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sábado, 21 de agosto de 2021

A Grande Comissão


 

Marcos 16:15

“Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”.

 

Pregar o Evangelho – as Boas Novas –, compartilhar a Palavra, fazer chegar aos outros aquilo que a nós chegou e trouxe transformação – e um renascimento –, requer crer, obedecer e seguir.

Esta fala de Jesus – usada aqui como o mote para este texto – é comumente chamada de “a grande comissão”, isto é, a grande incumbência e a grande missão de todo aquele que se confessa cristão.

Um pouco antes de Jesus falar o que falou, vejamos o que a Bíblia nos diz: Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios. Ela foi e contou aos que com ele tinham estado; eles estavam lamentando e chorando. Quando ouviram que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não creram. Depois Jesus apareceu noutra forma a dois deles, estando eles a caminho do campo. Eles voltaram e relataram isso aos outros; mas também nestes eles não creram. Mais tarde Jesus apareceu aos Onze enquanto eles comiam; censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não acreditaram nos que o tinham visto depois de ressurreto (Marcos 16:9-14).

Por isso que falei, três parágrafos acima, que requer crer, obedecer e seguir. Diz a Bíblia que quando Jesus ressuscitou no domingo – o primeiro dia da semana –, Ele apareceu à Madalena. Ela foi e contou aos discípulos, mas eles não acreditaram nela. Depois Jesus aparecera a dois discípulos no caminho para Emaús; eles por fim O reconhecerem, contaram aos outros, mas estes voltaram a não acreditar. Eles só creram quando Ele apareceu-lhes pessoalmente, e aí lhes deu um puxão de orelhas por não terem crido nos que O anunciavam a eles.

Crer faz parte do processo; e é uma parte fundamental, sem a qual o processo todo não se desencadeia. Isso chama-se fé. Assim, primeiro precisamos crer que esta “comissão”, a de “pregar o evangelho a todas as pessoas”, diz também respeito a nós.

Todos podemos tomar como tarefa divina pregar o Evangelho. Não é necessário colocarmo-nos num púlpito, nem num coreto de praça, nem bater de porta em porta. Basta aproveitar as pequenas oportunidades no dia a dia de introduzirmos nas nossas conversações – sem forçar a barra! – uma palavrinha aqui e outra ali. Na maior parte das vezes, não precisamos nem citar o nome de Jesus nem um versículo bíblico como referência; basta que o conteúdo das nossas palavras naturais, do nosso falar, traga permeado em si fragmentos do Evangelho. Não precisamos nem mesmo usar frases bíblicas decoradas. É até melhor não, dependendo do público. Mas o conteúdo deve e pode ser evangelístico. Normalmente uma palavra positiva, de incentivo e de força, quando falada séria e adequadamente, já é uma mensagem evangelizadora, mesmo que não traga verbalmente nada bíblico. E, por favor, fujam dos jargões!

Anunciar Cristo à humanidade é um privilégio!

Anunciar que Deus Se fez gente e habitou entre nós, na geografia e no tempo/espaço, e, depois de “partir” como ser humano, deixou Seu Espírito para viver em nós, simbiotizando-Se conosco, tornando-Se Um com a gente, fazendo-Se presente em mim e em você – e em todo aquele que crê nesta maravilhosa revelação – é um anúncio e tanto! Quando nos damos conta disso, entendemos até mesmo a saudação hindu “Namaste – o deus que vive em mim saúda o deus que vive em você!” E, antes de me criticar por citar isso, entenda: os hindus se deram conta de algo único, sem nem mesmo terem lido o Evangelho, e sem ninguém ter pregado a eles. Eles, sem citarem o nome nem conhecerem o conceito, manifestam Cristo mesmo sem o saberem. (Disso quero falar noutra oportunidade; aqui e agora, quero voltar ao foco do texto para não nos perdermos em tergiversações).

Noutra fala de Jesus, Ele orienta para que se façam discípulos – d’Ele, não nossos! – de todas as nações: Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:18-20). Fazer discípulos de Jesus nada mais é do que ajudarmos as pessoas a abrirem suas consciências para quem elas realmente são, para o que significa reconhecerem-se em Cristo, para a profunda alteração que isso traz em suas vidas, aqui e agora, na esfera da relatividade, e na esfera do absoluto que, no meio cristão, convencionou-se a chamar de “eternidade”.

Uma coisa curiosa neste processo de compartilhar o Evangelho, de anunciá-lo de forma livre e leve a todas as pessoas, é que há basicamente dois grupos aqui: há o grupo daqueles que “pregam o Evangelho”, e há o grupo daqueles “a quem o Evangelho é pregado”. Em que grupo estamos? Bem, no fundo no fundo, isso não importa. Se hoje estamos no grupo daqueles que “pregam o Evangelho”, noutro momento fatalmente já nos encontramos no grupo daqueles “a quem o Evangelho é pregado”, pois, sem isso, não poderíamos crer, já que “a fé vem por ouvir a Palavra”.

Fato é que aqueles “a quem o Evangelho é pregado” hoje, amanhã serão – se de fato entenderam e interiorizaram a mensagem – aqueles que “pregam o Evangelho”, já que se desencadeia um processo imparável: quem de fato captou a mensagem, já não consegue retê-la somente para si, mas a compartilha!

Pregamos e anunciamos o Evangelho – e isso precisa ser entendido – de duas formas: por nosso falar/pregar/anunciar e por nosso agir/ser; uma coisa complementa a outra. Quem somos deve refletir o que anunciamos, e vice-versa.

Outra coisa curiosa: anunciar o Evangelho nos retroalimenta. Explico: quando falo e compartilho a Palavra do Senhor, adquiro forças e alimento para a minha própria alma, que me capacitam a viver a Palavra em mim mesmo.

Viver o Evangelho, anunciar o Evangelho e fazê-lo chegar a todo mundo, a todos do nosso mundo, da nossa família, dos nossos colegas e amigos, daqueles que convivem conosco e, hoje, com a virtualidade das redes sociais, fazer chegar o Evangelho a tantos quantos muitas vezes nem podemos contar... É, de fato, um privilégio!

Espero que o Evangelho esteja chegando a você, que aqui lê, e que isso faça a diferença!

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

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