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domingo, 24 de março de 2024

Os Ramos


João 12:12-13

No dia seguinte, a grande multidão que tinha vindo para a festa ouviu falar que Jesus estava chegando a Jerusalém. Pegaram ramos de palmeiras e saíram ao seu encontro, gritando: “Hosana!” “Bendito é o que vem em nome do Senhor!” “Bendito é o Rei de Israel!”

 

A cena é esta: Jesus estava entrando em Jerusalém, montado em um jumentinho, e aquela seria a última semana de Sua vida como mortal na terra.

A população havia ouvido a respeito da ressurreição de Lázaro, que Ele promovera, bem como acerca de outros milagres d’Ele, e estava muito curiosa com tudo isso, ansiando vê-Lo.

Muitos judeus se reuniam naquela semana em Jerusalém, vindos de várias regiões, e mesmo de outras nações, onde residiam, pois era a semana que antecedia a comemoração da Páscoa judaica – onde o povo relembrava da saída/êxodo do Egito, conduzidos que foram por Moisés. Esta era uma tradição de séculos já, e era celebrada todos os anos.

Pois bem. Lá estava Jesus, entrando na cidade, acompanhado de Seus discípulos e mais uma multidão de gente. Na antiguidade, no Oriente Médio, quando um rei adentrava uma cidade, era costume ele ser recebido com honrarias especiais, e estenderem-se ramos e mantos pelo chão do caminho que trilhava era uma dessas honrarias. Dá para imaginar o alvoroço que isso tudo causou, especialmente entre os religiosos do Templo, sempre zelosos pelas tradições.

E o povo, além destas honrarias, também prestava saudações.

“Hosana!”, gritavam eles, uma expressão hebraica de louvor que significa “Salve!”, relembrando o Salmo 118:25.

“Bendito é o que vem em nome do Senhor!”, era outro grito da multidão, relembrando a expressão também constante no Salmo 118:26.

Ainda, o povo dava a Jesus de Nazaré uma saudação dedicada à realeza: “Bendito é o Rei de Israel!”

De forma simbólica, aquele pregador de Nazaré estava sendo recebido em Jerusalém como se fosse um rei.

Pois é. Durma-se com um barulho desses! – especialmente na mente dos religiosos, que já tramavam formas de se livrarem desse incômodo “mestre popular”.

Bem, depois conhecemos a história e o desenrolar daquela semana, que culminaria com a crucificação e a ressurreição.

Hoje, quero me ater a esta entrada triunfal de Jesus de Nazaré em Jerusalém, e me ocorrem algumas perguntas: Qual o motivo daquela agitação popular toda? Eles de fato sabiam Quem Ele era? O que eles esperavam d’Ele? Mais milagres? Surpresas? Que Ele promovesse a libertação de Israel das mãos dos romanos?

Das seis perguntas acima, tenho minhas percepções a respeito, a saber: Para a primeira, a resposta é “variada”, pois uma agitação popular quase nunca tem um motivo único. Para a segunda, creio que “não sabiam” de fato. Para a terceira, também há “várias possibilidades” de expectativa, pois sobre Ele ouviram muitas histórias. Para a quarta, “sim”, seguramente os milagres eram também uma grande expectativa. Para a quinta pergunta, a resposta é “sim” também, pois Jesus costumava surpreender por Seus ensinamentos e Suas atitudes. A para a última pergunta, creio que “sim” também é a resposta, pois muitos esperavam d’Ele algum ato sobrenatural que corresse com os romanos dali – inclusive creio que Judas, o discípulo que O traiu, esperava isso também.

E, agora, chegamos a nós, a mim que escrevo este texto e a você que o lê.

Em Jesus adentrando nossas vidas diariamente, o que esperamos d’Ele? Como O recebemos? Ficamos “agitados” com a Sua presença ou ela passa despercebida? Sabemos de fato Quem Ele É? O que esperamos d’Ele? Milagres? Surpresas? O que esperamos que Ele promova em nossa vida?

Tenho cá minhas respostas pessoais.

E convido a você a pensar sobre as suas.

