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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Atos dos Apóstolos



Em Atos 1:8 o Cristo ressurreto declara o propósito do batismo no Espírito Santo: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Em virtude de sua localização e ênfase, este versículo parece designar com clareza o objetivo do livro de Atos dos Apóstolos.
O livro constitui a principal história do estabelecimento e da extensão da Igreja entre judeus e gentios, mediante a gradual localização de centros de influência em pontos destacados do Império Romano, desde Jerusalém até Roma. Além disso, Lucas organiza este material histórico de tal maneira que o progresso do Evangelho é de imediato evidente. Trata-se de uma história gráfica, cujo objetivo não é apenas narrar, mas edificar. Portanto, podemos considerar os Atos dos Apóstolos como um sermão de caráter histórico acerca do poder cristão: sua fonte e seus efeitos. Sua fonte é o batismo com o Espírito Santo, e o efeito é o poder de dar testemunho perante o mundo. Esse testemunho é apresentado como resumo no sermão de Pedro dirigido aos membros da dispersão congregados em Jerusalém, e em pormenores progressivas através do restante do livro.
Outro ponto de destaque é a conversão de Paulo, suas viagens apostólicas, contendo narrativas pormenorizadas de episódios impressionantes de enfrentamento de adversidades, bem como detalhes pontuais de suas visitas a igrejas – algumas das quais ele mesmo iniciou – e discursos seus que só se encontram neste livro. Também, o livro ajuda a entender alguns contextos históricos e culturais que são objetos de escritos de Paulo nas epístolas que se encontram na sequência da narrativa bíblica.
A opinião quase universalmente aceita é que o Evangelho segundo Lucas e os Atos têm um autor comum. O autor dos Atos dos Apóstolos começa fazendo referência ao “primeiro tratado” que se interpreta como a primeira prestação ou entrega do mesmo volume histórico, dirigido a Teófilo, a mesma pessoa. Existem pelo menos três argumentos que confirmam a paternidade literária de Lucas. Primeiro, existe a evidência do uso da primeira pessoa plural nas seções 16:10-17; 20:5-15; 21:1-18; 27:1; 28:16, sugerindo que o autor era testemunha ocular, como o foi Lucas. Segundo, há provas de que o escritor era médico. E, terceiro, uma ampla e convincente tradição apóia a paternidade literária de Lucas.
Aparentemente, o livro de Atos dos Apóstolos foi escrito em derredor da época do encarceramento de Paulo em Roma, com cujo relato termina o livro.

John H. Gerstner

domingo, 25 de agosto de 2019

A Humanidade Está na UTI – e a Terra Também!


