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domingo, 25 de agosto de 2019

A Humanidade Está na UTI – e a Terra Também!


Qual o problema da Terra?
Qual é o único problema da Terra?
O problema é a humanidade!
Porém muitos não chegam a essa conclusão sozinhos.
Se alguém é consciente do que o cerca, esse ou sofre o tempo todo ou, então, a fim de não se tornar cínico, precisa encontrar a “armadura” que proteja a sua mente. O cerco é de todos os lados. Muitas vezes as lutas são feitas, como disse Paulo, de “angústias por fora e tristezas por dentro”.
A humanidade vive cheia de conflitos existenciais.
É um terrível sentimento de “desamparo”; é uma angústia de “encontro”, que consome a alma; é sede de afeto; é vontade de provar a vida toda antes que o mundo acabe; é uma esmagadora carência de amor; é uma crescente síndrome de pânico; é um existir necessitado de antidepressivos; é um crescente desafeto; é o reino do egoísmo; é o culto ao prazer pelo prazer; é o reino dos programas feitos de lugares e não de emoções de verdadeira alegria; é o império da foto digital sem significado na cena; é o cerimonial do medo; é a gala da insegurança; é o exílio da reverência; é a tirania da ganância; é o governo dos medíocres; é a informação como estelionato feito mídia; é a conectividade global sem intimidade dentro de casa; é a morte da família; é o enterro da pureza; é a energia da maldade.
É a morte da Terra — com todas as manifestações apocalípticas relacionadas à natureza. O mar está “zangado”; os ventos “enlouqueceram”; os vírus e bactérias tornam-se mutantes incontroláveis; o ar vai se tornando bafo quente ou frio cortante; as florestas são “canibalizadas e comidas”; as cidades se estrangulam; as populações se escondem; a morte virou prêmio pela coragem de morrer; todos os que podem, terminam podendo tudo o que podem, sem escrúpulos; e todos os nossos confortos se tornaram o acolchoamento de nosso próprio caixão global.
O espírito suicida individual está se tornando um espírito genocida coletivo, global! A pobreza econômica é somente menor do que a pobreza de espírito. Até o sonho de justiça social unanimemente defendido por todos, se fosse feito real/concreto, tornar-se-ia num fator de morte do mundo em poucas décadas; pois, o que chamamos de “bom”, se executado como conforto movido a petróleo, é um sonho de morte confortável.
Nosso melhor recurso é transformar a Terra numa UTI.
Sim, porque nossos melhores recursos podem apenas nos ajudar numa boa morte. A menos que um espírito de eutanásia possua os líderes mundiais, e eles, ao invés de optarem pela morte lenta, apertem os botões da “eutanásia civilizatória”.
Como disse João, os homens dirão aos montes: “Por favor, caiam sobre nós e nos sepultem!” (Apocalipse 6:16).
No enfrentamento desse tempo no qual o dia mau é todo dia, Jesus disse que era para estarmos apercebidos, vigilantes, para orarmos — e para mantermos o coração na bondade que cuida bem do próximo, na disposição de não deixar a chama da lâmpada de nosso ser apagar como a das “virgens néscias”; mas, ao contrário, manter o coração com ambição de ser, como na “parábola dos talentos”; e, como servos do amor, sem a intenção da recompensa, como os “assustados bem-aventurados” da “parábola das ovelhas e das cabras”.
Somente o Evangelho, com suas verdades, pode curar a humanidade.
E quem diz crer, esse não pode ter outra agenda na qual o anúncio da Palavra do Evangelho não seja a prioridade absoluta.
Já perdemos muito tempo; e o que não temos mais, é tempo!
Mas não é um fato para desanimar, ou acabar com quaisquer esperanças.
Este é nosso presente.
Para quem vê a vida com os olhos do Evangelho, o tempo presente é apenas o prelúdio da glória por vir a ser revelada em nós, em todos os filhos de Deus, e em toda a criação (Romanos cap. 8). Paulo disse que se a nossa esperança em Cristo se limitasse “apenas” a esta vida, que nós seríamos “os mais infelizes de todos os homens”.
A questão, portanto, não é como o mundo é; e tampouco se a vida vai ficar mais difícil ou não. Jesus disse que ficaria cada vez pior. E Paulo e todos os apóstolos deram testemunho do mesmo. E o Apocalipse fecha tudo sem deixar nenhuma dúvida sobre onde o “progresso humano” nos levaria: à destruição da Terra.
“No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo: eu venci o mundo” — disse Aquele que também afirmou: “Quando todas essas coisas começarem a acontecer, exultai e erguei as vossas cabeças; pois a vossa redenção se aproxima”.
Eu tenho filhos e netos. Como você acha que me sinto quando olho para o futuro, quando vejo todos os sinais da morte ao meu redor, e quando percebo que quase ninguém se importa com o que está acontecendo? E também quando vejo as pessoas passarem “dormentes” em seu caminho contributivo para a morte?
Sim, até eu, que nunca dei a mínima para quando iria ser “levado”, hoje peço ao Pai mais tempo; pois gostaria de estar bem perto dos meus; e ajudá-los a compreender esta hora da Terra e da Civilização Humana.
Como tenho uma esperança incorruptível, e como me alimento das “coisas que olhos não viram, ouvidos não ouviram e que nunca chegaram ao coração de homem algum” (I Coríntios 2:9), mas que Deus nos tem revelado pelo Espírito — não deixo de ver o sol se pôr, nem deixo de apreciar, na noite, a lua e as estrelas; assim como não deixo de amar a todos os que posso, e também não deixo de provar o prazer do encontro amoroso todos os dias com a minha amada mulher.
Não há porque haver pânico!
Afinal, todos sabem que o mundo acaba sempre! Ele tem seu fim todos os dias para milhares de pessoas. E todos sabem que a morte é o Apocalipse desta existência, tanto coletiva quanto individual. Assim, mesmo “quem foi” há muito tempo, já provou o fim do mundo. Sim, por exemplo, o mundo acabou para meu filho Lukas!
Paulo trata esse tempo com uma atitude dupla. De um lado ele diz que serão “tempos difíceis”, pois a desumanização será total (II Timóteo cap. 3). De outro lado ele olha para a absorção da morte pela vida, olha para o corpo transformado, olha para a ressurreição dos mortos, e busca ouvir o clangor da última trombeta, e se vê arrebatado, “indo ao encontro do Senhor nos ares” — e se regozija ao extremo!
O mundo sofrerá de Síndrome do Pânico cada vez mais, que é a doença psicológica do desamparo e da desesperança apavorada!
O que falta hoje é confiança no Evangelho.
Portanto, não tema!
Saia com seus filhos, ame a natureza, ensine-os a preservarem a si mesmos e ao planeta; ame sua mulher ou seu marido, possuam um ao outro com toda ternura; seja amigo dos amigos e generoso com os adversários; perdoe a quem lhe deve; ore por quem o persegue; viva a consciência do Evangelho em seus atos; não tema pregar Jesus, pois o Evangelho, o verdadeiro Evangelho, é a cura para a humanidade.


Um texto de Caio Fábio D’Araújo Filho

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