Vamos refletir nisso nesta semana, uma semana que traz recordações tão importantes a quem tem em Jesus o seu Mestre e Senhor!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 17 de março de 2024

142 – Israel Governada Por Reis


 

O povo de Israel estava insatisfeito com a sua liderança, que havia passado do profeta Samuel para seus filhos. Por essa época, também sofria repetidos ataques dos filisteus, os seus antigos inimigos (cerca de 1100 a.C.). Numa tentativa de unir os grupos tribais contra os filisteus, os anciãos israelitas passaram a exigir um rei. Apesar dos alertas de Samuel com relação à taxação e recrutamento, o povo de Israel decidiu tornar-se uma nação sob o governo de Saul, o primeiro rei de Israel. O reinado atingiu o auge durante a época do rei Salomão, quando se transformou num enorme império comercial.

 

Os primeiros reis

Samuel desempenhou um importante papel no estabelecimento da monarquia. Ajudou a escolher os dois primeiros reis, Saul (cerca de 1050 – 1010 a.C.) e Davi (cerca de 1010 – 970 a.C.), que reinaram, cada um, por volta de quarenta anos. Davi escolheu o filho Salomão para ser o terceiro rei de Israel. Ele também reinou durante quarenta anos (cerca de 970 – 930 a.C.).

 

A unção de reis

Os israelitas costumavam ungir os seus sacerdotes, o que consistia em esfregar um óleo sagrado (*) na pele deles. Esse ato simbolizava a consagração a Deus, para o ofício religioso. A partir da época de Samuel, também ungiam os seus reis. Essa prática indicava que os reis não eram escolhidos pelo povo, mas por Deus.

A unção também significava a fidelidade de um rei a Deus e sua dedicação ao povo de Israel. O rei de Israel passou a ser conhecido como o “messias”, termo hebraico para o “ungido”. A palavra grega para “messias” é “christos”, da qual derivou “Cristo”.

 

O reinado de Saul

Saul pertencia à tribo de Benjamim, a menor das doze tribos de Israel. Os benjamitas ocupavam a terra entre Efraim, ao norte, e Judá, ao sul. Saul foi, portanto, uma boa opção de rei para um Israel unido, pois agradaria tanto às tribos do norte quanto às do sul.

 

Saul, o soldado

Saul era um excelente líder militar. Das diferentes tribos de Israel, ele formou um único exército, que, embora tivesse armamento inferior, combateu com sucesso os amonitas e os filisteus. Entretanto, as vitórias de Saul merecem apenas uma breve menção na Bíblia. Por outro lado, ele é duramente criticado por sua desobediência a Deus (1º Samuel, caps. 13 – 15). Deus o rejeitou, o que fez com que ele se tornasse cada vez mais desconfiado e enciumado, principalmente de Davi, que o servia em seu palácio. Saul perdeu muito tempo perseguindo Davi, e a nação de Israel sofreu com isso. Nos anos finais de seu reinado, ele via Davi como uma ameaça ao seu poder.

 

O reinado de Davi

Após a morte de Saul, Davi foi ungido como rei pelos seus conterrâneos da tribo de Judá. Ele herdou, porém, um reino dividido. Isbaal, um dos filhos de Saul, foi proclamado rei das tribos do norte de Israel, por Abner, o comandante do exército de Saul. Isbaal acabou sendo morto, e Davi foi ungido pelas tribos do norte.

 

Conquistas militares de Davi

Davi foi um soldado corajoso e um general habilidoso. Subjugou nações vizinhas de todos os lados. Derrotou os amonitas, os moabitas e os edomitas no leste; os filisteus, no oeste e os sírios (armênios) no norte. O declínio do Egito e o poder enfraquecido de outras grandes civilizações permitiram que Davi fizesse alianças bem-sucedidas, para garantir as suas fronteiras do Nilo ao Eufrates.

 

Davi conquista Jerusalém

Davi tomou dos jebuseus a antiga cidade de Jerusalém e a tornou o centro religioso e político do seu reinado. Sua localização era ideal, instalada bem no centro, entre as tribos do norte e do sul de Israel. A antiga capital israelita era Hebron, que ficava muito ao sul. Jerusalém também estava convenientemente situada num planalto e era densamente fortificada. Davi instalou a Arca da Aliança (contendo as Leis de Moisés) em sua nova capital.

 

Oposição a Davi

Davi transformou a sociedade tribal israelita em um estado centralizado. Também aumentou os impostos para pagar as suas campanhas militares e projetos de construção. Isso provocou muita hostilidade entre as tribos israelitas, que não sentiram os benefícios de suas reformas. Uma revolta foi liderada por Seba, um benjamita que pretendia dividir o reino e destruir a monarquia. Mas Davi derrotou os revoltosos em Abel-Bet-Maaca.

