Contentamento
é felicidade. Porém, contentamento não é satisfação de ter, mas de ser. Se
contentamento tivesse no possuir sua realização, ele jamais se realizaria. O
contentamento só é possível porque ele se realiza em ser, não em ter.
Isso
porque o material para ser é ilimitado, mas a matéria do ter é limitadíssima.
Por
isso, quem busca contentamento no ter, no possuir, no poder dizer “é meu”
olhando para algo ou alguém, morrerá frustrado, posto que sempre desejará mais,
e também porque descobrirá que a alma não “come” as mesmas coisas que alimentam
os olhos e o desejo de se sentir dono.
Mas
aquele que busca contentamento em ser, esse entra no mundo no qual se entra e sai e sempre se acha pastagem.
No
mundo do ser se sabe que o Senhor é o
nosso pastor e que nada nos faltará, pois Ele nos guiará por pastos verdejantes e águas tranquilas, refrigerando
assim a nossa alma, para que possamos continuar na senda da justiça, na qual Ele mesmo nos guarda por amor ao Seu próprio nome.
No
mundo do ser não nos falta nada, muito menos no vale da sombra da morte a presença d’Ele, ou a alegria do
contentamento quando o nosso cálice transborda,
apesar de todos os adversários e
adversidades.
No
mundo do ser a alma anda tranquila e feliz, pois sabe que bondade e justiça andam sempre após ela mesma, visto que ela se
torna perseguida pelo que é bom.
Isto
é contentamento!
Um texto de Caio Fábio D’Araújo Filho
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