Qual o problema da Terra?
Qual é o único problema da Terra?
O problema é a humanidade!
Porém muitos não chegam a essa conclusão sozinhos.
Se alguém é consciente do que o cerca, esse ou sofre o tempo todo ou, então, a fim de não se tornar cínico, precisa encontrar a “armadura” que proteja a sua mente. O cerco é de todos os lados. Muitas vezes as lutas são feitas, como disse Paulo, de “angústias por fora e tristezas por dentro”.
A humanidade vive cheia de conflitos existenciais.
É um terrível sentimento de “desamparo”; é uma angústia de “encontro”, que consome a alma; é sede de afeto; é vontade de provar a vida toda antes que o mundo acabe; é uma esmagadora carência de amor; é uma crescente síndrome de pânico; é um existir necessitado de antidepressivos; é um crescente desafeto; é o reino do egoísmo; é o culto ao prazer pelo prazer; é o reino dos programas feitos de lugares e não de emoções de verdadeira alegria; é o império da foto digital sem significado na cena; é o cerimonial do medo; é a gala da insegurança; é o exílio da reverência; é a tirania da ganância; é o governo dos medíocres; é a informação como estelionato feito mídia; é a conectividade global sem intimidade dentro de casa; é a morte da família; é o enterro da pureza; é a energia da maldade.
É a morte da Terra — com todas as manifestações apocalípticas relacionadas à natureza. O mar está “zangado”; os ventos “enlouqueceram”; os vírus e bactérias tornam-se mutantes incontroláveis; o ar vai se tornando bafo quente ou frio cortante; as florestas são “canibalizadas e comidas”; as cidades se estrangulam; as populações se escondem; a morte virou prêmio pela coragem de morrer; todos os que podem, terminam podendo tudo o que podem, sem escrúpulos; e todos os nossos confortos se tornaram o acolchoamento de nosso próprio caixão global.
O espírito suicida individual está se tornando um espírito genocida coletivo, global! A pobreza econômica é somente menor do que a pobreza de espírito. Até o sonho de justiça social unanimemente defendido por todos, se fosse feito real/concreto, tornar-se-ia num fator de morte do mundo em poucas décadas; pois, o que chamamos de “bom”, se executado como conforto movido a petróleo, é um sonho de morte confortável.
Nosso melhor recurso é transformar a Terra numa UTI.
Sim, porque nossos melhores recursos podem apenas nos ajudar numa boa morte. A menos que um espírito de eutanásia possua os líderes mundiais, e eles, ao invés de optarem pela morte lenta, apertem os botões da “eutanásia civilizatória”.
Como disse João, os homens dirão aos montes: “Por favor, caiam sobre nós e nos sepultem!” (Apocalipse 6:16).
No enfrentamento desse tempo no qual o dia mau é todo dia, Jesus disse que era para estarmos apercebidos, vigilantes, para orarmos — e para mantermos o coração na bondade que cuida bem do próximo, na disposição de não deixar a chama da lâmpada de nosso ser apagar como a das “virgens néscias”; mas, ao contrário, manter o coração com ambição de ser, como na “parábola dos talentos”; e, como servos do amor, sem a intenção da recompensa, como os “assustados bem-aventurados” da “parábola das ovelhas e das cabras”.
Somente o Evangelho, com suas verdades, pode curar a humanidade.
E quem diz crer, esse não pode ter outra agenda na qual o anúncio da Palavra do Evangelho não seja a prioridade absoluta.
Já perdemos muito tempo; e o que não temos mais, é tempo!
Mas não é um fato para desanimar, ou acabar com quaisquer esperanças.
Este é nosso presente.
Para quem vê a vida com os olhos do Evangelho, o tempo presente é apenas o prelúdio da glória por vir a ser revelada em nós, em todos os filhos de Deus, e em toda a criação (Romanos cap. 8). Paulo disse que se a nossa esperança em Cristo se limitasse “apenas” a esta vida, que nós seríamos “os mais infelizes de todos os homens”.
A questão, portanto, não é como o mundo é; e tampouco se a vida vai ficar mais difícil ou não. Jesus disse que ficaria cada vez pior. E Paulo e todos os apóstolos deram testemunho do mesmo. E o Apocalipse fecha tudo sem deixar nenhuma dúvida sobre onde o “progresso humano” nos levaria: à destruição da Terra.
“No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo: eu venci o mundo” — disse Aquele que também afirmou: “Quando todas essas coisas começarem a acontecer, exultai e erguei as vossas cabeças; pois a vossa redenção se aproxima”.
Eu tenho filhos e netos. Como você acha que me sinto quando olho para o futuro, quando vejo todos os sinais da morte ao meu redor, e quando percebo que quase ninguém se importa com o que está acontecendo? E também quando vejo as pessoas passarem “dormentes” em seu caminho contributivo para a morte?
Sim, até eu, que nunca dei a mínima para quando iria ser “levado”, hoje peço ao Pai mais tempo; pois gostaria de estar bem perto dos meus; e ajudá-los a compreender esta hora da Terra e da Civilização Humana.
Como tenho uma esperança incorruptível, e como me alimento das “coisas que olhos não viram, ouvidos não ouviram e que nunca chegaram ao coração de homem algum” (I Coríntios 2:9), mas que Deus nos tem revelado pelo Espírito — não deixo de ver o sol se pôr, nem deixo de apreciar, na noite, a lua e as estrelas; assim como não deixo de amar a todos os que posso, e também não deixo de provar o prazer do encontro amoroso todos os dias com a minha amada mulher.
Não há porque haver pânico!
Afinal, todos sabem que o mundo acaba sempre! Ele tem seu fim todos os dias para milhares de pessoas. E todos sabem que a morte é o Apocalipse desta existência, tanto coletiva quanto individual. Assim, mesmo “quem foi” há muito tempo, já provou o fim do mundo. Sim, por exemplo, o mundo acabou para meu filho Lukas!
Paulo trata esse tempo com uma atitude dupla. De um lado ele diz que serão “tempos difíceis”, pois a desumanização será total (II Timóteo cap. 3). De outro lado ele olha para a absorção da morte pela vida, olha para o corpo transformado, olha para a ressurreição dos mortos, e busca ouvir o clangor da última trombeta, e se vê arrebatado, “indo ao encontro do Senhor nos ares” — e se regozija ao extremo!
O mundo sofrerá de Síndrome do Pânico cada vez mais, que é a doença psicológica do desamparo e da desesperança apavorada!
O que falta hoje é confiança no Evangelho.
Portanto, não tema!
Saia com seus filhos, ame a natureza, ensine-os a preservarem a si mesmos e ao planeta; ame sua mulher ou seu marido, possuam um ao outro com toda ternura; seja amigo dos amigos e generoso com os adversários; perdoe a quem lhe deve; ore por quem o persegue; viva a consciência do Evangelho em seus atos; não tema pregar Jesus, pois o Evangelho, o verdadeiro Evangelho, é a cura para a humanidade.


