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domingo, 25 de julho de 2021

Quem é Jesus Para as Religiões?


  

Mateus 16:13-15

Chegando à região de Cesareia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: “Quem os outros dizem que o Filho do homem é?”

 

As mais diversas religiões do Planeta consideram a figura de Jesus, cada uma a seu modo. Fato é que Jesus é tão impactante que Se torna inolvidável a cada uma delas, haja vista o significado histórico que Sua vida causou na Terra há dois mil anos.

Vamos a um resumo – bem resumido mesmo – do que Ele representa em várias religiões:

Jesus no Judaísmo: A maioria dos judeus vê Jesus como um transgressor da Lei de Moisés e um revolucionário da época. Para os judeus, Jesus não ressuscitou, pois creem que os Seus discípulos roubaram o Seu corpo do túmulo enquanto os soldados dormiam.

Jesus no Islamismo: Jesus seria mais um dos profetas que Deus enviou. Os muçulmanos não acreditam que Jesus tenha morrido numa cruz, mas que foi Judas ou Simão, o Cirineu, quem morreu no Seu lugar, tendo as pessoas sido iludidas a acreditarem na Sua crucificação, e que Jesus foi arrebatado para os céus, de onde voltará no fim dos tempos para que ocorra o “juízo final”.

Jesus no Budismo: Para os budistas Jesus é um ser iluminado, uma espécie de Buda. Alguns budistas creem que Jesus estudou com monges durante a Sua juventude. Algumas escolas budistas estudam os ensinamentos de Jesus juntamente com os de Buda, pois creem que a meta de ambos é remover os obstáculos da vida espiritual dos homens. Atualmente o budismo tenta encontrar um ponto em comum entre a espiritualidade cristã e a budista, o que está gerando uma campanha ecumênica pelo mundo, onde o Dalai Lama, líder religioso do Tibete, disse, em entrevista coletiva em São Paulo, que é “um bom cristão”.

Jesus no Hinduísmo: Os hindus acreditam que Jesus seja um “avatar”, ou seja, uma das encarnações de Deus na Terra. Para alguns hindus, Jesus também foi um iniciado na filosofia védica, sendo uma das encarnações de Vishnu, a segunda pessoa da trindade hinduísta. Para o movimento Hare Krishna, Jesus é um dos enviados do deus Krishna para cumprir sua mensagem pelo mundo. Os hindus acreditam que Cristo viveu na Índia entre Seus 18 e 30 anos, e lá Ele estudou o Hinduísmo e o Budismo, incorporando elementos dessas religiões nas Suas pregações.

Jesus no Jainismo: Praticamente todos os ensinamentos budistas são encontrados no Jainismo. O principal ensinamento jainista é a não-violência. Este ensino foi utilizado por Mahatma Gandhi durante a independência da Índia, o que fez de Gandhi um herói jainista. Para os jainistas Jesus é tido como um conquistador, visto que Ele diz que “venceu o mundo”. Também creem que Jesus Se libertou das paixões do mundo e tornou-Se um conquistador, ou seja, um iluminado.

Jesus na Cabala: A Cabala é a versão hebraica dos ritos de iniciação ou dos procedimentos ocultos acessíveis a poucos. A Cabala é uma prática religiosa/filosófica/ocultista difundida por judeus esotéricos, e eles creem que Abraão, Moisés, Davi, Jesus, Sócrates, Platão, Einstein, Jung, dentre outros, eram seus seguidores. A Cabala não poupa esforços para dizer que todo homem é Deus, pois todos têm luz, e Deus é luz, logo, todos os homens são deuses, sabendo o bem e o mal.

Jesus na Fé Bahá’í: A Fé Bahá’í é uma religião ecumênica que surgiu no Irã em 1844. Os bahá’í estão em 178 países do mundo e propõem ser a renovação do Islã com uma nova mensagem: Deus é um só em todas as religiões, e Ele manda diversos mensageiros para todos os povos da Terra, assim como enviou Jesus. Devido ao caráter ecumênico, vários textos sagrados, inclusive os Evangelhos, são lidos nas suas casas de oração. Para os bahá’í, apenas a união dos homens pode acabar com os conflitos no mundo. Por isso a Fé Bahá’í propõe a unidade religiosa e política do mundo.

Jesus no Candomblé: O Candomblé reconhece que todas as religiões são boas, desde que a base principal seja a fé e o amor ao próximo. No Candomblé, acreditam que Jesus Cristo é Oxalá, o Senhor do Bonfim.

Jesus no Seicho-No-Ie: Para o Seicho-No-Ie, a matéria não existe, a carne não existe, o sofrimento não existe. O homem não é carne, o homem é filho de Deus, é espírito, é perfeito, é isento de pecado, portanto, é imortal. A Seicho-No-Ie explica que Jesus Cristo já redimiu os pecados de toda a humanidade, e já não existe pecado algum no mundo, ou seja, já não existe homem pecador. Segundo eles, se o pecado existisse realmente, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo.

Jesus na Cientologia: A Cientologia nega a divindade de Jesus Cristo, crendo que Ele é um “deus inferior”. Eles creem que há múltiplos deuses, e que alguns deuses são superiores e outros inferiores. A Cientologia obteve grande popularidade por ter em seu rol de membros celebridades de Hollywood, como Brad Pitt, Jennifer Lopez, John Travolta, Katie Holmes, Tom Cruise e Will Smith.

Jesus no Movimento Rastafári: Os rastafáris creem que o imperador etíope Haile Selassie é a reencarnação de Jesus. Haile Selassie significa, em etíope, “o poder da trindade”. Eles pregam que a “terra prometida” é a África. Por esse motivo, o Movimento Rastafári atrai muitos afro-descendentes, e tem crescido muito ultimamente devido ao seu gênero musical, o Reggae. Bob Marley era adepto do Movimento Rastafári, e a data da sua morte, 6 de fevereiro, é feriado nacional na Jamaica. Na doutrina Rastafári é permitido fumar maconha, porém, proibido comer carne de porco.

