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domingo, 16 de maio de 2021

A Atemporalidade da Oração


 

João 16:23-24

Eu lhes asseguro que meu Pai lhes dará tudo o que pedirem em meu nome. Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa”.

 

Nesta fala aos Seus discípulos, Jesus nos dá uma garantia impressionante: “Eu lhes asseguro”, disse Ele, quando falava sobre pedir em Seu nome e receber. Jesus assegura e nos deixa seguros sobre a oração.

De fato, quando oramos, temos que estar seguros, primeiramente, de que Deus nos ouve e nos atende segundo a Sua vontade, como também assegurava o apóstolo João numa de suas cartas: Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos (1º João 5:14-15). Podemos nos aproximar de Deus com segurança. Podemos pedir segundo a Sua vontade – que conhecemos mais e mais conforme vamos conhecendo mais e mais as Escrituras e, especialmente, Jesus, pois n’Ele Sua vontade está manifesta em plenitude. Podemos estar seguros que Ele nos ouve em tudo. E podemos estar confiantes de que Ele nos atende conforme Ele julga que nos faça bem!

Pedimos “em nome de Jesus” sempre que pedimos conforme a Sua vontade, e a Sua vontade... bem, é como falei no parágrafo anterior.

“Peçam e receberão”, nos manda Jesus em relação à oração. Que simples! E que direto!

“Peçam e receberão” – e Ele acrescenta que assim será “para que a nossa alegria seja completa”. Com isso, Ele nos tranquiliza para que não caiamos na tentação de acharmos sobre nós mesmos que estamos, de alguma forma, fraquejando ou mesmo tentando a Deus, quando julgamos que “seremos completamente felizes” quando “virmos” o nosso pedido ser atendido. Não estaremos esperando “ver” para “crer”. Não. Estaremos, isto sim, segundo Jesus, tendo a oportunidade de “nos alegrarmos por completo” quando vivenciarmos o “milagre” da nossa oração sendo atendida. Não será um “ver para crer”; será um “alegrar-se sobremodo ao ver”. Ah, isso nos traz um alívio e concreta em nós uma certeza em fé: posso pedir, sem medo de ser feliz, pois sei que estou pedindo segundo a Sua vontade!

E, agora, quero de fato entrar no assunto do título: a atemporalidade da oração. E peço a você, que chegou até aqui na leitura deste texto, que redobre sua atenção para entender o que quero dizer, pois vou tentar ser o mais claro que puder.

Temporal é algo relacionado e “preso” ao tempo cronológico, isto é, ou foi Passado, ou é Presente, ou será Futuro.

Atemporal é o que está “fora” da “dependência da cronologia do tempo”, isto é, pode tanto ter sido Passado, quanto ser Presente, quanto será Futuro.

Aqui agora, por exemplo, você está lendo este texto no Presente. Para você, é temporal neste momento, pois está “preso” no “agora”. Entretanto, alguém já poderá tê-lo lido no Passado, ou ainda o lerá no Futuro, sendo assim, será atemporal, pois este ato de alguém ter lido no Passado ou ainda vir a ler no Futuro não está “preso” ao seu – de você – “agora”.

O mesmo se dá com Deus. Deus é atemporal em Seu Ser, pois Ele tanto É no Presente, quanto É no Passado, assim como É no Futuro.

Dito de outra forma: Deus não “foi” no Passado, “é” no Presente e “será” no Futuro. Deus simplesmente “é” no Passado, “é” no Presente e “é” no Futuro.

De uma forma mais simples ainda, poderíamos dizer que Deus “está” ao mesmo tempo no Passado, no Presente e no Futuro.

Isto se dá porque Passado, Presente e Futuro só existem porque são temporais, relativos, estão “presos” à cronologia no tempo. Deus, por Sua vez, É em todos os tempos, não é relativo, mas é absoluto, não está “preso” a nada.

Usando ainda outra figura de linguagem, outra metáfora, poderíamos dizer que Deus “viaja no tempo”, para frente e para trás, ao Passado e ao Futuro, tudo junto/ao mesmo tempo/agora.

Com isso tudo quero dizer que a nossa oração – esta que podemos estar fazendo “hoje”, no “agora” – pode também “viajar”, junto com Deus, ao Passado e ao Futuro, assim como está no Presente.

Vou usar agora um exemplo prático para ilustrar o que quero dizer com relação a isto. Faça uso da sua imaginação em fé e entre na “viagem” deste exemplo comigo, para poder entendê-lo:

Imagine que você, hoje, está sendo curado de uma enfermidade. E imagine que esta cura se enquadra naquela categoria de surpreendente, ou, em outras palavras, na categoria do que as pessoas chamam de “milagre”. Pois bem. Imagine que alguém orou a Deus pedindo por essa cura – o que se enquadra na Sua vontade, pois, nas Escrituras, há inúmeras afirmações inequívocas que curar é a vontade de Deus. Alguém orou por sua cura, é o que você pensa e sabe. E, de fato, esta oração por sua cura é um fato. Só que você pensa que esta oração foi feita por alguém, mas que este alguém já orou, que isto se deu no Passado, seja este Passado uma hora, um dia, uma semana ou um mês. Mas foi no Passado, você pensa. Ou, no máximo, foi há um minuto. Mas um minuto atrás também é tempo Passado. Ou, no melhor esforço de pensamento, você pode pensar que esta oração está sendo feita “agora”, no Presente, e que o alcançar da cura foi resposta imediata. Até aí você pode chegar no seu pensamento de imaginação de atendimento à oração.

Mas, agora, eis a surpresa que apresento: eu creio seguramente que esta oração, atendida “agora” – pois foi “agora” que você alcançou a sua cura – poderá ainda ser feita, no Futuro. Sim. Pois Deus – não se esqueça do que eu falei antes – “viaja” no Passado/Presente/Futuro “agora”. Deus É em todo tempo, o tempo todo! Assim, alguém ainda poderá orar por algo que já está acontecendo “agora” ou – mais surpreendente ainda! – poderá já ter acontecido. Sim, creio tranquila e claramente em minha fé, que mesmo uma oração que ainda será feita no Futuro já pode, inclusive, ter sido atendida no Passado.

Você conseguiu “acompanhar” esta “viagem” que fiz nos dois parágrafos anteriores? Ficou mais ou menos claro para você? Eu realmente espero que sim; eu realmente espero ter me feito entender. Se quiser, releia os dois parágrafos anteriores, para fixar este pensamento.

Então, é isto que quero dizer com o que mencionei no título deste texto.

Você pode orar tranquila e confiantemente “hoje”, “agora”. E a oração que você fizer “hoje”, “agora”, poderá ser atendida no Presente, agorinha mesmo, como poderá ser atendida no Futuro, como poderá já ter sido atendida no Passado.

Com base nisso, podemos concluir que muitas coisas que você está vivendo agora, por elas já se oraram no Passado. Mas também podemos concluir que muitas coisas que você está vivendo agora, por elas ainda será orado no Futuro!

Se você consegue alcançar este nível de consciência em fé, prepare-se para uma mudança enorme em seu modo de enxergar a vida relacionada à oração!

Vou deixar um spoiler aqui: dentro em pouco, num outro texto, quero falar sobre uma característica/prática da oração, que é o “alcançar a mão pela oração” em direção àquilo que queremos trazer à nossa vida (sempre levando-se em consideração o “orar segundo a vontade de Deus”), com base no “está consumado, está feito”. Aguarde.

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

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