Um texto de Caio Fábio D’Araújo Filho

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

João


Chave do livro: o Filho de Deus.
O quarto evangelho declara, de forma inequívoca, a finalidade do livro: “Jesus... operou também... muitos outros sinais... Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20:30-31).
Desde o prólogo (1:1-18) com sua frase culminante, “e vimos a sua glória” (vers. 14), até a confissão de Tomé, no final, “Senhor meu, e Deus meu!” (20:28), o leitor sente-se impulsionado constantemente a pôr-se de joelhos. Jesus destaca-se como algo mais que mero homem; em realidade, mais ainda que um enviado sobrenatural ou representante da Deidade. Ele é o verdadeiro Deus que veio em carne.
Todavia, o povo hebreu, que esperava seu futuro redentor, necessitava de provas das afirmativas de Jesus de que Ele era o Messias prometido do Antigo Testamento. João apresenta essas verificações. Milagres e discursos escolhidos de um período de vinte dias no ministério público de Jesus, ministério que durou três anos, confirmam-no dramaticamente como o Cristo, o Filho de Deus. Oito sinais ou maravilhas revelam não só o Seu poder, mas atestam Sua glória como Portador divino da graça redentora. Jesus é o grande “Eu Sou” (8:24), a única esperança de uma raça que, de outra sorte, não teria esperança alguma. A água transforma-se em vinho; os mercadores e os animais destinados aos sacrifícios são expulsos do templo; o filho do nobre é curado à distância; o paralítico recebe cura no dia de descanso; a multiplicação dos pães; Jesus anda sobre o mar; o cego de nascença recebe a vista; Lázaro é ressuscitado. Estes milagres revelam quem é Jesus Cristo e o que faz. Progressivamente, João apresenta-o como Fonte da nova vida, a Água da vida e o Pão da vida. Por fim, Seus próprios inimigos retrocederam e caíram por terra ante o “Eu Sou”, que Se entrega voluntariamente para sofrer na cruz (18:5-6).
Procurando resgatar o homem do pecado e do juízo e restaurá-lo à comunhão divina e santa, o Logos eterno faz deste mundo Sua residência transitória (1:14). Em virtude de Sua graça, o homem caído está capacitado para residir em Deus (14:20) e, finalmente, nas “moradas eternas” (14:2-3). Em Sua própria pessoa Jesus cumpre o significado das profecias e festas do Antigo Testamento. Por fim, triunfa sobre a própria morte e o túmulo, e deixa a Seus seguidores um legado extraordinário para que levem avante esta missão de misericórdia, única na História.
Deslocando-se de uma eternidade para outra, o quarto evangelho vincula o destino de judeus e gentios como partes da criação toda à ressurreição do Logos encarnado e crucificado.
Muito embora o quarto evangelho não mencione de modo definitivo seu autor, não resta dúvida de que foi João, o amado, quem o escreveu. Somente uma testemunha ocular, do círculo íntimo dos seguidores de Jesus Cristo (compare 12:16; 13:29) poderia proporcionar-nos determinados pormenores do livro. Além disso, o relato especial e às vezes indireto da participação de João confirmaria sua paternidade literária (1:37-40; 19:26; 20:2, 4, 8; 21:20, 23-24). Exegetas conservadores colocam sua data depois que foram escritos os outros evangelhos, portanto, entre o ano 69 da nossa era (antes da queda de Jerusalém) e o ano 90.

