Romanos 13:10
O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da Lei.
O apóstolo Paulo escreve no
contexto imediatamente antecedente da Palavra que aqui uso como mote deste
texto que os irmãos da igreja em Roma não devam nada a ninguém, a não ser o amor de
uns pelos outros, pois aquele que ama o
seu próximo tem cumprido a Lei. Pois estes mandamentos: “Não adulterarás”,
“Não matarás”, “Não furtarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento,
todos se resumem neste preceito: “Ame o
seu próximo como a si mesmo”
(Romanos 13:8-9). E, em seguida complementa, dizendo: Façam isso, compreendendo o
tempo em que vivemos. Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais
próxima do que quando cremos. A noite está quase acabando; o dia logo vem.
Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da
luz (Romanos 13:11:12).
Havia, naquele tempo, alta
discussão com os judeus convertidos a Cristo, com respeito à Lei de Moisés e
seus usos e costumes. Paulo insistia que a própria Lei apontava para o amor,
dizendo, como Jesus já ensinara, que do amor dependem a Lei e os Profetas: “‘Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o seu
coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e
maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si
mesmo’. Destes dois mandamentos dependem
toda a Lei e os Profetas” (Mateus
22:37-40).
Dizer
que o amor não pratica o mal contra o próximo parece bastante óbvio. A Palavra,
por vezes, é bastante óbvia, mas, por vezes, também, fala mais do que num
primeiro momento pode parecer.
A Lei de
Moisés era ferrenhamente observada pelos religiosos judeus, muito mais quanto
ao cumprimento das aparências do que como consciência na mente e no coração.
Isso
ocorre também hoje em dia no meio cristão – não necessariamente quanto à Lei
mosaica, mas com a Bíblia como um todo –, especialmente quanto a usos e costumes,
rituais, liturgias, “podes e não podes”, e – de forma bem clara – quanto a
dízimos e ofertas.
Criam-se
doutrinas sistemáticas em cima de pontos isolados das Escrituras, esquecendo-se
o contexto.
É sempre
importante, diante daquilo que lemos na Bíblia, entender quando foi escrito,
para quem foi escrito, qual era o contexto histórico/cultural da época, e
discernir o que é Palavra eterna daquilo que, no texto, é aplicativo para
aquele momento.
Um
exemplo claro disso encontra-se nas cartas aos Coríntios, onde há instruções
específicas para os irmãos inseridos naquela cultura, já que era uma cidade
cosmopolita para a sua época, inundada de culturas oriundas de muitos locais e,
ainda, erguida sobre a cultura helênica. Há, ali, Palavras de validade eterna e
orientações pontuais.
Volto a frisar: é importante ter
noção do contexto daquilo que lemos, sob pena de sermos ludibriados com pontos
isolados tirados justamente deste contexto. Aí corremos o perigo de nos atermos
muito à letra e pouco ao sentido da mensagem como um todo. Ele nos capacitou para
sermos ministros de uma nova aliança,
não da letra, mas do Espírito; pois a
letra mata, mas o Espírito vivifica (2º
Coríntios 3:6).
O
Espírito (de Cristo) é sempre mais amplo do que a letra em si, pois abrange os
sentidos mais profundos da alma humana e da alma divina, por assim dizer.
O
Espírito (de Cristo) sempre se perpassou de amor.
E o amor (e não a letra da Lei) é
o nascedouro e o conhecimento de Deus, é a Sua essência, conforme o apóstolo
João: Amados,
amemos uns aos outros, pois o amor
procede de Deus. Aquele que ama é
nascido de Deus e conhece a Deus.
Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus
é amor (1º João 4:7-8).
Assim, tudo o que a Palavra (que é
Cristo) nos ensina é que, na mais elevada instância, só o amor decidido e
escolhido viver é que vale a pena. O resto é apenas distração da vida.
Qualquer Lei que haja deveria
submeter-se ao amor. Quando não se submete, é lei de morte e não Lei da vida.
Portanto, o amor – de e em Cristo
– é o cumprimento da Lei.
Por hora é isso, pessoal. Que a
liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
Que o mundo possa aprender com estas palavras biblicas que o AMOR nao pode ser uma utopia como o e...nos dias de hoje.
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