Tudo passa, até as PESSOAS que mais amamos ou não, todas passam,
tudo passa.
Tenho tentado o máximo que posso dizer para os que amo, que os
amo, pois há o risco de não vê-los mais.
Hoje, o recurso que tenho são as redes sociais e as vias que a
tecnologia me oferece.
Nada substitui o mistério de um encontro pessoal, mas, hoje,
isto é impossível com a maioria das pessoas com as quais, durante anos, o
encontro era normal.
Me arrependo de não ter ficado mais tempo no último encontro,
pois alguns já não estão entre nós, embora estejam em nós, em mim, pra sempre.
Invisto horas de cada dia nestas vias cibernéticas lendo, ouvindo,
falando, interagindo com pessoas.
Tenho sido lembrado que a grande maioria das pessoas acometidas
pela COVID-19 são curadas, e é verdade, e me alegro e celebro com todos e cada
um.
No entanto, a porcentagem mínima dos que não dão conta significa
a interrupção de milhares de vidas, histórias reais de pessoas que jamais
reencontraremos.
Acresce-se a dor das milhares de pessoas afetadas pela partida
de seus queridos que foram cedo demais, dores que ficaram pra sempre.
Pra mim, todos que partiram por causa da COVID-19 foram cedo
demais.
Mesmo com as vacinas e todos os protocolos usados pra conter o
avanço desta doença maldita, é claro que ainda levará um tempo pra que todos
estejamos imunizados.
Este tempo que precisamos pra estarmos todos imunizados, pra os
vulneráveis, mesmo que seja uma porcentagem mínima, pode significar a morte e
pode nos roubar muitas vidas.
Tenho esperança que tudo passará, não tenho dúvidas que tudo
passará, mas também pessoas passarão e estas são insubstituíveis.
Por isto, mantenho meu coração disponível às pessoas, tanto pra
amar quanto pra me deixar amar.
Se você/vocês, leu/leram até aqui, recebam meu carinho com
orações sinceras em vosso favor com um rogo: amem-se, perdoem-se, acolham-se,
repartam-se, orem uns pelos outros e conectem-se uns com os outros,
inspirem-se, escorem-se, sejam afetuosos uns com os outros por todas as vias
possíveis.
Não sabemos quando teremos de volta a liberdade e a segurança
pra nos encontrarmos, e ainda não estamos imunes, portanto, cuidemo-nos uns aos
outros.
NÃO SEJAMOS AGRESSIVOS UNS COM OS OUTROS.
Vai passar, tudo vai passar, inclusive PESSOAS QUE AMAMOS.
(Um texto de Carlos
Bregantim)
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