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domingo, 17 de maio de 2020

Só Tu!



João 6:68
“Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna”.

Havia muitos discípulos que seguiam Jesus. Doze deles Ele escolheu como Seus apóstolos (enviados) para divulgarem o Evangelho. Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os apóstolos, para que estivessem com ele, os enviasse a pregar e tivessem autoridade para expulsar demônios (Marcos 3:13-15).
Dentre aqueles muitos que O ouviam, nem todos podiam suportar – ter suporte psicológico/espiritual – para acolherem – todas – as Suas palavras. Alguns acharam as palavras d’Ele duras demais e, assim, foram embora. Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: “Dura é essa palavra. Quem pode suportá-la?” (João 6:60). Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo (João 6:66).
Diante disso, Jesus perguntou aos Doze: “Vocês também não querem ir?” (João 6:67).
Atentemos a isto: Jesus não tinha nenhuma ânsia de proselitismo, nenhuma preocupação em ter Seu número de seguidores diminuído, nenhum problema com “contabilidades eclesiásticas”. Se Ele ficasse sozinho, sem seguidor nenhum, ainda assim seria Jesus de Nazaré, o Cristo!
Nos dias de hoje é que vemos muitas pessoas preocupadas com seguidores – de si mesmas! – e com seus “ministérios”, ou com a opinião pública a respeito delas.
Para Jesus, nada disso realmente importava. Para Ele, pelo que podemos ler nas Escrituras, importava apenas que Suas palavras, Sua conduta e Seu modo de ser se coadunassem. E foi por essa postura verdadeira de vida em todo o Seu caminho sobre a terra que ele podia dizer “eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6).
E foi por isso também que Pedro respondeu o que respondeu: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna”. Pedro – assim como os demais dos Doze – concluiu que eles não tinham a quem ir fora d’Ele, uma vez que o que Jesus lhes trazia remetia ao Eterno!
Para quem se preocupa muito com números e estatísticas, palavras de vida eterna têm pouco valor, pois não são imediatas, mas apontam para o futuro. É por isso que “doutrinas de prosperidade” andam grassando por aí, pois falam das materialidades e quase nunca citam a espiritualidade nem a eternidade.
Mas, no fim, só fica com Jesus quem O compreendeu.
Quem pode dizer “tu tens as palavras de vida eterna” também diz “só tu”. Explico: palavras de vida eterna não brotam de várias fontes, mas duma só. Jesus toma para Si esta exclusividade, sendo Ele a Fonte.
Depois de compreendermos isso, de podermos dizer também “só tu”, não diremos “também tu”, ou “tu entre vários” ou “tu mais do que qualquer outro”. Não! Será “só tu”.
Quando recebemos/compreendemos Jesus, o Cristo de Deus, o Emanuel – Deus conosco –, não haverá mais lugar para “outro”.
Uma alusão clara a isso está descrita na passagem que conta da “transfiguração no monte”, onde Jesus levou três de Seus discípulos e, diante deles, transfigurou-se e apareceram-lhes Moisés e Elias. Depois que Deus “falou da nuvem”, desapareceram todos, restando apenas Jesus diante deles. E, diante desta cena, se diz que os discípulos prostraram-se com o rosto em terra e ficaram aterrorizados. Mas Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantem-se! Não tenham medo!” E erguendo eles os olhos, não viram mais ninguém a não ser Jesus (Mateus 17:6-8).
Diante da glória divina que nos está proposta, quando somos tocados por Ele, podemos erguer os olhos e olhar somente para Cristo! Só Cristo! “Só Tu!”

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

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