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sábado, 9 de maio de 2015

Banalizando o Nome de Jesus


          Colossenses 3:17
          Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.

          Quando fazemos a nossa oração, é indicado que a iniciemos e a encerremos “em nome de Jesus”, pois foi assim que Ele ensinou. Um exemplo está em João 14:14, onde Ele diz: “O que vocês pedirem em meu nome, eu farei”. O Senhor nos ensina, através da carta do apóstolo Paulo a seu amigo e colaborador Timóteo, que Ele – Jesus – está ligado ao Pai e a nós, como o elo que nos une: Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus (1º Timóteo 2:5). Assim, as Escrituras nos ensinam que devemos nos dirigir a Deus, em qualquer circunstância, usando o nome de Jesus.
          Vamos ilustrar usando uma comparação bem básica, facinha de entender: Imagine que você precisa se apresentar diante de alguém muito importante, mas importante mesmo. Você está indo a essa pessoa com um pedido, com uma petição, com uma intercessão, com um assunto qualquer, mas que não é qualquer assunto, é algo muito importante. Você terá uma audiência com essa pessoa muito importante, com essa sumidade. Pois bem, você teve acesso a ela. Ela o está esperando, todo orelhas, para lhe ouvir. Momento decisivo, momento sublime. Mas aí então você se lembra de um detalhe, um detalhe que pode fazer toda a diferença entre você ser ouvido e atendido, ou não. Você se lembra que você é amigo do filho dele; o filho dele é seu brother, seu amigão do peito. E que esse seu brother, o filho dele, recomendou a você que você fosse falar com o seu pai em nome dele, que poderia usar o fato da sua amizade para chegar bem pertinho do pai. Aquele seu brother disse que o pai tinha profundo amor e consideração por ele, e que, em você manifestando essa intrínseca amizade que havia entre vocês, com muito mais facilidade as portas se abririam. E aí eu lhe pergunto: você iria se furtar a usar essa – benéfica – influência? Hein? Pois é. Aí está.
          Agora, voltado a Jesus em si – que poderia estar muito bem representado na historinha acima como seu amigo e brother –, o que mais Ele ensinou a seus discípulos, quando os enviou como apóstolos para divulgar a boa nova, o Evangelho? Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:18-20). Ele ensinou a usar o Seu nome para batizar, para fazer discípulos, e para interceder pelos irmãos em qualquer questão que fosse. Em suma, Ele nos enviou como representantes ou embaixadores d’Ele. Aí, então, quando assim agimos, agimos em Seu nome.
          Ainda mais uma coisa que avalio como relevantíssimo: quando nos conduzimos em nome de alguém – nesse caso em nome de Jesus –, é de suma importância que nossas palavras, atos e conduta sejam condizentes com os ensinamentos desse enviador. Não podemos – pelo menos não deveríamos – usar a incumbência de uma representatividade, a incumbência de agir em nome de, quando nossa vida destoa da doutrina, do ensinamento. A teoria deve ser representada na prática. A conduta, o modo de ser, o modo de vida de um discípulo precisa necessariamente refletir a doutrina do Mestre. Se não, é balela, é conversinha fiada, é papo furado. Se não for assim, a representatividade, o agir em nome de, perde a eficácia, perde a verdade.
          Voltando à historinha contada acima, não adianta chegarmos à pessoa que nos recebe em audiência com o aval do nome de seu filho, se falamos uma coisa mas fazemos outra. Ainda, Deus sabe exatamente nossos sentimentos, Ele não engole um “em nome de Jesus” se nossa conduta de vida difira dos ensinamentos de Seu Filho. O homem importante da historinha contada, vai nos dizer: “Cara, eu conheço meu filho, e o que você está me dizendo destoa completamente do caráter do meu filho. Não adianta você vir a mim em nome dele, pois não fecha aquilo que você diz com aquilo que você faz, com aquilo que você é”. E aí, babau audiência. Com Deus é assim também.
          Todo esse peremptório acima para dizer uma coisa, uma coisinha só: o nome de Jesus está sendo banalizado. Por que digo isso? Porque ouço aqui e ali, in loco e pela TV, muitos pregadores usando o nome de Jesus como se fosse uma palavrinha mágica, como se fosse um bordão ou um mantra, repetido ad infinitum somente para proverem certa divindade e santidade àquilo que dizem. Como que se, em repetindo “em nome de Jesus” aqui, “em nome de Jesus” ali, recomendassem a si mesmos: “Eu sou um homem de Deus”.
          Ouço coisas do tipo: “Em nome de Jesus, eu ordeno”. Ou então “Em nome de Jesus, eu repreendo isso e aquilo”. Ainda: “Vamos agora recolher o dízimo, em nome de Jesus”. Com palavras comedidas – e às vezes nem tão comedidas – dizem coisas como: “Vamos agora vender os produtos da nossa igreja, em nome de Jesus”. E assim vai. É “em nome de Jesus, isso”, “em nome de Jesus, aquilo”, e dê-lhe “em nome de Jesus”. Francamente, sinto repulsa quando ouço isso. Um nome santificado jamais deveria ser banalizado. Usam o nome de Jesus para fazer comércio, esses vendilhões do templo! É disso que falo. Desconsideram, inclusive, um mandamento dado pelo Senhor desde os tempos antigos: Não tomarás em vão o nome do SENHOR (Êxodo 20:7).
          Para finalizar, quero deixar dito o seguinte: nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossas palavras, nossas ações, nossa conduta, nosso modo de vida, representam muito mais o nome de Jesus do que o simples falar “em nome de Jesus”.
          Espero que possamos refletir nisso.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
        Kurt Hilbert

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