João
16:23-24
“Eu lhes asseguro que meu Pai lhes dará tudo
o que pedirem em meu nome. Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para
que a alegria de vocês seja completa”.
Nesta fala aos Seus discípulos, Jesus nos dá uma
garantia impressionante: “Eu lhes asseguro”, disse Ele, quando falava sobre
pedir em Seu nome e receber. Jesus assegura e nos deixa seguros sobre a oração.
De fato, quando oramos, temos que estar seguros,
primeiramente, de que Deus nos ouve e nos atende segundo a Sua vontade, como
também assegurava o apóstolo João numa de suas cartas: Esta é a confiança que temos ao nos
aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos que ele
nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos
que temos o que dele pedimos (1º João 5:14-15).
Podemos nos aproximar de Deus com segurança. Podemos pedir segundo a Sua
vontade – que conhecemos mais e mais conforme vamos conhecendo mais e mais as
Escrituras e, especialmente, Jesus, pois n’Ele Sua vontade está manifesta em
plenitude. Podemos estar seguros que Ele nos ouve em tudo. E podemos estar
confiantes de que Ele nos atende conforme Ele julga que nos faça bem!
Pedimos
“em nome de Jesus” sempre que pedimos conforme a Sua vontade, e a Sua
vontade... bem, é como falei no parágrafo anterior.
“Peçam e
receberão”, nos manda Jesus em relação à oração. Que simples! E que direto!
“Peçam e
receberão” – e Ele acrescenta que assim será “para que a nossa alegria seja
completa”. Com isso, Ele nos tranquiliza para que não caiamos na tentação de
acharmos sobre nós mesmos que estamos, de alguma forma, fraquejando ou mesmo tentando
a Deus, quando julgamos que “seremos completamente felizes” quando “virmos” o
nosso pedido ser atendido. Não estaremos esperando “ver” para “crer”. Não.
Estaremos, isto sim, segundo Jesus, tendo a oportunidade de “nos alegrarmos por
completo” quando vivenciarmos o “milagre” da nossa oração sendo atendida. Não
será um “ver para crer”; será um “alegrar-se sobremodo ao ver”. Ah, isso nos
traz um alívio e concreta em nós uma certeza em fé: posso pedir, sem medo de
ser feliz, pois sei que estou pedindo segundo a Sua vontade!
E, agora,
quero de fato entrar no assunto do título: a atemporalidade da oração. E peço a
você, que chegou até aqui na leitura deste texto, que redobre sua atenção para
entender o que quero dizer, pois vou tentar ser o mais claro que puder.
Temporal é
algo relacionado e “preso” ao tempo cronológico, isto é, ou foi Passado, ou é Presente,
ou será Futuro.
Atemporal
é o que está “fora” da “dependência da cronologia do tempo”, isto é, pode tanto
ter sido Passado, quanto ser Presente, quanto será Futuro.
Aqui
agora, por exemplo, você está lendo este texto no Presente. Para você, é
temporal neste momento, pois está “preso” no “agora”. Entretanto, alguém já
poderá tê-lo lido no Passado, ou ainda o lerá no Futuro, sendo assim, será atemporal,
pois este ato de alguém ter lido no Passado ou ainda vir a ler no Futuro não
está “preso” ao seu – de você – “agora”.
O mesmo se
dá com Deus. Deus é atemporal em Seu Ser, pois Ele tanto É no Presente, quanto
É no Passado, assim como É no Futuro.
Dito de
outra forma: Deus não “foi” no Passado, “é” no Presente e “será” no Futuro.
Deus simplesmente “é” no Passado, “é” no Presente e “é” no Futuro.
De uma
forma mais simples ainda, poderíamos dizer que Deus “está” ao mesmo tempo no Passado,
no Presente e no Futuro.
Isto se dá
porque Passado, Presente e Futuro só existem porque são temporais, relativos,
estão “presos” à cronologia no tempo. Deus, por Sua vez, É em todos os tempos,
não é relativo, mas é absoluto, não está “preso” a nada.
