Qual o problema da Terra?
Qual é o único problema da Terra?
O problema é a humanidade!
Porém muitos não chegam a essa conclusão sozinhos.
Se alguém é consciente do que o cerca, esse ou sofre o
tempo todo ou, então, a fim de não se tornar cínico, precisa encontrar a “armadura”
que proteja a sua mente. O cerco é de todos os lados. Muitas vezes as lutas são
feitas, como disse Paulo, de “angústias por fora e tristezas por dentro”.
A humanidade vive cheia de conflitos existenciais.
É um terrível sentimento de “desamparo”; é uma
angústia de “encontro”, que consome a alma; é sede de afeto; é vontade de
provar a vida toda antes que o mundo acabe; é uma esmagadora carência de amor;
é uma crescente síndrome de pânico; é um existir necessitado de antidepressivos;
é um crescente desafeto; é o reino do egoísmo; é o culto ao prazer pelo prazer;
é o reino dos programas feitos de lugares e não de emoções de verdadeira
alegria; é o império da foto digital sem significado na cena; é o cerimonial do
medo; é a gala da insegurança; é o exílio da reverência; é a tirania da
ganância; é o governo dos medíocres; é a informação como estelionato feito
mídia; é a conectividade global sem intimidade dentro de casa; é a morte da
família; é o enterro da pureza; é a energia da maldade.
É a morte da Terra — com todas as manifestações
apocalípticas relacionadas à natureza. O mar está “zangado”; os ventos “enlouqueceram”;
os vírus e bactérias tornam-se mutantes incontroláveis; o ar vai se tornando
bafo quente ou frio cortante; as florestas são “canibalizadas e comidas”; as
cidades se estrangulam; as populações se escondem; a morte virou prêmio pela
coragem de morrer; todos os que podem, terminam podendo tudo o que podem, sem
escrúpulos; e todos os nossos confortos se tornaram o acolchoamento de nosso
próprio caixão global.
O espírito suicida individual está se tornando um
espírito genocida coletivo, global! A pobreza econômica é somente menor do que
a pobreza de espírito. Até o sonho de justiça social unanimemente defendido por
todos, se fosse feito real/concreto, tornar-se-ia num fator de morte do mundo
em poucas décadas; pois, o que chamamos de “bom”, se executado como conforto
movido a petróleo, é um sonho de morte confortável.
Nosso melhor recurso é transformar a Terra numa UTI.
Sim, porque nossos melhores recursos podem apenas nos
ajudar numa boa morte. A menos que um espírito de eutanásia possua os líderes
mundiais, e eles, ao invés de optarem pela morte lenta, apertem os botões da “eutanásia
civilizatória”.
Como disse João, os homens dirão aos montes: “Por
favor, caiam sobre nós e nos sepultem!” (Apocalipse 6:16).
No enfrentamento desse tempo no qual o dia mau é todo
dia, Jesus disse que era para estarmos apercebidos, vigilantes, para orarmos —
e para mantermos o coração na bondade que cuida bem do próximo, na disposição
de não deixar a chama da lâmpada de nosso ser apagar como a das “virgens néscias”;
mas, ao contrário, manter o coração com ambição de ser, como na “parábola dos talentos”;
e, como servos do amor, sem a intenção da recompensa, como os “assustados
bem-aventurados” da “parábola das ovelhas e das cabras”.
Somente o Evangelho, com suas verdades, pode curar a
humanidade.
E quem diz crer, esse não pode ter outra agenda na
qual o anúncio da Palavra do Evangelho não seja a prioridade absoluta.
Já perdemos muito tempo; e o que não temos mais, é
tempo!
Mas não é um fato para desanimar, ou acabar com
quaisquer esperanças.
Este é nosso presente.
Para quem vê a vida com os olhos do Evangelho, o tempo
presente é apenas o prelúdio da glória por vir a ser revelada em nós, em todos
os filhos de Deus, e em toda a criação (Romanos cap. 8). Paulo disse que se a
nossa esperança em Cristo se limitasse “apenas” a esta vida, que nós seríamos
“os mais infelizes de todos os homens”.
A questão, portanto, não é como o mundo é; e tampouco
se a vida vai ficar mais difícil ou não. Jesus disse que ficaria cada vez pior.
E Paulo e todos os apóstolos deram testemunho do mesmo. E o Apocalipse fecha
tudo sem deixar nenhuma dúvida sobre onde o “progresso humano” nos levaria: à
destruição da Terra.
“No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo: eu
venci o mundo” — disse Aquele que também afirmou: “Quando todas essas coisas
começarem a acontecer, exultai e erguei as vossas cabeças; pois a vossa
redenção se aproxima”.
Eu tenho filhos e netos. Como você acha que me sinto
quando olho para o futuro, quando vejo todos os sinais da morte ao meu redor, e
quando percebo que quase ninguém se importa com o que está acontecendo? E
também quando vejo as pessoas passarem “dormentes” em seu caminho contributivo
para a morte?
Sim, até eu, que nunca dei a mínima para quando iria
ser “levado”, hoje peço ao Pai mais tempo; pois gostaria de estar bem perto dos
meus; e ajudá-los a compreender esta hora da Terra e da Civilização Humana.
Como tenho uma esperança incorruptível, e como me
alimento das “coisas que olhos não viram, ouvidos não ouviram e que nunca
chegaram ao coração de homem algum” (I Coríntios 2:9), mas que Deus nos tem
revelado pelo Espírito — não deixo de ver o sol se pôr, nem deixo de apreciar,
na noite, a lua e as estrelas; assim como não deixo de amar a todos os que
posso, e também não deixo de provar o prazer do encontro amoroso todos os dias
com a minha amada mulher.
Não há porque haver pânico!
Afinal, todos sabem que o mundo acaba sempre! Ele tem
seu fim todos os dias para milhares de pessoas. E todos sabem que a morte é o Apocalipse
desta existência, tanto coletiva quanto individual. Assim, mesmo “quem foi” há
muito tempo, já provou o fim do mundo. Sim, por exemplo, o mundo acabou para
meu filho Lukas!
Paulo trata esse tempo com uma atitude dupla. De um
lado ele diz que serão “tempos difíceis”, pois a desumanização será total (II
Timóteo cap. 3). De outro lado ele olha para a absorção da morte pela vida,
olha para o corpo transformado, olha para a ressurreição dos mortos, e busca
ouvir o clangor da última trombeta, e se vê arrebatado, “indo ao encontro do
Senhor nos ares” — e se regozija ao extremo!
O mundo sofrerá de Síndrome do Pânico cada vez mais, que
é a doença psicológica do desamparo e da desesperança apavorada!
O que falta hoje é confiança no Evangelho.
Portanto, não tema!
Saia com seus filhos, ame a natureza, ensine-os a
preservarem a si mesmos e ao planeta; ame sua mulher ou seu marido, possuam um
ao outro com toda ternura; seja amigo dos amigos e generoso com os adversários;
perdoe a quem lhe deve; ore por quem o persegue; viva a consciência do
Evangelho em seus atos; não tema pregar Jesus, pois o Evangelho, o verdadeiro
Evangelho, é a cura para a humanidade.
Um texto de Caio Fábio D’Araújo Filho
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