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domingo, 22 de novembro de 2020

A Angústia de Existir


 

Salmo 86:7

No dia da minha angústia clamarei a ti, pois tu me responderás.

 

Há um grande mal neste século – e não estou falando dos aplicativos que fazem as pessoas se tornarem zumbis andantes em seus celulares. Estou falado da depressão.

A depressão, já diagnosticada como passível de atingir a todas as pessoas, paralisa o ser humano e faz com que este se torne refém de si mesmo, paralisando e arruinando a sua vida.

Falo de cátedra, pois já fui vítima deste mal. Fui; não sou mais. E não sou porque decidi não ser. Sim. O primeiro passo é tomar uma decisão: não querer mais se submeter a esse jugo. Não tomar essa decisão também é decidir: é decidir se entregar.

Decidi lutar com a única arma que foi capaz de me dar vitória neste jogo de vida/morte, depois de ser derrotado mesmo com a ajuda de profissionais e medicamentos. A arma que usei chama-se oração.

Quero colocar agora um aparte, pois a isso me faz recorrer a responsabilidade que tenho sobre o que escrevo e, ao passo que alguns me leem, a responsabilidade que tenho em relação a estas pessoas também – como você, que aqui está lendo.

O aparte é este: Um dos fatores causadores da depressão pode ser a falta de substâncias químicas no organismo. Existem substâncias (chamadas neurotransmissores) que, em falta, podem causar depressão. Os neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina, quando em níveis baixos, causam as alterações de humor e o desânimo, bem característicos do quadro depressivo. Por isso que o primeiro passo ao perceber esses sintomas, é procurar o acompanhamento médico e psicoterápico associado. Isso eu também fiz, e deve ser feito. Exames clínicos podem detectar estas faltas e medicamentos existem que reequilibram a dosagem certa no organismo. Nem tudo, na depressão, portanto, é somente psicológico; há fatores biológicos também. O acompanhamento de um profissional de Psicologia também é indicado. Importante: o que aqui escrevo não desautoriza nenhum tipo de acompanhamento médico/profissional – que isto fique claro!

Feito esse aparte, prossigo, voltando à oração, que falei acima. A Palavra me atesta que posso lançar mão dela sempre que precisar: Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês (1º Pedro 5:7).

Falando agora de uma forma bem pessoal a respeito da depressão, digo que esta se caracteriza pela perda de sentido da vida, por não se ter mais razão para continuar a existir. É, literalmente, a angústia de existir! E este ponto se alcança quando se percebe que a vida não mais nos responde. E a vida, para quem assim crê, é Deus! Quando achamos que Deus não mais nos responde, chegamos ao fundo do poço!

Mas nos enganamos. Deus sempre nos responde, quando pedimos isso a Ele. O problema é que não costumamos pedir. E aí, quando não perguntamos por Sua vontade, ficamos sem resposta. E nos deprimimos ainda mais.

Ele nos ensina, no entanto, que, quando clamamos a Ele, Ele nos responde. E a Sua resposta é vida!

Foi isso que me curou, quando estive angustiado e clamei a Ele. Não tenho dúvida disso, pois experimentei na pela e na alma. Creia. Não tenho porque mentir.

Mais uma questão que quero colocar aqui, neste espaço: tenha fé!

Sim. Tenha fé!

não é uma questão de vontade – pois a vontade já foi pulverizada quando estamos em estado crônico de depressão. Fé é uma questão de decisão. É decidir – contra a vontade – levantar da cama física e psicológica em que nos encontramos quando deprimidos, e dar um passo. Que seja em direção ao banheiro, para tomar um banho. Que seja em direção à cozinha, para fazer um lanche. Que seja em direção à praça, para sentar num banquinho e ver gente passando. Que seja qualquer mobilidade possível, pois a depressão imobiliza!

Mobilize-se! Um pouquinho que seja!

E ore. Ore caminhando; ore sentado no banquinho da praça; ore olhando árvores e flores; ore em qualquer lugar, a qualquer momento – mas ore!

Deus responderá. Ele sempre dá Seu jeitinho de responder!

E Deus curará tua alma!

Para terminar, gostaria de deixar algumas Palavras bem importantes que, se interiorizadas e vividas, podem, de fato, ser um trampolim para saltar da depressão ao entusiasmo:

“Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados” (Mateus 5:4).

Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro”. Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 8:31-39).

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações. Pois assim como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, também por meio de Cristo transborda a nossa consolação. Se somos atribulados, é para consolação e salvação de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual lhes dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós padecemos (2º Coríntios 1:3-6).

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois aquilo que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno (2º Coríntios 4:16-18).

Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.  Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte (2º Coríntios 12:9-10).

Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma (Tiago 1:2-4).

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

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