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domingo, 23 de agosto de 2020

Recompensas


1º Samuel 26:23
“O SENHOR recompensa a justiça e a fidelidade de cada um”.

O que é a graça de Deus? É um amor (e favor) imerecido, ou seja, que não fizemos nada para merecer. Assim, não somos meritórios do amor de Deus. Com Deus não há meritocracia, mas graça! Este amor e esta graça existem – graças a Deus por isso! Caso a graça e o amor divino não existissem, estaríamos perdidos – literalmente!
Este amor transformado em graça personificou-se em Jesus de Nazaré, o Cristo. Num sábado, indo à sinagoga como era Seu costume, passou-se assim: Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar a liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor”. Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lucas 4:17-21).
Todas as religiões são tentativas humanas de ir-se a Deus – religião/religar.
Por e em Cristo, Deus fez o inverso: Ele veio a nós. E o fez por amor!
Quando aceitamos isso em nós e para nós, é uma experiência renovadora/recriadora. Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação (2º Coríntios 5:17-19).
Deus Se fez conosco, tornou-se humano, veio em carne, habitou entre nós, foi um ser humano, foi gente!
Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade (João 1:10-14).
É por isso que foi chamado de Emanuel – que quer dizer “Deus conosco” – profetizado centenas de anos antes de nascer, como diz o profeta Isaías: Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel (Isaías 7:14).
Deus veio ter conosco em e por Jesus, e segue conosco por Seu Espírito Santo. Jesus mesmo atesta que assim seria: “E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês (João 14:16-17).
E ainda, prometeu-nos que Seu Espírito Santo nos daria o que precisássemos para falar e dar testemunho de Si: “Quando vocês forem levados às sinagogas e diante dos governantes e das autoridades, não se preocupem com a forma pela qual se defenderão, ou com o que dirão, pois naquela hora o Espírito Santo lhes ensinará o que deverão dizer (Lucas 12:11-12).
Tudo por graça, tudo por amor!
Não temos nenhuma capacidade por nós mesmos de buscar a comunhão com Deus. Apenas podemos fazê-lo porque Ele o fez por nós. Jesus mesmo nos diz: “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma (João 15:5).
Verdadeiro e simples isso!
Então, se não temos mérito nenhum, como pode esta palavra em 1º Samuel 26:23 falar que Deus recompensa a justiça e a fidelidade de cada um? Contraditório? Do ponto de vista da legalidade humana, seria. Mas, quando olhamos à luz de Cristo – como tudo na Escritura deve ser olhado e lido –, vemos que não.
Se, por um lado, não temos mérito nenhum para sermos recompensados por Deus, por outro lado, quando nos dispomos a colocar-nos em Suas mãos sabendo que dependemos d’Ele, então Ele recompensa essa nossa escolha e decisão, a de termos nos tornado d’Ele e confiarmos n’Ele. Nos tornamos discípulos de Cristo.
Tudo se dá pela fé/fidelidade: Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam (Hebreus 11:6).
A fé e a fidelidade nos impulsionam ao discipulado, ao amor, à obediência: “Um novo mandamento lhes dou: amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros (João 13:34-35). “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos (João 14:15).
E, como ensina o Senhor em Sua Palavra, somos, por Cristo, justificados, feitos justos em e por amor: “Portanto, meus irmãos, quero que saibam que mediante Jesus lhes é proclamado o perdão dos pecados. Por meio dele, todo aquele que crê é justificado de todas as coisas das quais não podiam ser justificados pela Lei de Moisés” (Atos 13:38-39).
Assim, pois, se somos fiéis a Ele, Ele nos recompensa.

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

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