O reinado de Davi também foi obscurecido por problemas dentro de sua família. Absalão, um de seus filhos, tentou tomar o trono, e Davi foi forçado a fugir de Jerusalém. Esses problemas internos sublinharam a instabilidade da monarquia dessa época.

 

O reinado de Salomão

Davi indicou o filho Salomão para sucedê-lo. O seu reinado foi pacífico e ele expandiu o reino através de tratados assinados com outras nações. Salomão, entretanto, tinha tendência a ser ditatorial, e as pessoas o viam como um soberano opressor. Salomão propiciou grade riqueza e prestígio ao seu reino. Também se destacou por sua sabedoria e erudição. Muitos dos textos de Salomão fazem parte da Bíblia. Formou uma coletânea de provérbios, poemas de amor e salmos.

 

O comércio de Salomão

Salomão iniciou um sistema de acordos comerciais com países vizinhos. Algumas operações comerciais eram realizadas por terra, utilizando caravanas de camelos, mas a maior parte era feita por mar. Ele construiu uma enorme frota de navios, com a ajuda do rei Hirão, de Tiro. As operações comerciais de Salomão o levaram a entrar em contato com a rainha de Sabá (1º Reis 10:1-3).

 

Salomão, o construtor

Não houve guerras durante o reinado de Salomão, o que lhe facilitou a execução de grandes projetos arquitetônicos. O seu palácio, uma série de cinco estruturas, levou treze anos para ser concluído. Construiu cidades-entrepostos e fortalezas para proteger o reino, como as de Hasor, Megido e Geser. Salomão usou escravos estrangeiros como mão-de-obra para esses projetos. Também recrutou israelitas para recolherem materiais de construção no Líbano.

 

O Templo de Jerusalém

O Templo foi o mais importante dos projetos arquitetônicos de Salomão. Hoje em dia, nada resta desse prédio magnífico, mas o livro dos Reis o descreve em grades detalhes (1º Reis, cap. 6). Era dividido em três setores principais: o Santo dos Santos, o Recinto Sagrado e os Átrios Externos. Seu desenho era semelhante ao do Tabernáculo (o santuário portátil dos israelitas). Salomão foi ajudado por Hirão-Abi, um habilidoso artífice de Tiro.

 

(*) Óleos de unção: O Antigo Testamento fornece instruções detalhadas para se fazer o óleo especial de unção (Êxodo 30:22-33). Os ingredientes eram mirra líquida, canela, cana aromática e cássia, que deviam ser misturadas com azeite de oliva puro.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS. 

domingo, 10 de março de 2024

Meu Amigo Jesus de Nazaré


João 15:14

“Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno”.

 

Jesus chamou Seus discípulos de amigos. Ainda que Ele fosse Senhor sobre eles, Ele agora preferia uma relação mais próxima, de amigos: Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (João 15:15).

Ele preferia Se aproximar muito mais deles, tendo mais que uma relação de um senhorio sobre sua vassalagem, ou um mestrado sobre seu discipulado – Ele preferia fazê-los amigos de Deus!

Alguns sinais claros disso Ele já dava em Sua conversa com eles, por declarações do tipo: “Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço (João 15:9-10). “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa (João 15:11) Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome (João 15:16).

Costumo dizer que, nas Escrituras, Deus vai Se apresentando de forma cada vez mais próxima do ser humano, conforme a consciência deste vai evoluindo: Ele Se apresenta como Deus, como Criador, como SENHOR, como Salvador, como Pai, como Irmão e como Amigo. Em Jesus de Nazaré, estas designações ganham seu significado mais amplo!

Mesmo em hierarquias humanas, onde existe uma distância de organograma entre superior e subordinado, quando há amizade entre eles, esta distância tende a diminuir consideravelmente e, em alguns casos, mesmo desaparecer. Permanece, sim, a subordinação e a obediência cabíveis, mas não há o “peso” do “maior” sobre o “menor”. Há, sim, uma paridade consentida do superior em relação ao subordinado.

Ora, se nas hierarquias humanas já pode ser assim, quanto mais será na “hierarquia” divina, onde só Cristo é o Senhor – e tem o senhorio –, e os demais são tão-somente irmãos!