Carl F. H. Henry

domingo, 18 de agosto de 2019

O Encontro de Jesus com Nicodemos


Havia um fariseu chamado Nicodemos, uma autoridade entre os judeus. Ele veio a Jesus, à noite, e disse: “Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele”.
Em resposta, Jesus declarou: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”.
Perguntou Nicodemos: “Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!”
Respondeu Jesus: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito. Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É necessário que vocês nasçam de novo. O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito”.
Perguntou Nicodemos: “Como pode ser isso?”
Disse Jesus: “Você é mestre em Israel e não entende essas coisas? Asseguro-lhe que nós falamos do que conhecemos e testemunhamos do que vimos, mas mesmo assim vocês não aceitam o nosso testemunho. Eu lhes falei de coisas terrenas e vocês não creram; como crerão se lhes falar de coisas celestiais? Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem. Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna”.
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus”.

(Texto de João 3:1-21)

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Lucas



A chave do livro é o Filho do homem.
O tema que se destaca no evangelho segundo Lucas é: Jesus é o Salvador divino. No princípio, tudo se concentra nesta verdade suprema. Antes mesmo de Seu nascimento, o anjo enviado por Deus ordena a Maria que dê ao menino o nome de Jesus, que significa “o Senhor salva” (1:31). Aos pastores o anjo deu “novas de grande alegria” (2:10) de que na cidade de Davi nascera o Salvador, que é Cristo, o Senhor (2:11). E no primeiro anúncio público que Jesus fez a respeito de Sua missão, afirmou de modo inequívoco que Ele era o divino Salvador acerca de Quem os escritos sagrados do Antigo Testamento faziam referência (4:17-21).
A partir desse momento, observamos de que forma Jesus Se revela como o Redentor divino que veio para salvar os perdidos. Salva do poder dos espíritos maus (4:33-36), de enfermidades graves (4:38-40), da lepra (5:12-13) e, inclusive, do poder e das consequências do pecado (5:20-26). Além disso, Lucas nos apresenta Jesus como o Salvador Todo-Poderoso que tem poder e autoridade divina para ressuscitar mortos (7:12-17). Sendo um com o Pai, tem igualmente poder sobre a natureza e pode salvar Seus discípulos de uma violenta tempestade (8:22-25), e livrar da fome a multidão (9:11-17).
Depois de haver-Se revelado como o Salvador Todo-Poderoso e de os apóstolos O haverem confessado como o Cristo (9:18-20), Jesus começa a mostrar a Seus seguidores que para Ele poder ser o Salvador divino deles, primeiro Ele devia sofrer e morrer (9:22).
As palavras pronunciadas por Jesus em 19:10, “porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”, cristalizam a maravilhosa mensagem do evangelho segundo Lucas.
Lucas demonstra-nos que Jesus veio como Salvador em sentido universal – para os povos de todos os tempos e de todas as condições: para os judeus (2:10), para os samaritanos (9:51-56), para os pagãos (3:6), para os publicanos, para os pecadores e desprezados (7:37-50), bem como para pessoas respeitáveis (7:36), para os pobres (1:53) e também para os ricos (19:2).
Ao mesmo tempo, Jesus advertiu seriamente a todos de que embora Ele tivesse vindo para salvar e não para destruir, todos quantos se negavam a ser salvos por Ele trariam sobre si mesmos sofrimentos (19:27, 41-44).
O evangelho segundo Lucas proclama as boas-novas de Jesus, que não somente afirmava ser o Salvador divino, mas também Se revelava como o Redentor Todo-Poderoso e Unigênito Filho de Deus. Mediante Sua ressurreição e ascensão (24:50-53), demonstrou finalmente a verdade de Suas afirmativas e a autenticidade de Sua auto-revelação como Salvador do mundo, enviado, aprovado e equipado por Deus (4:17-21; 10:22).
Sem dúvida alguma, é correta a tradição que afirma ser Lucas, o médico amado (Colossenses 4:14), o autor deste evangelho. Como companheiro de Paulo (Filemon 24; II Timóteo 4:11; Colossenses 4:10-14; Atos 1:1; 20:5; 21:17; 27:2; 28:16), Lucas tinha muitos contatos pessoais com apóstolos e outras testemunhas da história do evangelho. Tudo isto, somado à sua base cultural grega, seu preparo intelectual e sua íntima relação com homens como Marcos (que também escreveu um evangelho), capacitaram-no para escrever um evangelho digno de crédito, amplo e formoso. Provavelmente, escreveu-o entre os anos 64 e 70 de nossa era. Pouco depois, escreveu os Atos dos Apóstolos.

