Enquanto a primeira epístola de Pedro é uma carta
de jubilosa esperança em face do sofrimento, a segunda epístola desse apóstolo
é uma mensagem da verdade fiel diante do erro.
A segunda carta começa por uma declaração direta da
verdade de Deus, que se fundamenta tanto na palavra profética como na palavra
do testemunho. Adverte contra falsos mestres que procurarão substituir a
Palavra divina por palavras humanas. E termina com a afirmação de que a vinda
de Cristo é uma realidade futura que destruirá o mundo como o conhecemos e
trará novos céus e nova terra.
Há incerteza quanto ao autor, à data e ao
destinatário da segunda epístola de Pedro. Contudo, a igreja tem sustentado
tradicionalmente o ponto de vista de que o apóstolo Pedro foi o autor desta
carta.
A diferença de estilo entre as duas epístolas
poderia ser explicada da seguinte maneira: Pedro teve diferentes ajudantes;
escreveu a uma só congregação em vez de fazê-lo a um grupo; escreveu com menor
urgência porque seu propósito e a situação eram diferentes. Quando, em sua
segunda epístola, se refere a uma anterior, não devemos supor que faça alusão à
primeira epístola de Pedro e, sim, a uma carta que se perdeu. Existe,
inclusive, a possibilidade de que Pedro tenha escrito a segunda epístola antes
da que conhecemos como primeira.
As circunstâncias do escrito refletem uma situação
na qual as heresias gnósticas contaminavam a igreja. Este falso ensino levava a
um comportamento licencioso. Somente a correta compreensão da sabedoria de Deus
à luz do retorno de nosso Senhor Jesus Cristo refutaria tais erros.
Robert Paul Roth
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