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domingo, 27 de novembro de 2022

Você e os de Sua Casa



Atos 16:31

Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa”.

 

A Palavra aqui usada como base para este texto foi a resposta do apóstolo Paulo ao carcereiro que estava incumbido de guardar a prisão onde ele e Silas estavam.

Vamos entender o contexto desta cena, trazendo o que está escrito um pouco antes:

Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam. De repente, houve um terremoto tão violento que os alicerces da prisão foram abalados. Imediatamente todas as portas se abriram, e as correntes de todos se soltaram. O carcereiro acordou e, vendo abertas as portas da prisão, desembainhou sua espada para se matar, porque pensava que os presos tivessem fugido. Mas Paulo gritou: “Não faça isso! Estamos todos aqui!” O carcereiro pediu luz, entrou correndo e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Então levou-os para fora e perguntou: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?” Eles responderam: “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os da sua casa” (Atos 16:25-31).

Não estranhe a tentativa do carcereiro se matar ao achar que os prisioneiros tivessem fugido. Era costume de o Império Romano punir severamente um militar que, por negligência – veja que ele estava dormindo –, permitisse a fuga de um prisioneiro. Por vezes, era torturado e até morto. Daí o carcereiro preferir o suicídio ao martírio.

Pois bem, fato é que os prisioneiros não fugiram e isso deu um enorme alívio ao carcereiro, a ponto dele querer saber sobre a “salvação” promovida pelo Deus de Paulo e Silas – lembre que, antes disso, eles estavam “orando e cantando hinos a Deus”.

Diante da pergunta do carcereiro, a resposta do apóstolo foi direcionada não somente a ele, mas também à sua família.

Dia desses, eu conversava com alguém quanto a questão de um ou dois de uma família seguirem o Evangelho, independentemente da denominação da igreja, e os demais da família não seguirem. Por um lado, isso pode entristecer, pois parece que somente quem segue será “salvo”, e os demais não.

Mas não é isso que esta Palavra dita por Paulo ensina. O apóstolo diz claramente que “serão salvos você e os de sua casa”. Isso vem ao encontro de outra Palavra, dita pelo mesmo apóstolo, quando escrevia à igreja em Corinto: Se um irmão tem mulher descrente, e ela se dispõe a viver com ele, não se divorcie dela. E, se uma mulher tem marido descrente, e ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie dele. Pois o marido descrente é santificado por meio da mulher, e a mulher descrente é santificada por meio do marido (1º Coríntios 7:12-14).

E o requerido para isso não é necessariamente ser “membro da igreja”, do ponto de vista de ser um freqüentador de certo local de missa ou culto, ou outro nome que se dê às reuniões eclesiásticas. Não é esse o requisito principal. O requisito principal está no início da Palavra, onde diz para “crer em Jesus”.

Ora, quando cremos em Jesus – mas de verdade, não de faz de conta –, quando a cada dia escolhemos renovar a nossa decisão por Ele, quando colocamos nas mãos d’Ele cada dia diante de nós, quando buscamos na Sua Palavra a leitura diária como hábito salutar à alma, quando vivemos – mas de verdade, não de faz de conta – os Seus ensinamentos e mandamentos, quando Ele tem o senhorio sobre nossas vidas, quando nossas palavras e atitudes se coadunam, dia a dia, com as d’Ele, bem, quando for assim, é muito difícil que o nosso modo de vida advindo de um agir/ser assim não influencie os que estão à nossa volta, especialmente os da nossa casa.

Lembro do que foi escrito aos irmãos da Galácia: E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé (Gálatas 6:9-10).

Será através do nosso ser/agir que a graça de Deus tocará a todos os da nossa família!

Depois, claro, será uma livre decisão de cada um seguir na fé em Cristo ou não.

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

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