E a iniciativa da paridade é d’Ele – e só poderia partir d’Ele!

Essa paridade classifica a nossa relação com Cristo como uma relação de amigos. Continuamos sabendo que Ele é o Senhor e o Mestre, e Ele sabe que nós somos os servos e os discípulos, mas nossa abordagem agora é de amigos: Ele é nosso amigo e nós somos amigos d’Ele! Isso é único!

Até nossa condição de discípulos é potencializada por esta relação agora tão próxima com o Mestre: “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor” (Mateus 10:24-25).

Note que, nesta Palavra, Jesus fala que o discípulo é “como” o seu mestre, e o servo é “como” o seu senhor. Ora, isso só pode partir de um Amigo!

Há, no entanto, uma condicional para sermos amigos de Jesus, há um “se”.

Veja: com relação ao amor que Deus tem para conosco, não há nenhuma condicional – pois Seu amor é incondicional – mas para termos uma “amizade” com Ele, há, sim, uma condicional, há, sim, um “se”.

Ele diz que seremos Seus amigos “se” fizermos o que Ele nos ordena, lembra? “Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno”.

E que ordenação é esta? Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros (João 15:17).

Assim, a condição que Ele nos coloca para sermos Seus amigos é esta: o amor fraterno!

Somos Seus amigos se somos amigos dos demais irmãos humanos!

Para isso, claro, precisamos de disposição. Precisamos deixar de lado o orgulho. Precisamos de empatia, colocarmo-nos no lugar do outro. Precisamos de perdão: perdoar e aceitarmos perdão. Precisamos querer!

Em suma, é isso que precisamos: querer.

Lembro também do que Ele fala sobre o “querer”: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me (Lucas 9:23).

E aí? Você quer esta amizade?

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

 

domingo, 3 de março de 2024

141 – Os Filisteus e a Arca (1º Samuel 4 – 6)


Os1(versículo de Samuel 4) israelitas saíram à guerra contra os filisteus. Os2 filisteus dispuseram suas forças em linha para enfrentar Israel, e, intensificando-se o combate, Israel foi derrotado pelos filisteus, que mataram cerca de quatro mil deles no campo de batalha. Quando3 os soldados voltaram ao acampamento, as autoridades de Israel perguntaram: “Por que o SENHOR deixou que os filisteus nos derrotassem? Vamos a Siló buscar a arca da aliança do SENHOR I, para que ele vá conosco e nos salve das mãos de nossos inimigos”.

Quando5 a arca da aliança do SENHOR entrou no acampamento, todos os israelitas gritaram tão alto que o chão estremeceu.

Os6 filisteus, ouvindo os gritos, perguntaram: “O que significam todos esses gritos no acampamento dos hebreus?”

Quando souberam que a arca do SENHOR viera para o acampamento, os7 filisteus ficaram com medo e disseram: “Deuses chegaram ao acampamento. Ai de nós! Nunca nos aconteceu uma coisa dessas! Ai8 de nós! Quem nos livrará das mãos desses deuses poderosos? São os deuses que feriram os egípcios com toda espécie de pragas, no deserto. Sejam9 fortes, filisteus! Sejam homens ou vocês se tornarão escravos dos hebreus, assim como eles foram escravos de vocês. Sejam homens e lutem!”

Os filisteus lançaram um ataque feroz contra os israelitas e capturaram a arca de Deus. Os israelitas sofreram perdas pesadas, e os dois filhos de Eli foram mortos. O resto fugiu para suas tendas. Um mensageiro foi enviado a Siló, para dar a notícia a Eli.

Eli18 caiu da cadeira para trás, ao lado do portão, quebrou o pescoço, e morreu II, pois era velho e pesado. Ele liderou Israel durante quarenta anos.

Depois1(versículo de Samuel 5) que os filisteus tomaram a arca de Deus, eles a levaram de Ebenézer para Asdode e2 a colocaram dentro do templo de Dagom III, ao lado de sua estátua. Quando3 o povo de Asdode se levantou na madrugada do dia seguinte, lá estava Dagom caído, rosto em terra, diante da arca do SENHOR! Eles levantaram Dagom e o colocaram de volta em seu lugar. Mas4, na manhã seguinte, quando se levantaram de madrugada, lá estava Dagom caído, rosto em terra, diante da arca do SENHOR! Sua cabeça e mãos tinham sido quebradas e estavam sobre a soleira; só o seu corpo ficou no lugar.

