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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Torto e Falto

Eclesiastes 1:15
          O que é torto não pode ser endireitado; o que está faltando não pode ser contado.
 
                                                                 
Já me vi torto,
tortuoso, torcido e curvo,
oblíquo, iníquo, enviesado.
Já me chamaram de atravessado,
errado, injusto e enganado.
De olho estrábico e vesgo,
míope e sinuoso.
Já me vi torto e torturado,
em suplício, martírio e tormento.
 
Já me vi falto,
ausente, carente e privado,
em transgressão, em falha e em pecado.
Já me chamaram de inapetente,
escasso, raro e minguado.
Olhar de infração e transgressão,
sem recurso e sem discurso.
Já me vi em necessidade e precisão,
retirado, afastado e apartado.
 
“O que é torto não pode ser endireitado;
o que está falto não pode ser contado”.
 
Que me perdoe o Pregador,
mas acho que ele estava enganado.
Alguém desceu lá do alto,
e endireitou aqui esse torto,
e pode contar com esse falto.
 
Kurt Hilbert

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