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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

39 – O Filho Pródigo (Lucas 15)


  

Jesus contou: “Havia11(versículo) um homem que tinha dois filhos. Disse-lhe o mais novo: ‘Pai, dá-me minha parte I da herança’. Assim, ele dividiu seus bens entre os dois”.

“Não13 muito depois disso, o filho mais novo juntou tudo o que tinha, partiu para uma terra distante II e lá desperdiçou toda sua riqueza numa vida desregrada. Depois14 que tinha gastado tudo, houve uma grande fome em toda aquela região e ele começou a passar necessidade. Então15, foi se empregar com um cidadão do lugar, e este o mandava aos seus campos para dar de comer aos porcos III. E16 ele ansiava por matar a fome com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada”.

“Caindo17 em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e aqui estou eu, morrendo de fome! Vou18 partir, voltar a meu pai e dizer a ele: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não19 sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como a um dos teus empregados’. Assim20, levantou-se e foi de volta para seu pai”.

“Mas, quando ele ainda estava longe, seu pai o avistou e se encheu de compaixão; correu até seu filho IV, abraçou-o e beijou-o”.

“O21 filho disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’”.

“Mas22 o pai disse a seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor túnica V e vistam nele. Ponham um anel em seu dedo e sandálias nos seus pés. Tragam23 o novilho gordo VI e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar. Pois24 este meu filho estava morto e está novamente vivo; estava perdido e foi achado’. E assim começaram a festejar”.

“Enquanto25 isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, escutou música e danças. Chamou26 então um dos servos e lhe perguntou o que ocorria. ‘Teu27 irmão voltou’, respondeu ele, ‘e, por tê-lo de volta são e salvo, teu pai mandou matar o novilho gordo’”.

O28 irmão mais velho se irou VII e se recusava a entrar. Então, o pai saiu e insistiu com ele VIII. Mas29 ele respondeu ao pai: ‘Venho te servindo todos esses anos e nunca desobedeci às tuas ordens. E nunca me deste nem mesmo um cabrito novo para que eu pudesse festejar com meus amigos. Mas30 quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele!’”

“Disse31 o pai: ‘Meu filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que tenho é teu IX. Mas32 nós tínhamos que celebrar a volta deste teu irmão e alegrar-nos, pois ele estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’”.

 

v     Para entender a história

Assim como nesta história contada por Jesus, onde o pai acolhe seu filho errante que se arrependeu e voltou, Deus abre seus braços aos que se arrependem e voltam para Ele. Na história, o irmão mais velho acredita que tem sido um bom filho, mas sua insistência em não aceitar o arrependimento do irmão é um alerta aos que, como os fariseus, cumprem regras religiosas, mas não mostram compaixão.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Dá-me minha parte” – No tempo de Jesus, requerer uma parte da herança com o pai ainda vivo era o mesmo que desejar sua morte.

                                   II.     “Partiu para uma terra distante” – Ao partir da terra da família levando todos os seus pertences, o filho mais novo deixava claro que não pretendia voltar. Para o pai, era um sinal de rejeição, seria como se o filho tivesse morrido.

                                III.     “Mandava aos seus campos para dar de comer aos porcos” – Os judeus nunca davam de comer aos porcos, o que seria humilhante; nem mesmo criavam porcos. O povo judaico considerava os porcos animais impuros, e ninguém devia se aproximar deles nem comer sua carne.

                                IV.     “Correu até seu filho” – Nos tempos bíblicos, considerava-se humilhante para um homem rico, vestindo roupas pesadas, sair correndo para algum lugar. Na história, o pai corre até o filho extraviado, acolhendo-o de volta, apesar do seu comportamento.

                                   V.     “Tragam a melhor túnica” – A melhor túnica pertencia tradicionalmente ao chefe da família. O anel que o pai dá ao filho simbolizava o seu poder perante os empregados e as sandálias significavam liberdade. As sandálias eram calçadas pelos da família, não pelos criados. Até as visitas tiravam suas sandálias quando convidadas a uma casa, em sinal de respeito. Tudo isso mostrava que o jovem era aceito de volta como membro da família.

                                VI.     “Tragam o novilho gordo” – Nas famílias ricas, a cada ocasião festiva se matava um novilho engordado no leite.

                             VII.     “O irmão mais velho se irou” – O pai perdoou o filho culpado, mas o mais velho sente ciúme e não consegue se alegrar como o resto da família. Intolerante, não aceita seu irmão mais novo.

                          VIII.     O pai... insistiu com ele” – Na tradição oriental, um pai nunca discutiria assuntos domésticos com os filhos. Mas nesta história, agindo assim, ele demonstra o seu amor pelo filho intransigente.

                                IX.     “Tudo o que tenho é teu” – Com estas palavras, o pai lembrava ao filho mais velho que este sempre tivera tudo do pai, e continuava tendo. Assim, relembrava ao filho o que este, possivelmente, havia esquecido.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

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