J. Norval Geldenhuys

domingo, 11 de agosto de 2019

O Valor do Discipulado



          Uma grande multidão ia acompanhando Jesus; este, voltando-se para ela, disse:
          “Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo”.
          “Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’”.
          “Ou, qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil? Se não for capaz, enviará uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, e pedirá um acordo de paz”.
          “Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo”.
          “O sal é bom, mas se ele perder o sabor, como restaurá-lo? Não serve nem para o solo nem para adubo; é jogado fora”.
          “Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!”

          O texto acima está em Lucas 14:25-34.
          Neste mesmo espaço, aqui no Blog, eu já o havia publicado sob o título de “O Preço do Discipulado” (publiquei em 4 de dezembro de 2013). Ali, no entanto, coloquei somente o texto bíblico acima citado, sem mais explicações ou acréscimos de minha parte. Hoje, relendo este trecho nas Escrituras, fui impulsionado pelo desejo de desenvolvê-lo, falar um pouco mais, discorrer sobre seus significados – e expor não o “preço”, mas o “valor” do discipulado.
          O princípio dessa fala de Jesus pode parecer duro. Como assim, não podemos ser Seus discípulos se amamos pai, mãe, mulher (ou marido), filhos, irmãos e irmãs, e até nossa própria vida, mais do que a Ele? Devemos então amar menos esses entes queridos que Ele mesmo citou e deu como exemplo comparativo para com Ele? Minha compreensão disto é mais simples do que se poderia esperar – inclusive, os ensinamentos de Cristo são, normalmente, muito simples, ainda que, concomitantemente, profundos em significado. Vamos, então, ao significado deles nos próximos parágrafos:
          Primeiro, Jesus nunca disse para não amarmos esses entes queridos citados nesta passagem. Ele apenas diz que não podemos amá-los mais do que a Ele. Isso significa dizer que, se os amamos mais do que a Ele, colocamos a Ele por último na fila. Ora, Jesus é Deus em carne, foi feito gente, na Palestina há dois mil anos. Ele é o “Deus conosco” – o Emanuel. Ora, assim Jesus Cristo segue hoje, sendo o Filho do homem e o Filho de Deus – sendo “Deus conosco” em todos os tempos. Assim, se deixarmos a Ele – “Deus conosco” – em último lugar na fila, jamais seremos capazes de amar de verdade pai, mãe, mulher (ou marido), filhos, irmãos e irmãs, e até nossa própria vida. Podemos até amá-los, mas será um amor mundano e puramente humano, um amor menor, jamais comparado ao amor que tem como origem Deus. Para que possamos amar pai, mãe, mulher (ou marido), filhos, irmãos e irmãs, e até nossa própria vida, temos que colocar o amor a Deus, a Jesus Cristo – “Deus conosco” – em primeiro lugar. Assim, podemos amar pai, mãe, mulher (ou marido), filhos, irmãos e irmãs, e até nossa própria vida, de maneira verdadeira, com o mesmo amor com que somos amados por Deus. Parece simples entender agora a profundidade do alcance dessas palavras de Jesus? Continuam duras? Creio que não. Creio que, olhando por esse prisma, essas palavras se tornam tenras, leves e carregadas de significado em amor!
