João 6:68
“Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna”.
Havia muitos discípulos que
seguiam Jesus. Doze deles Ele escolheu como Seus apóstolos (enviados) para
divulgarem o Evangelho. Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os apóstolos,
para que estivessem com ele, os enviasse a pregar e tivessem autoridade para
expulsar demônios (Marcos 3:13-15).
Dentre
aqueles muitos que O ouviam, nem todos podiam suportar – ter suporte
psicológico/espiritual – para acolherem – todas – as Suas palavras. Alguns
acharam as palavras d’Ele duras demais e, assim, foram embora. Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos
disseram: “Dura é essa palavra. Quem
pode suportá-la?” (João 6:60). Daquela
hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo (João 6:66).
Diante
disso, Jesus perguntou aos Doze: “Vocês também não querem ir?” (João 6:67).
Atentemos a isto: Jesus não tinha nenhuma ânsia de proselitismo, nenhuma
preocupação em ter Seu número de seguidores diminuído, nenhum problema com
“contabilidades eclesiásticas”. Se Ele ficasse sozinho, sem seguidor nenhum,
ainda assim seria Jesus de Nazaré, o Cristo!
Nos dias de hoje é que vemos
muitas pessoas preocupadas com seguidores – de si mesmas! – e com seus
“ministérios”, ou com a opinião pública a respeito delas.
Para Jesus, nada disso realmente importava.
Para Ele, pelo que podemos ler nas Escrituras, importava apenas que Suas
palavras, Sua conduta e Seu modo de ser se coadunassem. E foi por essa postura
verdadeira de vida em todo o Seu caminho sobre a terra que ele podia dizer “eu sou o caminho, a verdade e a vida”
(João 14:6).
E foi
por isso também que Pedro respondeu o que respondeu: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna”.
Pedro – assim como os demais dos Doze – concluiu que eles não tinham a quem ir
fora d’Ele, uma vez que o que Jesus lhes trazia remetia ao Eterno!
Para
quem se preocupa muito com números e estatísticas, palavras de vida eterna têm
pouco valor, pois não são imediatas, mas apontam para o futuro. É por isso que
“doutrinas de prosperidade” andam grassando por aí, pois falam das
materialidades e quase nunca citam a espiritualidade nem a eternidade.
Mas, no
fim, só fica com Jesus quem O compreendeu.
Quem
pode dizer “tu tens as palavras de vida
eterna” também diz “só tu”. Explico: palavras de vida eterna não brotam de
várias fontes, mas duma só. Jesus toma para Si esta exclusividade, sendo Ele a
Fonte.
Depois
de compreendermos isso, de podermos dizer também “só tu”, não diremos “também
tu”, ou “tu entre vários” ou “tu mais do que qualquer outro”. Não! Será “só
tu”.
Quando
recebemos/compreendemos Jesus, o Cristo de Deus, o Emanuel – Deus conosco –,
não haverá mais lugar para “outro”.
Uma
alusão clara a isso está descrita na passagem que conta da “transfiguração no
monte”, onde Jesus levou três de Seus discípulos e, diante deles, transfigurou-se
e apareceram-lhes Moisés e Elias. Depois que Deus “falou da nuvem”,
desapareceram todos, restando apenas Jesus diante deles. E, diante desta cena,
se diz que os discípulos prostraram-se
com o rosto em terra e ficaram aterrorizados. Mas Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantem-se! Não
tenham medo!” E erguendo eles os olhos, não
viram mais ninguém a não ser Jesus
(Mateus 17:6-8).
Diante
da glória divina que nos está proposta, quando somos tocados por Ele, podemos
erguer os olhos e olhar somente para Cristo! Só Cristo! “Só Tu!”
Por hora é isso, pessoal. Que a
liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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