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domingo, 21 de novembro de 2021

81 – Paulo é Vítima de um Naufrágio (Atos 27 e 28)


 

Quando1(versículo de Atos 27) ficou decidido que navegaríamos para a Itália, Paulo e alguns outros presos foram entregues a um centurião chamado Júlio, que pertencia ao Regimento Imperial. Embarcamos2 num navio de Adramítio I, que estava de partida para alguns lugares da província da Ásia II, e saímos ao mar.

Começando13 a soprar suavemente o vento sul, eles pensaram que haviam obtido o que desejavam; por isso levantaram âncoras e foram navegando ao longo da costa de Creta. Pouco14 tempo depois, desencadeou-se da ilha um vento muito forte, chamado Nordeste III. O15 navio foi arrastado pela tempestade, sem poder resistir ao vento; assim, cessamos as manobras e ficamos à deriva.

No18 dia seguinte, sendo violentamente castigados pela tempestade, começaram a lançar fora a carga. No19 terceiro dia, lançaram fora, com as próprias mãos, a armação do navio. Não20 aparecendo nem sol nem estrelas IV por muitos dias, e continuando a abater-se sobre nós grande tempestade, finalmente perdemos toda a esperança de salvamento.

Visto21 que os homens tinham passado muito tempo sem comer, Paulo levantou-se diante deles e disse: “Os senhores deviam ter aceitado o meu conselho de não partir de Creta, pois assim teriam evitado este dano e prejuízo. Mas22 agora recomendo-lhes que tenham coragem, pois nenhum de vocês perderá a vida; apenas o navio será destruído. Pois23 ontem à noite apareceu-me um anjo do Deus a quem pertenço e a quem adoro, dizendo-me: ‘Paulo24, não tenha medo. É preciso que você compareça perante César; Deus, por sua graça, deu-lhe as vidas de todos os que estão navegando com você’. Assim25, tenham ânimo, senhores! Creio em Deus que acontecerá do modo como me foi dito. Devemos26 ser arrastados para alguma ilha”.

Duas semanas mais tarde, o navio se aproximou da terra. Os marinheiros não comiam há viários dias e Paulo os aconselhou a alimentarem-se. Garantiu-lhes que Deus os protegeria. Então, o navio se partiu, mas todos alcançaram a praia em segurança.

Uma1(versículo de Atos 28) vez em terra, descobrimos que a ilha se chamava Malta V. Os2 habitantes da ilha VI mostraram extraordinária bondade para conosco. Fizeram uma fogueira e receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia frio. Paulo3 ajuntou um monte de gravetos; quando os colocava no fogo, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se à sua mão. Quando4 os habitantes da ilha viram a cobra agarrada na mão de Paulo, disseram uns aos outros: “Certamente este homem é assassino, pois, tendo escapado do mar, a Justiça VII não lhe permite viver”. Mas5 Paulo, sacudindo a cobra no fogo, não sofreu mal nenhum. Eles6, porém, esperavam que ele começasse a inchar ou que caísse morto de repente, mas, tendo esperado muito tempo e vendo que nada de estranho lhe sucedia, mudaram de ideia e passaram a dizer que ele era um deus.

Próximo7 dali havia uma propriedade pertencente a Públio, o homem principal da ilha. Ele nos convidou a ficar em sua casa e, por três dias, bondosamente nos recebeu e nos hospedou. Seu8 pai estava doente, acamado, sofrendo de febre e disenteria. Paulo entrou para vê-lo e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e o curou. Tendo9 acontecido isso, os outros doentes da ilha vieram e foram curados. Eles10 nos prestaram muitas honras e, quando estávamos para embarcar, forneceram-nos os suprimentos que necessitávamos.

 

v     Para entender a história

Apesar da violência da tempestade no mar, Paulo nunca duvidou da promessa de Deus de que chegaria a Roma. Sua fé inspira coragem nos que o rodeiam. O naufrágio em Malta dá a Paulo a oportunidade de levar a mensagem cristã a uma outra comunidade.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “De Adramítio – O navio de Paulo vinha de um porto situado na costa noroeste da Ásia Menor. Hoje, é a atual Edremit, na Turquia.

                                   II.     Alguns lugares da província da Ásia – Os navios freqüentemente paravam nos portos ao longo da costa do Mar Mediterrâneo, por razões de comércio. Barcos que deixavam o Egito e a costa leste do Mediterrâneo seguiam esta rota mais longa, em vez de velejar diretamente para a Itália, por causa dos ventos fortes do oeste.

                                III.     “Um vento... chamado Nordeste” – Este forte vento era conhecido também como “euroaquilão”, termo usado para vento nordeste que descia das montanhas de Creta. A palavra é uma junção das palavras “euros” (vento leste) e da palavra latina “aquilo” (vento norte).

                                IV.     “Nem sol nem estrelas” – No tempo de Paulo, os navegadores orientavam-se observando a posição do sol e das estrelas. Privados desses recursos, eram incapazes de aferir sua posição.

                                   V.     “A ilha se chamava Malta” – Os romanos chamavam Malta de “Melita”, que significa “refúgio”. Seu porto natural faz dela um refúgio para os navios.

                                VI.     “Os habitantes da ilha” – A palavra bíblica para o povo de Malta é “bárbaros”, que significa “que não falam grego”. Os fenícios estabeleceram-se em Malta aproximadamente em 1000 a.C. Os ilhéus, mais tarde, ficaram sob o domínio grego, depois romano, mas mantiveram seu próprio dialeto.

                             VII.     “Justiça” – O povo local deve ter se referido a Zeus, o rei dos deuses gregos, notoriamente caprichoso. Segundo a mitologia grega, Zeus fazia “justiça” aleatoriamente.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

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