          Segundo, Ele diz que, para sermos Seus discípulos, temos que carregar a nossa própria cruz. Que significa isso? Pode parecer, num primeiro e superficial momento, carregar os pesos da vida, pois, popularmente, a cruz parece um fardo. Agora, se olharmos para a cruz de Jesus – e para a nossa – como o local/objeto/significado em que Ele pagou todos os nossos pecados – e fardos e pesos e empecilhos – então vemos que é na cruz que Ele pregou, consigo, tudo aquilo que poderia nos separar de Deus. Assim, tal qual Ele, se lavarmos cotidianamente a nossa cruz, pregamos nela nossas fraquezas carnais e mundanas, nossa humanidade caída, e sai exaltada nela a nossa condição de filhos de Deus. Assim, como Seus filhos, em levando a nossa cruz, “sabemos” que em Jesus está tudo consumado, e a cruz se torna o fardo leve e o jugo suave do qual Ele fala (Mateus 11:29-30). Levar a cruz significa dizermos à vida que nossa vida agora a vivemos em Jesus!
          Depois, Ele faz a analogia da construção de uma torre, dizendo que, para iniciarmos qualquer obra, temos que calcular se temos como concluí-la. Exemplificando com uma analogia pertinente à nossa época, se formos construir uma casa, temos que ver se temos recursos para concluir a obra. Se formos comprar um carro, temos que ver se temos como pagar todas as parcelas do financiamento. Assim, analogamente, se nos decidirmos por sermos discípulos de Cristo – amar segundo o amor de Deus, levando a nossa cruz e seu significado, dando razão ao Evangelho – também temos que nos examinar e ver se é isso mesmo que queremos, se teremos condições de buscar n’Ele as forças para as adversidades que surgirão, se queremos divulgar Sua Palavra, se queremos mesmo viver segundo aquilo que Ele nos revela a cada dia por Sua Palavra. Ele diz que podemos seguir a Ele se quisermos. Mas, agora, Ele nos diz para vermos se realmente queremos!
          A analogia do rei e seu exército tem o mesmo significado: antes de empreendermos um projeto – e seguir a Jesus é o mais extraordinário projeto de vida! – temos que ver se vamos dispor de condições anímicas para isso; isto é, de novo, se realmente assim queremos!
          Ele diz que temos que renunciar a tudo. Que “tudo” é esse? É tudo aquilo que difere de Deus, que difere do Evangelho, que difere daquilo que Jesus nos ensina e nos exemplifica por Seus atos e palavras – aquilo que Ele fez, aquilo que Ele falou, a aquilo que Ele calou. Temos que renunciar a tudo o que não se coadunar com o modo de ser de Jesus. Assim, em renunciando a isso, podemos receber tudo o que realmente é verdadeiro e vital. Vou usar aqui um exemplo simplista: se resolvemos trocar a mobília da nossa casa, para pormos a mobília nova, temos que tirar a velha – não dá para colocarmos ambas ao mesmo tempo na casa. Assim, temos que renunciar à mobília velha, para darmos lugar à nova. O Evangelho nos ensina que, em Cristo, somos uma nova criação. O “velho homem” ficou para trás – foi renunciado!
          Jesus aborda novamente a analogia do sal, dizendo que ele é bom, desde que não perca o seu sabor. Um sal imprestável não serve nem para a terra nem como adubo. A terra fica infrutífera com sal inútil espalhado nela. Como adubo, o sal inútil não alimenta a planta, mas a mata. Em Seu tempo, o sal era um produto valiosíssimo, pois servia tanto para preservar os alimentos quanto para realçar-lhes o sabor. Assim, Jesus, noutra passagem, ensinava que tenhamos sal em nós mesmos (Marcos 9:50), significando dizer que, como Seus discípulos, devemos ser capazes de preservar a vida espiritual em nossos próximos, assim como realçar o sabor do Evangelho em suas vidas.
          Ele termina dizendo que se temos ouvidos para ouvi-Lo, que ouçamos. Assim, espero que estas linhas que escrevi com base na Sua Palavra, possam ter chegado – pela leitura – aos ouvidos do coração de quem as leu, e que possam ter tido significado e feito a diferença. Jamais poderia tê-las escrito de mim mesmo; dou graças a Deus por Ele ter me impulsionado a isso!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Marcos



