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domingo, 5 de novembro de 2023

Vou ao Médico


Marcos 2:17

Jesus lhes disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores”.

 

A primeira coisa a se fazer para se aceitar e introjetar o Evangelho de Jesus Cristo é reconhecer que somos seres falhos e necessitados de ajuda, de um Salvador que, em sendo aceito e reconhecido, se torna também o nosso Senhor, tendo Ele agora senhorio sobre nossa vida.

Muitas vezes é assim que acontece: somente quando nos declaramos impotentes e falidos emocional e psicologicamente, é que abrimos caminho para o Caminho, a Verdade e a Vida entrarem na nossa vida; somente quando reconhecemos que nossa verdade falhou miseravelmente, é que a Verdade que Cristo É passa a nos habitar.

Jesus nos fala que o Espírito – o Conselheiro – nos convence do nosso pecado, das nossas falhas e da nossa falibilidade: “Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque os homens não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado” (João 16:7-11). Somos pecadores, pois ainda falhamos em crer naquilo – tudo – que Ele nos ensina no Evangelho. Somos ainda carentes de justiça verdadeira, pois teimamos em nos calcar em nossa justiça própria, que não produz justiça em si, apenas frustração e amargura ao julgar o próximo. E somos sujeitos ao juízo enquanto não nos entregarmos a Ele, pois, ao nos entregarmos, a condenação já não nos toca – nem emitimos juízo sobre o próximo, nem somos condenados quando não condenamos: Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte (Romanos 8:1-2).

Todavia, a potencialidade do praticar o mal ainda está em nós. Quando nos convencemos disso, quando discernimos que ainda temos a potencialidade do mal e do pecado em nós mesmos, e quando sabemos que não podemos sair desse estado sozinhos, passamos então a depender do Senhor, na pessoa de Jesus, o Cristo de Deus.

Eu sei que fui resgatado da sarjeta da existência porque Jesus não desistiu de mim!

O apóstolo João escreve assim: Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno (1º João 5:19). Sim, “o mundo jaz no maligno” como diz em outras traduções da Bíblia. Entende-se por “mundo” não nosso planeta, mas a sociedade, seu modus operandi e o sistema de coisas com o qual temos que conviver. Basta olharmos em volta para comprovarmos isso.

E, se olharmos com cuidado, vemos que o ser humano é o grande responsável operacional pela malignidade que grassa à volta, posto que se permite ser marionetado pelo espírito que não é o Espírito de Cristo.

As teorias e espiritualidades da Nova Era dizem que o ser humano é bom por natureza. É mesmo? Podemos ter potencialidade para o bem – assim como para o mal –, mas “bons” não somos.

Vejamos como o apóstolo Paulo descreve a sociedade – a do seu tempo e, paralelamente, a de qualquer tempo: Que concluiremos então? Estamos em posição de vantagem? Não! Já demonstramos que tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado. Como está escrito: “Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer”. “Suas gargantas são um túmulo aberto; com suas línguas enganam”. “Veneno de serpentes está em seus lábios”. “Suas bocas estão cheias de maldição e amargura”. “Seus pés são ágeis para derramar sangue; ruína e desgraça marcam os seus caminhos, e não conhecem o caminho da paz”. “Aos seus olhos é inútil temer a Deus” (Romanos 3:9-18).

Não há ninguém intrinsecamente “bom”; “bom” é somente Deus, como Jesus mesmo dizia: “Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus (Marcos 10:18). E Jesus podia dizer isso com propriedade, posto que o Cristo de Deus naquele momento era um homem como nós.

Então, novamente: basta olharmos em volta para percebermos nossa inaptidão para a bondade intrínseca. Eu sei disso por mim! Eu sei do meu potencial para mentir, para roubar, para adulterar/falsificar, para até mesmo matar... Eu reconheço isso! Decididamente, não estou por mim mesmo entre os “justos”, mas entre os “pecadores” de que fala a Palavra.

A partir do momento em que reconheço isso, estou em condições de ser tratado pelo Médico ao qual vou – e que vem ao meu encontro!

Preciso do remédio que Ele me receita e administra em mim, o remédio do Evangelho, da boa nova de que estou perdoado n’Ele, justificado n’Ele, e potencializado n’Ele para ser e agir diferente de agora em diante.

Sou curado/salvo agora, e potencializado para ser uma nova criação: Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! (2º Coríntios 5:17).

Tenho agora diante de mim o mecanismo divino para um novo modus operandi em Cristo: Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos (Efésios 2:8-10).

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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