Jesus no Movimento Nova Era: Para a Nova Era, o mundo está vivendo o fim da Era de Peixes que, segundo eles, é a Era de Jesus, pois creem que o símbolo de Jesus era o peixe. Antes dessa Era vieram a Era de Touro, ligada às religiões sumérias e egípcias, e a Era de Áries, ligada ao “cordeiro pascal” e a Moisés. Após a Era de Peixes, inicia-se a Era de Aquário, a chamada “Nova Era”. Para a Nova Era, Jesus é mais um dos mestres espirituais do mundo, uma espécie de “avatar”.

Jesus no Movimento Raeliano: Os raelianos creem que não existe nenhum Deus, que os deuses e profetas das religiões  inclusive Jesus  nada mais eram do que ETs, vindos para orientar a humanidade como viverem neste mundo criado por eles.

Jesus nas Testemunhas de Jeová: Eles afirmam que Jesus não é Deus, têm uma tradução própria da Bíblia, não aceitam transfusões de sangue, acreditam que a Terra permanecerá para sempre, não creem que Jesus Cristo morreu numa cruz, e sim numa estaca. Creem que apenas um pequeno rebanho de 144 mil pessoas vai se salvar.

Jesus nos Mórmons: São oficialmente conhecidos como A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Eles creem num outro evangelho, chamado de “O Livro de Mórmon – Outro Testamento de Jesus Cristo”. Creem que Jesus nasceu em Jerusalém, e não em Belém. Creem que Caim foi amaldiçoado com uma pele escura, tornando-se o “pai dos negros”. Não creem que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo. Creem que Deus um dia já foi um homem e que um dia o homem pode ser Deus. Creem que Jesus casou com Maria e Marta, e também com Maria Madalena, e que o casamento em Caná da Galileia era um dos Seus casamentos. Creem também que Satanás é irmão de Jesus Cristo e que a salvação pela graça é demoníaca.

Jesus no Adventismo: Eles creem que sempre que Miguel é mencionado na Bíblia, se refere à pessoa de Jesus como comandante dos exércitos celestiais, em direta disputa com Satanás. Portanto, creem que o Arcanjo Miguel e o Anjo do Senhor são manifestações de Jesus Cristo. Acreditam na guarda do sábado e na abstinência de comer carne de porco e diversos alimentos.

Jesus no Espiritismo: O Espiritismo demonstra a impossibilidade de Jesus ser o próprio Deus, afirmando que Ele é uma criatura como todos nós. No entanto, creem que Ele foi o mais evoluído entre os homens da Terra, e isso não é uma dádiva ou privilégio, e sim uma conquista. O Espiritismo ensina que temos que acertar as nossas contas, quitar os nossos erros, e que a salvação não é pela graça e nem pelo sangue de Jesus, e não se precisa do batismo ou então da confissão e arrependimento dos pecados para alcançarmos a salvação e, sim, através das boas obras – apenas boas obras. Eles creem que Jesus não nasceu de uma virgem numa estrebaria em Belém de Judá, não é unigênito, nem recebeu a visita dos magos. Creem que Jesus não foi tentado por inexistentes demônios e que não há nenhum castigo eterno.

Com exceção do Judaísmo – que exclui Jesus de seus dogmas, ainda que O tenham em seu subconsciente –, as demais religiões buscam encaixá-Lo de alguma forma, mesmo que seja da forma mais distorcida. Mas Jesus não passa despercebido nunca.

Até mesmo por isso, temos que tomar alguns cuidados. O “nome Jesus” pode ser usado para qualquer coisa, dependendo da motivação existente. Usa-se Jesus como uma grife, como uma marca, e se O associa àquilo que se deseje – e se consegue vendê-Lo ao público-alvo sem discernimento, com a maior facilidade, haja vista as inúmeras denominações eclesiásticas neo-pentecostais e seu “mercado religioso em nome de Jesus”. Por isso, cautela.

As mais variadas ideologias religiosas – e agora falo das não-cristãs – dão um jeito de “encaixar” Jesus em seus dogmas, por uma razão simples: Jesus é inegavelmente incomparável, e isso ninguém tem como ignorar, a expressão única de Jesus carrega uma singularidade universal absoluta, assim, é preciso “tratar com Ele” de alguma forma, por mais diversa que seja a doutrina religiosa em questão. Todos tentam arrumar um quartinho para que Jesus more na sua casa também.

Para muitos daqueles que se denominam cristãos – estejam eles vinculados a alguma denominação eclesiástica ou não – Jesus também segue sendo uma incógnita, pois O conhecem pouco. Muitos aceitam o que outros dizem a respeito d’Ele sem ir atrás e checar se é assim mesmo pelas Escrituras. Muitos, por preguiça espiritual, não abrem a Bíblia e não leem os evangelhos para ao menos ter um conhecimento mínimo.

Aqui, no espaço deste Blog, tentamos elucidar o máximo que nos é possível. Divulgamos a Palavra, há centenas de textos disponíveis, há vários olhares – e todos sob o olhar orientador do Espírito Santo. Quem quiser, venha e veja.

Pessoalmente, aconselho sempre que a pessoa ore, leia a Bíblia – especialmente o Novo Testamento – de carreirinha, um pouco a cada dia, e vá abrindo seu conhecimento, pois a Palavra se revela.

E Jesus, aos olhos de quem se dispõe a ser Seu discípulo, vai Se tornando cada vez mais conhecido, claro, compreendido – e nós vamos nos compreendendo n’Ele.

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

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