Chave deste livro: o Filho do homem.
O segundo evangelho tem traços que se destacam sobremaneira. A personalidade de Pedro reflete-se quase em cada uma de suas páginas. Assemelha-se a ele pela rapidez de movimentos, pela atividade, pela impulsividade. A rapidez de ação é um dos traços principais. O relato passa de um acontecimento a outro com extraordinária rapidez. Com propriedade tem-se denominado o evangelho de Marcos de “filme do ministério de Jesus”.
A intensidade dos pormenores é outro de seus característicos distintivos. Embora Marcos seja o mais curto dos quatro evangelhos, com frequência narra pormenores vividos que não se encontram nos relatos do mesmo assunto em Mateus ou Lucas. Dispensa extraordinária atenção ao aspecto e aos gestos de Jesus.
O terceiro característico saliente é a descrição pictórica. Ao relatar a alimentação dos cinco mil, Marcos diz-nos que o povo se assentou em “ranchos” ou grupos sobre a grama verde.
O evangelho segundo Marcos é, preeminentemente, o evangelho da ação. Não somente não abrange o discurso mais longo de Jesus (o discurso proferido no Monte das Oliveiras, que aparece pormenorizado em Mateus), como não deixa passar fatos ou ações. Ressalta antes as obras que as palavras de Cristo. Marcos registra dezoito dos milagres de Jesus, mas apenas quatro de Suas parábolas.
Seu modo de acentuar as ações é apropriado em um evangelho escrito provavelmente em Roma e dirigido principalmente aos romanos. Marcos emprega dez latinismos e faz menos referências ao Antigo Testamento que os demais evangelistas. Explica os costumes judeus aos leitores romanos. Nem sequer emprega a palavra lei, que aparece oito vezes em Mateus, nove vezes em Lucas e quatorze vezes em João.
Considerando que escreve aos romanos, omite qualquer referência à genealogia de Jesus, bem como à sua infância. Os romanos estavam mais interessados no poder do que em genealogias. Daí observarmos que neste evangelho Jesus é apresentado como o grande Vencedor da tempestade, dos demônios, da enfermidade e da morte. Ele é o Servo do Senhor (compare-se com Isaías): primeiro o Servo vencedor, depois o Servo sofredor e, finalmente, o Servo triunfante, na ressurreição.
Conquanto o evangelho segundo Marcos seja antes de tudo histórico, observa-se nele um forte teor teológico. O primeiro versículo dá-nos o traço característico: “Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”. Repetidas vezes acentua-se a deidade de Jesus, seja explícita ou implicitamente. É o Filho do homem, o Messias, aquele por Quem esperaram os longos séculos. Em uma das mais vigorosas passagens teológicas dos evangelhos sinópticos, afirma-se a declaração de Jesus de que o Filho do homem veio para “dar a sua vida em resgate de muitos” (10:45). Conforme o diz o primeiro versículo do livro, é principalmente o evangelho de Jesus Cristo, as boas-novas da salvação mediante Sua morte expiatória.
De modo quase unânime a Igreja primitiva atribui o segundo evangelho a Marcos, primo de Barnabé e companheiro de Paulo e de Pedro. A maioria dos intérpretes da Bíblia sustenta que este é o mais antigo dos quatro evangelhos. Pode-se afirmar com segurança que foi escrito entre os anos 50 e 70 de nossa era.