Depois6 disso a mão do SENHOR pesou sobre o povo de Asdode e dos arredores, trazendo devastação sobre eles e afligindo-os com tumores.

A arca foi carregada para outras cidades filisteias. Aonde quer que ela fosse, levava pragas e morte. Após sete meses, os sacerdotes e adivinhos filisteus disseram ao seu povo para que mandasse a arca embora dentro de uma carroça puxada por duas vacas não adestradas e que fizesse reprodução em ouro dos ratos e tumores que estavam dizimando o país.

Colocaram11(versículo de Samuel 6) a arca do SENHOR na carroça e junto dela a caixa com os ratos de ouro e as imagens dos tumores IV. Então12 as vacas foram diretamente para Bete-Semes V.

Ora13, o povo de Bete-Semes estava colhendo trigo no vale e, quando olharam e viram a arca, alegraram-se muito. A14 carroça chegou ao campo de Josué, de Bete-Semes, e ali parou ao lado de uma grande rocha. Então cortaram a madeira da carroça e ofereceram as vacas como holocausto ao SENHOR. Os15 levitas tinham descido a arca do SENHOR e a caixa com os objetos de ouro e colocado sobre a grande rocha. Naquele dia, o povo de Bete-Semes ofereceu holocaustos e sacrifícios ao SENHOR.

A arca foi, então, levada a Quiriate-Jearim, onde permaneceu durante vinte anos. Samuel tornou-se o juiz seguinte e o líder dos israelitas.

 

v     Para entender a história

A Arca da Aliança representa a presença e o poder de Deus. Ao perder a arca, os israelitas aprenderam que não podem manipular Deus. A crença dos filisteus na superioridade de seu deus durou pouco. Deus mostrou que o destino de ambas as nações está sob o seu controle.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Vamos a Siló buscar a arca da aliança do SENHOR – Os israelitas consideravam a arca como um símbolo da presença de Deus. As autoridades lembraram que ela havia levado Israel à vitória em Jericó (Josué cap. 6), e acreditavam que faria o mesmo contra os filisteus. Apesar de formarem uma pequena nação, os filisteus eram oponentes ferozes. Contavam com um exército permanente e bem treinado, ao passo que o exército israelita era formado por lavradores e operários.

                                   II.      Eli... morreu” – Eli serviu como sumo sacerdote de Israel durante quarenta anos e morreu com a idade de 98 anos. Foi julgado severamente por Deus porque não conteve a ganância e o egoísmo dos seus filhos. Eles violaram os rituais dos sacrifícios e seduziram as mulheres que serviam no santuário. A morte dos filhos tinha sido antecipada por um profeta, que previu a ruína da família de Eli ( Samuel 2:31-36).

                                III.     “Tomaram a arca e a colocaram dentro do templo de Dagom” – Nas culturas do Oriente Médio dessa época, era costume uma nação vitoriosa transferir ídolos capturados para os seus próprios templos. Isso simbolizava a crença de que os seus deuses eram superiores àqueles da nação derrotada. Os filisteus trataram a arca como um ídolo capturado.

                                IV.     “Os ratos de ouro e as imagens dos tumores” – As pessoas foram instruídas a fazer modelos de ratos, a causa mais provável da peste, e dos tumores, que eram o seu sintoma. Os modelos foram feitos de ouro para compensar Israel pela tomada da arca. Os filisteus acreditavam que esses modelos tinham poderes mágicos, e achavam que, se fossem mandados embora, a doença iria também.

                                   V.     “Bete-Semes” – Bete-Semes era uma cidade do outro lado da fronteira filisteia. Ficava situada em uma terra cedida à tribo de Judá, mas a cidade pertencia aos levitas (Josué 21:16). O fato de duas vacas não adestradas terem puxado a carroça com a arca na direção de uma cidade israelita é a confirmação de que Deus foi a causa do sofrimento filisteu.

 

          Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Permanecer Firme


 

João 8:31-32

“Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.

 

Estas palavras Jesus dirigia aos Seus irmãos judeus que haviam crido n’Ele. Elas eram válidas naquele tempo, e são válidas também nos dias atuais, sendo ditas a cada um de nós. São, portanto, atemporais, de validade eterna!

