefté, dizendo: Você não vai receber nenhuma herança de nossa família, pois é filho de outra mulher. Então3 Jefté fugiu dos seus irmãos e se estabeleceu em Tobe II. Ali um bando de vadios III uniu-se a ele e o seguia.

Algum4 tempo depois, quando os amonitas IV entraram em guerra contra Israel, os5 líderes de Gileade foram buscar Jefté em Tobe.

Pediram a ele que liderasse um ataque aos amonitas. Jefté concordou, com a condição de que permaneceria como líder, se os israelitas vencessem a batalha. Jefté, então, enviou mensageiros, numa tentativa de ponderar com o rei amonita, o qual reclamava que os israelitas tinham tomado sua terra. Mas o rei não lhes deu atenção.

Então29 o Espírito do SENHOR se apossou de Jefté. Este atravessou Gileade e Manassés, passou por Mispá de Gileade, e daí avançou contra os amonitas. E30 Jefté fez um voto V ao SENHOR: “Se entregares os amonitas nas minhas mãos, aquele31 que vier saindo da porta da minha casa ao meu encontro, quando eu retornar da vitória sobre os amonitas, será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto VI”.

Então32 Jefté foi combater os amonitas, e o SENHOR os entregou nas suas mãos. Ele33 conquistou vinte cidades, desde Aroer até as vizinhanças de Minite, chegando a Abel-Queramim. Assim os amonitas foram subjugados pelos israelitas.

Quando34 Jefté chegou à sua casa em Mispá, sua filha saiu ao seu encontro, dançando ao som de tamborins VII. E ela era filha única. Ele não tinha outro filho ou filha. Quando35 a viu, rasgou suas vestes e gritou: “Ah, minha filha! Estou angustiado e desesperado por sua causa, pois fiz ao SENHOR um voto que não posso quebrar”.

“Meu36 pai”, respondeu ela, “sua palavra foi dada ao SENHOR. Faça comigo o que prometeu, agora que o SENHOR o vingou dos seus inimigos, os amonitas”. E37 prosseguiu: “Mas conceda-me dois meses para vagar pelas colinas e chorar com as minhas amigas, porque jamais me casarei VIII”.

“Vá!”38, disse ele. E deixou que ela fosse por dois meses. Ela e suas amigas foram para as colinas e choraram porque ela jamais se casaria. Passados39 os dois meses, ela voltou a seu pai, e ele fez com ela o que tinha prometido no voto. Assim, ela nunca deixou de ser virgem.

Daí vem o costume em Israel de40 saírem as moças durante quatro dias, todos os anos, para celebrar a memória da filha de Jefté, o gileadita.

 

v     Para entender a história

O exílio de Jefté faz com que se torne um grande guerreiro. Ao ser solicitado para liderar os israelitas em uma batalha, astuciosamente assegura a sua posição como líder e juiz. Isso contrasta com o seu irrefletido comportamento posterior, ao tentar, tolamente, barganhar com Deus. Consegue o sucesso na batalha, mas à custa da própria filha.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Gileade – Gileade era neto de Manassés (filho mais velho de José) e fundou a família tribal dos gileaditas (Josué 17:1). Essa tribo viveu em Gileade, uma região montanhosa com densas florestas a leste do rio Jordão, que se estendia da extremidade sul do Mar da Galileia até o extremo norte do Mar Morto.

                                   II.     Tobe – Esse distrito ficava situado a leste do Jordão, bem ao norte de Gileade. Era habitado pelos arameus, tidos como aliados dos amonitas.

                                III.     “Um bando de vadios” – A palavra hebraica para “vadio” (ou aventureiro) também significa “fugitivo”. As colinas cobertas de florestas dessa região eram conhecidas como refúgio de proscritos, como Jefté, que sobreviviam de ataques de surpresa na área em volta.

                                IV.     “Os amonitas” – Os amonitas eram uma tribo nômade, e seu território fazia fronteira ao sul de Gileade. Eram descendentes de Ben-Ami, um dos filhos de Ló. Após a morte da esposa, Ló teve dois filhos com as suas filhas (Gênesis 19:30-38).

                                   V.     “Jefté fez um voto” – Jefté é uma das várias figuras-chave da Bíblia a fazer uma promessa a Deus, como Jacó (Gênesis 28:20) e Davi (Salmo 132:2-5). Em geral, votos eram feitos em retribuição a uma bênção de Deus ou como uma forma de agradecimento por sua ajuda. A Lei de Moisés estabelecia que os votos eram invioláveis (Números 30:2). Jefté agiu tolamente, fazendo uma promessa sem levar em conta as consequências.

                                VI.      Eu o oferecerei em holocausto” – A Lei israelita especificava claramente a proibição de sacrifício humano (Levítico 18:21). Também exigia que todas as oferendas fossem feitas no tabernáculo (Deuteronômio 12:5-6), mas um sacerdote não sacrificaria a filha de Jefté.