Ralph Earle

domingo, 4 de agosto de 2019

O Bom Servo e o Mau Servo



Dia desses conversava com um amigo que é muito assíduo e frequenta diligentemente a igreja/denominação à qual “pertence”. Sim, há muitos que se sentem “pertencentes” a alguma igreja/denominação. Até dizem, “pertenço à igreja tal”; e “a qual igreja tu pertences?”, perguntam-me. Quando digo que não tenho “pertencimento” a nenhuma igreja/denominação, mas “pertenço” à Igreja de Cristo, e que esta Igreja “somos nós, todas as pessoas que têm em Jesus seu Senhor e Salvador, e O confessam – no sentido de falarem abertamente sobre isso – às pessoas”, olham-me, muitas vezes, com olhar de estranheza. Digo-lhes que a Igreja de Cristo é composta de pessoas, não importando se “pertencem” ou frequentam a denominação A ou B, ou se eventualmente nalgum momento não frequentam nenhuma, mas que têm em seu próximo seu irmão. E ainda lhes digo que, se me convidarem a ir visitar a alguma igreja/denominação, vez ou outra irei, sempre que julgar apropriado à ocasião. Explicado isso claramente, seu olhar perde a estranheza e, comumente, tornam-se abertos a receberem o Evangelho que compartilho.
Mas não é exatamente disso que quero falar aqui. Quero falar que, enquanto conversava com este amigo/irmão em Cristo, ele reclamava dos “falsos pastores”, “falsos bispos”, “falsos missionários” e “falsos apóstolos”, “donos” de “igrejas”, que iludem e enganam o povo, subtraindo dos incautos, ingênuos e inocentes, fortunas em $. Comecei lhe respondendo que nem todos são “falsos” ou maus servos. Há, aqui e acolá, um ou outro honesto e sincero. Se procurarmos bem, o encontraremos. Mas que, sim, ele tinha razão, há muitos falsos, picaretas e estelionatários do $ alheio, e que é só o que buscam. Mas também disse a ele que nem todos os “fiéis” que caem nesse conto vilanesco são tão “inocentes”. Muitos deles são, sim. Mas há aqueles que entram para essas igrejas/clubes/quadrilhas em busca justamente de $, bens materiais, enriquecimento; em outras palavras, muitos entram no intuito de se locupletarem também.
Voltando a falar dos “donos” dessas “igrejas” e seus “ajudantes/obreiros/funcionários de carreira”, aqueles que querem ganhar $ à custa dos outros, bem, desses Jesus já falava.
Meu amigo este, ele me questionava o por que Deus permitia isso, por que Ele não dava um jeito nisso, não “eliminava essa corja”? Percebi um tom bélico nas palavras dele.
Em resposta, lembrei-lhe da parábola do “joio e o trigo” (Mateus 13:24-30), onde Jesus ensinava que os dois têm que crescer juntos, pois, arrancando-se o joio do meio da lavoura, poderia arrancar-se também o trigo, prejudicando, assim, a colheita. Além disso, Jesus menciona que o joio fora semeado no meio do trigo por “um inimigo”, fazendo subentender-se que este “inimigo” é o diabo. Então, já sabemos quem opera por trás da ganância dos “maus servos”, não é?
Tranquilizei meu amigo, dizendo-lhe que Deus sabe disso, que Ele sabe quem é quem, e que Ele sabe quem são os Seus. Complementei dizendo – como mencionei acima – que Jesus já nos advertira a esse respeito.
Então, para ilustrar um pouco, vou deixar que, em Suas próprias Palavras, Jesus nos elucide isso, onde Ele fala dos “bons servos” e dos “maus servos”, fazendo alusão – pois Sua Palavra permanece para sempre – também àqueles do nosso tempo. Grifei em negrito justamente os “pontos-chave”, que dão ênfase e destaque à Sua fala. Está em Lucas 12:35-48, onde diz:
“Estejam prontos para servir, e conservem acesas as suas candeias, como aqueles que esperam seu senhor voltar de um banquete de casamento; para que, quando ele chegar e bater, possam abrir-lhe a porta imediatamente. Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando voltar. Eu lhes afirmo que ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los. Mesmo que ele chegue de noite ou de madrugada, felizes os servos que o senhor encontrar preparados. Entendam, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não permitiria que a sua casa fosse arrombada. Estejam também vocês preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que não o esperam”.
Pedro perguntou: “Senhor, estás contando esta parábola para nós ou para todos?”
O Senhor respondeu: “Quem é, pois, o administrador fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos seus servos, para lhes dar sua porção de alimento no tempo devido? Feliz o servo a quem o seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens. Mas suponham que esse servo diga a si mesmo: ‘Meu senhor se demora a voltar’, e então comece a bater nos servos e nas servas, a comer, a beber e a embriagar-se. O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe, e o punirá severamente e lhe dará um lugar com os infiéis.
 “Aquele servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem o realiza, receberá muitos açoites. Mas aquele que não a conhece e pratica coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido”.
O que se pode deduzir da parábola de Jesus e da resposta que Ele deu à pergunta de Pedro, se valia só para eles ou para todos? Primeiro, que vale para todos. Segundo, que aqueles que são designados para serem os “responsáveis” pelos Seus servos – deduzindo-se aqui que Ele falava daqueles que são chamados para “liderar” grandes ou pequenos grupos – podem “surtar” e “se aproveitar” dos demais, “batendo nos servos e servas, comendo, bebendo e embriagando-se”, significando com isso dizer que “estelionatam” aos demais. E o que Ele diz que estes recebem? “Muitos açoites”, significando dizer isso mesmo, que, espiritualmente falando, “pagariam” pelo que fizeram.
Como “pagarão”? Bem, nem me preocupo com isso, pois será entre o Senhor e eles! A mim só interessa saber que o Senhor sabe de tudo desde sempre, já nos advertiu a respeito, e que a mim, sabedor disso, cabe cuidar de mim, para que possa ser um dos “bons servos”!
Lembrei agora de outra Palavra do Senhor, que quero usar para encerrar este texto que aqui compartilho:
 Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. “Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” (Mateus 7:21-23).

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,

Kurt Hilbert