Lembremos sempre que Jesus é a Palavra e a Palavra é Jesus: No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram (João 1:1-5).

 O texto de João 8:31-32 tem sido o “texto-lema”, o “símbolo” e a “bandeira” dos LIVRES DISCÍPULOS DE CRISTO, que é como denominei o Blog criado em 06 de outubro de 2011, para compartilhar a Palavra na internet, de forma livre e independente, e que depois se transformou também num pequeno canal no YouTube, e é sob este título também que compartilho a Palavra diariamente nas redes sociais.

Pois bem...

Permanecer em Sua Palavra é permanecer na Bíblia, onde a Palavra nos é transmitida. Não há que se acrescentar nem tirar nada; não temos que ir além da Palavra, nem ficar aquém dela. Nada acrescentem às palavras que eu lhes ordeno e delas nada retirem, mas obedeçam aos mandamentos do SENHOR, o seu Deus, que eu lhes ordeno (Deuteronômio 4:2). Também não temos que nos desviar dela, nem para um lado, nem para o outro. “Por isso, tenham o cuidado de fazer tudo como o SENHOR, o seu Deus, lhes ordenou; não se desviem, nem para a direita, nem para a esquerda. Andem sempre pelo caminho que o SENHOR, o seu Deus, lhes ordenou, para que tenham vida, tudo lhes vá bem e os seus dias se prolonguem na terra da qual tomarão posse” (Deuteronômio 5:32-33). Com relação a estas Palavras constantes no livro de Deuteronômio, se lidas à luz de Cristo, significam permanecermos nos mandamentos do Evangelho e tomar posse das promessas que Jesus nos fez.

Por que estou dizendo isso, e enfatizando para permanecermos firmes em Cristo e Sua Palavra?

Porque nos dias em que vivemos grassam à solta por aí as mais diversas literaturas e mídias de cunho religioso-espiritual, muitas delas travestidas de “palavras de Deus” para os tempos atuais. Muitas delas são similares às que encontramos na Bíblia, mas muitas vão além delas ou as contradizem, e outras se desviam completamente.

As mais nocivas são aquelas que negam Jesus Cristo ou relativizam Seu papel. Não são difíceis de identificar: Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho. Todo o que nega o Filho também não tem o Pai; quem confessa publicamente o Filho tem também o Pai (1º João 2:22-23).

Depois da advertência contra quem é anticristo, o apóstolo João traz uma Palavra de incentivo à permanência: Quanto a vocês, cuidem para que aquilo que ouviram desde o princípio permaneça em vocês. Se o que ouviram desde o princípio permanecer em vocês, vocês também permanecerão no Filho e no Pai. E esta é a promessa que ele fez: a vida eterna (1º João 2:24-25).

Além das literaturas que negam a Jesus Cristo, há aquelas que colocam o homem como centro, escanteando Deus ou O relativizando. Deus É absoluto em Si mesmo, e não se O pode comparar com nada nem ninguém, muito menos ao homem, que é criação Sua: “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor” (Isaías 42:8).

Muitas destas literaturas espirituais ou mídias de mesmo naipe fazem até “sentido” ao sentido humano e parecem nos encantar, mas não passam de sabedoria humana, imperfeita e limitada em si mesma, e a sabedoria humana não pode revelar Deus. Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que creem por meio da loucura da pregação (1º Coríntios 1:21). O que vem de Deus pode mesmo parecer loucura à sabedoria humana, mas, ainda assim, sempre será superior em significado, porque a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte que a força do homem (1º Coríntios 1:25).

A mensagem do Evangelho se abstém da sabedoria humana, para que a sabedoria divina seja ressaltada. Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus (1º Coríntios 2:4-5). Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não porém com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada (1º Coríntios 1:17).

Nas Palavras do Evangelho, além da sabedoria divina, está a revelação do Espírito Santo, e está a mente de Cristo, e não a mente humana: Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais. Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois “quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo?” Nós, porém, temos a mente de Cristo (1º Coríntios 2:13-16).

Muitas destas literaturas e mídias religiosas-espirituais têm a sublimada mensagem de colocar o homem como autossuficiente, assemelhando-o sutilmente a Deus, colocando a criatura em pé de igualdade com o Criador. Mas Jesus deixa claro que não somos autossuficientes. Ao contrário, assinala que somente unidos n’Ele podemos produzir algo de realmente bom e significativo: Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim” (João 15:4). “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma (João 15:5). “Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido (João 15:7). “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos” (João 15:8). Veja que tudo resulta em glorificação a Deus, e não aos homens!

