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quarta-feira, 17 de março de 2021

53 – Jesus é Julgado Pelos Romanos (Mateus 27)


  

De1(versículo de Mateus 27) manhã cedo, todos os chefes dos sacerdotes e líderes religiosos do povo tomaram a decisão de condenar Jesus à morte. E2, amarrando-o, levaram-no e o entregaram a Pilatos, o governador I.

Quando3 Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso II e devolveu aos chefes dos sacerdotes e aos líderes religiosos as trinta moedas de prata. E4 disse: “Pequei, pois traí sangue inocente”. E eles retrucaram: “Que nos importa? A responsabilidade é sua”.

Então5 Judas jogou o dinheiro dentro do templo e, saindo, foi e enforcou-se.

Os sacerdotes não podiam colocar o dinheiro no tesouro do templo porque era preço de sangue. Gastaram-no com um terreno que serviria de cemitério para estrangeiros.

Jesus11 foi posto diante do governador, e este lhe perguntou: “Você é rei dos judeus?”

Respondeu-lhe Jesus: “Tu o dizes”.

Acusado12 pelos chefes dos sacerdotes e pelos líderes religiosos, ele nada respondeu. Então13 Pilatos lhe perguntou: “Você não ouve a acusação que eles estão fazendo contra você? III” Mas14 Jesus não lhe respondeu nenhuma palavra, de modo que o governador ficou muito impressionado.

Por15 ocasião da festa era costume do governador soltar um prisioneiro escolhido pela multidão. Eles16 tinham, naquela ocasião, um prisioneiro muito conhecido, chamado Barrabás IV. Pilatos17 perguntou à multidão que ali se havia reunido: “Qual destes vocês querem que lhes solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?” Porque18 sabia que o haviam entregado por inveja.

Estando19 Pilatos sentado no tribunal, sua mulher lhe enviou esta mensagem: “Não se envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele”.

Mas20 os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos convenceram a multidão a que pedisse Barrabás e mandasse executar Jesus.

Então21 perguntou o governador: “Qual dos dois vocês querem que eu lhes solte?”

Responderam eles: “Barrabás!”

Perguntou22 Pilatos: “Que farei então com Jesus, chamado Cristo?”

Todos responderam: “Crucifica-o! V

“Por23 quê? Que crime ele cometeu?”, perguntou Pilatos.

Mas eles gritavam mais ainda: “Crucifica-o!”

Quando24 Pilatos percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas, ao contrário, estava se iniciando um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos VI diante da multidão e disse: “Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês”.

Todo25 o povo respondeu: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos!”

Então26 Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado.

Então27 os soldados do governador levaram Jesus ao Pretório e reuniram toda a tropa ao seu redor. Tiraram-lhe28 as vestes e puseram nele um manto vermelho; fizeram29 uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: “Salve, rei dos judeus!” Cuspiram30 nele e, tirando-lhe a vara, batiam-lhe com ela na cabeça. Depois31 de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e vestiram-lhe suas próprias roupas. Então o levaram para crucificá-lo.

 

v     Para entender a história

Jesus é julgado perante o governador romano porque este era o único modo de os chefes religiosos garantirem uma sentença de morte. Eles não têm escrúpulos de transformar as acusações religiosas em políticas. Pilatos sabe que as acusações são infundadas, mas cede à pressão e crucifica um homem inocente.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “O entregaram a Pilatos, o governador” – Os romanos não permitiam que o Sinédrio proferisse sentença de morte. Jesus é, pois, enviado a Pôncio Pilatos, governador da Judeia de 26 a 36 d.C. Sua residência oficial era em Cesareia, mas ele passava a Páscoa em Jerusalém.

                                   II.     “Foi tomado de remorso” – Quando viu seu mestre ser injustamente condenado, Judas se deu conta das conseqüências de sua traição; mas era tarde demais. Em total desespero, deu fim à sua vida. Seu suicídio foi uma trágica confissão de culpa e vergonha.

                                III.     “A acusação... contra você” – A Lei Romana não admitia a pena de morte por blasfêmia. Para persuadir Pilatos a dar a sentença de morte, os chefes religiosos apresentaram Jesus como um ativista político, acusando-o falsamente: “Encontramos este homem subvertendo nossa nação. Ele é contra o pagamento de impostos a César e afirma ser um rei” (Lucas 23:2).

                                IV.     “Barrabás” – Barrabás fora preso por insurreição e assassinato. Este nome aramaico significa “filho do pai”. Por ironia, quem morreu em seu lugar foi Jesus, o Filho de Deus Pai.

                                   V.     “Crucifica-o” – A crucificação era um antigo método de execução que os romanos haviam copiado dos gregos. Ela só era usada para os crimes mais sérios, como traição. A morte era terrível. O corpo ia gradualmente caindo sob o próprio peso, e o crucificado tinha cada vez maior dificuldade para respirar.

                                VI.     “Lavou as mãos” – Pilatos reproduzia um ritual simbólico de purificação dos judeus (Deuteronômio 21:6-9). Os que presenciavam entenderam que ele estava se resguardando de responsabilidade.

 

- O Pretório: Também chamado de Fortaleza Antônia, o Pretório era o palácio de Pilatos e seu quartel-general em Jerusalém. A fortaleza era retangular, com uma torre em cada canto, duas das quais davam para o Templo.

- O Sinédrio: O Sinédrio – palavra de origem grega que significa “conselho” – era o supremo tribunal judaico. Compunha-se de setenta membros (altos sacerdotes, escribas e anciãos) sob a presidência do sumo sacerdote.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

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