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domingo, 19 de novembro de 2023

Compartilhar o Que Recebemos


 

Números 23:12

“Será que não devo dizer o que o SENHOR põe na minha boca?”

 

Esta Palavra foi proferida por Balaão, fazendo uma pergunta retórica, isto é, uma pergunta para a qual a resposta é óbvia.

Para nos colocarmos dentro do contexto histórico no qual Balaão disse o que disse, vamos fazer uma “visita” àquela passagem no livro de Números, no Antigo Testamento.

No capítulo 22 deste livro, se diz que os israelitas partiram e acamparam nas campinas de Moabe, para além do Jordão, perto de Jericó. Balaque, filho de Zipor, viu tudo o que Israel tinha feito aos amorreus, e Moabe teve muito medo do povo, porque era muita gente. Moabe teve pavor dos israelitas. Então os moabitas disseram aos líderes de Midiã: “Essa multidão devorará tudo o que há ao nosso redor, como o boi devora o capim do pasto”. Balaque, rei de Moabe naquela época, enviou mensageiros para chamar Balaão, filho de Beor, que estava em Petor, sua terra natal. A mensagem de Balaque dizia: “Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra e se estabeleceu perto de mim. Venha agora lançar uma maldição contra ele, pois é forte demais para mim. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo da terra. Pois sei que quem você abençoa é abençoado, e quem você amaldiçoa é amaldiçoado”. Os líderes de Moabe e os de Midiã partiram, levando consigo o preço para os encantamentos mágicos. Quando chegaram, comunicaram a Balaão o que Balaque tinha dito. Balaão pediu que os homens ficassem, enquanto ele esperava as instruções de Deus. À noite, Deus disse a Balaão que ele não devia amaldiçoar os israelitas, pois eles eram abençoados. Então, Balaão não seguiu com os homens. Balaque mandou mais enviados a Balaão e quis tentá-lo com belas recompensas. Balaão, novamente, esperou a resposta de Deus. Naquela noite Deus veio a Balaão e lhe disse: “Visto que esses homens vieram chamá-lo, vá com eles, mas faça apenas o que eu lhe disser”. Depois disso, ao invés de maldições, Balaão proferiu apenas bênçãos em relação aos israelitas.

Voltando agora ao meu primeiro parágrafo, mesmo Balaão não sendo israelita, conhecia a Deus, e, ainda que ele mesmo fosse de dupla índole, a pergunta retórica que ele faz tem em si profunda sabedoria. Nela há um questionamento interessante.

Saindo lá do Antigo Testamento e vindo agora aos nossos dias, podemos dizer que aqueles que creem no Evangelho, que buscam a cada dia andar em sua vida conforme os ensinamentos de Jesus, que buscam, no convívio familiar, profissional, social e em todos os ambientes, expressar seu modo de ser com base naquilo que é segundo o que Jesus chama de vida, estes não têm como não expressar a Palavra do Senhor.

Não há como calar em nós mesmos aquilo que o Senhor põe em nosso coração, em nossa mente, em nossa alma, em nosso ser!

Há um afã de compartilhamento.

É assim que é!

E a Palavra deixa bem claro que é o Senhor que põe em nossa boca o que podemos compartilhar, significando dizer que, por nós mesmos, não seríamos capazes de elucubrar nada no que tange à Palavra de Deus. É como Jesus disse aos Seus discípulos: “Não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês (Mateus 10:19-20).

Tudo é d’Ele e vem d’Ele, por graça.

Assim, aqueles que falam das coisas de Deus àqueles que estão à sua volta, e o fazem com sinceridade de coração e verdade, apenas compartilham e falam daquilo que já fez e ainda faz bem a si mesmos.

Aquilo que nos alegra e fortalece “grita” por ser compartilhado com quem estiver mais próximo, seja uma proximidade física ou virtual.

Hoje em dia, com a virtualidade das mídias e da internet, não há distância que possa impedir que uma mensagem chegue a alguém.

Somente quem recebe a mensagem compartilhada e a rejeita – que é um direito que assiste a cada um, pois somos livres – é que pode impedir a Palavra de chagar ao seu coração.

É uma escolha.

Mas quem compartilha a Palavra, a sua escolha será sempre a de dividir o bem com o outro, pelo bem que já se recebeu por amor!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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