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quarta-feira, 10 de março de 2021

52 – Jesus é Julgado Pelos Sacerdotes (Marcos 14)



Levaram53(versículo de Marcos 14) Jesus ao sumo sacerdote I; e então se reuniram todos os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei. Pedro54 o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote II. Sentando-se ali com os guardas, esquentava-se junto ao fogo.

Os55 chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio III estavam procurando depoimentos contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte, mas não encontravam nenhum. Muitos56 testemunharam falsamente contra ele, mas as declarações deles não eram coerentes.

Então57 se levantaram alguns e declararam falsamente contra ele: “Nós58 o ouvimos dizer: ‘Destruirei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, não feito por mãos de homens’”. Mas59, nem mesmo assim, o depoimento deles era coerente.

Depois60 o sumo sacerdote levantou-se diante deles e perguntou a Jesus: “Você não vai responder à acusação que estes lhe fazem?” Mas61 Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu.

Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: “Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”

“Sou”62, disse Jesus. “E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu”.

O63 sumo sacerdote, rasgando as próprias vestes IV, perguntou: “Por que precisamos de mais testemunhas? Vocês64 ouviram a blasfêmia. Que acham?”

Todos o julgaram digno de morte V. Então65 alguns começaram a cuspir nele; vendaram-lhe os olhos e, dando-lhe murros VI, diziam: “Profetize!” E os guardas o levaram, dando-lhe tapas.

Estando66 Pedro em baixo, no pátio, uma das criadas do sumo sacerdote passou por ali. Vendo67 Pedro a aquecer-se, olhou bem para ele e disse: “Você também estava com Jesus, o Nazareno”.

Contudo68 ele o negou, dizendo: “Não o conheço, nem sei do que você está falando”. E saiu para o alpendre [e o galo cantou].

Quando69 a criada o viu lá, disse novamente aos que estavam por perto: “Esse aí é um deles”. De70 novo ele negou.

Pouco tempo depois, os que estavam sentados ali perto disseram a Pedro: “Certamente você é um deles. Você é galileu!”

Ele71 começou a se amaldiçoar e a jurar: “Não conheço este homem VII de quem vocês estão falando!”

E72 logo o galo cantou pela segunda vez VIII. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: “Antes que duas vezes cante o galo, você me negará três vezes”. E se pôs a chorar.

 

v     Para entender a história

Uma vez, Jesus pedira aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Filho de Deus, pois não queria ser o foco de um levante político. Agora, o seu tempo chegou e ele afirma destemidamente a sua divindade. Sua missão já pode ser cumprida. Ele é o Messias que salvará o povo dos seus pecados.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Sumo sacerdote” – O sumo sacerdote era o líder religioso supremo de Israel. Na época de Jesus, o cargo se tornaria impopular entre muitos judeus, porque o sumo sacerdote era nomeado pelos romanos.

                                   II.     “O pátio do sumo sacerdote” – As sessões do tribunal eram realizadas durante o dia, numa área pública próxima do Templo, mas nunca em “dias santos”. Jesus foi julgado à noite, numa residência privada, durante a Páscoa.

                                III.     “Todo o Sinédrio” – O Sinédrio – palavra de origem grega que significa “conselho” – era o supremo tribunal judaico. Compunha-se de setenta membros (altos sacerdotes, escribas e anciãos) sob a presidência do sumo sacerdote.

                                IV.     “O sumo sacerdote, rasgando as próprias vestes” – O Sinédrio julgou a resposta de Jesus uma blasfêmia. O sumo sacerdote rasgou suas vestes num gesto tradicional de pesar, embora proibido pela Lei (Levítico 10:6).

                                   V.     “O julgaram digno de morte” – O Sinédrio declarou Jesus culpado de blasfêmia, o que acarretava a pena de morte por apedrejamento. Entretanto, o procedimento deles indicava que o julgamento de Jesus era ilegal. A Lei judaica determinava que os testemunhos contra o acusado sempre deviam concordar e que uma sentença de morte não podia ser proferida no mesmo dia do julgamento.

                                VI.     “Alguns começaram a cuspir nele... dando-lhe murros” – Naquele tempo, essa era uma expressão de rejeição e condenação. Mas era ilegal que membros do Sinédrio batessem no acusado.

                             VII.     “Não conheço este homem” – Todos os quatro Evangelhos registram esse momento de fraqueza humana. Pouco antes, Jesus havia recomendado a Pedro: “Vigie e ore para não cair em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Pedro estivera seguro de que nunca negaria Jesus, mas, quando sua lealdade foi posta à prova, faltou-lhe coragem.

                          VIII.     “O galo cantou pela segunda vez” – Para Pedro, essa era uma dramática lembrança das palavras proféticas de Jesus. Muitas casas tinham aves domésticas, e o cantar dos galos anunciava a aproximação do dia. A noite terminara e o pleno horror de sua negação amanhecia sobre Pedro.

 

- Vestes do sumo sacerdote: O sumo sacerdote usava vestes especiais, inclusive um “peitoral de julgamento”, onde os nomes das doze tribos de Israel estavam escritos em doze pedras preciosas.

- O canto do galo: O canto do galo é uma antiga medida para marcar o tempo. Os romanos davam o nome de “cantar do galo” à terceira vigília da noite (entre meia-noite e as três horas da manhã).

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

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