Salmo 145:14
O SENHOR ampara todos os que caem
e levanta todos os que estão prostrados.
A promessa desta Palavra é muito ampla.
Não se restringe a um povo – como foi o caso do povo hebreu no Antigo
Testamento.
Nem se restringe a apenas uma outra facção descrita no Novo Testamento: os
discípulos primevos e a então Igreja diretamente guiada pelos apóstolos,
nomeados e enviados por Jesus para deixarem, além da doutrina do Mestre, também
a assim chamada “doutrina dos apóstolos” que está lançada basicamente em
algumas partes do livro dos Atos e, especialmente, nas epístolas apostólicas.
Nem ainda esta Palavra se restringe à continuidade da Igreja, já sem os
apóstolos e guiada por diversas lideranças, que se uniram, se separaram em
cismas, fizeram guerras entre si e contra outras formas de fé, assumiram
diversos dogmas e doutrinas em suas denominações, enfim, à cristandade de ontem
e de hoje.
A Palavra hoje usada como mote deste texto não se resume, desta forma, nem
apenas ao mundo judaico-cristão nem a alguma denominação em particular.
A Palavra em questão se estende muito além de fronteiras terrenas, muros
ideológico-religiosos, e divisas impostas pelo homem.
A Palavra que diz que o Senhor
ampara todos os que caem e levanta todos os que estão prostrados alcança a
cada ser humano que se dispõe, de coração, a assumir sua escolha por Deus, em
Cristo.
Alcança também aqueles que ainda não receberam a “informação formal” da
assim chamada “salvação”, mas que têm em seu coração lugar para amar a Deus –
não importando como O conceituem – e ao próximo.
Esta Palavra do Senhor alcança a todos aqueles que se decidem, a cada dia,
entregar ao amor a condução de seus passos.
É assim que é, mesmo que haja quem ache que não seja!
O Salmo 119:165 fala que os que amam a tua [de
Deus] lei desfrutam paz, e nada há que os faça tropeçar. E hoje, a Palavra diz
que, ainda que nada há que os faça tropeçar,
o Senhor ampara todos os que caem e levanta todos os que estão prostrados. Como pode esta aparente contradição? Nada os faz tropeçar mas há os que caem. É simples de entender:
nada – de fora – pode nos fazer tropeçar quando estamos firmes no Evangelho,
mas nós mesmos, por nossos descuidos, nos fazemos tropeçar, vez ou outra; ainda
pecamos. A consolação, assim, está em que, mesmo que tropecemos por nós mesmos,
ainda assim o Senhor nos ampara e nos levanta em nossa prostração.
Sabemos, assim, com toda a segurança, que Deus sempre anda conosco e em
nós – por Seu Santo Espírito fazendo em nós morada, desde que também nós
andemos com Ele e n’Ele façamos morar nossas esperanças e nossas conduções.
A vida – mesmo a daqueles que creem – não é um carrossel, em infinito
movimento de gira-gira. A vida é – para todos, mesmo para aqueles que creem –
uma montanha-russa, com altos e baixos.
Lembremos do Salmo 23 – aquele mesmo, com o qual nos deparamos nas Bíblias
abertas em algumas casas e mesmo em algumas empresas, pois quase sempre estão
abertas neste Salmo –, que nos diz que mesmo
quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois
tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem. Ora, o que é um vale de trevas e morte, senão um
daqueles momentos “baixos” na vida? Mas diz também o mesmo Salmo 23 que Tu [Deus] me honras, ungindo a minha cabeça
com óleo e fazendo transbordar o meu cálice. E que é isso, senão uma
daqueles momentos “altos” na vida? Mas o que mais traz conforto neste Salmo 23
é quando diz que sei que a bondade e a
fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida. Isto nos deixa
claro que o Senhor – seja nos momentos altos ou baixos da vida – sempre está
ali, presente!
Sim, amiguinhos e amiguinhas que aqui
leem, o Senhor ampara todos os que caem e levanta todos os que estão prostrados.
E, sim, esta Palavra é para todos! E todos são todos mesmo!
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos
acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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