Há de se ter muito cuidado com tudo que nos é apresentado como literatura ou mídia de espiritualidade, pois parece muito com o “argumento da serpente”, quando ela, metaforicamente, questionou os humanos a respeito da Palavra de Deus: Foi isso mesmo que Deus disse?” (Gênesis 3:1). Quando damos ouvidos àquilo que duvida da Palavra de Deus, abrimos o flanco, baixamos a guarda, e o golpe entra!

Jesus advertia a respeito dos que usavam a mentira travestida de verdade, e não pegou leve a este respeito, mas usou de papo reto e direto: “Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira (João 8:44).

Peça a Deus sabedoria para discernir o que é d’Ele e o que “só parece” d’Ele.

Por fim e sobretudo, permanecendo em Cristo e na Sua Palavra, seremos verdadeiramente Seus discípulos, conheceremos a verdade e seremos livres!

Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 18 de fevereiro de 2024

140 – O Chamado de Samuel (1º Samuel 1 – 3)


 

Havia1(versículo de Samuel 1) certo homem de Ramataim, zufita, dos montes de Efraim I, chamado Elcana, filho de Jeroão, neto de Eliú e bisneto de Toú, filho do efraimita Zufe. Ele2 tinha duas mulheres; uma se chamava Ana, e a outra Penina. Penina tinha filhos, Ana, porém, não tinha.

Todos3 os anos esse homem subia de sua cidade a Siló II para adorar e sacrificar ao SENHOR dos Exércitos. Lá, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli, eram sacerdotes do SENHOR.

Certa9 vez quando terminou de comer e beber em Siló, estando o sacerdote Eli III sentado numa cadeira junto à entrada do santuário do SENHOR, Ana se levantou e10, com a alma amargurada, chorou muito e orou ao SENHOR. E11 fez um voto, dizendo: “Ó SENHOR dos Exércitos, se tu deres atenção à humilhação de tua serva, te lembrares de mim e não te esqueceres de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao SENHOR por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão cortados”.

Assim20 Ana engravidou e, no devido tempo, deu à luz um filho. E deu-lhe o nome de Samuel (*), dizendo: “Eu o pedi ao SENHOR”.

Depois24 de desmamá-lo, levou o menino, ainda pequeno, à casa do SENHOR, em Siló, com um novilho de três anos de idade, uma arroba de farinha IV e uma vasilha de couro cheia de vinho. Eles25 sacrificaram o novilho e levaram o menino a Eli, e26 ela lhe disse: “Meu senhor, juro por tua vida que eu sou a mulher que esteve aqui a teu lado, orando ao SENHOR. Era27 este menino que eu pedia, e o SENHOR concedeu-me o pedido. Por28 isso, agora, eu o dedico ao SENHOR. Por toda a sua vida será dedicado ao SENHOR”. E ali adorou o SENHOR.

Samuel passou a viver junto a Eli, sendo por este tutelado e ensinado. Alguns anos depois, um profeta veio a Siló. Ele disse a Eli que uma calamidade se abateria sobre a sua casa e os seus dois filhos impiedosos morreriam.

Certa2(versículo de Samuel 3) noite, Eli, cujos olhos estavam ficando tão fracos que já não conseguia mais enxergar, estava deitado em seu lugar de costume. A3 lâmpada de Deus V ainda não havia se apagado, e Samuel estava deitado no santuário do SENHOR, onde se encontrava a arca de Deus. Então4 o SENHOR chamou Samuel.

Samuel respondeu: “Estou aqui”. E5 correu até Eli e disse: “Estou aqui; o senhor me chamou?”

Eli, porém, disse: “Não o chamei; volte e deite-se”. Então, ele foi e se deitou.

Isso aconteceu mais duas vezes, e Eli percebeu que era Deus chamando Samuel. Ele mandou que Samuel respondesse a Deus.

O10 SENHOR voltou a chamá-lo como nas outras vezes: “Samuel, Samuel!”

Então Samuel disse: “Fala, pois o teu servo está ouvindo”.