                             VII.     “Dançando ao som de tamborins” – Esse tipo de celebração era comum nos países do antigo Oriente Médio. As mulheres costumavam sair da cidade para receber os exércitos vitoriosos de volta de uma batalha. Tocavam tamborins e cantavam elegias.

                          VIII.     “Jamais me casarei” – Há dúvidas interpretativas se Jefté ofereceu a filha “em holocausto” ou se dedicou-a a uma vida de celibato a serviço de Deus. Entretanto, o texto diz claramente que ele cumpriu a promessa feita a Deus (vers. 39).

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 5 de novembro de 2023

Vou ao Médico


Marcos 2:17

Jesus lhes disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores”.

 

A primeira coisa a se fazer para se aceitar e introjetar o Evangelho de Jesus Cristo é reconhecer que somos seres falhos e necessitados de ajuda, de um Salvador que, em sendo aceito e reconhecido, se torna também o nosso Senhor, tendo Ele agora senhorio sobre nossa vida.

Muitas vezes é assim que acontece: somente quando nos declaramos impotentes e falidos emocional e psicologicamente, é que abrimos caminho para o Caminho, a Verdade e a Vida entrarem na nossa vida; somente quando reconhecemos que nossa verdade falhou miseravelmente, é que a Verdade que Cristo É passa a nos habitar.

Jesus nos fala que o Espírito – o Conselheiro – nos convence do nosso pecado, das nossas falhas e da nossa falibilidade: “Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque os homens não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado” (João 16:7-11). Somos pecadores, pois ainda falhamos em crer naquilo – tudo – que Ele nos ensina no Evangelho. Somos ainda carentes de justiça verdadeira, pois teimamos em nos calcar em nossa justiça própria, que não produz justiça em si, apenas frustração e amargura ao julgar o próximo. E somos sujeitos ao juízo enquanto não nos entregarmos a Ele, pois, ao nos entregarmos, a condenação já não nos toca – nem emitimos juízo sobre o próximo, nem somos condenados quando não condenamos: Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte (Romanos 8:1-2).

Todavia, a potencialidade do praticar o mal ainda está em nós. Quando nos convencemos disso, quando discernimos que ainda temos a potencialidade do mal e do pecado em nós mesmos, e quando sabemos que não podemos sair desse estado sozinhos, passamos então a depender do Senhor, na pessoa de Jesus, o Cristo de Deus.

Eu sei que fui resgatado da sarjeta da existência porque Jesus não desistiu de mim!

O apóstolo João escreve assim: Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno (1º João 5:19). Sim, “o mundo jaz no maligno” como diz em outras traduções da Bíblia. Entende-se por “mundo” não nosso planeta, mas a sociedade, seu modus operandi e o sistema de coisas com o qual temos que conviver. Basta olharmos em volta para comprovarmos isso.

E, se olharmos com cuidado, vemos que o ser humano é o grande responsável operacional pela malignidade que grassa à volta, posto que se permite ser marionetado pelo espírito que não é o Espírito de Cristo.

As teorias e espiritualidades da Nova Era dizem que o ser humano é bom por natureza. É mesmo? Podemos ter potencialidade para o bem – assim como para o mal –, mas “bons” não somos.

Vejamos como o apóstolo Paulo descreve a sociedade – a do seu tempo e, paralelamente, a de qualquer tempo: Que concluiremos então? Estamos em posição de vantagem? Não! Já demonstramos que tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado. Como está escrito: “Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer”. “Suas gargantas são um túmulo aberto; com suas línguas enganam”. “Veneno de serpentes está em seus lábios”. “Suas bocas estão cheias de maldição e amargura”. “Seus pés são ágeis para derramar sangue; ruína e desgraça marcam os seus caminhos, e não conhecem o caminho da paz”. “Aos seus olhos é inútil temer a Deus” (Romanos 3:9-18).

Não há ninguém intrinsecamente “bom”; “bom” é somente Deus, como Jesus mesmo dizia: “Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus (Marcos 10:18). E Jesus podia dizer isso com propriedade, posto que o Cristo de Deus naquele momento era um homem como nós.

Então, novamente: basta olharmos em volta para percebermos nossa inaptidão para a bondade intrínseca. Eu sei disso por mim! Eu sei do meu potencial para mentir, para roubar, para adulterar/falsificar, para até mesmo matar... Eu reconheço isso! Decididamente, não estou por mim mesmo entre os “justos”, mas entre os “pecadores” de que fala a Palavra.

A partir do momento em que reconheço isso, estou em condições de ser tratado pelo Médico ao qual vou – e que vem ao meu encontro!

Preciso do remédio que Ele me receita e administra em mim, o remédio do Evangelho, da boa nova de que estou perdoado n’Ele, justificado n’Ele, e potencializado n’Ele para ser e agir diferente de agora em diante.

Sou curado/salvo agora, e potencializado para ser uma nova criação: Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! (2º Coríntios 5:17).

Tenho agora diante de mim o mecanismo divino para um novo modus operandi em Cristo: Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos (Efésios 2:8-10).

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert