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domingo, 28 de junho de 2020

O Amor é o Cumprimento da Lei



Romanos 13:10
O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da Lei.

O apóstolo Paulo escreve no contexto imediatamente antecedente da Palavra que aqui uso como mote deste texto que os irmãos da igreja em Roma não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama o seu próximo tem cumprido a Lei. Pois estes mandamentos: “Não adulterarás”, “Não matarás”, “Não furtarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: “Ame o seu próximo como a si mesmo (Romanos 13:8-9). E, em seguida complementa, dizendo: Façam isso, compreendendo o tempo em que vivemos. Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos. A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz (Romanos 13:11:12).
Havia, naquele tempo, alta discussão com os judeus convertidos a Cristo, com respeito à Lei de Moisés e seus usos e costumes. Paulo insistia que a própria Lei apontava para o amor, dizendo, como Jesus já ensinara, que do amor dependem a Lei e os Profetas: “‘Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas (Mateus 22:37-40).
Dizer que o amor não pratica o mal contra o próximo parece bastante óbvio. A Palavra, por vezes, é bastante óbvia, mas, por vezes, também, fala mais do que num primeiro momento pode parecer.
A Lei de Moisés era ferrenhamente observada pelos religiosos judeus, muito mais quanto ao cumprimento das aparências do que como consciência na mente e no coração.
Isso ocorre também hoje em dia no meio cristão – não necessariamente quanto à Lei mosaica, mas com a Bíblia como um todo –, especialmente quanto a usos e costumes, rituais, liturgias, “podes e não podes”, e – de forma bem clara – quanto a dízimos e ofertas.
Criam-se doutrinas sistemáticas em cima de pontos isolados das Escrituras, esquecendo-se o contexto.
É sempre importante, diante daquilo que lemos na Bíblia, entender quando foi escrito, para quem foi escrito, qual era o contexto histórico/cultural da época, e discernir o que é Palavra eterna daquilo que, no texto, é aplicativo para aquele momento.
Um exemplo claro disso encontra-se nas cartas aos Coríntios, onde há instruções específicas para os irmãos inseridos naquela cultura, já que era uma cidade cosmopolita para a sua época, inundada de culturas oriundas de muitos locais e, ainda, erguida sobre a cultura helênica. Há, ali, Palavras de validade eterna e orientações pontuais.
Volto a frisar: é importante ter noção do contexto daquilo que lemos, sob pena de sermos ludibriados com pontos isolados tirados justamente deste contexto. Aí corremos o perigo de nos atermos muito à letra e pouco ao sentido da mensagem como um todo. Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica (2º Coríntios 3:6).
O Espírito (de Cristo) é sempre mais amplo do que a letra em si, pois abrange os sentidos mais profundos da alma humana e da alma divina, por assim dizer.
O Espírito (de Cristo) sempre se perpassou de amor.
E o amor (e não a letra da Lei) é o nascedouro e o conhecimento de Deus, é a Sua essência, conforme o apóstolo João: Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor (1º João 4:7-8).
Assim, tudo o que a Palavra (que é Cristo) nos ensina é que, na mais elevada instância, só o amor decidido e escolhido viver é que vale a pena. O resto é apenas distração da vida.
Qualquer Lei que haja deveria submeter-se ao amor. Quando não se submete, é lei de morte e não Lei da vida.
Portanto, o amor – de e em Cristo – é o cumprimento da Lei.

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

Um comentário:

  1. Que o mundo possa aprender com estas palavras biblicas que o AMOR nao pode ser uma utopia como o e...nos dias de hoje.

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