Marcos
16:15
“Vão
pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”.
Pregar o Evangelho – as Boas Novas –, compartilhar
a Palavra, fazer chegar aos outros aquilo que a nós chegou e trouxe
transformação – e um renascimento –, requer crer, obedecer e seguir.
Esta fala de Jesus – usada aqui como o mote para
este texto – é comumente chamada de “a grande comissão”, isto é, a grande
incumbência e a grande missão de todo aquele que se confessa cristão.
Um pouco antes de Jesus falar o que falou,
vejamos o que a Bíblia nos diz: Quando
Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro
dia da semana, apareceu primeiramente
a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios. Ela foi e contou aos
que com ele tinham estado; eles estavam lamentando e chorando. Quando ouviram
que Jesus estava vivo e fora visto
por ela, não creram. Depois Jesus apareceu noutra forma a dois deles,
estando eles a caminho do campo. Eles voltaram e relataram isso aos outros; mas
também nestes eles não creram. Mais
tarde Jesus apareceu aos Onze enquanto eles comiam; censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não
acreditaram nos que o tinham visto depois de ressurreto
(Marcos 16:9-14).
Por isso que falei, três parágrafos acima, que
requer crer, obedecer e seguir. Diz a Bíblia que quando Jesus ressuscitou no
domingo – o primeiro dia da semana –, Ele apareceu à Madalena. Ela foi e contou
aos discípulos, mas eles não acreditaram nela. Depois Jesus aparecera a dois
discípulos no caminho para Emaús; eles por fim O reconhecerem, contaram aos
outros, mas estes voltaram a não acreditar. Eles só creram quando Ele
apareceu-lhes pessoalmente, e aí lhes deu um puxão de orelhas por não terem
crido nos que O anunciavam a eles.
Crer faz parte do processo; e é uma parte
fundamental, sem a qual o processo todo não se desencadeia. Isso chama-se fé.
Assim, primeiro precisamos crer que esta “comissão”, a de “pregar o evangelho a
todas as pessoas”, diz também respeito a nós.
Todos podemos tomar como tarefa divina pregar o
Evangelho. Não é necessário colocarmo-nos num púlpito, nem num coreto de praça,
nem bater de porta em porta. Basta aproveitar as pequenas oportunidades no dia
a dia de introduzirmos nas nossas conversações – sem forçar a barra! – uma
palavrinha aqui e outra ali. Na maior parte das vezes, não precisamos nem citar
o nome de Jesus nem um versículo bíblico como referência; basta que o conteúdo
das nossas palavras naturais, do nosso falar, traga permeado em si fragmentos
do Evangelho. Não precisamos nem mesmo usar frases bíblicas decoradas. É até
melhor não, dependendo do público. Mas o conteúdo deve e pode ser
evangelístico. Normalmente uma palavra positiva, de incentivo e de força,
quando falada séria e adequadamente, já é uma mensagem evangelizadora, mesmo
que não traga verbalmente nada bíblico. E, por favor, fujam dos jargões!
Anunciar Cristo à humanidade é um privilégio!
Anunciar que Deus Se fez gente e habitou entre
nós, na geografia e no tempo/espaço, e, depois de “partir” como ser humano,
deixou Seu Espírito para viver em nós, simbiotizando-Se conosco, tornando-Se Um
com a gente, fazendo-Se presente em mim e em você – e em todo aquele que crê
nesta maravilhosa revelação – é um anúncio e tanto! Quando nos damos conta
disso, entendemos até mesmo a saudação hindu “Namaste – o deus que vive em mim
saúda o deus que vive em você!” E, antes de me criticar por citar isso,
entenda: os hindus se deram conta de algo único, sem nem mesmo terem lido o
Evangelho, e sem ninguém ter pregado a eles. Eles, sem citarem o nome nem
conhecerem o conceito, manifestam Cristo mesmo sem o saberem. (Disso quero
falar noutra oportunidade; aqui e agora, quero voltar ao foco do texto para não
nos perdermos em tergiversações).
Noutra fala de Jesus, Ele orienta para que se
façam discípulos – d’Ele, não nossos! – de todas as nações: “Foi-me
dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o
que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre
com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:18-20).
Fazer discípulos de Jesus nada mais é do que ajudarmos as pessoas a abrirem
suas consciências para quem elas realmente são, para o que significa
reconhecerem-se em Cristo, para a profunda alteração que isso traz em suas
vidas, aqui e agora, na esfera da relatividade, e na esfera do absoluto que, no
meio cristão, convencionou-se a chamar de “eternidade”.
Uma coisa curiosa neste processo de compartilhar
o Evangelho, de anunciá-lo de forma livre e leve a todas as pessoas, é que há
basicamente dois grupos aqui: há o grupo daqueles que “pregam o Evangelho”, e
há o grupo daqueles “a quem o Evangelho é pregado”. Em que grupo estamos? Bem,
no fundo no fundo, isso não importa. Se hoje estamos no grupo daqueles que
“pregam o Evangelho”, noutro momento fatalmente já nos encontramos no grupo
daqueles “a quem o Evangelho é pregado”, pois, sem isso, não poderíamos crer, já
que “a fé vem por ouvir a Palavra”.
Fato é que aqueles “a quem o Evangelho é
pregado” hoje, amanhã serão – se de fato entenderam e interiorizaram a mensagem
– aqueles que “pregam o Evangelho”, já que se desencadeia um processo
imparável: quem de fato captou a mensagem, já não consegue retê-la somente para
si, mas a compartilha!
Pregamos e anunciamos o Evangelho – e isso
precisa ser entendido – de duas formas: por nosso falar/pregar/anunciar e por
nosso agir/ser; uma coisa complementa a outra. Quem somos deve refletir o que
anunciamos, e vice-versa.
Outra coisa curiosa: anunciar o Evangelho nos
retroalimenta. Explico: quando falo e compartilho a Palavra do Senhor, adquiro
forças e alimento para a minha própria alma, que me capacitam a viver a Palavra
em mim mesmo.
Viver o Evangelho, anunciar o Evangelho e
fazê-lo chegar a todo mundo, a todos do nosso mundo, da nossa família, dos
nossos colegas e amigos, daqueles que convivem conosco e, hoje, com a
virtualidade das redes sociais, fazer chegar o Evangelho a tantos quantos
muitas vezes nem podemos contar... É, de fato, um privilégio!
Espero que o Evangelho esteja chegando a você,
que aqui lê, e que isso faça a diferença!
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o
amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
Pra Honra e Glória do Senhor Jesus Cristo💫
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