E11 o SENHOR disse a Samuel: “Vou realizar em Israel algo que fará tinir os ouvidos de todos os que ficarem sabendo. Nessa12 ocasião executarei contra Eli tudo o que falei contra sua família, do começo ao fim. Pois13 eu lhe disse que julgaria sua família para sempre, por causa do pecado dos seus filhos, do qual ele tinha consciência; seus filhos se fizeram desprezíveis, e ele não os repreendeu. Por14 isso jurei à família de Eli: ‘Jamais se fará propiciação pela culpa da família de Eli mediante sacrifício ou oferta’”.

Samuel15 ficou deitado até de manhã e então abriu as portas da casa do SENHOR. Ele teve medo de contar a visão a Eli, mas16 este o chamou e disse: “Samuel, meu filho”.

“Estou aqui”, respondeu Samuel.

Eli17 perguntou: “O que o SENHOR lhe disse? Não esconda de mim. Deus o castigue, e o faça com muita severidade, se você esconder de mim qualquer coisa que ele lhe falou”. Então18, Samuel lhe contou tudo, e nada escondeu. Então Eli disse: “Ele é o SENHOR; que faça o que lhe parecer melhor”.

O19 SENHOR estava com Samuel enquanto este crescia, e fazia com que todas as suas palavras se cumprissem. Todo20 o Israel, de Dã até Berseba VI, reconhecia que Samuel estava confirmado como profeta do SENHOR VII.

 

v     Para entender a história

A situação de Ana lembra as histórias de Sara, Rebeca e a mãe de Sansão, pois Deus interveio para pôr fim à desgraça da esterilidade. Nos quatro casos, nasce uma criança que tem um relacionamento peculiar com Deus e que cumpre um propósito em especial. Samuel virá a ser o profeta de Deus.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Zufita, dos montes de Efraim – Elcana, da família de Zufe, era levita, uma tribo que não tinha terras próprias. Em vez disso, os levitas eram concessionários de cidades dentro de territórios de outras tribos. Ramataim era uma dessas cidades. Ficava em Efraim, cerca de 10 quilômetros ao norte de Jerusalém.

                                   II.      “Siló” – Após Josué guiar os israelitas para Canaã, levou a Arca da Aliança para Siló, e lá montou o primeiro Tabernáculo permanente. Josué era efraimita, e a cidade ficava em sua terra tribal. Siló foi o principal centro religioso durante o período dos Juízes.

                                III.     “Sacerdote Eli” – Como sumo sacerdote em Siló, Eli era tido pelo seu povo como um líder, ou juiz. Era um homem profundamente devoto, mas os seus dois filhos se comportavam de modo perverso (1º Samuel 2:12-25). Eli foi incapaz de controlá-los.

                                IV.     “Uma arroba de farinha” – Uma “arroba” – ou “ephah” – era uma unidade de medida para secos, e as estimativas variam entre 20 e 40 quilos. A oferta de Ana, de farinha e vinho, estava de acordo com a Lei de Moisés, mas ela levou uma quantidade bem maior do que o exigido.

                                   V.     “A lâmpada de Deus” – Havia no Tabernáculo um candelabro com sete braços, feito de ouro e decorado com botões de flores de amendoeira. A amendoeira era a primeira árvore a florescer na primavera e simbolizava a constância de Deus. A lâmpada era mantida queimando durante toda a noite.

                                VI.     “De Dã até Berseba” – Essa expressão era usada para descrever as fronteiras da “terra prometida”. Dã ficava ao norte, e Berseba, ao sul.

                             VII.     “Profeta do SENHOR – Samuel foi o último dos Juízes e o primeiro grande profeta a ser reconhecido depois de Moisés. Profetas eram escolhidos por Deus e vinham de diferentes camadas da sociedade, de lavradores a sacerdotes. Seu papel principal era transmitir a palavra de Deus, a fim de orientar as pessoas para a integridade. Samuel preparou a sua vocação desde a tenra infância.

 

          - O peitoral do sumo sacerdote: Este objeto, usado pelo sumo sacerdote quando oficiava, era um quadrado tecido que continha doze pedras diferentes (rubi, topázio, berilo, turquesa, safira, esmeralda, jacinto, ágata, ametista, crisólita, ônix e jaspe). As pedras eram montadas em filigranas de ouro, e em cada uma estava gravado o nome de uma tribo de Israel.


          (*) “Samuel” se assemelha à palavra hebraica para “ouvido por Deus”.


          Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.