Usando
ainda outra figura de linguagem, outra metáfora, poderíamos dizer que Deus
“viaja no tempo”, para frente e para trás, ao Passado e ao Futuro, tudo junto/ao
mesmo tempo/agora.
Com isso
tudo quero dizer que a nossa oração – esta que podemos estar fazendo “hoje”, no
“agora” – pode também “viajar”, junto com Deus, ao Passado e ao Futuro, assim
como está no Presente.
Vou usar
agora um exemplo prático para ilustrar o que quero dizer com relação a isto.
Faça uso da sua imaginação em fé e entre na “viagem” deste exemplo comigo, para
poder entendê-lo:
Imagine
que você, hoje, está sendo curado de uma enfermidade. E imagine que esta cura
se enquadra naquela categoria de surpreendente, ou, em outras palavras, na
categoria do que as pessoas chamam de “milagre”. Pois bem. Imagine que alguém
orou a Deus pedindo por essa cura – o que se enquadra na Sua vontade, pois, nas
Escrituras, há inúmeras afirmações inequívocas que curar é a vontade de Deus.
Alguém orou por sua cura, é o que você pensa e sabe. E, de fato, esta oração
por sua cura é um fato. Só que você pensa que esta oração foi feita por alguém,
mas que este alguém já orou, que isto se deu no Passado, seja este Passado uma
hora, um dia, uma semana ou um mês. Mas foi no Passado, você pensa. Ou, no
máximo, foi há um minuto. Mas um minuto atrás também é tempo Passado. Ou, no
melhor esforço de pensamento, você pode pensar que esta oração está sendo feita
“agora”, no Presente, e que o alcançar da cura foi resposta imediata. Até aí
você pode chegar no seu pensamento de imaginação de atendimento à oração.
Mas,
agora, eis a surpresa que apresento: eu creio seguramente que esta oração,
atendida “agora” – pois foi “agora” que você alcançou a sua cura – poderá ainda
ser feita, no Futuro. Sim. Pois Deus – não se esqueça do que eu falei antes –
“viaja” no Passado/Presente/Futuro “agora”. Deus É em todo tempo, o tempo todo!
Assim, alguém ainda poderá orar por algo que já está acontecendo “agora” ou –
mais surpreendente ainda! – poderá já ter acontecido. Sim, creio tranquila e
claramente em minha fé, que mesmo uma oração que ainda será feita no Futuro já
pode, inclusive, ter sido atendida no Passado.
Você
conseguiu “acompanhar” esta “viagem” que fiz nos dois parágrafos anteriores?
Ficou mais ou menos claro para você? Eu realmente espero que sim; eu realmente
espero ter me feito entender. Se quiser, releia os dois parágrafos anteriores,
para fixar este pensamento.
Então, é
isto que quero dizer com o que mencionei no título deste texto.
Você pode
orar tranquila e confiantemente “hoje”, “agora”. E a oração que você fizer
“hoje”, “agora”, poderá ser atendida no Presente, agorinha mesmo, como poderá
ser atendida no Futuro, como poderá já ter sido atendida no Passado.
Com base
nisso, podemos concluir que muitas coisas que você está vivendo agora, por elas
já se oraram no Passado. Mas também podemos concluir que muitas coisas que você
está vivendo agora, por elas ainda será orado no Futuro!
Se você
consegue alcançar este nível de consciência em fé, prepare-se para uma mudança
enorme em seu modo de enxergar a vida relacionada à oração!
Vou deixar
um spoiler aqui: dentro em pouco, num
outro texto, quero falar sobre uma característica/prática da oração, que é o
“alcançar a mão pela oração” em direção àquilo que queremos trazer à nossa vida
(sempre levando-se em consideração o “orar segundo a vontade de Deus”), com
base no “está consumado, está feito”. Aguarde.
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o
amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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