João 14:15
“Se vocês me amam,
obedecerão aos meus mandamentos”.
Muitos daqueles que se chamam de cristãos têm convicção de que amam a
Deus, de que amam a Jesus Cristo e de que amam ao seu próximo.
Para aqueles que têm certeza disso, parabéns!
Mas também para os mesmos, vale sempre lembrar que isso é uma decisão, é
um querer ser, estar e fazer, é uma atitude antes de ser um sentimento.
Sim: o amor – aquele que Jesus ensinou – é antes uma decisão do que um
sentimento!
Dizemos que “Jesus ensinou esse amor, ensinou a amar”. Ora, um sentimento
não se ensina – ou se o tem ou não. Mas uma escolha, uma decisão, sim, se pode
ensinar. Podemos ensinar uma criança, por exemplo, a saber discernir entre o
certo e o errado, ensinar a escolher o melhor, ensinar a ser de modo que seja
correta para si mesma e para as demais crianças.
Foi isso que Jesus fez: tal qual a crianças, nos ensinou – por Suas
palavras e por Seus exemplos – a amar.
Ele nos deu noções claras do que é o amor.
Quando contou a parábola do samaritano que ajuda o pobre desvalido e
ferido, caído à beira da estrada, nos ensinou a amar, pois este samaritano não
nutria nenhum sentimento pelo desconhecido, mas, ainda assim, parou e fez toda
a diferença para ele.
Aliás, me ocorreu agora, enquanto escrevo, que amar é fazer a diferença!
Jesus também nos deu ensinamentos – a que chamamos de mandamentos –
ensinando sobre o amor e sobre amar, registrados nas Escrituras.
“Vocês ouviram o que
foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles
que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está
nos céus. Porque ele faz raiar o seu
sol sobre maus e bons e derrama
chuva sobre justos e injustos. Se
vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa vocês receberão? Até os
publicanos fazem isso! Portanto, sejam
perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (Mateus 5:43-48).
Respondeu Jesus: “‘Ame
o SENHOR, o
seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu
entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a
ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes
dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:37-40).
“Mas eu digo a vocês
que estão me ouvindo: amem os seus
inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem
por aqueles que os maltratam. Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe
também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica.
Dê a todo aquele que lhe pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não
lhe exija que o devolva. Como vocês
querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles” (Lucas 6:27-31).
“Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os
‘pecadores’ amam aos que os amam. E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles
que são bons para com vocês? Até os ‘pecadores’ agem assim. E que mérito terão,
se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Até os ‘pecadores’
emprestam a ‘pecadores’, esperando receber devolução integral. Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta.
Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os
ingratos e maus. Sejam
misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso” (Lucas 6:32-36).
“Um novo mandamento
lhes dou: amem-se uns aos outros. Como
eu os amei, vocês devem amar-se
uns aos outros. Com isso todos saberão
que vocês são meus discípulos, se
vocês se amarem uns aos outros” (João 13:34-35).
“Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14:15) [Esta, a
Palavra mote deste texto – está lá em cima, depois do título].
“Quem tem os meus
mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será
amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele” (João 14:21).
“Como o Pai me amou,
assim eu os amei; permaneçam no meu amor.
Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como
tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço” (João 15:9-10).
“O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o
que eu lhes ordeno” (João 15:12-14).
“Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros” (João 15:17).
Estas são algumas palavras de Jesus que ensinam sobre o amor e sobre amar.
Já dá para se ter uma boa ideia do que se quer dizer!
Depois, nas cartas – ou epístolas do NT – os apóstolos também falam
inúmeras vezes sobre o amor e sobre amar. Não é necessário, aqui, citar estas
passagens, pois estenderiam muito o texto. Quero apenas salientar uma que o
apóstolo João deixou tão bem escrita, que sintetiza numa breve sentença Quem
Deus É: Amados, amemos uns aos outros, pois
o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem
não ama não conhece a Deus, porque Deus
é amor (1º João 4:7-8).
Amamos quando nos propomos a dar ouvidos aos Seus mandamentos.
Amamos quando nos propomos a dar razão ao Evangelho.
Amamos quando nos propomos a ser, a estar e a fazer.
Amamos quando coadunamos as nossas palavras – agora expressas porque foram
precedidas de pensamentos e sentimentos – com nosso modo de ser.
Amamos, enfim, quando importamos ao nosso próximo, no sentido que o “importamos para dentro de nós” e somos por ele “importados para dentro dele” –
é a importância mútua.
Amamos a Deus amando o próximo!
Se alguém afirmar: “Eu
amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê (1º João 4:20).
Todo o demais que poderíamos
justificar como sendo amor e amar, seria somente teoria, filosofia, utopia,
romance ou comentários.
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos
acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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